Eu sou uma Mulher Super Perigosa
Lembro de quando eu acreditava em um mundo de super-heróis, de contos de fada, de princesas e naquele famoso ”felizes para sempre”. Nesse último, confesso: eu ainda acredito.
Sou a favor do costume de se beijar as mãos de uma mulher quando somos apresentados. Afinal, é preciso começar por algum lado.
A vida é muito perigosa, não só pelas pessoas que fazem o mau, mas pelas que se sentam para ver o que acontece
Desculpe, mas eu me amo o suficiente para não aceitar migalhas. Eu sou uma mulher, não sou uma formiga.
Estou doente da persistência de imagens, reflexos e espelhos. Eu sou uma mulher com olhos de gato siamês que por detrás das palavras mais sérias sorri sempre troçando da minha própria intensidade. Sorrio porque presto atenção ao OUTRO e acredito no OUTRO. Sou marioneta movida por dedos inexperientes, desmantelada, deslocada sem harmonia; um braço inerte, outro remexendo-se a meia altura. Rio-me, não quando o riso se adapta ao meu discurso, mas porque ele se implica nas correntes subjacentes do que eu digo.
Acho que a gente devia encher a cara hoje, depois a gente fala mal dos inúteis que se acham super importantes.
Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura
Minha mãe foi a mulher mais bonita que já vi. Tudo o que sou devo à minha mãe. Atribuo meu sucesso na vida à educação moral, intelectual e física que recebi dela.
Se há uma coisa que me faria terminar um caso seria se minha garota me pegasse com outra mulher. Eu não poderia tolerar isso.
Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.
Eu sou aquela mulher
a quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida
e não desistir da luta,
recomeçar na derrota,
renunciar a palavras
e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos
e ser otimista.
Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.
Nota: Trecho adaptado do poema Ressalva.
Você não enjoou de mim coisa nenhuma, não existe a moça perfeita, eu ainda sou a mulher imperfeita que você ama.
O fato de que sou escritora: uma mulher escritora, não uma dona-de-casa que escreve, mas alguém cuja existência, em sua totalidade, é comandada pelo ato de escrever.