Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
PREDESTINAÇÃO
Imerso em versos dum sonho fundo
Com rima amável, tão simplesmente
Sublime, lia-se na poesia claramente
Que não era igual, era amor fecundo
Tinha na poética algo mais profundo
Aquele olhar sedutor de quem sente
Uma métrica enamorada, docemente
Singular, nobre, do coração oriundo
E neste rubro, e emotivo entardecer
Pra sempre se tornou um significado
Serenamente, no peito, doce abrigo
És então, definição, sentido, um crer
E a solidão uma toada do passado...
Agora, o predestinado amor comigo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 abril, 2024, 16’40” – Araguari, MG
Em cada riso teu, há um verso que se desenrola, uma rima que floresce em meio à simplicidade do cotidiano. Tua risada é um poema que não precisa de palavras, uma obra-prima orquestrada pelo sopro do afeto, tocando as cordas mais sensíveis da minha alma.
Apaixonadamente, persigo cada sorriso teu como um pintor busca capturar a luz perfeita, como um poeta sonha com a metáfora definitiva. Nas entrelinhas do teu riso, descubro os segredos mais doces da felicidade; um universo de cores explode em esplendor, pintando o céu cinzento com pinceladas de esperança e alegria.
Teu riso é a melodia que embala meus dias, a canção que transforma o mundano em mágico, o simples em sublime. Nele, cada nota vibra com a pureza de um amor sincero, cada gargalhada é um convite para dançar sob o ritmo do nosso encantamento compartilhado.
Quero ser eternamente o artesão das tuas alegrias, o poeta de teus sorrisos, compondo na cadência do nosso amor versos que celebrem a beleza do teu riso. Pois em cada risada tua, o mundo se reescreve mais bonito, e eu, eternamente cativo desse som, encontro o verdadeiro significado de amar.
PERDURAR
Se poeto verso cheio de piedade
Com rima leve de coração gentil
Retalham-me inquieto e tanto vil
Com a poética cheia de vaidade
Não quero maldade, nem deidade
Tão pouco um cântico mais hostil
Mas sim, sensato, amoroso e sutil
Feito com sentimento e suavidade
Meu amor delira, meu peito chora
Sinceramente, no prosar e, assim
Embriagado na inspiração, aflora
Ah! Paixão, dá-me o tom no viver
Tira a exclusão de dentro de mim
Para não deixar a emoção morrer.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 maio, 2024, 12’28” – Araguari, MG
Nada
Nada de pensamento, no momento,
Nada de costas, ou apostas,
Nada de rima, puro movimento,
Nada de ritmo, melodia,
Nada de alegria, só poesia
Nem se compara
Nenhuma letra, palavra, verso, rima ou poesia,
nada absolutamente, nada se compara:
ao seu real cheiro, doce temperado,
seu beijo, quente e molhado,
de sabor agridoce, entumecido,
verdadeiro toque suave, aveludado,
corpo único, suado, esculpido, emoldurado,
adorável sorriso, meigo, lindo e florido.
Pois são só imaginações, ligeiras zombarias,
leves escárnios, finos linho tecidos,
as mais toscas imitações, da mais pura perfeição,
de eucê minha perdição.
Sou um eco de notas dispersas, uma tela sem contornos definidos, um verso sem rima certa. Como uma sinfonia sem partitura, me desfaço e me refaço em cada acorde da vida, perdido na melancolia da minha própria complexidade.
O que é ser poeta?
É achar uma rima em cada esquina,
Uma ação em cada beco sem saída,
Um sentimento,
Um momento,
Um movimento,
Para sequer deixar de escrever
Para sequer deixar de sentir.
É saber lidar com suas palavras
E saber tamanho peso que possam ter,
Tamanha carga para ferir alguém.
É saber transformar choros em sentimentos esculpidos,
Sorrisos em êxtases no tempo,
Olhares difamados ao vento.
É retirar de pequenas caixas de papelão, lembranças, sorrisos, dores, emoções, presentes e tudo aquilo que já causou impacto em alguém, e colocar em pequenas caixas de cristal.
Estas, por vez, que deverão ser lapidadas, esculpidas, aperfeiçoadas. Pois, se não perfeitas, poderão acabar com inocentes leitores. Leitores que encontrarão emoções inversas das que procuram.
Caixinha de cristal:
Bonita, porém frágil.
Reluzente, porém obscura, em determinados aspectos.
Fácil de quebrar, porém impossível de consertar.
Ser poeta engloba tudo e todas as coisas.
É pegar aquela pequena flor desabrochada, uma flor morta que todos rejeitaram, e dar um novo recomeço a ela.
E então, inicia-se uma nova fase.
Fase esta em que a flor ganha uma nova vida, o poeta uma nova experiência, e o leitor uma nova poesia para compartilhar.
