Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
NUM MAR 🌸
Num mar de despedidas
Folhas tristes à minha porta
Nos pássaros já feridos
Eu serei mais uma mulher
Que anda sem pressa da idade
Vou deitar fora o meu mau humor
Para não me ferir mais no próximo
Amanhecer que estaremos juntos
E quando a loucura chegar, se chegar
Que não me traga mais solidão
Vou deixar voar as minhas borboletas
Sem perder uma simples lágrima
Entre as palavras vazias
Onde darei grandes gargalhadas
Nas folhas perdidas no outono
Pois estaremos juntos quando amanhecer.
Eu observo ao cair da noite os corpos em repouso nas suas camas, imaginando o que estão sonhando, enquanto seus olhos fechados estão se mechendo de baixo de suas pálpebras num ritmo acelerado eu posso também deslumbrar os lábios daqueles que mentem e finge suas reações, as peles que se entrelaçam em seus cobertores querendo um calor a qual seu corpo necessita, eu observo como no cair do sono as feições podem mudar em seus mundos particulares onde seus medos e desejos até sórdidos vem ao seu encontro...
Mas a pesar disso até hoje não vivi essas mesmas coisas, pois até hoje eu só observo.
Eu me tornei meu melhor amigo...
Nunca trocaria meus amigos , minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga de tanquinho.
Fui envelhecendo tornei-me mais simpático para mim e mais crítico de mim mesmo.
Eu não me censuro por comer uma costelinha de porco, não tenho medo do colesterol, nem pela compra de alguma coisa que não precisava, para presentear um amigo ou parente.
Me dou o direito de ser deselegante, extravagante e ate fora de moda.
Quanta gente vejo partir deste mundo, sem conhecer as vantagens da liberdade do envelhecimento.
Não devo satisfação para ninguém quando leio, escrevo ou jogo no computador até a madrugada e durmo até acordar, sem preocupar com quantas voltas o ponteiro do relógio deu.
Canto sambas antigos e choro pelos amores e tempos perdidos.
Se me der vontade,vou a praia de paleto e gravata e nem ligo para os bermudões e sungas apertadas, faço o que quero.
Não me importo por quem tenha me esquecido, e sim com quem se lembra de mim..
Apaguei do meu coração as tristezas.Armazenando no meu chip de memória só as coisas boas que vivi
E digo que quem não tem barriga não tem história, ouvi isso de uma jovem no supermercado comprando cerveja.
Agradeço a Deus meus cabelos brancos, minha vida bem vivida em cada copo, gota de sereno e samba composto, e as rugas que marcam meu rosto são provas de que envelheci com malandragem, fazendo o que acho certo e não prejudicando de forma intencional a ninguém.
Talvez eu tenha feito do meu certo o errado, me perdoem, mas só quem pode perdoar é Deus.
A maioria dos sucessos brota de um obstáculo ou fracasso. Eu me tornei um desenhista porque eu falhei em minha meta de me tornar um executivo de sucesso.
Ô vida desgraçada
Resolvi dar o braço a torcer,
Desde quando fiquei sem você.
Eu não demonstro mas aqui tá osso,
Eu tô na fossa até o pescoço.
Passar meus dias sem você tá foda,
Ainda mais ouvindo aquelas moda.
De quando nós começou namorar,
No reservado lá daquele bar.
Pensei que ia ganhar Liberdade
Mas eu não tô cabendo na cidade
Onde eu vou perguntam de você,
Coisa doída não sei responder.
Penso em você a todo instante,
A ausência da pessoa prova que ela é importante.
Sem rodear toco vim te pedir pra voltar,
Ô vida desgraçada sem você não dá.
Porque gente como eu é assim, cresce enquanto sofre, se regozija das vitórias alheias. Chora junto, ri junto. O resto nunca será o principal.
Eu só não gosto da zona de conforto porque além de destoar da essência da nossa existência ela é em si mesma; a morte.
