Eu Sinto poema
O que sinto não pode ser expressado em palavras. Teria que criar um novo vocabulário para exprimir toda a dor, raiva, tédio e cansaço que carrego.
Há pessoas com as quais nunca conversei, nunca troquei uma só palavra mas sinto uma conexão tão grande, me identifico, algo que por vezes não ocorre com aqueles que conheço a vida inteira.
Me sinto muito mais em paz quando estou perto dos animais do que rodeado de pessoas. Sei que eles não me farão nenhum mal, essa certeza me conforta, o mesmo não posso dizer dos da minha espécie...
Quando me lembro que pisei em campos minados e sobrevivi ileso, sinto um pavor tão grande, o pavor que no momento não senti...
Ainda hoje eu me sinto atraído por lojas de brinquedos. Mas agora o que me impede de tê-los é a noção dos preços que antes eu não tinha, se na infância eu a tivesse nem pediria aos meus pais para comprá-los...
As vezes me sinto como um caminhante solitário, vendo as pessoas ao meu lado, com suas cabeças curvadas,olhado e mexendo em seus celulares,na frieza da falta de calor humano o virtual tem mais valor.
Seu amor é o meu prazer, meu oásis, meu lazer, sem o seu amor, sinto a dor de não saber o que fazer.
”Eu sinto a dor do outro, dor que não consigo aliviar, tampouco aplacar. Minhas palavras e minhas ações tornam-se frustradas, pois algumas injúrias são reflexo de um eu adoecido, que se perdeu e precisa internalizar, se compreender, se confrontar, se reencontrar, se curar. Ainda assim, eu sinto. Eu me sento e a aguardo, para que, em sua volta, ela tenha uma referência e um caminho.”
“Sinto uma sede que a água não aplaca. Sinto uma fome que dilacera minhas vísceras. Carrego todas as dores do mundo. Escuto todos os sons. Compreendo a todos, mas não compreendo a mim. Devoro tudo, sem jamais saciar-me. Essa angústia me consome e, ao mesmo tempo, me impulsiona. Sinto o todo, sem ser o todo. Sou paradoxo e antítese.”
Me emociono profundamente ao escrever uma frase. Sinto uma sensação tão boa que é como se eu deixasse uma marca no mundo, um filho, mas um diferente. Um filho que viverá para o resto da humanidade.
Se eu revivo, na mente, um prazer passado que não existe mais, me sinto mal. Se eu revivo, na mente, um prazer futuro que não sei se vai existir, me sinto mal. Tudo me faz pensar que eu preciso somente (re)viver o presente.
Voltar de viagem me causa uma sensação muito estranha, sinto como se eu tivesse deixando uma parte de mim pra trás.
Você não tem facilidade de dizer o que sente? Pois eu tenho dificuldade de dizer o que eu não sinto.
Me sinto castigado pelo próprio inferno que busquei durante anos. Achei que eu já tinha sido perdoado. Mas parece que ainda há coisas a pagar.
Às vezes eu me sinto estranho comigo mesmo, de estar sozinho, porque eu vejo o quanto a minha alma transborda coisas, e pensamentos, e sensações, e percepções do momento, que eu imagino que são além do normal. Mas, ao mesmo tempo, estar sozinho com essas coisas transbordando é bom, porque se as coisas transbordam, eu posso pegar nelas. Como tá transbordando essas coisas, eu consigo ver e pegar, e analisar e fazer alguma coisa com aquilo ali. Eu consigo pegar, analisar, e olhar e refletir.
