Eu Sonho o que eu quero Pedro Bandeira
“Metade de mim é amor, e a outra metade é desapego. Metade de mim é saudade, e a outra metade é suficiência. É que metade de mim é encanto, e a outra metade é desprezo. E entre tantas metades, que eu já nem sei, escolhi ser completo por inteiro. É que metade de mim é sentimento, e a outra metade também.”
"Ciclo interminável"
Meus passos são cautelosos, a minha caminhada sobre esses trilhos são silenciosas,a minha voz não pode ser escutada
Meus segredos não serão mais conhecidos
Nunca mais reconhecerei meus próprios erros
Deixarei todos os meus medos distantes dos meus olhos,para não serem descobertos por quem tenta conhecê-los,sei que mais tarde vou me arrepender por tentar agir dessa maneira
Sinto que caminho em ruas erradas, escuto meu nome sendo chamado por vozes imaginárias que inventei, sei que se eu tentar andar em outro caminho irei andar nesse mesmo labirinto, sempre vou viver essa certeza,sempre andarei nesse ciclo interminável
Nunca saío desse círculo, sempre dou as mesmas voltas, não aprendi a dar apenas meia volta ,sempre ando nesse ciclo interminável
Se pudesse, recuperaria um pouco de mim que ficou espalhado pelas ruas,se pudesse recuperaria todas as minhas noites perdidas, não reconheceria todas as minhas certezas que hoje não existe mais dentro de mim,recuperaria de volta todos os meus segredos que estão guardados em sua casa
Mesmo sem saber o final,continuarei andando nessa nova estrada que surgiu em minha rota,talvez a paisagem que eu tanto procuro só exista nesse caminho desconhecido
Minha caminhada será mais cautelosa,meus passos serão mais silenciosos para eu não voltar andar pelos mesmos círculos do passado, mas sei que existirá de novo as mesmas recaídas de sempre, em fim entenderei que sempre vou viver essa certeza, sempre andarei nesse círculo interminável
Amor? O que é amor?
É um sentimento que tira a dor
Independente do que for
O amor é a cura
É algo que se situa
Algo dentro de você
Que bate forte pra valer
Então ame o quanto for possível
E não deixe o amor se tornar invisível
O verme e a estrela
Agora sabes que sou verme.
Agora, sei da tua luz.
Se não notei minha epiderme...
É, nunca estrela eu te supus
Mas, se cantar pudesse um verme,
Eu cantaria a tua luz!
E eras assim... Por que não deste
Um raio, brando, ao teu viver?
Não te lembrava. Azul-celeste
O céu, talvez, não pôde ser...
Mas, ora! enfim, por que não deste
Somente um raio ao teu viver?
Olho, examino-me a epiderme,
Olho e não vejo a tua luz!
Vamos que sou, talvez, um verme...
Estrela nunca eu te supus!
Olho, examino-me a epiderme...
Ceguei! ceguei da tua luz?
"Perguntaram a um mestre sufi o que era perdão. Ele respondeu: é a fragrância que a flor doa quando cortada."
COSTURA – Pareça ferir o tecido, mister da agulha do tempo conduzir a linha por diversos caminhos a coser histórias únicas de vida.