Ela era a única flor moldada a carne e ossos, poros e sentimentos ao néctar de poesia que rima por dentro.
Poesia rima comigo
Rima comigo e terás uma grande recompensa
O prémio de pessoa, aquele que pensa
Que não dispensa de um bom pensamento
Aquele que pensa grande, nunca em pequeno
Rima comigo, nunca sozinho
Porque o sucesso se faz em conjunto, no mesmo sentido
Se brilharmos juntos seremos duas cabeças a pensar
E nunca uma a estressar
Rima comigo, uma rima rica
Nunca uma rima pobre, sem genica
Porque uma rima rica fica nas tendencias do momento
Uma rica pobre, as palavras levam-nas o vento
Rima comigo, não tenhas medo
Tem medo de rimar sozinho em segredo
Quem guarda tudo para si, um dia explode
Por isso peço-te uma vez mais, que rimes comigo nesta última estrofe
TER-TE EM VERSO
Ter-te em verso, em rima afeiçoada
em variado sentimento maravilhoso
cheiro, sussurro, um olhar malicioso
possuir, a ventura, alma enamorada
O amor, este, sem demandas, nada
que traga divisão, e sim um gostoso
beijo, e o fartar em abraço avultoso
deixando a poética toda encantada
Este versejar que busco do coração
na inspiração com suave sensação
com a paixão, a contê-la no acerto
A manter-se tão sentimental, forte
a emoção que traz ao peito aperto
a esperar avidamente pelo aporte.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/11/2024, 14’18” – Araguari, MG
Faço rima pela minha cidade,
Faço rima pela minha liberdade em vão, todos dirão,
Você não consegue dei a volta pra cima e falei ganhei por isso então..
Faço rima simplificadas, e na improvisadas, muitos falaram você não vai chegar não, NÃO CHEGUEI PELA SAUDADE CHEGUEI PELA MINHA CIDADE!
Deus rima lá de cima, enquanto escrevo aqui de baixo. Sabedoria é proteína, ela tem me alimentado. Só pode ser coisa divina, nossos dias são sagrados.
SEM DESAFETO NEM MEDIDA
Poeto sem desafeto nem medida
Pois o amor na poética é sentido
Rima o cativar, e se faz divertido
Sem tal bem, que valeria a vida?
Pois, depois da estima já perdida
O verso no sentimental é morrido
Pois zelo, emoção, o bem pedido
Pra inspiração se manter garrida
Amemos, pois, tal como amante
Eternamente, amador, e ao ser
Apurado, faça eterno o instante
Ser prosaico pôr o amor poetar
Baboseira! É paixão, podes crer
Pois sente-se vão quem deixar!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01 junho 2024, 07’18” – cerrado goiano
Uns versos
Sou poetisa, que rima por pura sedução
Carrego comigo as fontes da natureza
Sou broto de rosa despetalada
Sou pergunta sem resposta
Insônia nas madrugadas
Uma poesia mal interpretada
Sou fábrica de versos
Com meus textos
Desenho meu universo
Minha alma sustenta cada frase escrita
Rabiscando poemas de Amor
Colorindo jardins sem beleza
Declamo o que floresceu em mim
Escrevo versos que falam com teu coração...
Só uns versos meus
Talvez acabem com essa sua tristeza danada
Ah, que satisfação
Saber que meus delírios
Se alinham com teus sentimentos
Autora:Simone Lelis
...
A bossa virou funk
Rock, sertanejo
O idiotismo está punk
Rima pobre com cortejo
Tiririca no plenário
Milton sem bandeira
Kevinho visionário
Raul na geladeira
Cultura genocida
O Brasil da fanfarrice
Da milícia latrocida
Que saudade da Clarice
A burrice embriaga
Chico entorpecido
A asneira arrebata
Caetano absorvido
O reggae sem skunk
Inteligência sem ensejo
Cretinice, cyberpunk
Insipiência sem despejo
Presidente que conspira
Pátria amada que repele
Aliciamento que inspira
Um descaso, Mariele
Socorro
Sequestraram minha rima
De tanto gostar de música
Tudo que falo não se inventa
Nada mais que cantiga infantil
Se é pra musicar ao vento
Com o som da emoção
Trespassa pela flauta da Lua
No luar da parte obscura
Toda gama de cuidado
Com o timbre mumificado
"A singularidade é uma categoria lógica, mas está também nos limites da lógica. É possível falar do singular, além de designá-lo? É possível falar dele? O singular, como tal, não parece com nada: ele ex-siste à semelhança, ou seja, ele está fora do que é comum. A linguagem, por sua vez, diz apenas o que é comum, exceto o nome próprio – sem que o próprio do nome seja uma garantia absoluta da singularidade."
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