Eu Sofro porque te Amo Pensa um pouco em Mi
Primeiramente, me espanta o fato de todos terem certeza absoluta de que você vai morrer. Eu prefiro encarar a morte como uma hipótese. Mas, no caso de acontecer, serei obrigada mesmo a cumprir todas estas metas antes? Não dá pra fechar por cinquenta em vez de cem?
"E naquele momento eu pensei que poderíamos ser infinitos se fossemos música. E isso explica tudo, mas ninguém entende. Você entende. Mas cadê você?
Quando vai dando assim, tipo umas onze da noite, o horário que a gente se procurava só pra saber que dá pra terminar o dia sentindo algum conforto. Quando vai chegando esse horário, eu nem sei. É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente, precisar principalmente fugir desse algo. E daí se vai pra onde?"
Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranquila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.
(Crônica Mistério)
Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.
(Crônica Ainda sem resposta)
Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável.
(Crônica Um degrau acima: o silêncio)
Guarde sua capacidade de rir descontroladamente de tudo. Eu, às vezes, só às vezes, também consigo. Ultimamente, quase não. Porque também me acontece – como pode estar acontecendo a você que quem sabe me lê agora - de achar que tudo isso talvez não tenha a menor graça.
De repente, eu olho para trás
e penso que eu já disse o suficiente.
Agora, se estas palavras tiverem valor
e encontrarem bons sopradores
elas continuarão fluindo pelo mundo, tempo após tempo...
E, não, isto não é uma despedida,
nem muito menos significa que deixarei de escrever.
Vez ou outra eu virei aqui deixar um recado pra vocês.
Quem sabe, daqui a uns dias eu até lhes trago algumas histórias
para emocionar ou fazer sorrir...
Na verdade, eu sempre escrevo mais do que publico
- tenho consideração pelo leitor, então maior parte vai pro lixo.
Mas escrevo sempre, todos os dias, toda hora,
porque é deste modo que eu respiro
então eu não posso mesmo parar de escrever.
Mas neste momento eu olho para trás
e realmente penso que eu já disse o suficiente.
Agora é hora de seguir adiante...
No caminho...
Até porque é sempre bom lembrar que...
Eu sou apenas um cara no caminho.
Cada vez que eu cumprimentava uma pessoa, dava três giros em torno do próprio corpo. Eu era o próprio rock. Eu era Elvis quando andava e penteava o topete. Eu era alvo de risos, gracinhas, claro. Eu tinha assumido uma maneira de vestir, falar e agir que ninguém conhecia. Claro que eu não tinha consciência da mudança social que o rock implicava. Eu achava que os jovens iam dominar o mundo.
Metido a escrever (1984)
(Por que se eu não escrevesse por certo morreria)
Eu, louco do absurdo
Cansado de cansaços
Desmorono-me em breves reticências
Meus dentes caem
Meus lábios doem de tanto arder
Ardor de falar
Palavras inúteis
Poeta do caos
Imbecil como uma criança
Imprudente como uma mulher
Estômago ácido-espelho-da língua?
Sem Titulo (1984)
Eu minha lanterna e o peixe Felipe. Cheio de coisas para botar pra fora e não tenho quem ouça.
- Quem tem um ouvido aí?
O que eu despejo no papel do caderno? Caderno tem ouvido? Será que ele entende minha angústia? Será que as linhas frias do caderno me bastam? Ahhh! que besteira enorme é escrever, e no entanto se não o fizesse eu por certo morreria... Mas... Morreria de fato... mesmo.
Escrever... escrever... escrever...
Tudo já foi escrito; mas não importa.
Não caminhe atrás de mim:
Eis que eu não sou nenhum mestre.
Mas também não caminhe na minha frente
porque nenhum líder eu sigo.
Se quiseres, pois, seguir caminho comigo
caminhe apenas ao meu lado,
seja, apenas, meu amigo.
SÚPLICA AO ESPÍRITO SANTO
Se eu andei em erro
Se eu andei em erro...
Ó, Espírito, cura
Me faz limpo
Se eu fui egoísta
Se eu fui egoísta...
Ó, Espírito, cura
Me faz limpo
Se afastei meu próximo
Se afastei meu próximo
Ó, Espírito, cura
Me faz limpo
Se eu causei mágoa
Se eu causei mágoa...
