Eu sou o q sou Mesmo Caindo me Levanto Sempre
Às vezes sou só silêncio tentando respirar entre lembranças. O pôr do sol me entende — ele também se despede bonito, mesmo doendo.
Não sou muito de expressar sentimentos, mas há sete anos cometi o maior erro da minha vida. Você tinha sido preso, e eu fui atrás, conversei com o policial, implorei para que o soltasse. Fizemos um acordo verbal: eu cuidaria de você.
Você foi solto, e eu praticamente obriguei que fosse direto dormir. Mas o vício falou mais alto.
Desceu para comprar um cigarro. Quando o trouxeram de volta, já estava todo espancado. Tinham sido seus próprios amigos — os mesmos que compartilhavam da sua miséria.
Levamos você ao hospital, mas por estar tatuado, sujo, fora dos padrões sociais, foi totalmente negligenciado. Nem exame fizeram.
Você estava com traumatismo craniano. Mas, por causa da droga no seu corpo, parecia lúcido. Voltou para casa, deitou para descansar… e entrou em coma. E ninguém percebeu.
O dia amanheceu, e você seguia “dormindo”. Mas estava convulsionando. Chamamos a ambulância. Quando chegaram e viram seu estado, pediram logo a UTI móvel. Mas quando ela chegou, era tarde demais.
Naquele dia, um remorso profundo se instalou dentro de mim. Me perguntei, e ainda me pergunto, se ao tirar você da prisão, não assinei — sem saber — sua sentença final.
Lembro das vezes que você aprontou com a minha mãe. Te busquei até na boca de fumo. Te agredi dentro da Cracolândia. A dona da boca me conhecia há anos, e me ligou:
— Vem buscar ele, ou eu mesma vou dar uma surra.
Mas meu ódio falou mais alto. Fui pessoalmente te agredir. Muitas vezes mandei o pessoal te dar um corretivo, na esperança de que você tomasse juízo. Mas Deus não quis assim. E muito menos você.
Hoje, tudo isso virou lembrança. E remorso.
E o remorso é o pior sentimento que um homem pode carregar.
Em 2018, deixei de ser ateu. Depois de vinte e três anos sem acreditar em nada, fui parar numa igreja. Padre Cairo me viu e disse:
— Vejo que você está atribulado… e com ódio no coração.
Pediu para rezar por mim. Colocou a mão sobre minha cabeça, e orou. Pediu a Deus e a Santa Luzia que arrancassem aquele ódio, aquela vingança silenciosa que me corroía.
Naquele dia, nasceu uma chama minúscula de fé dentro de mim — quase invisível, mas real. E até hoje ela luta para não ser apagada.
Peço muito a Deus, à Nossa Senhora e à Santa Luzia que eu nunca perca essa fé. Que meus caminhos não se cruzem mais com o homem mau.
E que Deus, sempre, possa estar ao meu lado.
Contradições
Sou contraditório.
Às vezes acho que sou um escritor “bom”.
Quando releio o que escrevi e sinto algo real.
Como se as palavras fossem minhas cicatrizes com nome.
Outrora, vejo que sou apenas um iniciante.
Perdido entre ideias soltas,
com medo de nunca ter algo original pra dizer.
Me sinto vazio por dentro.
Como se tivessem me secado aos poucos,
sem que eu percebesse.
Mas transbordo nos meus textos quando ninguém tá olhando.
Textos de puro sentimento.
Intensos demais.
Quase vergonhosos.
Quase como se alguém estivesse me lendo por dentro.
É um excesso disfarçado de ausência,
uma sobrecarga emocional
camuflada de silêncio.
Duvido do meu valor.
Todos os dias.
Nos detalhes, nos silêncios, nas comparações que faço com os outros.
Mas luto pra tentar demonstrar.
Escrevo, continuo, me exponho.
Mesmo com medo de não ser suficiente.
Mesmo tremendo.
Porque cada palavra é
a prova viva de que eu ainda sinto algo.
E enquanto escrevo,
ainda resiste em mim uma parte que sobrevive.
Acredito que ninguém virá me ajudar.
Porque aprendi a não esperar.
Aprendi que ajuda demais decepciona.
Mas escrevo como quem espera ser encontrado.
Como quem joga garrafas no mar.
Esperando, secretamente, que alguém leia as entrelinhas.
Mesmo negando, ainda há em mim um farol aceso.
Me recuso a sonhar.
Como se sonhar fosse um luxo que não me pertence mais.
Como se já tivesse sonhado o suficiente por uma vida inteira.
Mas sonho todos os dias.
Com vidas que não vivi.
Com amores que só existem no papel.
Com finais felizes que nascem só na minha cabeça.
É a forma que encontrei de viver sem me iludir...
mas também de não desistir por completo.
Temo eu não ser mais eu.
Como se, aos poucos, partes de mim tivessem sido arrancadas.
Trocadas.
Desgastadas.
Como o navio de Teseu —
onde já não sei mais quais partes ainda me pertencem.
Mas tento me reconstruir todos os dias.
Com pedaços de ontem.
Com fragmentos de silêncio.
Com a coragem frágil de continuar escrevendo.
Porque escrever ainda é a única maneira que conheço
de tentar voltar pra casa.
Me enxergo em tudo que faço.
Mesmo que não percebam.
Mesmo que ninguém veja.
Mas precisei de uma segunda opinião
pra me ver nas contradições.
Doeu escrever tudo isso.
Mas sinto que essa dor faz parte
da “cura” que nunca virá.
