Eu Sonho o que eu quero Pedro Bandeira

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As muitas fomes é o que impulsiona o sonho. Fome de nos sentirmos bem na nossa pele de espécie pensante.

Num meio-dia de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espirito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez com que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E porque toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando agente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espirito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."

E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

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Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É a minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
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Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

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Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?

Fernando Pessoa
Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática, 1946.

Rapunzel: E o que fazer quando você consegue realizar o seu maior sonho?
Flynn: Bom, essa é a melhor parte, você tem que encontrar um novo.

O mundo do sonho é silencioso como o mundo submarino. Por isso é que faz bem sonhar.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Não sei amar pela metade, sem exagero. Não sei me conformar com o quase, não sei sonhar meio sonho. Se amo, amo inteira, me entrego, sinto mais do que deveria. Se amo, amo e protejo, amo e me esqueço da existência de limites. Não sei cuidar só às vezes, não sei me preocupar só com o que devo, não sei não me importar com cada detalhe secreto teu. Se amo, amo intenso, amo ao extremo, amo ao quadrado multiplicado por um zilhão. Não sei amar por partes, com condições. Sou assim, vivo com o coração nas mãos, sou inquieta e não calculo conseqüências. Sou boa ouvinte e vou saber até o que você não diz. Vou te observar, mimar e te cuidar. Quando amo, sou sua, totalmente sua. Porque se amo, amo e pertenço, amo e sofro com tua dor. Se amo, te espero, te guardo, morro e continuo viva!

O Engenheiro

A luz, o sol, o ar livre
envolvem o sonho do engenheiro.
O engenheiro sonha coisas claras:
Superfícies, tênis, um copo de água.

O lápis, o esquadro, o papel;
o desenho, o projeto, o número:
o engenheiro pensa o mundo justo,
mundo que nenhum véu encobre.

(Em certas tardes nós subíamos
ao edifício. A cidade diária,
como um jornal que todos liam,
ganhava um pulmão de cimento e vidro).

A água, o vento, a claridade,
de um lado o rio, no alto as nuvens,
situavam na natureza o edifício
crescendo de suas forças simples.

Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....
trecho de maria maria

Espero que não sejamos um sonho que Deus sonha, ou nosso futuro será muito relativo.

O PEDREIRO E O CASTELO

Conheci um Pedreiro que dedicava sua vida a realizar seu maior sonho: ele queria construir um Castelo.

Mas ele trabalhava sozinho, seus recursos eram poucos, e havia dias em que ele nem conseguia avançar na Obra, mas ele persistia em sua tarefa ano após ano, até que o tempo de seus dias chegou ao fim, e eram muitos os que lamentavam o fato de ele nunca ter realizado seu sonho de terminar o Castelo, ao que ele retrucou com um leve sorriso em seu leito de morte: enganam-se todos, dizia ele. Me senti extremamente feliz e realizado todos os dias, ao assentar cada pequeno tijolo!

Atentai, pois, nestas palavras:
Teus sonhos não são construídos no futuro, mas no presente;
Haverão problemas e dificuldades, mas também haverão vitórias;
Aproveite, portanto, cada momento, caminhando e construindo
por que a Felicidade não está no fim, mas no caminho.

Sonho que sou Alguem cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a terra anda curvada!

E quando mais no ceu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...
E não sou nada!...

Sonho que se sonha junto é realidade.

Amizade é mais do que uma palavra, é mais do que uma união, é mais do que um sonho, é mais do que a realidade, é mais do que confiança, é mais do que sentimento, é mais do que defender, é mais do que proteger, é mais do que querer, é mais do que estar, é mais do que os olhos podem ver, é mais do que o coração pode sentir, é mais do que minha felicidade pode transmitir, é mais e maior do que tudo e só uma amizade verdadeira é capaz de passar por tudo e por tudo juntas, porque quando a gente tem um amigo, a gente nunca está sozinho e o que era dois vira um.

Um sonho é um desejo que o seu coração faz.

