Eu Sofro porque te Amo Pensa um pouco em Mi

É menos aborrecido ver a mulher que amamos ser possuída pelo marido que por um amante rival.

Um verdadeiro amor é segunda inocência.

Um noivo é um homem feliz que está prestes a deixar de sê-lo.

Cada alegria é um proveito, e um proveito é um proveito, por mais pequeno que seja.

Prefiro embarcar com um canibal sóbrio do que com alguém civilizado e bêbado.

A verdadeira glória de um vencedor é a de ser clemente.

Conhecer a fundo, e tal como é, um ser humano, e amá-lo, é impossível.

Com que direito os deuses imortais rebaixariam um homem virtuoso ao ponto de o recompensar?

Para sobreviver no futuro, você deve tornar-se um viciado em novidades. Abandone o passado e construa as oportunidades com base na imaginação.

Uma obra de arte é um canto da criação visto através de um temperamento.

Vocês sabem que numa corrida, embora todos os corredores tomem parte, somente um ganha o prêmio. Portanto, corram de tal maneira que ganhem o prêmio.

De um mal deriva outro.

Prova-se a virtude de um homem apenas na hora do perigo.

Um vasto plano seria inútil.

Que grande peso é um nome demasiado famoso.

Um braço vigoroso não é mais aguerrido contra a lança do que um braço frágil; são o caráter e a coragem que fazem o guerreiro.

Não tenha medo de dar grandes saltos. Você não consegue atravessar um abismo dando dois pulos pequenos.

O Cão Sem Plumas

A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.

O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.

Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.

Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.

Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.

Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.

Parece, na verdade, que nós nos servimos das nossas orações como de um jargão e como aqueles que empregam as palavras santas e divinas em feitiçarias e em efeitos de magia.

Não haverá, entre um espírito que abarrota de invenções alheias e outro que inventa por si próprio, a mesma diferença que vai de um recipiente que se enche de água à fonte que a fornece?