Eu sou uma Pessoa Timida

Nunca lamente uma ilusão perdida, pois não haveria fruto se a flor não caísse.

Só fui à falência duas vezes. A primeira, quando perdi uma causa. A segunda, quando a ganhei.

O ódio é a tristeza acompanhada da ideia de uma causa exterior.

A verdadeira esperança é uma qualidade, uma determinação heroica da alma. E a mais elevada forma de esperança é o desespero superado.

A juventude é uma coisa maravilhosa. Que pena desperdiçá-la em jovens.

A vida é enfadonha como uma história contada duas vezes.

A maneira de apreciarmos uma coisa é dizermos a nós próprios que a podemos perder.

Sem uma língua comum não se podem concluir os negócios.

Uma comissão consiste de uma reunião de pessoas importantes que, sozinhas, não podem fazer nada, mas que, juntas, decidem que nada pode ser feito.

A alma é uma fogueira que convém alimentar, e que se apaga dado que não se aumente.

O sucesso tem uma estranha capacidade de esconder o erro.

A primeira qualidade de um comandante é cabeça fria para receber uma impressão correcta das coisas. Não deve deixar-se confundir quer por boas quer por más notícias.

Ouvi uma piada uma vez: Um homem vai ao médico, diz que está deprimido. Diz que a vida parece dura e cruel. Conta que se sente só num mundo ameaçador onde o que se anuncia é vago e incerto.
O médico diz: "O tratamento é simples. O grande palhaço Pagliacci está na cidade, assista ao espetáculo. Isso deve animá-lo."
O homem se desfaz em lágrimas. E diz: "Mas, doutor... Eu sou o Pagliacci."
Boa piada. Todo mundo ri. Rufam os tambores. Desce o pano.

(Watchmen)

A vida é uma aventura ousada ou nada.

Há cem mil maneiras de perder o amor de uma mulher, e a única que não se previu é, precisamente, a que se realiza.

O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo.

A medida de uma alma é a dimensão do seu desejo.

O último esforço da razão é reconhecer que existe uma infinidade de coisas que a ultrapassam.

A civilização é uma ilimitada multiplicação de necessidades desnecessárias.

O moralista é como um sinal de trânsito que indica para onde se pode ir para uma cidade, mas não vai.