Eu te Amo do Amanhecer ao Anoitecer

Não, eu não “estou bem”. Eu não sei bem o que sinto. Eu sinto um vazio, uma dor sem sentido, sinto falta de algo que nunca vi, sinta falta de momentos que nunca aconteceram, sinto sua falta. Mais e daí? Você se importa?

Eu choro. Choro para tentar amenizar a dor, para tentar diminuir os males e me abraço na esperança de que meu sofrimento possa cessar. As pessoas não sabem, mais a solidão é subestimada.

Quantas noites eu perdi apenas me jogando na cama deixando as lágrimas rolarem? Quantas vezes tentei aliviar a dor tentando não lembrar, tentando não me importar? É difícil acordar e perceber que esse vai ser mais um dia sem você.

Mudaria algo se eu dissesse que não desistir por sua causa? Se eu dissesse que ainda estou aqui por você?

Eu preciso de você. Preciso que você me abrace quando eu estiver prestes a desabar, preciso de você me dizendo que se importa comigo o suficiente para me mostrar que eu não estou sozinha, que você vai estar aqui para cuidar de mim, e que você vai me convencer que fugir não é a melhor opção, que uma hora ou outra vai tudo vai ficar bem.

E se eu dissesse que sofro com a sua ausência, você acreditaria? E se eu dissesse que as lágrimas ainda insistem em cair quando involuntariamente penso em você? Se eu dissesse que já passei noites chorando por sua causa? Faria alguma diferença? Eu detesto esse sentimento de solidão, esse sentimento de falta. Falta você.

Eu odeio esse sentimento de que ainda tem algo para acontecer, esse desejo de que você dirá que sentiu minha falta e que dessa vez nada irá dar errado. Esquecer não é tão fácil, nunca foi. Como posso destruir todas as memórias, se meus melhores momentos foram quando você estava por perto? Eu simplesmente não consigo, elas sempre querem retornar… Como algo ainda pendente.

Eu sinto tanto a sua falta que chega a doer; machuca quando você me evita, machuca a maneira de como você me ignora. Dói porque meu coração ainda é seu.

E se eu dissesse que quando você foi embora, minha felicidade foi junto? Que todas as noites eu choro por você? Se eu dissesse que quando você vai embora, o meu silêncio implora para que você fique? Que depois de todo esse tempo, eu ainda me entristeço quando involuntariamente penso em você? Você nem acreditaria, né?

Tem sido difícil tentar lidar com a sua ausência, não vê que só você pode amenizar minha dor? Eu preciso de você. Preciso por perto, preciso do seu abraço e de você sussurrando que eu não estou sozinha, de você dizendo que tudo vai ficar bem.

Eu tenho medo, medo de muitas coisas. Medo de cometer os mesmos erros, de me machucar, de me perder de novo, e de perder você. Mas, de tudo isso, o que me assusta mais é não ter você aqui. Por que sem você, não tem por quê. Entende? Você entende do que eu estou falando? Estou dizendo que preciso de você. Por favor, não me deixe, me ajuda, você não sabe o quanto eu preciso de você novamente. Não vê que só você pode curar minha dor?

Não é porque você me despreza que eu deixei de me importar com você. Eu me importo da mesma forma de antes, talvez até mais.

Errado ou certo. Alívio ou dor. Preto ou Branco. Se eu fechar meus olhos, tudo é o mesmo.

E lá estava eu de novo, fingindo que nada tinha acontecido, segurando as lágrimas e forçando o riso.

Certo ou errado. Preto ou Branco. Quando eu fecho os olhos tudo é o mesmo.

Perdi a conta de quantas vezes cheguei a desabar, e eu só precisava de um abraço que não poderia ter. O seu.

E mesmo depois de tudo, ou talvez por causa de tudo, eu não quero te tirar do meu coração, quero mudar as coisas e me colocar no seu.

Eu sinto a sua falta a cada instante que não posso estar perto, a cada instante que eu não possa estar presente, mesmo quando você não queira. A solidão divide o espaço apertado entre a saudade, a sua ausência, e a dor já tornou meu coração frágil demais para continuar suportando. Eu preciso você.

É Irrefutável. Quando a dor parece ter amenizado por um instante, ela volta ainda mais forte. Eu sou vulnerável, quando se trata de se machucar – para os outros, pode passar despercebido – mais só você sabe o quanto aquilo magoa, o quanto aquilo não cicatriza, que só em esbarrar dói.

E mesmo depois de tudo, ou talvez por causa de tudo, eu nunca vou deixar de me importar.