Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
Não é a facada nas costas que me entristece. O que me entristece é quando eu viro e vejo quem é que está com a faca na mão.
Hoje eu sou feio. Mas já fui o menino mais desejado da escola. Uns desejavam me bater, outros me matar.
Sem as Divinas Lembranças Coloridas que Eternizastes em mim, jamais eu suportaria lembrar de um dia tão cinzento.
Talvez eu nunca consiga ser o irmão que os meus merecem, mas fui agraciado com os melhores. Minha eterna gratidão, Pai!
Há 18 anos eu já tinha fé, mas descobri — às duras penas — que ainda não era fiel o suficiente para não lamentar a “volta para casa do Pai” do meu pai.
Só está faltando isso aqui, para eu entrar na fila dos mal-educados e ir tomar café na sua casa, sem nem te avisar.
E eu que, vez em quando, deito um travessão na mensagem — só para ser confundido com um “Chatbot”.
Mas um travessão é muito mais do que sinal gráfico — é um gesto.
Um pequeno ato de ousadia que só pratica quem não teme ser percebido.
Quem escreve com consciência do que carrega, e com a leveza de quem não precisa provar nada além da própria honestidade com as palavras.
Porque, no fundo, escrever é isso:
um jogo silencioso entre coragem e sensibilidade.
Coragem para tocar onde dói —
Sensibilidade para não machucar lugar nenhum.
E um travessão, bem deitado, talvez seja o símbolo mais humilde dessa bela dança.
Ele separa, sim, mas também aproxima...
Às vezes, pausa… mas empurra adiante.
Ele corta… mas também convoca.
Às vezes parece apenas um traço, mas é um traço que fala:
"Ei, aqui entra algo que só os atentos percebem."
E quem ousa usá-lo não o faz por frescura gramatical —
mas por afeto estético, intuição narrativa,
e essa espécie de maturidade que só têm os bem resolvidos:
bem resolvidos consigo, com o que dizem,
e até com o que deixam de dizer.
No fim, o travessão é como o pincel que se deixa cair de propósito:
não é descuido, é assinatura.
Não é desatenção, é presença.
E se alguém confunde isso com um “Chatbot”…
ah! — que continue confundindo.
Porque a arte, quando bem feita, normalmente já confundiu até quem a criou.
E aqui para nós — risos — às vezes um travessão bem deitado é mesmo isso: um pincel que se joga, de caso pensado, sobre a tela.
Um atrevimento sereno, cheio dessa sinergia rara entre arte, responsabilidade e sensibilidade — um trio que costuma morar apenas nos que já fizeram as pazes consigo e com a própria forma de criar.
A intenção, claro, era fornecer lenha para queimar.
E o fogo aceitou.
Porque, é preciso muita coragem para se aventurar na arte de escrever.
É preciso alguma loucura mansa para deixar palavras escaparem sabendo que podem ferir, curar, provocar ou até acalmar.
E é preciso ainda mais sensibilidade para permitir que elas se entendam com as imagens — porque, quando elas resolvem brincar juntas, quem escreve vira mero coadjuvante.
A palavra abre caminho.
A imagem acende.
O travessão risca.
E o gesto final surge sozinho —
como se a chama tivesse vontade própria.
Talvez não haja atrevimento mais bonito e charmoso do que o dos que se aventuraram e se aventuram no ofício de escrever.
Porque escrever é primeiro se arriscar —
e só depois se revelar.
E haja atrevimento pra tocar quem se atreve a ler!
Pois, quem escreve, abre portas, mas quem lê, precisa ter coragem
de entrar.
No fim, talvez seja assim que a arte realmente nasce:
do encontro entre um risco, uma intenção e a ousadia de se deixar queimar.
E nós apenas sopramos o fogo —
porque a Lenha, a Faísca e o Incêndio Poético
já estavam ali — todos —
pedindo pra brincar.
Ainda bem que eu acordei. Se há coisa que me deixa com raiva é gastar o inconsciente sonhando besteira.
_ Mafalda
Quando a dor parece ocupar toda a sala, eu falo com ela como a um parente. Pergunto seu nome, ofereço café, faço perguntas óbvias sobre seu humor. Às vezes ela responde com socos, outras, aceita sentar e dividir o jornal. Descubro que humanizar o sofrimento é um modo de domesticar o desespero.
O mar é lindo, não é? Eu diria que ninguém deveria morrer sem ao menos ter visto ele. Pois, então veja. Isso é uma ordem. Viva o seu momento. Deus abençoe.
Sem dó e misericórdia de joelhos irei te deixar, pra ti serás uma penitência, eu te possuirei assim sem perdão sem dó de joelhos meus desejos sastifarei, sabe porque, porque com o amor não há perdão, assim não fujas e não finja que não sabe ou não vê, porque vai ser minha, de julho sem ter perdão será sua sina a mim entregar seu coração, escrito por Armando Nascimento
Teu corpo é o mapa que eu anseio explorar,
Com a ponta dos dedos, sem pressa, a traçar
A linha secreta que a pele revela,
Onde a paixão arde e o desejo se sela.
Fiz um balanço da minha vida e tenho três certezas. Se hoje eu sou quem sou, são graças a essas três elementos:
1°- Deus.
2°- Família
3°- Exército Brasileiro.
A única coisa que entrou e saiu comigo, do Exército, foi o cristianismo. As demais coisas eu moldei lá dentro.
