Existencialismo

Cerca de 380 frases e pensamentos: Existencialismo

Poema: "Nenhum Lugar"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

me afogando entre copos e garrafas,
não enxergo mais nada,
pois o mundo gira mais rápido,
tão mais rápido do que eu imaginava.

ouço sussurros de demônios
com a minha própria voz,
implorando por mais um brinde,
só mais um brinde, nada atroz.

e balbuciam frases inaudíveis,
talvez não haja nada demais
nestes tons agressivos,
ríspidos e de teor fugaz,
que invadem minha mente,
arrancam-me a razão,
sobrando apenas a vontade...

a vontade de que talvez algum dia eu chegue lá,
em Lugar Nenhum, para lá poder me esvair,
talvez me dissipar, partindo para Nenhum Lugar,
pois lá é melhor que aqui.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠"Assim como a infância virou lembrança e depois será esquecida, eu também sou apenas algo temporário no fluxo indiferente da existência."

Inserida por WillianNihil

⁠"O passado desapareceu sem aviso, e um dia quero desaparecer como ele."

Inserida por WillianNihil

⁠"Os dias se dissolveram no nada, e talvez seja para lá que eu também deva ir."

Inserida por WillianNihil

⁠"Se aquele tempo partiu sem deixar rastros, desejo partir assim também."

Inserida por WillianNihil

⁠"Eu pertenci àquele momento, e ele pertenceu a mim, mas agora somos apenas lembrança um do outro."

Inserida por WillianNihil

⁠A loucura é o castigo do homem por saber demais.

Inserida por ESSilva

⁠"Entender o outro é um ato humanista, é entender a si próprio. Atacá-lo deliberadamente é a maior covardia que praticamos contra nossa existência."
Thiago Oliveira (1986 a)

Inserida por TH_Historiador

⁠"⁠Existem muitas religiões espalhadas pelo planeta, as quais conheço grande parte. E a correta é aquela que oferece mais prazer, conforto e satisfação para o seu adepto, desde que, não infrinja as leis sociais.
O credo é uma resposta psíquica aos nossos anseios, é algo natural da humanidade, e portanto, essencial para a vida."
Ensaios de Angústia vol.2 - A Dualidade Humana. Oliveira, Thiago S.(1986 a).

Inserida por TH_Historiador

⁠Aplaudidos sejam aqueles cujo os olhos não enxergam a cor cinza e pálida ao seu redor.
Louvados sejam aqueles que tenham contemplado muitas experiencias satisfatórias em sua vida, e assim preenchido o seu vazio com algo significante, para lembrá-los de agradecerem por estar vivos.
E que sejam poupados, os miseráveis que viram a verdadeira face desta terra, de viver está vida novamente.

Inserida por koaker

⁠O Colapso dos Muros da Alma: Uma Peregrinação ao Vazio

Quando os muros erguidos com o sangue da alma desmoronam, não há mais abrigo para os segredos entranhados na carne do ser.

Cada tijolo, moldado pelo sofrimento silencioso de anos, dissipa-se como fumaça ao vento, revelando a nudez crua de uma existência outrora protegida.

Exposto, o âmago do ser torna-se espetáculo: os olhares alheios, alguns compassivos, outros carregados de adagas morais, trespassam a dignidade,
transformando-a em teatro para a condenação ou a piedade.

A verdade, agora desvelada, escorre como um rio sem leito, arrastando consigo os segredos mais sombrios, aqueles que fermentaram nas sombras da alma.

Nesse palco de vulnerabilidade, o ser contempla o paradoxo da libertação:

a mesma verdade que o despoja de suas máscaras também o condena à solidão do julgamento alheio.

Resta-lhe, então, a quietude da inexistência, não como fuga, mas como ato último de soberania.

É o fim de um ciclo que começou na infância, quando o primeiro tijolo foi cimentado com lágrimas,
e o sofrimento tornou-se arquiteto involuntário.
A inexistência, aqui, não é derrota, mas epílogo de uma narrativa escrita em sangue e silêncio.

Bem-vinda, inexistência!!!
Não como abismo,
mas como repouso das perguntas não respondidas.
O ser, agora desintegrado, retorna à quietude primordial,
onde segredos e dores dissolvem-se no vazio que precede até mesmo a linguagem.

Inserida por marcus_menezes

⁠A cada passo, uma escolha.
A cada escolha, uma responsabilidade.
E a cada decisão, caminhos abandonados em prol daquele que foi escolhido.
Assim se constrói a vida – um mosaico formado pelas decisões que tomamos.
No fim, somos a soma das escolhas que fizemos.

