Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
Escrevo para alimentar a pulga atrás da tua orelha. Eu dou água e a alimento – dou até um chocolate de vez em quando - quero manter sempre a dúvida na tua cabeçinha. Quero deixar sempre a perguntinha incomoda: e-se-tivesse-dado-certo?
As vezes eu acho, que as pessoas pensam que eu tenho um brinquedo no lugar do coração ou que eu faço o coração de brinquedo, mais na realidade não é nada disso.
"Um dia conheci uma pessoa, que no exato instante que eu a conheci, ja mudou completamente a minha vida, tudo me parecia ser t0Š0o lindo e t0Š0o real, e era mesmo, mais apenas pra mim, eu me dei demais me entreguei demais a ela, e era t0Š0o intensa a minha busca em ter o amor dessa pessoa, que acabei esquecendo de mim, n¨®s ficamos juntos durante quase dois meses, dois dias antes de completar os dois meses ela me deixou, e ja havia sentido que ela estava diferente comigo, eu at¨¦ previa o fim mais pra quem ama resta sempre uma esperan0Š4a, que foi em v0Š0o, pois ela sem d¨® nem piedade me tirou da sua vida, de um jeito t0Š0o cruel t0Š0o doloroso que at¨¦ hoje eu ainda tento me recuperar e curar essa ferida, ela me fez sentir o pior e menor homen do mundo, e o pior que foi por motivos dela mesmo uma decis0Š0o premeditada, ela nunca sentiu algo por mim, mais dizia que me amava, e eu sempre acreditei, mais ela me deixou, se foi de mim, me deixando s¨® lembran0Š4as de um amor que s¨® eu amei, de um sonho que s¨® eu vivi, e depois de acordar tive que seguir sem ter outra escolha, um outro caminho, caminho o qual muitas vezes me faz voltar as lembrar-me do passado!!! (Ainda te amo! D¨¦bora Dias)
"Quanto mais se metem na
minha vida, quanto mais tentam viver aquilo que é meu, mais força eu
tenho pra mostrar o quanto sou dona de mim, o quanto sou dona daquilo que criei."
E finalmente eu segui em frente. Bons momentos ou ruins, já não importam. O que passou passou. Agora, são apenas lembranças.
A noite tornou-se minha cúmplice e a lua minha amante, como criança, eu a observo da janela do meu quarto esperando o seu olhar insinuante, transpor-me, como presente..
"Talvez você estivesse mesmo certo. Eu esqueci muito rápido, eu me despreendi de sentimentos tão intensamente vividos por tanto tempo em tão pouco tempo... Talvez eu não me conhecia tanto assim como pensavam, é muito estranho e suspeito, mas eu confesso: Estou amando tudo que estou vivendo nesse - meu - momento!
Talvez isso tudo passe e eu me pegue em uma nostalgia... Eu inevitavelmente carregarei pedaços comigo dos últimos anos, porém eu pretendo, com toda certeza, não deixar de maneira alguma que esses pedaços pesem ou me incomodem demais, porque eu sei que a vida não me dá fardos que eu não seja capaz de carregar!
É como disse Caio: Com sua licença? "Fui ser feliz e já volto!"
Dedicando completamente o meu tempo à uma só pessoa: EU! Quer saber porque? Eu conto. Eu sei me completar da forma que eu mereço,mas se alguém aí se dispôr a me ajudar, um viso: eu sou um tanto quanto insasiável afetivamente."
"Talvez você estivesse mesmo certo. Eu esqueci muito rápido, eu me despreendi de sentimentos tão intensamente vividos por tanto tempo em tão pouco tempo... Talvez eu não me conhecia tanto assim como pensavam, é muito estranho e suspeito, mas eu confesso: Estou amando tudo que estou vivendo nesse - meu - momento!
Talvez isso tudo passe e eu me pegue em uma nostalgia... Eu inevitavelmente carregarei pedaços comigo dos últimos anos, porém eu pretendo, com toda certeza, não deixar de maneira alguma que esses pedaços pesem ou me incomodem demais, porque eu sei que a vida não me dá fardos que eu não seja capaz de carregar!
É como disse Caio: Com sua licença? "Fui ser feliz e já volto!"
Dedicando completamente o meu tempo à uma só pessoa: EU! Quer saber porque? Eu conto. Eu sei me completar da forma que eu mereço,mas se alguém aí se dispôr a me ajudar, um aviso: eu sou um tanto quanto insasiável afetivamente."
Eu nasci de novo
Depois que te conheci
E apesar de nossos problemas
Eu não consigo resistir
Parte da sua vida
Representa o meu coração
Eu nao sou nenhum poeta
mas eu sei fazer uma canção
Então diga minha flor
Porque toda esta ilusão
Eu não sei como dizer isto
Mas você mecheu com meu coração
Então diga meu amor se eu ainda
posso aguentar, eu estou sofrendo muito
porque as coisas não querem se encaixar
Então diga coração se eu ainda posso
aguentar eu estou sofrendo muito
Porque o tempo não pode apagar
minhas lembranças de você.
