Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
Não luto porque eu quero, não é por um sonho ou muito menos conquistar alguma coisa...
Luto porque eu preciso lutar, preciso vencer custe o que custar e não há outra escolha.
É como se nada mais fizesse sentindo além da própria luta!
E eu sei que a cada batalha, cada luta e cada instante no ringue da vida pode ser o último, e por algum motivo estou lutando entre o tudo ou nada, sabendo que um dia serei nocauteado!
Eu me perdi no momento que comecei a correr atrás das pessoas...
Mas um breve mergulho na decepção me vez ver que eu sabia o caminho de casa!
Já perdi muito nessa vida, hoje eu não tenho nada a perder...
Sou humilde e persistente, mas sei o que é ganhar, e o que é perder sem medo de ter que recomeçar do zero!
Conheço o preço e o peso do sacrifício com aquele gostinho amargo na alma, quero estar em paz com todo mundo, pois só estou de passagem, afinal de contas só sou mais um entre um milhão, mas sou aquele carinha que você não dá nada, e que só quer seguir seu caminho em paz...
Minha ambição é viver da melhor forma possível sem olhar para trás e pro que ficou, pois uma coisa é certa a paz interior no eleva a um outro nível!
O labirinto que habita dentro de você, te faz ir mais fundo dentro do seu próprio eu, desejando jamais ter aberto a porta para o que não se sabia
— Eu nunca te magoei.
— O quê? Eu já me magoei com você várias vezes.
— Como você mesmo disse, você se magoou.
”Algumas das minhas ações podem ter contribuído para que eu fosse apunhalado pelas costas, mas eu não poderia ter agido de outra forma, caso contrário, o traidor não teria se revelado.”
acho que você notou. na maior parte do tempo eu nem estava ali. e eu sei que cê procurou bem lá no fundo dos meus olhos.
notei um eu refletido
bem no espelho, encarando
acompanhava, cada passo
repetia cada comando
— afinal de contas…
quem é essa que enxergo?
o que essa versão vê?
há algo que não fala?
esconde de mim a alma?
— Agora, não sei em que acreditar. Tudo o que eu conhecia está desmoronando, e eu estou começando a questionar o que eu sempre julguei ser verdade — disse o Ser, com o tom vazio de quem já se perdeu nas próprias certezas.
‘Essa é a liberdade, homem. Questionar tudo’, diz o Crítico. ‘Enfim, você está enxergando a verdade.’
eu cresci ouvindo duas vozes.
uma dizia: abaixe a cabeça.
a outra perguntava: até quando?
•
no começo, obedeci.
porque ensinaram que ser boa
era o mesmo que não incomodar.
que ser certa
era não querer mais do que te dão.
e eu quis.
quis tudo.
quis entender o que havia em mim
que doía mesmo quando tudo estava calmo.
quis saber se a fé podia existir sem promessa.
se era possível amar sem se oferecer em sacrifício.
•
foi assim que aprendi a diferença entre culpa e chamado.
culpa grita quando você se escolhe.
chamado sussurra quando você esquece de si.
•
tem gente que ouve Deus nas igrejas.
eu ouvi dentro de mim.
no dia em que parei de fingir que tava tudo bem.
no dia em que parei de repetir o nome dos outros
como se fosse meu.
•
não me tornei melhor.
me tornei honesta.
com a raiva.
com o medo.
com a sede de parar de agradar
quem nunca teve fome de mim.
•
há quem diga que a vida é sobre encontrar paz.
mas ninguém avisa que, às vezes,
a paz é barulhenta.
ela chega quebrando os móveis
onde você guardava a versão que os outros aceitavam.
•
no fim, eu entendi:
o inferno não são os outros.
é a tua própria voz
cada vez que você se cala pra caber.
e o céu?
o céu talvez seja esse instante exato
em que você decide nunca mais se explicar.
—
Juliana Umbelino
#Literatura #AmoLer #Leitora #Leitura
Quem és tu?, que em pensamentos perdidos,eu vós a encontro,
Perdido em teus olhos, sem rumo, sem retorno
Afogo-me na onda do teu olhar suave,
Tua mão que desejo, em minha pele, a ser gravada,
Sou tua sombra, em sussurros a pulsar,
Corpos no escuro, juntos no vibrar do amor.
Na noite escura, lê vejo dançar,
E em cada passo, meu coração a acalentar.
Lembranças de beijos, ecoam em mim,
Em teu abraço, perdido esse sentimento parece não ter fim
Quem és tu? Onde estás? Em que lugar?
No mistério da noite, teu nome a ecoar em minha mente e mim a murmurar,
Quem és tú?, que meu pensamento vira um melodia, cada vez que. Imagino sinto saudades de teu abraço apertado e carinhoso,
Quem és tu?, que cerca meu coração em luz, essa luz que uma vez fostes escuridão profunda,
Perdido em pensamento, porque vós me fazer-tez sentir mais forte, uma imagem sua me dar forças e me faz superar minha escuridão profunda,
QUEM ÉS TU?
Numa dança de emoções eu me vejo
Entre o querer e o temer, eu me vejo preso,
Em teus olhos, olhos como um farol, tua voz que e ecoa como um canto
Que me guiam num caminho que não vejo
Queima a chama do meu coração
Nesse jogo onde a paixão e um leão
Tentação que me consome, que me seduz
Entre a razão e a loucura, me conduz
Não há disfarce que resista ao teu olhar
És o fogo que me incendeia, sem cessar
Quero apostar toda a força do meu amor
Neste duelo onde o desejo é senhar com nosso futuro
Vou até o fim, mesmo que me machuque
Pois contigo, cada dor se reduz a um a uma pequena fração do que realmente foi
Queimando, sem cessar
Até que reste apenas o calor do nosso amor.
