Eu Prefiro ser essa Metamorfose Ambulante
Eu, você e todos nós estamos a procura de algo que ainda não experimentamos, algo que a gente supõe que exista e que nos fará mais felizes ou menos infelizes. Eu, você e todos nós tentamos salvar nossas vidas diariamente, e qual a melhor maneira para isso? Trabalhar e amar, creio eu, mas não é fácil.
Pedimos pelo amor de Deus que o telefone toque e que a partir deste toque um novo capítulo comece a ser escrito na nossa história. Depositamos todas as nossas fichas amorosas em pessoas que não conhecemos senão virtualmente. Disfarçamos nosso abandono com frases ousadas e sem verdade alguma. O que a gente gostaria de dizer, mesmo, é: me dê sua mão.
Eu, você e todos nós queremos intimidade, mas evitamos contatos muito íntimos. Não queremos nos machucar, mas usamos sapatos que nos machucam. A gente quer e não quer, o tempo todo. Será que durante uma caminhada de uma esquina a outra, em um único quarteirão, é possível acontecer uma paixão, uma descoberta? Quantos metros precisamos percorrer, quantos dias devemos esperar, em que momento da nossa vida irá se realizar o nosso maior sonho, e uma vez realizado, teremos sensibilidade para identificá-lo? O nosso desejo mais secreto quase sempre é secreto até para nós mesmos.
Somos uma imensa turma, somos uma enorme população, somos uma gigantesca família de solitários, eu, você, todos nós.
Tudo é expressão.
Neste momento, não importa o que eu te diga
Voa de mim como uma incontenção de alma ou como um afago.
Minhas tristezas, minhas alegrias
Meus desejos são teus, toma, leva-os contigo!
És branca, muito branca
E eu sou quase eterno para o teu carinho.
Não quero dizer nem que te adoro
Nem que tanto me esqueço de ti
Quero dizer-te em outras palavras todos os votos de amor jamais sonhados
Alóvena, ebaente
Puríssima, feita para morrer...
O único lugar em que eu admito que um homem
acerte uns bons tapas numa mulher
é na cama,
e se ela gostar,
e se ela quiser...
É que tudo o que eu tenho não se pode dar. Nem tomar. Eu mesma posso morrer de sede diante de mim. A solidão está misturada à minha essência...
Como eu poderia me entregar, sem antes saber se posso ir inteira? Como posso confiar de novo, sem saber se vai ser realmente diferente?
Se inferno existe,
então eu tenho lugar vip por lá.
Mas o melhor é saber que encontrarei muitos bons amigos
por ali, também. :)
Que hei-de eu fazer dessas alforrecas que não têm ossos nem forma? Vomito-os e restituo-os às suas nebulosas: vinde ver-me quando estiverdes construídos.
"Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você não passasse a comer de boca aberta. Que você entendesse o meu problema com chãos de banheiro molhados pra sempre. Que você gostasse e cuidasse de mim como disse ontem à noite que cuidará. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga não estraga não estraga."
Eu escrevi na areia, em folhas de papel,
em bits e nos corações.
Agora, eu quero escrever nas estrelas.
Eu conheci razoavelmente bem Clarice Lispector. Ela era infelicíssima, Zézim. A primeira vez que conversamos eu chorei depois a noite inteira, porque ela inteirinha me doía, porque parecia se doer também, de tanta compreensão sangrada de tudo. Te falo nela porque Clarice, pra mim, é o que mais conheço de GRANDIOSO, literariamente falando. E morreu sozinha, sacaneada, desamada, incompreendida, com fama de "meio doida”. Porque se entregou completamente ao seu trabalho de criar. Mergulhou na sua própria trip e foi inventando caminhos, na maior solidão. Como Joyce. Como Kafka, louco e só lá em Praga. Como Van Gogh. Como Artaud. Ou Rimbaud.
❝ Se fosse uma comédia-romântica-americana, a gente se encontraria daqui a um tempo e eu diria a ele, que mesmo depois de ter conhecido homens que não se irritavam com as minhas ironias, não me seguravam com tanta força a ponto de me esmagar, não amavam os amigos acima de tudo, não tinham respostas pra tudo de forma tão irritante. Não eram tão orgulhosos como eu, não tinham humor tão negro. Não eram convencidos demais, não gostam de flash backs com ex. Não tiravam sarro do meu time, não ligavam se eu confundisse nomes de capitais, movimentos artísticos, ruas e bairros, era ele que eu gostava, era ele que eu queria.
EU NÃO ENTENDO! Por medo da loucura, renunciei à verdade. Minhas ideias são inventadas. Eu não me responsabilizo por elas. O mais engraçado é que nunca aprendi a viver. Eu não sei nada. Só sei ir vivendo. Como o meu cachorro. Eu tenho medo do ótimo e do superlativo. Quando começa a ficar muito bom eu ou desconfio ou dou um passo para trás.
Eu tenho um sonho
que um dia esta humanidade
será tão fraterna, cordial, crítica,
e ativa de forma política e social
como é no Facebook. :)
Encontrei Deus nesta manhã,
enquanto eu ia pro trabalho.
Na verdade, topo com Ele de vez em quando
- ô Carinha para estar em todo canto!
Mas desta vez eu resolvi dar mais que um aceno
e fui lá ter um dedinho de prosa.
Perguntei se estava tudo bem com Ele,
e Ele disse que ia levando... muita dor de cabeça,
muita correria...
Eu imagino, lhe falei.
Não deve ser fácil ser Deus.
Daí Ele, cordialmente, perguntou de mim,
como eu estava.
Falei que eu estava bem,
que tinha conseguido
algumas coisas muito boas neste início de ano,
e que eu estava bastante empolgado
com meus novos desafios.
Ele sorriu.
Mas aí olhei no relógio,
vi que já estava atrasado
e me despedi às pressas.
Nem ouvi direito quando Ele disse
'abençoado seja, filho.'
E nem muito menos lhe abracei para lhe dizer
'muito obrigado, Pai'...
Às vezes é difícil esquecer:
"Sinto muito, ela não mora mais aqui"
Mas então, por que eu finjo
Que acredito no que invento?
Nada disso aconteceu assim
Não foi desse jeito
Ninguém sofreu
É só você que me provoca essa saudade vazia
Tentando pintar essas flores com o nome
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"
Hoje à noite eu estive a passear, vendo as luzes da cidade, percorrendo um caminho que eu fazia
com minha amada deitada em meu colo, enquanto eu dirigia,
ao som de Rod Stewart...
Sorri comigo, e de repente eu senti saudade daquilo
que eu já não quero pra mim...
Obrigado a todos os amores que a vida me trouxe,
e que eu amei,
que me amaram,
que eu machuquei,
e que me machucaram também.
Tudo é experiência,
completa minha existência,
faz parte do que sou...
Era muito reconfortante estar longe da civilização, e isso me preocupou. Eu não deveria achar a solidão tão acolhedora.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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