Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
- O que é o Amor?
- Amor é a forma como o meu coração olha para ti, cada vez que eu fecho os olhos.
Ausências
Não é no amar que eu te penso. É no pensar que eu te amo. Não é na minha ausência que morre o tempo. É na tua ausência que o tempo morre em mim. Não é a solidão que me faz sozinho. É sozinho em ti que a solidão não respira. Não sou poeta sem este amor. É a poesia que trazes no peito que me faz ser poeta inteiro.
Joni Baltar
Para mim, um dia feliz é: tu e eu anoitecermos na mesma cama.Para mim, uma vida feliz é: tu e eu amanhecermos na mesma existência.
Há um labiríntico vazio a impedir que eu regresse a mim.
Sinto-me mortalmente vivo porque sinto a ausência viva e imortal de alguém. É uma espécie de loucura aromática, enlouquecer vagarosamente como os aromas de paixão entre a Primavera e o Verão. É uma despedida ao raciocínio, adentra-se na escuridão luminosa da rotina onde sou túnel sem fim. Tento ler as entranhas dos dias, mas não consigo, não sei ler o inventário das sonâmbulas horas. Quando chegam as profundas e desesperadas madrugadas, finjo que estou a dormir para não ser injusto com a lua, muitas vezes, foi quem decifrou as minhas lágrimas. A vida é um compromisso sob a inevitável observação da morte. E quem consegue morrer antes da morte, aprendeu a genial sabedoria do Amor. Todos somos labirínticos quando se trata de descobrir a própria capacidade de amarmos e sermos amados.
Joni Baltar
Já ajudei pessoas a emergir do abismo, mesmo quando eu próprio nesse momento, estava no fundo desse abismo.
O silêncio é
a única forma
que eu tenho
de poder
comunicar
contigo. Os dias
são silenciosamente
barulhentos.
Meu amor
quando fores caminhar
não esqueças de vestir
aquele radiante sorriso
que eu te ofereci
quando acordaste.
A madrugada
estava escura
e muito triste,
eu escrevi
o nosso beijo
naquela escuridão
e ela amanheceu.
Tu nem imaginas
quantas vezes
eu escrevi
o teu nome
na areia da praia.
O mar sorriu
e de maré baixa
repentinamente
passou para
maré de águas vivas.
Do alto da montanha dourada, eu contemplava a aridez do caminho e o silêncio dos personagens...
Caminheiros dispersos, em busca do nada.
Uma gente de muita coragem;
Mas presas inequívocas de uma grande miragem.
Do alto da montanha eu via!
Eram transeuntes anônimos, vagando sem rumo, em constantes delírios.
Trôpegos, seguiam a sua jornada de fábulas - sedentos em busca do rio.
Aturdidos, faziam da abstração o exílio, sem disfarçar o fascínio que a subordinação nas suas vidas exercia.