Eu Sonho o que eu quero Pedro Bandeira
Você só conseguirá se relacionar com outras pessoas na mesma profundidade com a qual você se conecta consigo mesmo.
Quem é raso consigo mesmo está fadado a viver relações igualmente superficiais.
Amo a vida por ter vidas.
vidas! são linhas do tempo onde cada um escreve as suas histórias e muitas não são lidas. Feridas? Despedidas? são lembrança de uma vida, gravada na memória de várias vidas.
Uma peça de teatro
A corrente do tempo não para
Ela corre, anda e se rasteja, mas não volta
O cenário vai trocando, o ator vai mudando
E o público vai rindo e chorando
O ator que um dia existiu não existe mais
Mas se tratando de meros mortais
As novas possibilidades aparecem
Novo sabor, nova amizade e novo amor
Me pergunto sempre, Deus, o que eu sei
Já que a todo instante tudo muda
Tentando capturar as suas linhas tortas
Mas isso só gera uma dor aguda
Em meio a isso, apenas navegarei
No palco do mundo, não somos reis
Em sua vastidão, o torto se transforma em padrão
Aprendendo e vivendo na imperfeição
No eco do silêncio, o tempo nos ensina a ouvir
A voz do coração, o sussurro da alma a fluir
Aprendemos que cada adeus é um novo começo
E se for assim, eu te agradeço
Labirinto da Serenidade
Oque está em minha cabeça
Não é um abismo gigante, e sem lógica,
Mas sim, um labirinto intrínseco e nostálgico,
Um espelho da alma, reflexo constante.
Ele faz parte de mim, temente reconhecido,
Pelas nossas necessidades humanas de compressão,
Meu ser vagueia, às vezes anseia, por própria redenção,
Num universo interno, labirinto, onde ecoa minha canção.
Mas ele é o que é, "nada", um grande vazio,
Uma tela branca pronta para ser pintada com desvario,
Onde as cores da alma se misturam com o desconhecido.
Aproveite da sua companhia, do sutil manto que envolve,
Despindo-se dos medos, que na mente corroem e dissolvem,
Aceitando o nada, a serenidade no vazio se resolve.
Tanto eu e você, vejo uma criança confusa, querendo
Compreender os misteriosos porquês, a vida aprendendo,
No reflexo dos olhos, perguntas sem respostas, apenas sendo.
Cada pensamento, embora possa parecer um labirinto,
Trás em si a essência, e na sua exploração, o distintivo,
De que, mesmo na obscuridade, podemos encontrar um caminho instintivo.
Onde os demônios se transformam em aliados,
Os pensamentos abissais tornam-se ancorados em mares não-navegados,
E a cada questionamento, um novo universo é por nós criado'
No final, somos todos crianças, entre o tudo e o nada,
Buscando respostas, numa jornada,
Descobrindo, que na incerteza, também se encontra a estrada.
Memórias de Jo
De forma hospitaleira e pura
Guardo como guia o que restou
Um exemplo claro, para comparação
Se não chegar perto, não me conquistou
A conjuntura se esvai
Frugal é o gesto que me atrai
Pela delicadeza do seu enredo
Infindável é o símbolo conquistado
Luas vividas, memórias de ovos com pão
Clamar por grãos de areia, de televisão
Doce é a chuva em minha própria canção
Regozijam os que entendem a verdade
Inerente é o crepúsculo da saudade
Na natureza a ampulheta tem a sua fiel lealdade.
Me sinto tão só e triste...
Estou apenas sobrevivendo...
Buscando algo que me complete...
Mas não encontro nada, a não ser partes de um quebra-cabeças que nunca irei completar...
“A expressão da divindade não está no tamanho de um cofre, mas nos atos praticados e no que alimenta o pensamento”. Pedro Ramon
Ser rico, é deitar e dormir. O legado mais sublime do Ser humano é compreender um sentimento que vê riqueza na pobreza”. Pedro Ramon
Ainda que o mal se levante contra você que é justo e bom de coração e te vença, Deus colocara o mal abaixo do seus pés na próxima vida!
Na passagem do vento descobrir o tão simbólicas são as rosas das quais de teu perfume saiu, pois por elas que me lembro da sensação da sua presença.
No passar dos anos aprendi o quão deslumbrante seriam os dias de verão se as estrelas que estão nos céu brilhassem Como seus olhos exultantes fulguravam.
No passar dos meus pensamentos em minha mente lúcida descobri tantos detalhes em que o oceano se inspirou no seu corpo para que as ondas pudessem serem criadas.
Na sua falta foi quando descobri outro sentido se não o qual amor que sentia quando estava com você .
Se fosse escrever o jeito que vejo seu sorriso, poderia descrever como mil pequenas estrelas que me fazem sentir em um deserto vasto e finito, mas que não consigo ver o fim.