Inserida por R_drigos

⁠Século XXI e a liberdade que nos aprisiona.

A cada PASSO, você vai ter que tomar uma decisão.
E a cada DECISÃO, uma responsabilidade.
E a cada RESPONSABILIDADE, um milhão de possibilidades fechadas em proveito de uma que você escolheu.
E essa foi a sua VIDA.
E VOCÊ será as decisões que tiver tomado.

@R_DRIGOS

Inserida por R_drigos

⁠Ecos do Nada

Prometeram sentido — tarde demais.
O altar já estava em ruínas,
e a fé, como um fantasma que jaz,
sorria com suas mentiras finas.

Ergui minha alma como quem cospe sangue
em direção ao céu rachado.
Mas só ouvi o eco que nunca responde
e o silêncio, de novo, ensurdecido e alado.

A moral — um teatro de bonecos partidos,
pendurados em cordas de culpa e dor.
Choram por virtudes que nunca existiram,
rezam por um bem que fede a horror.

O tempo é uma piada repetida
contada por cadáveres em festa.
E a verdade? Uma prostituta envelhecida,
sábia demais para ainda ser honesta.

Nada é profundo. Tudo é abismo raso.
E quem ousa olhar… afunda.
Pois pensar é morder o próprio atraso,
e viver, uma doença sem cura, vagabunda.

Inserida por higor_capellari

⁠O knockout de Sartre sobre Goethe – Ep. 1

Não há como ficar alheio à irracionalidade destes dias que parecem nos aproximar cada vez mais de um estágio de distopia, e cuja linha divisória não se sabe quando será cruzada. A única certeza é de que o mundo continuará seguindo sua trajetória independente de nossos bandeiras, achismos e modismos, mesmo que Sartre já o tivesse previsto há mais de 80 anos.

“Os homens. É preciso amar os homens. Os homens são admiráveis. Sinto vontade de vomitar – e de repente aqui está ela: a Náusea”, disse ele à época, e o que se seguiu depois foi a sucessão de erros que nos trouxe até este agora e que Sartre, se pudesse vê-lo, certamente o perceberia como um melancólico “déjà vu”.

Sim, até porque a vida não é um diagrama de causa e efeito, e se não temos sequer ideia de como seremos projetados nesse futuro, o que dizer de perder tempo com o “quando”? O papel que nos compete é fazer as melhores escolhas enquanto a liberdade individual se apresentar como opção, de modo a persistir na busca por significado em um mundo aparentemente insano optando deliberadamente pelo caos. Far-se-á necessário, sem dúvida, nos mantermos apegados, com unhas e dentes, à visão existencialista da liberdade humana, malgrado a indiferença do universo em relação aos nossos dramas.

A lucidez – e apenas ela – se apresentará como aliada confiável numa realidade em que ideologias, dogmas e verdades absolutas não te serão de qualquer valia, já que em tal cenário todas as tuas “crenças inquestionáveis” serão postas à prova, e terás no teu pensamento crítico e em tua busca pela verdade – aquela que não depende de mim nem de ti – o único lenitivo para seguir acreditando. Arrisco perguntar: tuas crenças ainda te servem de refúgio, ou insistes em usá-las como antídoto para teu desespero, mesmo que não acredites mais nelas?

Neste momento, és tu e tua autonomia para sonhar o agora que te serve de âncora, de modo a não seres levado de roldão para um futuro incerto, e do qual não terás garantia alguma de que sobreviverás a ele. Assume, pois, a tua parte da responsabilidade pelo que percebes, pelo que não te podes furtar da forma como o fizeste até aqui.

Vivemos um momento em que a realidade se impõe sobre o romantismo. A frieza existencial de Kierkegaard e Camus retomando o palco no qual Goethe brilhou sob os holofotes do Iluminismo, e que também acolheu Voltaire e Rousseau.

Sartre já alertava que só é livre quem pode ser responsabilizado pelas próprias ações mas, como também anunciava, esse homem circunstancial inegavelmente depende da direção dos ventos, e este pode, de quando em quando, produzir o contradicto que o eximirá da tal responsabilidade. Assim, em nome da liberdade sistêmica - dita irrenunciável – podemos destruí-la de um único golpe para garantir a pessoal. Inaceitável contradição, diriam os Iluministas, sem se estribar nas mordazes narrativas de Sartre que já alertavam para tais despropósitos do nosso cotidiano proselitista e, tanto quanto diria Nietzsche, humano, demasiado humano!
“Novos tempos”, dirão os arautos de um tempo instável o bastante para chamar de novo o que há de mais velho no mundo, que é a luta pelo protagonismo da ópera bufa que todos deverão aplaudir, incluive os que apostavam numa valsa de Strauss.

