Fabio de Melo Acaso Deus Felicidade
Em momentos ainda não vividos, lamento o meu presente, pois esse meu hoje me distancia do nosso amanha, E lamento dizer isso a você, mas vou ter de usar uma porção de clichês aqui. Não vejo nenhuma maneira.
Tenho vergonha de contar lhe que eu andava muito indecisa. E lamento mais ainda ter de lhe dizer que no momento encontro me impossibilita de corresponder de maneira adequada, suas expectativa para comigo . E, como perdi toda a credibilidade com você, também posso dizer que não sabia que era possível em tão pouco tempo uma pessoa despertar um sentimento tão agradável e bonito .Saudade eu tenho do que não nos coube. Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir .O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados. E nessa angústia eu continuo. Mesmo sem precisar. Ela é a certeza de que algo está acontecendo. De que eu tenho com o que me preocupar. De que você ainda está por perto. De que eu não posso mais te alcançar. Lamento porque magoei você, lamento por ter sido um esforço inútil, lamento dizer-lhe que estarei retirando-me ,pois não irei terminar meu relacionamento,ainda existe sentimento esse que não compreendo bem ,mas existe .E sei que da sua parte ainda a vestígios do amor pelo sua antiga amada .Sei ,que não estamos limpos e preparados para um novo relacionamento,pois requer comprometimento de ambos .A vida seria tão mais fácil não houvesse dúvidas ,mas infelizmente temos que conviver com elas .Quando optamos por alguém estamos abrindo mão de outra .Queria ter te conhecido em outro momento de cara limpa ,sem proibições. Se disser que não te desejo com homem apenas como amigo, estarei mentindo.Espero que você entenda que te quero muito bem , não vou te esquecer .Quem sabe um dia pelas estradas da vida que sempre vão se cruzando ,eu te encontro de coração aberto e você também.
Esta faltando mais humildade, esta faltando amor, esta faltando gratidão e respeito para com as pessoas, esta faltando tanta coisa que nem sei por onde começa e termina nossas escolhas
O Relógio
Ao redor da vida do homem
há certas caixas de vidro,
dentro das quais, como em jaula,
se ouve palpitar um bicho.
Se são jaulas não é certo;
mais perto estão das gaiolas
ao menos, pelo tamanho
e quadradiço de forma.
Umas vezes, tais gaiolas
vão penduradas nos muros;
outras vezes, mais privadas,
vão num bolso, num dos pulsos.
Mas onde esteja: a gaiola
será de pássaro ou pássara:
é alada a palpitação,
a saltação que ela guarda;
e de pássaro cantor,
não pássaro de plumagem:
pois delas se emite um canto
de uma tal continuidade
O amor quando chega
a gente o segue
e vai até à Terra do Nunca
e se for preciso outros mundos
a gente concebe.
eu tentei expressar meus sentimentos ,na tentativa de ti atigir , pra despertar em você o desejo de me encontrar nas pausas desta canção ,
A melodia leva cada impulso do que sinto ,
Do que sinto por você.
Nesta canção quero te trazer de volta pra mim .
Na esperança de nossa música ,nunca acabe que as notas sejam eternas em nós ,,,,dois.
Os Três Mal-Amados
Olho Teresa, vejo-a sentada aqui a meu lado. A poucos centímetros da mim. A poucos centímetros, muitos quilômetros. Por que essa impressão de que precisaria de quilômetros para medir a distância, o afastamento em que a vejo nesse momento?
Olho Teresa como se olhasse o retrato de uma antepassada que tivesse vivido em outro século. Ou como se olhasse um vulto em outro continente, através de um telescópio. Vejo-a como se cobrisse a poeira tenuíssima ou o ar quase azul que envolvem as pessoas afastadas de nós muitos anos e léguas.
Posso dizer dessa moça a meu lado que é a mesma Teresa que durante todo o dia de hoje, por efeito do gás do sonho, senti pegada a mim?
Esta é a mesma Teresa que na noite passada conheci em toda intimidade? Posso dizer que a vi, falhei-le, posso dizer que a tive em toda intimidade? Que intimidade existe maior que a do sonho? A desse sonho que ainda trago em mim como um objeto que me pesasse no bolso?
Ainda me parece sentir o mar do sonho que inundou meu quarto. Ainda sinto a onda chegando à minha cama. Ainda me volta o espanto de despertar entre móveis e paredes que eu não compreendia pudessem estar enxutos. E sem nenhum sinal dessa água que o sol secou mas de cujo contacto ainda me sinto friorento e meio úmido (penso agora que seria mais justo, do mar do sonho, dizer que o sol o afugentou, porque os sonhos são como as aves, não apenas porque crescem e vivem no ar)
Teresa aqui está, ao alcance de minha mão, de minha conversa. Por que, entretanto, me sinto sem direitos fora daquele mar? Ignorante dos gestos, das palavras?
O sonho volta, me envolve novamente. A onda torna a bater em minha cadeira, ameaça chegar até a mesa. Penso que, no meio de toda essa gente de terra, gente que parece ter criado raízes, como um lavrador ou uma colina, sou o único a escutar esse mar. Talvez Teresa...
Talvez Teresa... sim, quem me dirá que esse oceano não nos é comum?
Posso esperar que esse oceano nos seja comum? Um sonho é uma criação minha, nascida de meu tempo adormecido, ou existe nele uma participação de fora, de todo o universo, de uma geografia, sua história, sua poesia?
O arbusto ou a pedra aparecida em qualquer sonho pode ficar indiferente à vida de que está participando? Pode ignorar o mundo que está ajudando a povoar? É possível que sintam essa participação, esses fantasmas, essa Teresa, por exemplo, agora distraída e distante? Há algum sinal que faça compreender termos sido, juntos, peixes de um mesmo mar?
Donde me veio a idéia de que Teresa talvez participe de um universo privado, fechado em minha lembrança, desse mundo que através de minha fraqueza eu me compreendi ser o único onde será possível cumprir os atos mais simples, como por exemplo caminhar, beber um copo de água, escrever meu nome, nada, nem mesmo Teresa.
O Momento
Perigoso, se não for bom se torna um tormento
Não é ruim, te faz errar e aprender todo o tempo.
Mas não viaje mais que o vento, para não perder o caminho
e não confundir o tempo.
O passado é bom mas o futuro é você de novo jeito.
A vida material é o instrumento de aprendizado.. o materialismo é o instrumento do egoismo. Não envenene sua consciência!
É infinita a evolução e nunca se sabe o suficiente
pois sempre se cai desprevinido em algo desconhecido
que te machuca e levanta, ensina e edifica
para que você se valorize e receba a benção em sua vida.
