Eu sou uma Mulher Super Perigosa
Não sou mais uma menina...
Minha pele não é mais de porcelana e nem meu cabelo a cor natural.
Meus olhos necessitam de ajuda e meu corpo não obedece mais a disposição cerebral.
Não sou mais uma menina...
Conheci muita gente,
Poucas vieram e ficaram.
Outras deixei ir e outras passaram.
Não sou mais uma menina...
Prefiro enxergar detalhes.
Apreciar momentos com louvor.
Valorizar o presente, o futuro não me pertence e lembrar do passado como grande professor.
Não sou mais uma menina...
Vivi alegrias e realizações.
Vivi também tristezas e decepções.
Disse : Obrigada! Quando acertei.
Disse : Perdão! Das inúmeras vezes que errei.
Não sou mais uma menina, pois tenho aprendido a contar meus dias para alcançar sabedoria
Amadureci e se Deus me permitir, continuarei neste processo progressivo dia a dia.
Sou como
um pássaro
preso em uma gaiola.
E, quando estou perto da liberdade,
eles cortam minhas asas de novo
e me colocam novamente na gaiola,
onde só há
silêncio
e
vazio.
Fazem questão de lembrar
que sou um pássaro que não pode voar,
que também não pode ser livre.
Não me alimento mais do que colocam na gaiola.
Não faz sentido querer continuar insistindo
naquilo que nunca vai acontecer.
Sou um pássaro perdido em um sonho impossível:
o de um dia ser livre para voar
para o mais alto
e mais longe possível.
Soneto 03 - Queda Livre
FrAgmEntOS...
Sou uma base completa
Dividida por inúmeras partes.
Cada qual com a sua arte
E de formas repletas.
Já fui a muito tempo
Apenas um único pedaço.
E se destruí igual o aço
Que foi largado ao relento.
Também já me embaralhei,
E juntei tudo erradamente.
Notei que havia partes ausentes,
E de novo me estraçalhei.
Hoje carrego comigo o essencial.
O restante ficou perdido, não é mais fundamental.
(Des)encaixes
Sou uma peça defeituosa neste quebra-cabeça da vida, tão fragmentado. Não tenho um lugar de encaixe, não. Estou desconectado das outras peças. Talvez eu deva cortar os meus excessos, minhas ásperas arestas que me impedem de encaixar-me neste tão cruel jogo.
Estou vencido, talvez tenha desistido ou mesmo nunca tenha tentado coisa alguma. Devo despir-me das ilusões, das expectativas vãs, para poder encontrar uma peça que possa me completar. Devemos lutar para conquistar o nosso espaço, mas tudo isso me pesa.
A pele que visto é errada; rasguei-me e de mim nada restou. Esta é a razão do meu sofrimento e das coisas fugidias. Quem me dera pudesse resolver este grande desafio, montar este estúpido jogo e dar-me por satisfeito.
Às vezes a vida é traiçoeira, e o destino parece um enigma insolúvel. Mas para mim, a vida nunca foi senão uma acompanhante de sentir. Compreendi finalmente que a sua beleza está na futileza. Aproveitar a vida, deixe-me ser azarado no jogo; tenho tido azar na sorte, mas a minha sorte está no amor, ah, e como eu amei.
Sou daquelas pessoas que, quando a beleza da música ou a força de uma história tocam a alma, meus olhos se enchem de lágrimas...
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
.
Sou uma daquelas pessoas que, quando algo toca a alma, choram—seja por tristeza, encanto ou pela pura beleza de um momento.
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
.
Nada mais faz sentido.
Sou prisioneira em uma guerra interna, não tenho para onde fugir.Meus inimigos são dúvidas e medos, batalhas travadas em silêncio.
Me pergunto quem sou,para onde vou?
Caminho entre sombras e incertezas,buscando uma luz que me guie.
Preciso me manter constante, firmar meus pés no chão, encontrar força no caos e seguir.
Me encantei por uma idiota.
Me apaixonei por uma medrosa.
Amei uma covarde.
Hoje sou a que encanta.