Resumo
O texto discute o pessimismo existencialista de Sartre em relação ao futuro da humanidade, contrastando-o com o otimismo iluminista de Goethe. O autor argumenta que a frieza existencialista de Sartre, representada pela ideia de que a liberdade individual é responsável pela criação do caos, se assemelha à visão de Kierkegaard e Camus, enquanto Goethe encarnava o ideal iluminista de progresso e razão. A peça argumenta que, apesar da aparente irracionalidade do mundo, a liberdade individual permanece como um refúgio contra o desespero, e a responsabilidade pela ação individual deve ser assumida mesmo em meio à incerteza do futuro.
Trata-se de um ensaio que critica a sociedade contemporânea, utilizando a filosofia existencialista de Jean-Paul Sartre para analisar a perda de significado em um mundo cada vez mais caótico. O autor argumenta que, apesar das aparências, a liberdade individual continua a ser um valor fundamental em um contexto onde verdades absolutas e ideologias se esfacelam. Ele compara a situação atual ao período pós-Iluminismo, onde a frieza existencialista de Kierkegaard e Camus se sobrepõe ao otimismo de Goethe. O autor sugere que a liberdade individual, apesar de ser a chave para a ação, pode ser comprometida pela dependência às forças externas, o que resultaria em uma contradição insustentável. Ele termina o texto com uma crítica ao proselitismo e ao romantismo, defendendo a necessidade de uma postura crítica e consciente para lidar com a realidade complexa e instável em que vivemos.

Inserida por bodstein

Os dilemas de um franco-libertário - Ep. 2

A expressão mais ouvida pela boca dos conservadores é “liberdade”: liberdade para dizer o que querem, para fazer o que querem, como se não seguir as regras do jogo liberdade fosse. O que se mostra nítido é que não conseguem diferenciar o conceito de liberdade do de libertinagem, pois que a liberdade não precisa tampouco ser visível a olhos alheios, mas simplesmente que a vivencies em ti: antes em tua consciência, e depois em teus atos. E dessa forma, para o libertário que és, não serão as correntes do corpo que irão te cercear, mas aquelas que impões a ti mesmo quando atropelas todas as regras pelo exercício da tua alegada “liberdade”.

Por definição, não é apenas falsa, mas imoral, a liberdade que privilegia alguns em detrimento de outros, numa mesma escala de poder. “Numa mesma escala de poder?”, perguntarás... E te direi que não há nada mais desigual do que tratar desiguais de forma igual, e para tanto existem as diferentes escalas de atuação, e a cada qual se aplicam as regras que seus papeis lhes conferem. A isso chamamos de “ordenamento jurídico”, indispensável para que o direito à liberdade se estenda a todas as diferenças.

Liberdade, portanto, não é simplesmente pensar e agir do jeito que entendes ao cobrar o que é bom pra ti, mas transitar livremente dentro desse ordenamento; e opressão é lhe extrapolar as fronteiras, horizontal ou verticalmente, para subverter o pensar e o agir de outrem. Precisas antes aprender a pensar livremente, questionar – inclusive a ti mesmo – e formar tuas próprias opiniões não submetidas a dogmas e doutrinações. A tua real liberdade é, antes de tudo, a tua autonomia intelectual, sem o qual nunca serás livre. Enquanto não desenvolveres pensamento crítico para discernir entre uma coisa e outra não exercerás de forma autêntica a tua liberdade, pois que não se mostrará ética e, tampouco, responsável.

A liberdade legítima não pode prescindir da igualdade como um de seus pilares mais substantivos, asseverando a cada qual a posição que lhe caiba para escapar a injustiças. E quando atrelada a um “ismo” coletivo correrás sempre o risco de vê-la convertida de livre-arbítrio em efeito-rebanho, e é quando precisarás tonificar tua essência de franco-libertário, que só responde à própria consciência. O conceito de que “a união faz a força” não se estende ao cérebro, pois que, no grupo em torno de um lider, somente um exercerá a prerrotativa de pensar, cabendo aos demais segui-lo. Na ausência dele, por outro lado, nem dois dentre todos seguirão na mesma direção, o que pode se mostrar ainda mais desastroso do que a direção única, por mais equivocada que se mostre. Daí porque teu discernimento deverá ser o fiel da balança na batalha contra a opressão e a ignorância.