“Poesia nas estações”
— Sou feita de PRIMAVERA, que
desabrocha a luz do luar
— Recorro à solidão para poetizar!
— Sonho poder congelar o tempo para resguardar e perpetuar o momento!
— Me encanto com jardins floridos, um convite ao colibri!
— Visto o melhor sorriso, e saio por aí,
a espalhar ternura, e assim
fechar brechas e fendas, do rancor e da amargura!
— Sou feita de VERÃO, raios de sol, à embelezar!… bronzear!… poetizar!…
— Feito a água do mar beijando areia
— Feito o frescor da brisa, numa
noite de lua cheia, embelezando o céu estrelado,
em um momento de ilusão,
penso até ter visto uma sereia!
— Sou feita de OUTONO, que enxerga a beleza na natureza, das folhas secas pairando no ar, que voam pra lá e pra cá,
acredito que elas são amantes dos poetas, e os seduzem a poetizar!
— Sou feita de INVERNO, a estação dos abraços prolongados!
— Do vento que assovia tinindo, pra todo (lado)
— Da chuva mansinha, da garoa fria que chega plácida.
— Quando o frio se põe entediante, poetizamos, para torná-lo interessante!
Rosely Meirelles
Fácil é você abrir a boca e me julgar pelo que imagina que sou... Desafio a você usar as minhas havaianas e percorrer o trajeto que já percorri nesses 4.2 e quando chegar onde já estou, aí sim poderá falar algo sobre minha vida nos aspectos vivenciado por mim até hoje: Sentimental, profissional, familiar, religioso, financeiro, etc.
"Uso o semblante desta minha orquestra sinfônica mal regida para falar de amor. Sou dono deste palco que não para de ranger. Reerguendo-o descauteladamente, me vingo dos meus pertinentes medos que atemorizam-me continuamente, rompendo minha razão. Razoavelmente falo de amor, mas se eu estiver falando de amor, pouca razão tenho. Então razão eu tenho dizendo que não tenho-a e e desta falta de regência, ligo as luzes do palco atraindo o publico falando deste amor mal regido por mim"
- John
Quem disse que não sou escritor? Sou poeta e quem disse que o poeta também não é um escritor? Temos de refletir isso!
Não sei de nada
e nem faço questão de saber.
Não sou dona da razão
e nem faço questão de ser.
Vivo tentando acertar
com meus próprios erros.
E no fundo
o que mais quero
é VIVER!
NÃO SOU TÃO FORTE QUANTO PAREÇO
Profª Lourdes Duarte
Não sou tão forte quanto pareço. Tento parecer forte a todo momento,
ser aquela que não desiste e não tem medo de enfrentar desafios , suportar as dores e curar as feridas.
Mas na verdade sou uma mulher indefesa, cheia de cicatrizes, marcas dos vendavais da vida. Carente de carinho compreensão, um ombro amigo... Não sou tão independente quanto digo ser, e nem tão feliz como deveria ser. Tenho sonhos distantes, que talvez jamais se realizem, mas continuo sonhando, até o ultimo pulsar do coração.
Quem me vê não diz o que passa dentro de mim. Quem me conhece na verdade não me conhece. Nem eu mesma me conheço totalmente!
Pareço forte, decidida, pra quem olha de longe, mas pra isso eu preciso de alguém que segure a minha mão ...
Afinal, vivemos tentando ser feliz.
Não sou tão forte quanto demonstro ser, minha força vem de Deus. As experiência são importantes. As coisas ruins me ensinam a viver. As coisas boas me mantém viva!!! Assim ambas são fundamentais. Como diz um autor desconhecido, “Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes”.
Profª Lourdes Duarte
É disso que sou feita !!
Fui feita da naturalidade, do abraço fraternal e do amor.
Fui feita dofrescor da natureza
Do olhar com amor , da doçura e da leveza de uma flor.
Fui feita dadelicadeza de gestos , das flores espalhadas pela casa , e dos toques suaves em cada canto.
Fui feita dos mimos , de tudo que alimenta alma e tenta aprimorar o meu ser.
Fui feita do silêncio todas as noites , das musicas orquestradas e da penunbra da noite destilando amor.
Da brisa suave levantando as cortinas e me enebriando de paz e harmonia .
Sou feita do aconchego com a minha propria alma , me dando descanso , quietude e elevando meus pensamentos tdas as noites a excelencia .
Fui feita de sentimentos diversos e coloridos , e me sinto presentiada por Deus .
Fui feita disso, desses encantos que acariciam a alma , destas gostosas delicadezas suavizantes , basta me deixar adentrar.
Quem realmente quis me conhecer , conseguiu saborear destas delicadezas, suavidades e amor .
Quem teve pressa , não conseguiu me descobrir e me conhecer..
Mais tambem não posso deixar de reconhecer que sou amarga , sou juma quando necessito ser.
Simone Vercosa
Não sou de guardar mágoa ou rancor de ninguém, aprendi que a vida é para ser vivida, e o perdão para ser liberado.♥️
Qual a minha religião? Não sou agnóstico, muito menos cético! Atribui-se religiosidade em mim. Seria a que me faz ver o que vejo, sinto e percebo. Vejo, percebo e sinto a obra do grande Criador da imensidão desse infinito universo!
Nunca tive a oportunidade de mostrar quem realmente sou, em questão de personalidade e cidadania. A escola me forçou a ser assim.
"E sou o tempo que, avançando, destrói o mundo."
Dialogo do deus Krsna e Arjuna, fragmento extraído do Bhagavad-Gita, XI, 32.
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