Eu Gosto do Risco dos que Arriscam
Meses e meses se passaram. E eu quase esqueci seu rosto. Até que eles tocaram aquela canção. Aquela que nós ‘odiávamos’.
Quando reparo no comportamento das garotas, me pergunto: “Elas são muito atiradas, ou eu é que sou tapada demais?”.
Diz que eu não sou de respeito
Diz que não dá jeito
De jeito nenhum
Diz que eu sou subversivo
Um elemento ativo
Feroz e nocivo
Ao bem-estar comum
Fale do nosso barraco
Diga que é um buraco
Que nem queiram ver
Diga que o meu samba é fraco
E que eu não largo o taco
Nem pra conversar com você
Mas fica
Mas fica ao lado meu
Você sai e não explica
Onde vai e a gente fica
Sem saber se vai voltar
Diga ao primeiro que passa
Que eu sou da cachaça
Mais do que do amor
Diga e diga de pirraça
De raiva ou de graça
No meio da praça, é favor
Mas fica
Mas fica ao lado meu
Você sai e não explica
Onde vai e a gente fica
Sem saber se vai voltar
Diz que eu ganho até folgado
Mas perco no dado
E não lhe dou vintém
Diz que é pra tomar cuidado
Sou um desajustado
E o que bem lhe agrada, meu bem
Mas fica
Mas fica, meu amor
Quem sabe um dia
Por descuido ou poesia
Você goste de ficar
Eu vejo idosos em pensões, em supermercados
e eles são magros, e eles são orgulhosos, e eles estão morrendo
eles estão famintos e eles não dizem nada
tempos atrás, entre outras mentiras
eles foram ensinados de que o silêncio era bravura
agora, depois de trabalhar a vida toda,
a inflação os aprisionaram
eles olham em volta
roubam um uva
mastigam-na
finalmente, fazem um pequena compra, o dia valeu a pena.
outra mentira que lhes foi ensinada:
não roubarás
Eles preferem a fome à roubar
(uma uva não os salvará)
e em quartos minúsculos, enquanto leêm anuncios de mercado
eles sentirão fome
eles vão morrer sem fazer barulho,
retirados de seus albergues
por jovens garotos loiros de cabelos compridos
que vão deslizar para dentro
e se afastarão do meio fio
estes garotos,
olhos bonitos,
pensando em Vegas e bucetas e vitória
é a ordem das coisas:
cada um sente o gosto de mel,
depois o da faca.
O amor chega em uma hora e eu ainda não consegui comer, escolher a roupa, arrumar minha franja, decidir se já posso amar. O amor chega em uma hora e vai quebrar meu gesso mas eu não decidi se os ossos já estão bons o suficiente. Mas ele vai chegar com trinta martelos e eu vou estar esperando, forte e decidida, pra receber a porrada. E o ar que vai entrar. E mais dor. E o ar que vai entrar. E quem sabe então alguma felicidade, já que fui corajosa. Quem sabe a felicidade seja a harmonia entre a dor e o ar que entram pelos poros que temos coragem de abrir? E quem sabe só o amor seja o martelo possível?Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar morro. Porque se não acabar morro.
Mas penso ser tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que eu penso que sou que não pode haver tantos.
E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu nem sei o que é. Dessa coisa que talvez seja amor. (…) odeio todos os amores baratos, curtos e não-amores que eu inventei só pra pular uma semana sem dor. A cada semana sem dor que eu pulo, pareço acumular uma vida de dor. Preciso parar, preciso esperar. Mas a solidão dói e eu sigo inventando personagens. Odeio minha fraqueza em me enganar e mais ainda a dor que vem depois dos dias entorpecidos. Eu invento amor, sim. E dói admitir isso. Mas é que não aguento mais não dar um rosto para a minha saudade.
Dê-me uma alavanca longa o suficiente e um suporte forte o suficiente que eu poderei sozinho movimentar do mundo.
Que simplicidade. Nunca pensei que o mundo e eu chegássemos a esse ponto de trigo.
Eu oro, Pai, neste momento, para que o Senhor,
com a força do Espírito Santo, venha tocar,
neste irmão, nesta irmã, que está triste,
e que de tão amargurado, não se aceita,
e por não se aceitar, não consegue se amar,
e já não se cuida mais, por sentir-se só e
desamparado...
Pai querido, toca na alma
ferida, no trauma mais profundo naquele
lugar que só o Senhor sabe onde dói mais,
remove essa "casca" que recobre a ferida mais
dolorosa, e seca de vez essa marca que
ainda sangra.
Toca, Pai, toca no coração ressecado,
angustiado, de quem já não acredita mais
em si mesmo. Que perdeu as forças de tanto
chorar, que foi abandonado(a) sem motivos,
que foi vítima de injustiça, que não sabe
a quem recorrer.
Tu, Senhor, é juiz soberano, julga essa causa então,
devolve a esse irmão, a essa irmã, a alegria,
a esperança, o ressurgir do desejo de cuidar-se.
A capacidade de admirar-se e perceber,
que dentro de cada um de nós,
brilha uma chama maior que qualquer dor,
a chama da tua mão, a chama da criação,
a chama do amor.
Então, eu oro agora, pelos que querem te
encontrar, pelos que te buscam e não acham,
pelos que tateiam no escuro da mágoa,
os que vagam de hospital em hospital,
sem achar a doença que os consome,
inunda-os agora com o Teu Santo remédio,
o teu poderoso amor.
Assim, saia curado neste dia, todo aquele,
que mesmo não vendo, perceba,
que mesmo não se achando merecedor, sinta,
que a Tua maior grandeza está em reconhecer,
em cada um de nós, mesmo os maiores devedores,
uma chama única, um brilho,
que somos amados como o único filho.
Eu oro, então, para que agora, o elo seja refeito,
a ligação restabelecida, e em cada um, brilhe a tua luz,
refletindo na face, o doce sorriso do amado Jesus.
Por que garota de calendário? Não sei.Talvez porque os rapazes não consigam assoviar quando eu passo.
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