Jesus perdoou demais, morreu
Lampião confiou demais, morreu
Sou tipo um general que lidera uma tropa vinda do breu
E eu não confio, nem perdoo, por isso mandaram eu!
“O Universo Ainda Sonha”
— Uma meditação poética em escala quântica
Sou feito de quase.
De talvez.
De não ainda.
Sou partícula que hesita,
onda que se dobra sobre si,
possibilidade que respira
antes de ser.
O universo não é sólido.
É uma canção suspensa
num campo invisível.
Cada átomo vibra —
não como certeza,
mas como desejo.
O tempo?
Não corre em linha.
Ele espirala.
Há instantes que existem
em superposição:
passado e futuro
emaranhados
no mesmo agora.
O que você lembra
ainda está acontecendo
em alguma dobra do tecido cósmico.
O espaço?
Não separa.
Disfarça.
O que ocorre em ti
reverbera em mim.
Choram estrelas que ainda não nasceram
nos olhos de quem agora duvida.
Chama-se entrelaçamento —
ou talvez,
aliança sutil.
A luz me ensina contradição.
Ela é partícula,
ela é onda.
É uma e muitas.
É presença e ausência.
É o verbo e o silêncio.
Eu também.
Sou sólido para quem me toca,
mas dissolvo-me
quando ninguém está olhando.
Heisenberg sorri no escuro:
“Não podes saber tudo.”
Quanto mais miras meu lugar,
menos sabes meu ritmo.
A vida, então, é incerteza sagrada.
O conhecimento,
um afeto que se contenta em não fechar a equação.
O observador cria o mundo.
A função de onda —
esse poema cósmico de possibilidades —
colapsa
quando você decide olhar.
Não é o mundo que acontece.
É o olhar que o inaugura.
Talvez a realidade inteira
seja tímida.
E só exista
quando encontra atenção amorosa.
No vácuo, há dança.
Mesmo no nada,
há flutuações.
O vazio é fértil.
É berçário de energia.
É o escuro onde o universo
ensaiou seu primeiro choro.
Talvez tudo tenha começado
com um sussurro quântico.
Um leve tremor.
Uma vibração inicial
que não era matéria,
mas intenção.
E do silêncio surgiram campos.
Dos campos, partículas.
Das partículas,
nós.
E ainda assim,
somos lembrança do todo.
Não estamos no universo.
Somos o universo
pensando sobre si mesmo.
Cada escolha tua
colapsa infinitos mundos.
Cada gesto de amor
reconfigura o campo.
Cada palavra sussurrada com verdade
altera a equação cósmica.
Talvez o livre-arbítrio
seja a capacidade
de decidir qual universo
queremos habitar.
E no fim —
ou no começo —
não haverá julgamento,
nem fórmula final.
Apenas uma pergunta
ainda pulsando no vácuo:
“Você dançou comigo?”
E se a resposta for sim,
o universo sorrirá
— e sonhará de novo.
Amo escrever! mas sou anônimo nas minhas escritas, escrever me faz bem, é uma forma de desabafo, a caneta é minha boca, o papel o ouvido que ouve.
QUEM DISSE QUE SOU POETA?
Quem disse que sou poeta?
Que tenho uma escrita boa?
Que a vida mantenho aberta,
Aos olhos de quem a destoa?
Quem disse que sou poeta?
Quem disse que poesia voa?
Talvez esteja em linha reta
Distante do mestre, Pessoa!
Quem disse que sou poeta?
E ando nas noites de Lisboa?
Saindo e entrando de festa
Seduzindo, seduzido, à toa?
(QUEM DISSE QUE SOU POETA? - Edilon Moreira, Setembro/2024)
Desculpa se sou demais,
é que o seu jeito de me fazer subir pelas paredes
Durante uma simples conversa a sós
Me fez viciar em você.
Caminhoneiro.
Sou filho de caminhoneiro, com muito orgulho. Sei o quanto essa é uma classe sofrida, muitas vezes invisível, mas que move o Brasil todos os dias.
Esses heróis das estradas enfrentam madrugadas geladas, dias de calor escaldante, longas distâncias, perigos e saudade, tudo para garantir o pão de cada dia em casa.