Por você eu seria luz
Mesmo sabendo que eu não iria resistir a escuridão
Por você eu mergulharia nesse amor,mesmo sabendo que ele é raso ...
Mesmo sabendo que eu iria morrer aos poucos,cada vez mais e mais ...
Mas eu estava disposta a tentar ,acho que isso não foi suficiente para nenhum de nós .
Eu desejava todos os dias estar dentro do seu coração
Por mais que você me expulsasse dele,por mais que você me machucasse ...
Eu desejava
Mesmo você me expulsando a todo momento do seu coração eu tentava estar nele
Mas parecia que você não dava a mínima
Você não se permitia sentir,acho que você nunca se importou o quanto eu me machucava
Afinal a grande culpada sempre fui eu ...
Você sabe que eu preciso de você. Sabe que andei em todos os cantos tentando encontrar sentido, e tudo não fazia sentido, só queria encontrar traços do nosso amor. E olhando para trás não pude encontra-los. Chorei, e chorei... Dias e dias, noite, após noite... Mas sempre tinha aquela ponta de esperança que me dava certeza que um dia você viria, e por isso não poderia fazer mais nada além de clamar aos céus com todas as minhas forças e pedir que a mulher que amo logo apareça....
Eu choro, porquê se não vês motivo;
Eu rio, porquê se você é o cúmulo;
Da ignorância/ou estarei enganado!?
A ignorância faz-te feliz, porque não...
Compreendes o motivo da felicidade!
És, como uma rosa; que desabrocha;
Mas, vai-se rápido!
Meu Ernesto Azul...
Voltava eu daquelas paragens de Pirapora, dirigindo meu possante Gordini Delfini, carinhosamente tratado por Ernesto, já de cor não muito definida, trazia uns leves amassados em ambas as portas, umas ferrugens no piso, faltava-lhe o retrovisor esquerdo e o para-choque traseiro... nada demais!
Mas aquele Gordini era meu xodó, até carreto o “bravo Ernesto” fazia: meio metro de brita ou de areia pra ele não era nada. Só não se dava bem com subidas, em compensação, nas descidas, ninguém e nem nada o segurava. Um detalhe que não podia de esquecer, no momento de passar a marcha, tinha de ir da primeira pra terceira... em algum momento ou lugar, ele perdeu a segunda marcha, porém, uma certeza eu tinha: um dia, mesmo que não parecesse, sua já havia sido cor foi azul, mas, não um azul qualquer, um de respeito, admirável e solenemente azul. Bem, mas isso se deu em tempos que eu ainda não havia vindo ao mundo.
Dona Orsina, mãe de “Zé Goiaba”, me encomendou um carreto: levar 14 frangos até o sítio de João da Grelha. Em troca de “dois dedos” de pinga, Juvenal aceitou a incumbência de me ajudar nessa empreitada, mas, não deu muito certo, numa curva de chão batido, entre a porteira da Fazenda Craviola e a ponte do Manguezal, meu amigo Ernesto foi, literalmente, atropelado por um boi. Mas, não um boi qualquer! Foi um desses de grande porte, de passos firmes, grandes orelhas caídas, negro focinho, peitoral extenso, parecia ter sido “construído” de concreto e músculos, coberto por uma pele negra, com algumas manchas brancas e outras, em leves tons marrons, reluzentes. Estava selado o destino de Ernesto: faleceu ali, naquela curva e o boi, seguiu em frente... sequer olhou pra trás. Seguiu seu caminho, me deixando apenas com o que sobrou de meu companheiro, dores pelo corpo e vendo os frangos entrando no manguezal.
Pensei até em fazer o velório e o enterro de Ernesto, mas o Padre Policarpo me aconselhou a não fazer, segundo palavras dele, “seria uma sandice”, na hora, entendi sanduiche, e rebati: “Não sô padre, vô fazê é o enterramento do Ernesto, num é um lanche não”, e o Padre nem respondeu, virou as costas e saiu resmungando: “é cada uma que parecem duas...”.