Charles Perrault
PERRAULT, C, Cinderela, 1697

Quando me vi tendo de viver comigo apenas
E com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei

No final, nós somos apenas algumas pessoas, vivendo debaixo do mesmo céu, sonhando o mesmo sonho.

Você já teve algum sonho que parecia ser real, e quando vai acordar, você só quer ficar na cama, mentindo com os olhos fechados para se prender a isso?

E se for difícil? Estou nem aí... é a minha chance, minha vida, meu sonho, minha vontade, não vou desistir tão cedo, não mesmo. Viver é arriscar e ser feliz!

Há mais ou menos trinta anos, havia violações de direitos, das pessoas com transtornos mentais. O confinamento, o abandono dos familiares e tantas coisas que se falavam...eu não vi,mas sei que famoso manicômios existiu . Pelo que ouvi,era um cenário sombrio , com conflito ético que envolvia o profissional da saúde mental. O paciente era pessoa sofrida excluída, e vivia escondida da sociedade,sem dó e nem piedade.
O tempo passou e defensores dos direitos humanos encontraram outros modos de acolher o sofrimento mental em espaços de convívio social.
Os serviços comunitários, como os Centros de Atenção Psicossocial, com profissional especializado e capacitado. Ótimas dinâmicas ,para instigar e poder reintegrar na sociedade.
Nas unidades básicas de saúde,surgiram os consultores em dependência química . Profissionais que passaram pelas mesmas dificuldades na vida e encontraram a saída.
Os trabalhos eram feitos na residencia, sem a interferência de outros profissionais. No conforto do lar o atendimento era humanizado de fala mansa e gentil,no conforto do lar, a dignidade resgatar.
O tratamento não era intenso e nem violento,nada de imposição,eles compreendiam os irmãos porque passaram pela mesma situação.
Abrindo um leque de possibilidades, alguns deles deixavam de frequentar a unidade. Só precisava de compreensão e,uma boa conversa indicava a direção.
Mas aos olhos da sociedade capitalista,isso não era bom. Os profissionais que trabalhavam com o coração,foram extintos,acabou se essa profissão.
Os caps ainda existem,diz se que houve uma evolução. A medicação ainda é necessitaria,e é feita uma seleção. O individuo tem que passar por uma avaliação. Nem sempre é possível ter o tratamento lá não.
A família que tem um "saúde mental" vivem em dor e sofrimento. Porque é muito difícil conviver com o diferente e não ficar doente.
O desespero dos familiares não dá para comparar: Uns querem internar para se livrar. Outros querem descansar de tanto sofrimento,porque viver com estas pessoas é um tormento. Ha o familiar que realmente quer ajudar e até se compromete a acompanhar,fazendo o que preciso for..entre os envolvidos...uns cuidam com ódio e outros com amor.
O entorpecer é bem antigo ,desde o inicio das civilizações,por religiões,em diversas situações e em todas as nações..
Não ha capacitação profissional que possa resolver ,sem procurar entender que a confusão deste irmão vai além da mente e da dor que se sente. o chamado alucinação,na maioria das vezes não é ilusão,é a realidade da criatura sendo levado a fazer o que nem eles sabem dizer.E muitas vezes , apesar de não querer,continua a fazer sofrer quem lhe estende a mão. Entupir de medicação só vai piorar a situação.É preciso olhar com nova visão....após a morte, os espíritos continuam a disputar afeição e vão traçar empreitadas de vingança e violência com quem esta em sintonia de mesma vibração.
O não saber,não permite o entender e ,o continuar nesta situação vai pernoitar e amanhecer enquanto o saúde mental viver.....
Espírito desencarnado sugere ao pobre coitado, que muitas vezes sem querer por falta de não entender,sofre e faz a família sofrer....

Nem todos que sonharam conseguiram, mas pra conseguir é preciso sonhar.

Gabriel O Pensador

Nota: Trecho da letra da música "Como um Vício"

Em algum lugar pra relaxar eu vou pedir pros anjos cantarem por mim
Pra quem tem fé a vida nunca tem fim...

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