Súmula
Constituindo-se no segundo episódio da série "Filosofando”, o texto de Luiz R. Bodstein explora o conceito de liberdade a partir de uma perspectiva individualista e crítica, questionando a dicotomia entre liberdade e libertinagem, a visão superficial do conceito de liberdade, e defendendo que a liberdade em sua expressão mais plena consiste na autonomia intelectual e na capacidade de discernimento crítico sobre a complexa relação entre decisões individuais e ordem social. O autor argumenta que a liberdade não se manifesta apenas em ações visíveis, mas também na consciência individualizada, na capacidade de pensar criticamente e formar opiniões próprias, livres de dogmas e doutrinações. Pelo aspecto da interação social, afirma que liberdade não se resume à ausência de restrições externas, mas a capacidade de transitar livremente dentro de um sistema de normas e leis, respeitando a igualdade e os direitos de todos, sem que essa igualdade se traduza por uma homogeneização de pensamentos. Ele critica o tradicional conceito de que “a união faz a força” no que toca ao pensamento individual pelo argumento de que a liberdade de pensamento exige capacidade de questionamento e formação de opiniões autônomas. Bodstein destaca a importância do discernimento individual e da responsabilidade em relação ao próprio pensamento, advertindo contra a alienação e o conformismo advindos da adesão acrítica a ideologias ou líderanças que se estabelecem sem o crivo das análises racionais.

Inserida por bodstein

⁠Espelho da vida

Olhou-se no espelho
e não se reconheceu
Então se perguntou:
- Quem sou eu?
Ainda é noite,
Amanhã será dia
E ainda nem chegou
ao destino que tanto temia;
Olhou-se no espelho, mais uma vez
E sentiu um grande desgosto
Então, se perguntou:
- Em qual espelho da vida
Eu perdi o reflexo do meu rosto?

Inserida por RuanVieira999

⁠A Sombra da Ideia

Em que canto se esconde o real,
senão na lembrança do que não foi?
O mundo é reflexo desigual
de algo que pulsa… mas já se foi.

Toquei o belo com olhos fechados,
buscando formas no véu da razão.
Mas o que vi eram traços borrados
de um ideal preso na ilusão.

A alma — essa prisioneira antiga —
geme por algo que não sabe dizer.
É sede de luz, mas sempre ambígua,
no espelho das coisas por conhecer.

Caminho entre sombras projetadas,
tentando lembrar o que nunca vivi.
Meu peito carrega estradas fechadas
e um silêncio maior do que eu previ.

Ó verdade, tão longe e tão pura,
por que deixaste migalhas no chão?
Sigo-as sem fé, mas com ternura,
como quem ama sua própria prisão.

Inserida por higor_capellari

...Sem Sentido....

Meus pensamentos ecoam,

Se perdem ao vento,

Não entendo o fanatismo

De descobrir os mistérios da vida,

De me entender como parte dela,

De me ver nela,

Definir minha origem nesta confusa insanidade,

Em um momento mera vida orgânica

Pulsante e viva,

Em outro, as respostas do mistério

Da alma e do divino,

De repente torno-me tudo,

Com sonhos e objetivos para alcançar

Mas depois meu reflexo reflete o nada,

No vazio do meu corpo

Não se encontra alma,

E passo a não compreender esta luta interior,

Deste conflito amargo incoerente,

Que reluta em todos os cantos do meu “Eu”

São tantas faces existentes no meu ser

Que se perde nesta confusa interface,

Entre o ser e o não ser,

Prosseguir ou regredir,

E nisto, vou me perdendo neste eco

Que repete várias vezes a mesma pergunta.

Quem sou eu?

E na busca pela resposta

Caminho clamando por uma verdade

que satisfaça o meu coração.

Que me diga que este conjunto de partículas

Pensante e real,

Não seja somente

Uma vida orgânica e sem sentido

A espera de um final.

Inserida por wesleydiniz

Francisco, o Dissidente
William Contraponto

No trono antigo, a veste é só cenário,
mas tua voz tropeça em outra estrada.
Não segues o script do imaginário,
prefere a lama à cúpula dourada.

Tua liturgia é gesto sem vitrine,
não veste mitra, veste humanidade.
Fala com fome, não com hino ou delfine,
e pisa firme onde há precariedade.

Não creio em dogmas, mitos ou condenas,
mas vejo em ti dissenso verdadeiro.
Entre palácios, contas e antenas,
caminhas quase como um companheiro.

Não busco santos — busco quem resista,
quem fale ao povo sem se ajoelhar.
E mesmo sendo peça de uma lista,
te vi tentar o mundo reencantar.

Inserida por Fabrizzio

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