Muitos pensam que caminhoneiros ganham rios de dinheiro, mas não enxergam as despesas que consomem tudo: parcelas do caminhão, seguros, pneus, pedágios, alimentação, manutenção, fretes mal pagos, a falta de segurança nas estradas e o combustível que só aumenta.
O que mais admiro é a coragem inabalável de quem, mesmo cansado e longe de casa, nunca desiste de lutar por quem ama.
Sempre amei caminhões, cheguei a sonhar em seguir os passos dele. Mas confesso que não tive a coragem que ele tem de ficar dias, semanas ou até meses longe de casa.
Pai, tenho orgulho imenso de você.
Orgulho da coragem e da força de todos os caminhoneiros, que carregam não só cargas, mas sonhos e esperanças por cada quilômetro rodado.
Parabéns a você, Pai, e a todos os caminhoneiros pela união e dedicação. Estamos com vocês, e sempre estaremos!
Suave como uma pluma, forte como um trovão
Sou brisa que toca a face,
silêncio que acalma o chão,
mas carrego em mim o eco
de um antigo trovão.
Caminho leve nos campos,
como quem dança no ar,
mas meus passos têm raízes
que sabem onde pisar.
Falo com voz de esperança,
sussurro feito oração,
mas guardo no peito o grito
de toda libertação.
Não sou só flor nem espada,
nem só ternura ou razão —
sou amor que não recua,
sou fé, sou transformação.
Sou luz que rompe a névoa,
sou sombra em contemplação:
suave como uma pluma,
forte como um trovão.
Suave como uma pluma, forte como um trovão
por Alex Zanute Dias
Sou feito de silêncio e tempestade,
de calmaria e contramão.
Carrego no peito a leveza do amor
e nos olhos, o peso da superação.
Já fui vento que acaricia
e também vendaval que desaba.
Já fui lágrima escondida no lençol da noite,
mas também riso que renasce na alvorada.
Minha voz pode ser sussurro
que embala a alma em oração,
mas também é clamor que rasga os céus
quando a dor transborda o coração.
Sou feito da ternura que acolhe,
mas também da força que não se curva.
A vida me ensinou a ser pluma no ar,
mas também aço na luta mais dura.
Não sou frágil, nem pedra bruta.
Sou flor que brota em chão rachado.
Sou fé que se ergue após o abismo,
sou grito de quem foi calado.
Suave como uma pluma que dança,
mas quando é preciso,
forte como um trovão
que acorda o universo adormecido.
Sou um espírito em missão na Terra
Dizer isso não é apenas uma frase. É uma declaração de consciência. É o reconhecimento profundo de que estamos aqui não por acaso, mas como viajantes cósmicos em busca de algo que ultrapassa o tangível. Essa missão é silenciosa, mas pulsante. Ela se revela nos detalhes do cotidiano, nas inquietações da alma e naquela saudade inexplicável de um lugar que não se encontra em mapas: o lar espiritual.
A jornada começa com perguntas que ecoam desde sempre.
Quem sou eu? Não a profissão, o nome ou o papel social, mas a essência que observa tudo isso. Sou consciência, sou luz, sou memória ancestral de um universo que pulsa dentro de mim.
De onde vim? De dimensões onde a vibração é mais sutil, onde o tempo não aprisiona. Vim de um lar, de uma família cósmica, da Fonte, do silêncio profundo onde todas as almas são irmãs.
Como voltar? Não se trata apenas de um retorno físico, mas de reencontrar a frequência que nos reconecta ao divino. É voltar pela lembrança, pelo amor, pela verdade de ser quem realmente somos. A cada ato de empatia, a cada mergulho interior, damos um passo em direção ao lar.
E então surgem os sinais. Momentos em que o tempo parece desacelerar, encontros que mudam tudo, intuições que orientam sem explicar. São como trilhas brilhando sob os pés, como sussurros da alma dizendo: “Sim, esse é o caminho.”
E seguimos. Sabendo que a missão não exige perfeição, mas esforço, comprometimento e presença. Que o lar não é um ponto final, mas um estado de ser. E que, enquanto caminhamos, o universo nos observa com amor, pois somos, afinal, parte dele.