Uma vez vi a mais bela moça cantando em voz calma hinos suaves e cheios de amor, uma melodia angelical, que era dissipada ao vento, e pelo vento era levada ao corpo de toda a terra uma descrição da autora dessa voz. O vento, passando pelas areias da praia, anunciava o quão perfeito era seu jeito. As areias pularam de alegria e seguiram o vento em seu percurso, passando sobre o oceano. Exclamando o vento de sua beleza, fez o mar se apaixonar pelas curvas de seu corpo, que levou o oceano à inspiração para a criação de suas ondas. Então, o vento subiu ao céu e sussurrou para as nuvens o quão bela ela era, e curiosas as nuvens vieram em forma de chuva para contemplar tamanha beleza.
Declaração
Sento-me na calçada e acendo um cigarro
Atrás de mim, a festa
Ao meu lado, a bebida
Ante a mim, a sarjeta
Me vê de costas e se aproxima
Senta-se ao meu lado e me pergunta como estou
“triste”, respondo
E me pergunta o que me aconteceu
“ora!” exclamo
“não sabes? Foi tu”
“tu me aconteceste, inconveniente”
Me pergunta que mal me fez
“mal? Não, não, isso seria o de menos”
“quando já estava desistindo das pessoas, tu me apareceste”
“descendendo dos céus como a chuva que molha uma lavoura”
“com esses cabelos negros enrolados, esse carisma”
“seu sorriso de mármore branco”
“e esses olhos, ah os seus olhos...”
“olhos acesos de curiosidade e inteligência, pretos negros feito breu”
“um olhar marcante e tão único que até em fotografia não é possível capturar”
“oh, quantas vezes joguei fora desenhos de ti”
“por não sentir verdade nos teus olhos de papel”
“é evidente que te quero por mais do que um momento”
“mas você insiste em ser perfeita demais e interessada de menos”
Olha-me nos olhos e não me responde
Levanta-se sem expressão
Calada sai
Estraguei nossa amizade
O peso de ser
Na vida calma e sem graça,
O tempo se arrasta em monotonia,
Onde as pessoas só cobram
E a hipocrisia encontra moradia.
As cores do mundo parecem desbotadas,
E o riso se torna um eco distante,
Enquanto as cobranças incessantes
Transformam sonhos em frustração constante.
Na dança da vida, falta a música,
E os passos se perdem na descrença,
Enquanto a hipocrisia reina suprema,
Sufocando a verdade com sua presença.
Mas em meio ao vazio e à desilusão,
Ainda há uma esperança acesa,
Que clama por uma mudança,
Por uma vida plena e verdadeira, sem surpresa.
Quebrar as correntes da hipocrisia,
E deixar a autenticidade florescer,
É o caminho para uma vida que pulsa,
Com a verdadeira essência do ser.
Então que possamos erguer-nos,
E buscar a verdade com bravura,
Para transformar a vida sem graça,
Em uma jornada cheia de ternura.
Uma ilusão de 2 lados
Nos olhos cegos do amor, ela se perde,
Em um mundo onde a razão se esconde,
Atraída pela luz de um sonho incerto,
Que a leva por caminhos de deserto.
Ela não vê quem está ao seu lado,
O coração preso num laço apertado,
Por alguém que apenas em seus pensamentos reside,
Enquanto quem a ama, silencioso, desliza.
Vendada pela paixão, ela não percebe,
A presença sutil de quem a quer e a tece,
Em cada gesto, em cada olhar afetuoso,
Que implora por um espaço, tão amoroso.
Mas o amor a cega, a envolve num véu,
Ela busca algo além do que é real,
Perdida num labirinto de ilusão,
Ignora a verdadeira emoção.
Assim, ela segue, na sombra do amor sem visão,
Enquanto o verdadeiro amor, em silêncio, espera,
Que um dia ela remova a venda dos olhos,
E enxergue a felicidade ao seu lado, sem emaranhados.
LABIRINTO QUE HABITA EM NÓS
Na paleta sombria da vida em preto e branco,
Caminhamos nós, em loop infinito,
Onde o riso é efêmero e a tristeza é constante,
E a felicidade, apenas um breve aflito.
Ansiedade e cansaço, amarras que nos prendem,
Em meio a uma sociedade de máscaras e mentiras,
Nos sentimos como naufrágios solitários,
Em uma ilha deserta de almas vazias.
Cada passo é uma dança na corda bamba da existência,
Onde o sol se põe em tons cinzentos de resignação,
E a lua brilha com um brilho melancólico,
Sobre os destroços dos sonhos sem direção.
Somos peões em um tabuleiro de ilusões fugazes,
Onde o amor é um espelho quebrado de desilusão,
E a esperança se dissolve como areia entre os dedos,
Neste teatro de sombras, sem redenção.
No eco dos dias, ecoam vozes de silêncio,
Entre a multidão, nos sentimos estranhamente sós,
Como um quadro em branco, esperando a cor que não vem,
Somos poemas inacabados, em versos sem voz.
Não há final feliz nesta sinfonia de desencanto,
Apenas a melodia triste de corações desencontrados,
Onde o tempo se arrasta em um ciclo impiedoso,
E o vazio preenche os espaços, sombrios e deixados.
Assim seguimos, entre sombras e clarões passageiros,
Na dança eterna da busca por algo que se perdeu,
No labirinto de nós mesmos, nos encontramos perdidos,
E a vida em preto e branco, continua, sem adeus.