Voltando àquela curva, onde jazia Ernesto, me deparei com Bento Carroceiro e, entre uma prosa e outra, contei a ele de meu luto e que não ia conseguir enterrar Ernesto. Foi quando Bento me disse: “mas ocê é bobo demais, sô! Hoje, ninguém enterra mais ninguém não, só toca fogo e pronto. Depois, pega as cinzas e joga no rio. Isso é que é coisa chique”.
Pensei, matutei e decidi seguir o conselho de Bento. Toquei fogo em Ernesto ali mesmo e fiquei olhando ele queimar. Chorei muito, doeu fazer aquilo, mas o que mais me intrigou foi o caminhão de feno de Tião Matadô passar ali exatamente na hora que Ernesto queimava. Senti cheiro de mato queimando e, logo que olhei pro fim da curva, vi que o feno que o caminhão de Tião Matadô levava, queimava e a chama já subia pra mais de 10 metros...
Encontrei um lugar no mundo, onde posso ser eu e onde o tempo não passa...esse lugar são os teus abraços ...
Eu perdi o meu colo...
Não é fácil lidar e administrar o sentimento de que a pessoa que mais te amava nessa vida e te fazia sentir protegida, abaixo de Deus, não está e não estará aqui nunca mais. E que somente quando eu morrer, terei a chance de vê-la novamente.
Por mais fé e força que eu tenha em Deus, por mais maturidade que a idade e a vida me proporcionem, esse colo de mãe faz uma baita falta.
Imagino como se sentem as crianças e jovens sem colo de pais vivos.
-Para vocês que acham que eu devo estar mal,, Vai tirando esse sorrisinho da cara"
Porque graças a Deus. Eu estou melhor do que nunca!!!.
Um velho ditado de Khalil Gibran: “Ame o seu inimigo! Eu o obedeci e amei a mim mesmo”. Se pararmos para pensar e justamente assim que funciona a vida, nós somos inimigos e prisioneiros de nós mesmo a todo tempo, nos colocamos em situações desnecessárias rotineiras. Pensamos, por muitas vezes nos extremos (8 ou 80), deixando a emoção (elemento água) falar mais alto e perdemos o equilíbrio (Yin e Yang), e neste momento perdemos a razão justamente pelo “impulso”, “raiva”, “magoa”, “rancor”, “fofoca”, etc... Não tomemos atitudes impulsivas no auge destes sentimentos (sentimentos que só tendem a fazer mal a nos mesmo), afinal somos o que vibramos a todo instante e o universo conspira e dá voltas, coloquemos na balança a razão e emoção, façamos um equilíbrio e logo depois tomamos as devidas providencias, já na calmaria mental. E ainda finalizo com a seguinte frase “o peixe morre pela boca”.
E eu que pensava que pra ser feliz era necessario dinheiro fui conhecer logo você, que mesmo continuando sendo dinheiro vi que posso ser feliz.
SORTE
Se eu fosse um homem de sorte,
Passaria o dia de hoje contigo,
Veria teu sorriso e sentiria teu perfume,
Olharia dentro de teus olhos o lumê,
E transbordaria.
Se eu fosse um homem de sorte,
Sentiria o toque de teus dedos em minha mão,
De teus lábios nos meus,
E num longo abraço sentiria teu coração,
E transcenderia.
Se eu fosse um homem de sorte,
Veria os anos, os meses, as semanas e os dias,
As horas e os segundos ao teu lado,
Cada momento eternamente lembrado,
E sorriria,
Se eu fosse um homem de sorte,
Veria que cada pensamento meu em você,
Ilumina meus olhos, mas não sou um homem de sorte.
Apenas um tolo romântico que sempre, sempre
Te amaria.
Agnaldo Borges
12/06/2018
00:45
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