Eu sou
Eu sou o sussurro que paira antes do grito,
o silêncio que dança nas frestas do tempo.
Eu sou a lâmina sem fio que corta o que não se pode tocar,
o olhar que não se dobra, mesmo diante da luz.
Eu sou o passo que não ecoa,
mas faz tremer o chão.
Sou a sede que não se sacia,
o caminhar sem destino,
a fome sem nome.
Sou a palavra que se nega a ser dita,
o desejo que não cabe em desejo.
Sou o rastro invisível deixado em corações que jamais saberão meu nome.
Eu sou o erro e o acerto,
o meio sem bordas,
o abraço que aperta sem tocar.
Sou quem molda a si mesmo a cada respirar,
sem roteiro,
sem permissão,
sem plateia.
Eu sou aquele que dança com as sombras,
não por medo da luz,
mas por amar a textura do escuro.
Aquele que colhe o que não plantou,
e semeia em terrenos onde ninguém ousa pisar.
Eu sou a chama que não arde,
o frio que não gela,
o toque que não acaricia...
mas marca,
finca,
mora.
Sou o que nunca se cansa,
mas finge cansaço só para sentir o gosto do repouso que nunca vem.
Sou o viajante sem mapa,
o traço sem desenho,
o verbo sem tempo.
Eu sou.
E por ser, não peço licença.
Apenas respiro...
E no meu respirar,
o mundo aprende a conter o fôlego.
A Trindade do Eu
No centro onde o nada é proibido,
Ergue-se o trono do ser incontido.
Ali reina aquele do meio, verbo e sentença,
A mão que molda, o olhar que dispensa.
Na sombra à direita, o silêncio respira,
Frio como aço, sussurro que delira.
É a mente que nunca vacila,
Que lê o caos, destrincha e destila.
Olhos de cálculo, voz sem paixão,
Diz: “Aqui há padrão, aqui há razão.”
Nenhum suspiro escapa despercebido,
O que está à direita vê o invisível escondido.
Mas à esquerda... ah, à esquerda há fogo,
Labaredas que dançam, desejo sem rogo.
É o faminto, o ardente querer,
Que ama, que odeia, que vive pra ter.
Risos quebrados, pupilas em chamas,
Quer tudo, devora, acende mil tramas.
Se o que está à direita mede, o da esquerda quer possuir,
Transforma em fascínio até o que é porvir.
E então, no meio, aquele se ergue,
O Juiz, o Criador, aquele que segue.
Recebe dos lados o dado, o desejo,
E cria o caminho, o mundo, o ensejo.
Não ama, não teme, não sofre, não chora,
Ele escolhe quem vive, quem some, quem mora.
O da direita aponta, o da esquerda quer incendiar,
Mas é o do meio quem decide... quem faz colapsar.
Três em um. Um em três.
O da direita, o da esquerda, e o do meio a comandar,
A dança do Eu, o fluxo a pulsar.
Aqueles se ajoelham, imploram, suplicam...
Mas só o do meio… decide quem fica.
I. a parte em que ninguém percebe
há dias em que o mundo continua ~
mas eu não.
eu me arrasto dentro da roupa.
cumpro compromissos como quem finge
ainda habitar o próprio nome.
me sento onde sempre me sentei,
mas algo em mim não chega.
o corpo levanta,
mas não comparece.
•
há horários que evito.
nomes que pulo.
itens na gaveta que não toco há meses.
não é superstição.
é autodefesa.
ninguém entende.
porque continuo funcionando.
mas já não pertenço à máquina.
•
II. a parte que só eu escuto
há um som que só eu ouço.
não é voz,
não é memória,
não é aviso.
é uma frequência baixa
que vibra quando tudo está em silêncio.
uma presença que não se mostra,
mas me atravessa.
me obriga a manter as janelas fechadas,
a não reorganizar os móveis,
a conservar os espaços como estavam
no dia anterior ao que nunca mais passou.
•
não estou esperando nada.
mas também não fui.
é isso que ninguém entende:
o não ir.
o continuar por engano.
o viver como quem segura a respiração
no fundo da piscina
sem saber se ainda é possível subir.
•
III. a parte em que eu entendo
as coisas não melhoram.
elas se adaptam.
e chamam isso de cura.
eu aprendi a conversar sem falar.
a sorrir sem acionar músculo.
a dormir com a sensação
de que algo ainda respira ao lado.
talvez seja eu.
talvez não.
mas sigo deitada.
olhando pro teto
como quem espera uma explicação
que não chega.
•
e então amanhece.
como se nada tivesse acontecido.
como se meu corpo não estivesse carregando
o peso exato
do que ninguém ousa perguntar.
e eu levanto.
porque a vida, ao contrário da morte,
não precisa pedir permissão pra continuar.
Juliana Umbelino • O Luto Sou Eu
#LeitoraVoraz #Luto #Sentimentos #Lar #LiteraturaBrasileira
Eu não acredito…
Que quem escuta calado, aceita.
Que quem discute, não aceita.
Que o que parece, é.
Que o silêncio é conformismo.
Que palavras são sempre mentiras.
Que atitudes são sempre intencionais.
Eu acredito…
Na minha intuição.
No que eu sinto —
o bom, o ruim,
o que vem de dentro pra fora.
No desabrochar dos sentimentos
que me revelam a verdade.
Acredito na vida,
na experiência,
e principalmente —
acredito em mim.