Eu Gosto do Risco dos que Arriscam

Cerca de 272536 frases e pensamentos: Eu Gosto do Risco dos que Arriscam

divagar

dentro do cerrado
criava a felicidade

escancarava a poesia
inventava banalidade
e ia ao mundo da fantasia

hoje a realidade!
sem divagar...
vou devagar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

nega

não apresso mais
arriei a armadura
cansei do jamais
d’alma em candura

paz...

tudo vai à frente
a sorte lá traz
o silêncio presente

e o tempo voraz!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ESPAÇOS EM BRANCO (soneto)

No inverno do cerrado, seco, desbotados
meios tons desalentando o olhar, suspiros
a vida na acinzentado pousa baços retiros
que no vário tecem baralhados bordados

Ao fim do dia, o tardar e ventos em giros
tudo se perde no abstrato e, são levados
aos amuos incógnitos, e tão rebuscados
dos balés rútilos dos voos dos lampiros

Há em toda parte fumo nos vazios atados
vago, cada passo, e pelos ipês quebrados
em colorido breve, e cascalhado barranco

Os tortos galhos tão secos e empoeirados
traçam variegados em poemas anuviados
pra assim versar, os espaços em branco...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, agosto
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

REMENDO

Foi o devaneio que guilhotinou
os sonhos. Os fez sem aparato
E se estão intactos, aqui estou
invisível no evidente anonimato

Desenhei quimeras com giz
sem tronco, cabeça e braços
Colhi amor que ninguém quis
pra remendar os meus pedaços

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A TARDE CAI (soneto)

A tarde fria, ressequida, no cerrado poente
Escorrega no horizonte escarlate de junho
Em brumas desmaiadas e tão lentamente
Deixando os suspiros como testemunho

Manso, e de uma realidade inteiramente
O entardecer tão árido e sem rascunho
Vai descendo pela noite tão impaciente
Silenciosamente na escureza antrelunho

E a tarde vai caindo, pelo céu vai fugindo
Presa na imensidão do anoitecer infindo
Esvaindo o sertão indolente e acetinado

Nesta tarde fugidia, as estrelas já luzindo
Cobrindo de melancolia, o sossego vindo
É a tarde que cai, lânguida, pelo cerrado...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PAMONHA

Pamonha...
Iguaria do quintal do Goiás
Na tradição ponha
A moda, aliás
Saborosa
Do milho verde, assaz
Na palha, trouxa cheirosa
Cremosa
Apetitosa
Também,
das Gerais
Quentinha e requentada
É sempre mais...
Tradição nos arraiais
Da culinária ais, lais
Dos milharais
No costume instituído
Quem nunca, jamais
Servido!
é demais...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

poeminha escuro

era tão distante
a vida tão presente
o tempo passou volante
que o berço virou ausente
agora um breu tão forte
o sol no horizonte poente
e tão perto, ficou a morte...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2019
cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

fluorescência

cerrado
fulgor de cascalho
e vagalume alado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

perdulário

gastei todas as rimas ao sonhar...
gastei todos as ilusões ao amar...
me sobrou o poetar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

advir

que venha o viver
deixe estar
que tenha prazer
deixe ficar
amar é haver...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

gangorra

a vida é
um vai e vem [ ... ]
habitue-se

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO À ARAGUARI

Os pés da infância de te é distância
O olhar ainda em ti é de lembrança
Que veem e choram na sua fiança
Dentro do peito com significância

És cidade mãe, de minas a aliança
Em ti sou vinda, a mim és rutilância
De alusão, quimeras e substância
Desenhando e roteirizado herança

Vida que morre, é tal, a vida que vive
Caminhando comigo, assim, mantive
A minha história, que eu nunca perdi

Menor dos meus desejos, de te tive
Boas memórias, em ti sempre estive
És flor na lapela: altaneira Araguari!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2016
Cerrado goiano
128 anos de Araguari (MG)

Inserida por LucianoSpagnol

tagarela

quando o buriti balança no cerrado
ao vento, sigilo dele espalha...
são avisas a ele segredado
Quem disse que o cerrado não fala?

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Poema para o amigo

É para você, este poema
Intitulado: - "pro amigo"
Nele a afeição é o tema
Nosso carinho, eu bendigo...
Receba este real presente
O trago do apreço comigo
É do coração vertente
Do afeto venho festejar contigo...
Pois, só ele deixa saudade
Amor. Só ele nos traz abrigo
E a lembrança de nossa amizade.
Feliz por ser seu amigo!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
dia do amigo

Inserida por LucianoSpagnol

Tudo

Tudo,
são metamorfose,
e também sanhudo.

Se é grão, se é chão,
criador e criado,
do todo, expressão,
desamor e amado...
Porém, se é do coração,
o afeto é apropriado,
e a poesia eterna canção...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 26 de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ciscando

busco significação
no cesto de entulho
do fim do ano
e eis que tenho na emoção
- monotonia –
uma folha em branco
e uma acinzentada poesia...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO ABSTRATO

Na prosa do poeta, não só tem poesia
às vezes de tão vazia, o abstrato pinda
arremata cada imaginação, e aí, ainda
nada lhe completa, nada tem harmonia

Tu'alma inquieta, o verso na berlinda
a solidão, a lágrima, a dor em romaria
se perfilam no papel em uma rima fria
e assim, a privação na escrita brinda

Neste limitado querer, sem simpatia
o silêncio, o belo, no feio prescinda
e a inspiração, então, fica sem orgia

Aí, o soneto sem quimera, não finda
e os devaneios perdidos na ousadia
sem fantasia, a ausência é provinda

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 09 de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

química

falar de amor
é tão especial
é tão boreal
é tato, afago, beijo, n'alma teor...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PRESENTE DE NATAL (soneto)

Noite de Natal, de alegria reluzente
Abraços confraternizando, luzeiro
Presépio, preces, bolas no pinheiro
Pro céu, a mesura ao ente ausente

Meia noite... - chamem o fogueteiro!
Pra aleluias à Deu menino, onipotente
Manou o Salvador, do amor vertente
Que trouxe amizade ao mundo inteiro

Que a palavra na vida seja presente
Como firmamento do valor obreiro
Na fé de ofertar o zelo diariamente

E que assim, possa ser mais certeiro
Na paz e bem, e nos corações assente
O maior presente: - o amor verdadeiro!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Inspiração

Uso a poesia para falar de meus silêncios
Para a magia das palavras ter companhia
Em cada rima o hospício de meus suplícios
Assim, falo e ouço, escrevo o real e fantasia
Dou importância na simplicidade do fictício
Vivendo na levitação da imaginação, do só
Que possa vir e me trazer algum auspício
Assim, somos fadados, na matéria e no pó
Tudo na sorte com os seus diversos vestígios
E nos desperdícios das palavras dou um nó
Me perco no desenrolar de cada emoção
Pois cada trova no meu poetar é um cipó
Onde eu gangorro solitário na inspiração

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp