Eu sou uma Pessoa Timida
Texto para uma separação
Olhe aqui, olhos de azeviche
Vamos acertar as contas
porque é no dia de hoje
que cê vai embora daqui...
Mas antes, por obséquio:
Quer me devolver o equilíbrio?
Quer me dizer por que cê sumiu?
Quer me devolver o sono meu doril?
Quer se tocar e botar meu marcapasso pra consertar?
Quer me deixar na minha?
Quer tirar a mão de dentro da minha calcinha?
Olhe aqui, olhos de azeviche:
Quer parar de torcer pro meu fim
dentro do meu próprio estádio?
Quer parar de saxdoer no meu próprio rádio?
Vem cá, não vai sair assim...
Antes, quer ter a delicadeza de colar meu espelho?
Assim: agora fica de joelhos
e comece a cuspir todos os meus beijos.
Isso. Agora recolhe!
Engole a farta coreografia destas línguas
Varre com a língua esses anseios
Não haverá mais filho
pulsações e instintos animais.
Hoje eu me suicido ingerindo
sete caixas de anticoncepcionais.
Trata-se de um despejo
Dedetize essa chateação que a gente chamou de desejo.
Pronto: última revista
Leve também essa bobagem
que você chamou
de amor à primeira vista.
Olhos de azeviche, vem cá:
Apague esse gosto de pescoço da minha boca!
E leve esses presentes que você me deu:
essa cara de pau, essa textura de verniz.
Tire também esse sentimento de penetração
esse modo com que você me quis
esses ensaios de idas e voltas
essa esfregação
esse bob wilson erotizado
que a gente chamou de tesão.
Pronto. Olhos de azeviche, pode partir!
Estou calma. Quero ficar sozinha
eu co'a minha alma. Agora pode ir.
Gente! Cadê minha alma que estava aqui?
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Nota: Trecho da crônica "A Morte Devagar", publicada por Martha Medeiros no dia 1 de novembro de 2000. Muitos vezes é equivocadamente atribuída a Pablo Neruda.
...MaisComo é bom contemplar o céu, interrogar uma estrela e pensar que ao longe, bem longe, um outro alguém contempla este mesmo céu, essa mesma estrela e murmura baixinho: "Saudade!"
Trata-se de uma decepção diferente: não penso obsessivamente, não tenho vontade nenhuma de ligar nem de escrever cartas, não tenho ódio nem vontade de chorar. Em compensação também não tenho vontade de mais nada.
Absolvendo o amor
Duas historinhas que envolvem o amor.
Uma mulher namora um príncipe encantado por dois meses e então descobre que ele não é príncipe porcaria nenhuma, e sim um bobalhão que não soube equalizar as diferenças e sumiu no mundo sem se despedir. Mais um, segundo ela. São todos assim, os homens. Ela resmunga que não dá mesmo para acreditar no amor.
Peraí. Por que o amor tem que levar a culpa por esses desencontros? Que a princesa não acredite mais no Pedro, no Paulo ou no Pafúncio, vá lá, mas responsabilizar o amor pelo fim de uma relação e não querer mais se envolver com ninguém é preguiça de continuar vivendo. Não foi o amor que caiu fora. Aliás, ele talvez nem tenha entrado nessa história. Quando entra, é para contribuir, para apimentar, para dar sabor, para ser feliz. Se o relacionamento não dá certo, ou dá certo por um determinado tempo e depois acaba, o amor merece um aperto de mãos, um muito obrigada e até a próxima. Fique com o cartão dele, com os contatos todos, você vai chamá-lo de novo, vai precisar de seus serviços, esteja certa. Dispense namorados, mas não dispense o amor, porque este estará sempre a postos. Viver sem amor por uns tempos é normal. Viver sem amor para sempre é azar ou incompetência. Mas não pode ser uma escolha, nunca. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão para existir. Não me venha falar de amigos e filhos e cachorros, essas compensações amorosas sofisticadas, mas diferentes. Estamos falando de homens e mulheres que não se conhecem até que um dia, uau. Acontece.
Segunda história. Uma mulher ama profundamente, é amada profundamente, os dois dormem embolados e se gostam de uma forma indecente, de tão certo que dá a relação, e de tão gostosa que são inclusive as brigas. Tudo funciona como um relógio que ora atrasa, ora adianta, mas não pára, um tiquetaque excitante que ela não divulga para as amigas, não espalha, adivinhe por quê: culpa. Morre de culpa desse amor que funciona, desse amor que é desacreditado em matérias de jornal e em pesquisas, desse amor que deram como morto e enterrado, mas que na casa dela vive cheio de gás e ameaça ser eterno. Culpa, a pobre mulher sente, e mais: sente medo. Nem sabe de quê, mas sente. Medo de não merecê-lo, medo de perdê-lo, medo do dia seguinte, medo das estatísticas, medo dos exemplos das outras mulheres, daquele mulher lá do início do texto, por exemplo, que se iludiu com mais um bobalhão que desapareceu sem deixar rastro-ou bobalhona foi ela, nunca se sabe. Mas o fato é que terminou o amor da mulher lá do início do texto, enquanto essa criatura feliz e apaixonada, é ao mesmo tempo infeliz e temorosa porque sente aquilo que tanta gente busca e pouco encontra: o tal amor como se sonha.
Uma mulher infeliz por amar de menos, outra infeliz por amar demais, e o amor injustamente crucificado por ambas. Ele, coitado, sendo acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplemente por ter acontecido na nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve. E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí nem se fala. Qualquer amor-até aqueles que a gente inventa- merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, somos nós.
Mostre o seu sorriso e presenteie a quem nunca teve um...
Procure uma fonte e banhe quem vive na lama...
Use a sua valentia para dar força e ânimo a quem não sabe lutar...
Tenha esperança e viva em sua luz...
Vivência o amor e passe a conhecer o mundo...
Pegue um raio de sol e faça-o brilhar onde reina a escuridão...
Colha uma lágrima e coloque-a no rosto de quem nunca chorou...
Descubra a vida e ensine a quem não sabe entendê-la...
Reúna a sua bondade e dê a quem não sabe dar...
Existem dez fraquezas contra as quais todos nós devemos tomar cuidado. Uma delas é o hábito de tentar colher antes de semear, e todas as outras acham-se reunidas no hábito de arranjar desculpas para justificar cada erro que cometemos.
Aos olhos nus, não passava de um chuva repentina, mas aqui dentro soava como uma tempestade.
Quando os nossos sonhos se acabam,
fica um vazio imenso...
Uma vontade de parar...
De desistir de tudo...
É um período difícil,
em que as horas os minutos e
até os segundos são longos...
Não conseguimos progredir...
Falta vontade...
Falta motivação...
Nos fechamos para tudo e todos,
como se nada importasse...
Nada tivesse algum valor...
Vamos nos destruindo pouco a pouco...
Porque será que muitas coisas
em que acreditamos chega ao fim?
Acreditamos na felicidade eterna,
e muitas vezes, ela não passa de um
pequeno tempo...
Tempo suficiente para deixar uma
saudade infinita...
Até que um dia...
Um novo sonho começa a dar
o ar de sua graça...
Vem chegando de mansinho...
Tentando abrir os cadeados do
nosso coração...
Estamos trancados,
com um enorme medo...
Medo de sofrer de novo...
Mas mesmo assim,
o novo sonho vem chegando...
Trazendo na mala,
tudo de novo...
e como todo novo sonho,
é regado de novidades que fascinam...
Mexendo com emoções adormecidas... esquecidas... perdidas...
Trazendo de volta a emoção de viver,
de amar, de recomeçar!
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
É renovar a esperança na vida...
E o mais importante...
Acreditar de novo em você!
Sofreu muito neste período?
Foi aprendizado.
Chorou muito?
Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para aprender a perdoá-las um dia.
Sentiu-se só por diversas vezes?
É porque fechaste a porta até para os anjos.
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da sua melhora...
E depois...
É nesta hora onde tudo ressurge,
que podemos avaliar melhor a vida...
Temos que transformar
cada pequeno instante,
em grandes momentos...
Eliminar tudo que maltrata
o nosso corpo, o nosso espirito,
e dar lugar somente ao que nos engrandece
como ser humanos e filhos de deus!
E se os seus sonhos estiverem nas nuvens,
Não se preocupe...
Ele esta no lugar certo
Construa os alicerces, e suba!
Nunca desista de ser feliz!
35 anos para ser feliz
Uma notinha instigante na Zero Hora de 30/09: foi realizado em Madri o Primeiro Congresso Internacional da Felicidade, e a conclusão dos congressistas foi que a felicidade só é alcançada depois dos 35 anos. Quem participou desse encontro? Psicólogos, sociólogos, artistas de circo? Não sei. Mas gostei do resultado.
A maioria das pessoas, quando são questionadas sobre o assunto, dizem: "Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes". É o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia, solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.
Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse. Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.
Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se ganha em troca.
Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila por uma Samsonite e não precisa da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.
Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.
Toda mulher merece viver uma grande paixão, sentir um toque de ternura... nem que para isso tenha que pecar.
Linda morena, que encanto é você! Alegre, felina, dengosa, você é mais, muito mais que uma rosa num belo jardim. Você é luz que traduz felicidade pra mim!
O problema com a censura, é que eles se preocupam se uma garota tem peito. Deviam se preocupar se ela não tivesse.
Te amo com toda a inocência de uma criança, com toda a malícia de uma adolescente, mas acima de tudo, com todos os meus sentimentos de mulher!
Lições Práticas
Socialismo:
Você tem 2 vacas. O governo toma uma e dá para seu vizinho, que não tinha nenhuma.
Comunismo:
Você tem 2 vacas. O governo toma as 2 e dá a você um pouco de leite diariamente.
Fascismo:
Você tem 2 vacas. O governo toma as 2 e vende a você o leite.
Nazismo
Você tem 2 vacas. O governo mata você e toma as 2 vacas.
Burocracia de Estado:
Você tem 2 vacas. O governo toma as 2, mata uma e joga o leite da outra fora.
Democracia:
Você tem 2 vacas, vende as 2 para o governo, muda de cidade e consegue um emprego público.
Anarquismo:
Você tem 2 vacas, mata as duas e faz um churrasco.
Capitalismo Selvagem:
Você tem 2 vacas. Vende uma, compra um touro e o governo toma os bezerros como imposto de renda na fonte.
Neoliberalismo:
Você tem 2 vacas. O governo se apropria das duas, se endivida e as vende baratinho para os gringos, devolvendo a dívida para você. E você ainda paga um absurdo pelo leite que era seu.
Cada novo dia é uma dádiva especial para você ser feliz... receba... sorria... acredite... o dom da felicidade está dentro do seu coração.
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