Ó, Espírito...
Ó, Espirito, cura
Me faz limpo
Tem dias que eu estou assim mesmo. Me tranco no quarto, me afundo nos travesseiros, coloco uma música no último volume, e que o mundo se exploda lá fora.
Eu escrevi na areia, em folhas de papel,
em bits e nos corações.
Agora, eu quero escrever nas estrelas.
Ela mandou uma mensagem
dizendo que não poderia mais me encontrar.
Eu quis saber por quê,
e ela disse que seria melhor assim.
Eu perguntei se ela estava namorando,
então ela disse que sim, e que não queria cometer erros.
Confesso que fiquei um pouco triste,
mas disse que compreendia, respeitava, e torcia por ela,
afinal, ela era uma mulher em tudo especial
e merecia alguém que se dedicasse inteiramente a ela.
Eu pedi que ela não se afastasse de mim.
Ela disse que nunca ia deixar de ser a minha bebê...
Uma lágrima fugiu de meus olhos e molhou o meu rosto.
Desejei que ela pudesse ser muito feliz.
Ela não sabe,
ou talvez nunca vá acreditar,
mas eu amava,
eu lhe amava de verdade...
Encontrei Deus nesta manhã,
enquanto eu ia pro trabalho.
Na verdade, topo com Ele de vez em quando
- ô Carinha para estar em todo canto!
Mas desta vez eu resolvi dar mais que um aceno
e fui lá ter um dedinho de prosa.
Perguntei se estava tudo bem com Ele,
e Ele disse que ia levando... muita dor de cabeça,
muita correria...
Eu imagino, lhe falei.
Não deve ser fácil ser Deus.
Daí Ele, cordialmente, perguntou de mim,
como eu estava.
Falei que eu estava bem,
que tinha conseguido
algumas coisas muito boas neste início de ano,
e que eu estava bastante empolgado
com meus novos desafios.
Ele sorriu.
Mas aí olhei no relógio,
vi que já estava atrasado
e me despedi às pressas.
Nem ouvi direito quando Ele disse
'abençoado seja, filho.'
E nem muito menos lhe abracei para lhe dizer
'muito obrigado, Pai'...
Eu, você e todos nós estamos a procura de algo que ainda não experimentamos, algo que a gente supõe que exista e que nos fará mais felizes ou menos infelizes. Eu, você e todos nós tentamos salvar nossas vidas diariamente, e qual a melhor maneira para isso? Trabalhar e amar, creio eu, mas não é fácil.
Pedimos pelo amor de Deus que o telefone toque e que a partir deste toque um novo capítulo comece a ser escrito na nossa história. Depositamos todas as nossas fichas amorosas em pessoas que não conhecemos senão virtualmente. Disfarçamos nosso abandono com frases ousadas e sem verdade alguma. O que a gente gostaria de dizer, mesmo, é: me dê sua mão.
Eu, você e todos nós queremos intimidade, mas evitamos contatos muito íntimos. Não queremos nos machucar, mas usamos sapatos que nos machucam. A gente quer e não quer, o tempo todo. Será que durante uma caminhada de uma esquina a outra, em um único quarteirão, é possível acontecer uma paixão, uma descoberta? Quantos metros precisamos percorrer, quantos dias devemos esperar, em que momento da nossa vida irá se realizar o nosso maior sonho, e uma vez realizado, teremos sensibilidade para identificá-lo? O nosso desejo mais secreto quase sempre é secreto até para nós mesmos.
Somos uma imensa turma, somos uma enorme população, somos uma gigantesca família de solitários, eu, você, todos nós.
Tudo é expressão.
Neste momento, não importa o que eu te diga
Voa de mim como uma incontenção de alma ou como um afago.
Minhas tristezas, minhas alegrias
Meus desejos são teus, toma, leva-os contigo!
És branca, muito branca
E eu sou quase eterno para o teu carinho.
Não quero dizer nem que te adoro
Nem que tanto me esqueço de ti
Quero dizer-te em outras palavras todos os votos de amor jamais sonhados
Alóvena, ebaente
Puríssima, feita para morrer...
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