UM DEUS QUE VIRÁ
Eu pressinto um Deus oculto
Que se vê em todas os pontos mirados.
- Não é o Deus dos vencedores,
O Deus que anda à frente dos exércitos.
Nem o Deus dos caminheiros
Suspenso por uma nuvem densa
Armado de espadas, vidas, amores
Não se investe conta as montanhas
Não tem destaque nos altares.
Entre os paramentos e folheados
Nem no meio dos potentados, engano
Nem nas bênçãos do clero.
É um Deus quase invisível
Que nasce nas minas quentes
Das explorações particualres
Nasce na fome faminta
Nasce da falta de água
E da inversão de vinho em água
Nasce da profunda revolta
Do medo contido nas voltas
Na roda do cargo puxando
Trigo, mandioca, arroz, feijão
Que são dos outros, para eles
Nasce da fé tripudiada.
Ofuscada, mal definida.
É um Deus dos proletários
Atentos, em voz de guerra,
Filhos de outros sofríveis,
Tombados nas guerras civis.
É um Deus dos estudantes
Sem dinheiro para os cadernos
É um Deus dos aprisionados
Em cárceres, em seu poder de vida
Que na quietude cultivam
A linda flor da esperança
É um Deus de homens-libélulas
Com fome, inacabados,
Morando em brechas escuras
Do deserto do nordeste.
É um Deus das expectativas
De padres inconformados
Que não comungam as espadas
Nem incensam os detratores
É um Deus que vem a ser
Feito só de coração
No lastro de terra movediça.
TÁXI DE ESTRELAS
Eu encontrei a chave do universo
E às vezes penso
Que tudo é sacramentado.
Eu encontrei você
A chave do meu verso
No motor de um velho carro envenenado.
E ainda sou capaz de achar
Que seus olhos são brilhantes lapidados.
Eu busquei o seu élan de luz
Nos shoppings, galerias
E nas bocas mais secretas da cidade.
Minha fera de pelúcia
Minha lágrima de gim
Meu ritual.
Seja meu mapa astral
Seja bem vinda.
Eu quero mesmo é voar com você
Num táxi de estrelas
Sob o céu, sobre mim.
O P R Ó B R I O
Uma coisa eu desejo muito. E de sua concretização, dependem muitas coisas afins, de mim.
Dotar-me da astúcia do audaz Zaqueu, uma figura malvista por muitos, um cobrador de impostos que vendo poder redimir-se de seus atos infratores, de sua mesquinhez, usou de tudo que aprendera ao longo de sua vida tacanha. E teve a idéia de subir num galho em posição estratégica, sabendo ser ali o corredor por onde passaria o Cristo, com a paciência que praticara, dando prazos e fazendo ameaças àqueles que não tinham, no momento de sua visita, a quantidade de dinheiro suficiente para recolher os impostos a que todos eram submetidos.
Fazendo assim, com que Cristo, que tudo sabia e previa, por seu poder divino, se deixasse enganar, dos mesmos métodos utilizados pelo infrator. Como costumava fazer com os triturados sonhos da população da época. Permaneceu sobre a árvore, quem sabe pensando o quê, talvez da ingenuidade do próprio Deus, a quem talvez julgasse mais uma pessoa, entre tantas. E ficou, até que Deus, sob ele, vitimado de sua astúcia, ao ouvi-lo gritar por seu nome, deu a ele seus ouvidos, e deu sua sentença, por aquele rosário de mentiras. Palavras que arrependimento, juras de que sempre estivera a agir por uma obediência a um outro deus terrestre, Cezar, a quem servia cegamente, diretamente.
E Cristo o ouviu como procedia com todos, aos que se mostravam arrependidos da história. Ali mesmo lhe perdoou e marcou para a sua casa um encontro, que nem todos entenderam.
Eu, carregado da mesma mesquinhez, da mesma ruindade, dos mesmos infortúnios por ser um representante de mim mesmo, nunca das massas sofredoras, perseguidas, retaliadas, escoriadas, pelos novos poderosos que represento, e satisfaço os interesses, não de Deus, mas de mim mesmo, ou de quem para quem trabalho diretamente.
Não presto. Me cubro das nuvens mais espessas que não conseguem tapar ou amenizar a evidência dos meus traços de um ser abominável e dispensável ao mundo.
Sou por natureza um péssimo exemplo aos humanos, e de forma mais marcante e mais doída aos que convivem comigo mais diretamente.
Massacro meus filhos como minhas dores inventadas, com as minhas estratégias erradas de parecer aos olhos deles um homem santo e digno das benesses de Deus, enquanto Este, por saber que falho, que sou reles, que não valho nada, e ninguém arrisca uma moeda no meu todo, não faz comigo como fez com Zaqueu, a quem deu perdão e guarida, e a salvação.
