Eu Trocaria a Eternidade por essa Noite

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Hoje eu queria estar só. Mas não sozinho. Só contigo.

Eu sinto falta de querer fazer amigos em qualquer festa, só pra conhecer gente estranha. Agora as pessoas voltaram a me irritar. Eu voltei a ter que fazer muita força pra sair de casa. Agora, eu fico pelos cantos das festas. Voltei a achar todo mundo feio e bobo e sem nada a dizer. Eu sofro sendo assim, eu sofro porque, quando você acha mais da metade do mundo babaca, você passa muito tempo sozinho.

Não me arrependo

Eu não me arrependo de você
Cê não me devia maldizer assim
Vi você crescer
Fiz você crescer
Vi cê me fazer crescer também
Prá além de mim...
Não, nada irá neste mundo
Apagar o desenho que temos aqui
Nem o maior dos seus erros
Meus erros, remorsos
O farão sumir...
Vejo essas novas pessoas
Que nós engendramos em nós
E de nós
Nada, nem que a gente morra
Desmente o que agora
Chega à minha voz
Nada, nem que a gente morra
Desmente o que agora
Chega à minha voz...

Pessoas dramáticas me irritam, apesar de eu estar quase no pódio da dramaticidade. Pessoas tristes 24 horas por dia me estressam… Sinceramente, qual a graça em não sorrir nunca? Pois é. Pessoas que só sabem reclamar também não combinam comigo. Não que eu não faça nenhum desses três, mas não dá pra ter uma relação estabilizada se ambos têm os mesmos defeitos, certo? É. Sabe o que me atrai? Gente engraçada, divertida. Que olha os problemas e ri deles; que encara o mundo de um jeito diferente. Gente que faz questão de mostrar que se importa, que cumpre promessas. Eu gosto mesmo é desses que não fazem esforço pra dar um sorriso, mas que sempre estão sendo felizes por aí com a maior facilidade do mundo. A vida nunca vai ser fácil, não sei porque ainda esperam por isso. Não é na queda que se aprende? Grandes heróis não já caíram mil vezes e depois se mostraram fortes o suficiente a ponto de levantar-se e dar a volta por cima? […] Então te lembra que você pode ser o herói de alguém. O Super-Homem, a Mulher-Maravilha… Tudo é questão de ponto de vista; se agora está ruim, relaxa, depois melhora. Só não desiste nunca. Heróis não desistem!

Deixa eu te dizer, antes que o ônibus parta, que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado (...)

Se eu não gosto de você é bem provável que você tenha medo do meu olhar. E eu posso simplesmente não gostar de você de graça. Se eu gostar de você aviso de antemão que você é uma pessoa de sorte. Eu me entrego. Quem vive comigo sabe. Quem convive comigo sente. Eu amo poucos. Mas esses poucos, pode apostar, amo muito.

Falar com você de novo, faz meu coração perceber que eu não superei o que eu achava que tinha superado.

Quando é lição de esculacho, olha aí, sai de baixo
Que eu sou professor

"Eu ja disse, mas vou repetir:
Não se represa um rio,
Não se engana a natureza,
Faça a represa o que quiser,
Pois o rio cedo ou tarde vai arranjar um jeito de rasgar a terra,
Abrir um caminho,
E voltar a correr em seu leito de origem"

O viajante

Eu, sempre que parti, fiquei nas gares
Olhando, triste, para mim...

Mario Quintana
Apontamentos de história sobrenatural. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

Sexta-feira sua linda, eu te amo, fica mais um pouco.

Eu ainda não sei controlar meu ódio mas já sei que meu ódio é um amor irrealizado, meu ódio, é uma vida ainda nunca vivida. Pois vivi tudo – menos a vida. E é isso o que não perdoo em mim, e como não suporto não me perdoar, então não perdoo aos outros. A este ponto cheguei: como não consegui a vida, quero matá-la. A minha cólera – que é ela senão reivindicação? – a minha cólera, eu sei, eu tenho que saber neste minuto raro de escolha, a minha cólera é o reverso de meu amor; se eu quiser escolher finalmente me entregar sem orgulho à doçura do mundo, então chamarei minha ira de amor.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Uma ira.

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Agora você pode me chamar de tudo, menos de fraca. Eu fui aguentando sozinha, sem demonstrar dores e não deixei um arranhão aparecer. Se isso é fraqueza, não quero descobrir o que é ser forte. Eu esperei até de manhãzinha, só para deixar uma lágrima escorrer e ficar cinco minutos chorando sozinha. Eu me odeio por cada minuto daquele maldito ano, que fiquei pensando em você. Me odeio por todas as vezes que larguei tudo só pra ficar alguns segundos ao seu lado. Eu me odeio mais ainda por ter sido tão otária a ponto de olhar pra trás e pensar em te trazer de volta. Mas acima de tudo, eu te odeio por todos os outros motivos que sabemos. Pelos segredos e pelas verdades, eu te odeio por ter mentido pra mim e por ter me esquecido enquanto eu ficava aqui te esperando. […] Sabe de uma coisa? Eu não ligo mais. Não corro atrás, nem mando milhões de mensagens pedindo para você voltar. Não te quero de volta. E isso foi em boa hora. Agora só vai embora e não volta mais. Nunca mais se possível. […] E só para terminar, espero que você sofra como eu sofri.

Case-se comigo e eu nunca mais irei olhar para outro cavalo!

Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse.

Clarice Lispector
Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

Nota: Trecho do conto Perdoando Deus.

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Não se preocupe comigo. Eu sou muito feliz.

Clarice Lispector
Montero, Teresa (org.). Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta escrita a Tania Kaufmann, em 1 de setembro de 1945.

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Eu quero morrer de jeans.

Redondo sem início e sem fim, eu sou o ponto antes do zero e do ponto final.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

Nota: Trecho do conto Perdoando Deus.

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Por que quero fazer de mim um herói? Eu na verdade sou anti-heroica. O que me atormenta é que tudo é "por enquanto", nada é "sempre".

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.