Sou o que se pode chamar apenas um nome. Uma identidade perdida entre tantas que destacam e qualificam outro a quem não me igualo em nada.
Sou a pedra despejada no meio do caminho de todos. O galho de espinho de uma árvore grossa caída sobre todo o vão do caminho, que impossibilita a passagem dos bem intencionados. Um estorvo na vida do mundo.
Sou o que Deus deixou de lado para cuidar dos mais interessantes, dos que tem mais a oferecer a Ele, além de lamúrias e pedidos sem pé nem cabeça.
Sou um desafeto da natureza, dos pássaros, das águas que nunca me permitiram chegar perto deles para, sequer admira-los no que esses têm de belo, a pura feitura do Pai.
Sou para quem o restante do mundo aponta a nuca, e vira o rosto, às vezes para onde nasce um vento fétido, que poucos agüentam, ou para a vertente do sol quando este está a pino, escaldante, a um desastre ecológico. Tudo isso preferem, a mirar o meu rosto cheio de malícia e truques já conhecidos de todos.
Sou o incapaz de criar minhas próprias caspas, de lavar o meu rosto cheio das marcas feitas por minhas mãos imundas.
Sou o contratempo do tempo, o revés da história, talvez o causador de todos os desencontros, o cultivador das bombas mais poderosas sob meu colchão. O que ganha dinheiro de forma ilícita e, da mesma forma se desfaz, em orgias, em supérfluos, sem dá sequer uma moeda a um pobre faminto que me estende a mão nas vias da cidade, que marco por minha feiúra, pelo destoar de minha presença com os canteiros floridos, com a felicidade dos outros, contados e amparados por Deus.
Mas por que Deus me fez assim, tão sem sentido, tão descompleto, tão desonesto, tão nefasto, tão infecto.
Porque perdeu seu tempo tão precioso criando algo inservível. Algo dispensável, que não ocupa lugar, que não senta, não dorme, não fala, não pensa, faz, que seja o mal?
Porque Deus na sua querência a todos foi abominar quem mais precisa dele, e não se esforça em distinguir o meu todo ruim de um todo bom e quem, sabe, o aproveitamento de mais uma alma não faça o esforço de também a mim recuperar, a mim aproveitar.
Qual a diferença que existe além das inúmeras que carrego comigo, como estigma, como breu grudado em ave arquejante, se Ele vê todos iguais. E com todos laçou o compromisso de resgatar em sua bondade. Por que o Deus, Pai, tão amoroso e compassivo, iria me largar, único, num vale sem vale, num oco sem fundo, sendo para Ele muito mais fácil dizer uma palavra e eu ser salvo com a minha alma.
PARA COMER NA ESTRADA
Eu sinto ser um pedaço de Deus
E Ele um todo fragmentário,
Me sinto um tanto de semente guardada,
Um pouco de esperança nas chuvadas.
Me vejo como um fio de água escapada,
Um sonho que se esquece, na madrugada,
A vontade insana pela paz, isolada,
E às vazes me sinto assim,
Como se fosse nada.
A gente vive pelas ordens de Deus,
E em se transgredir esses assentos seus,
O mundo muda, a gente passa a ser,
Um tronco solto, uma raiz já morta,
Um fio seco, por onde a água não se entorta.
Um solo infértil, uma beleza feia,
Por diferentes vertentes correm nossas veias,
E não resiste o sangue, o coração se seca,
Porque em tudo Ele, se nos dispõe e tira,
E bota. Aqui foi o bom lugar,
E é ainda de se ficar, mesmo sonhando,
Sonhando e não vendo os rostos,
Comendo e não sentido o gosto,
Amargo da sentença arbítrio
O livre consenso a que chegamos,
Cépticos, sem braços, sem nada,
Sem olhos, sem luz,
Às vezes me sinto um pavio escuro,
Uma lenda antiga que não se passou no mundo.
Deus que continue, a acharmo-nos ignorantes,
Que ele mesmo cuide dos tempos avantes.
SOLIDÃO
Eu,qualquer coisa orgânica,
feita de carbono e delírios.
Substancia que subsidie por si próprio
Vivo de lembranças que me corroem como
Vermes dissimulados.
Eu, tudo aquilo que não desejo a ninguém
Hoje tudo que eu quero é gritar esse grito
Velho...de tempos atrás.
Quero arrancar de minha alma esse cancro feroz
Vou expelir esse mal crônico e incurável
Porque não te amo e mesmo se amasse
Negaria nesse poema inato.
Sei que sou o que há de pútrido em tua memória
E tu é a praga que traz todas as moléstias.
E mesmo assim procuro esse dissabor...
Sou monófobo, algo imudável e incompleto