Eu Gosto do Risco dos que Arriscam

Cerca de 272907 frases e pensamentos: Eu Gosto do Risco dos que Arriscam

Tá difícil de parar os coringa do Flamengo
Bruno Henrique, Arrascaeta e nosso menino Gerson
Se tem jogo do Mengão, a torcida dá um show
Pode levantar a plaquinha: Hoje tem gol do Gabigol!

Inserida por pensador

Tá fluindo, Gabigol é artilheiro
Tá tranquilo, segue o líder no Brasileiro
Time tá de parabéns, todo jogo nosso é guerra
O Maraca grita alto: Hoje é festa na favela

Inserida por pensador

Quando nóis passa de trem, invejoso olha e baba
Vocês que falam de mim, grava bem e me escuta
Pode falar o que for que eu ligo pra porra nenhuma

Tá fluindo, então deixa chover dinheiro
Tá tranquilo, tudo na vida é passageiro

Inserida por pensador

SOBRE A CONTRADIÇÃO HUMANA.

Poeta: - Estou muito novo pra morrer.

Filósofo: - Estou velho demais pra viver.

Homem comum: Nunca é tarde pra viver nem cedo pra morrer.

Inserida por EvandoCarmo

Meu pai Herói.

Meu pai se chamava Heleno Francisco do Carmo, não tenho dele muitas lembranças, ele morreu quando eu tinha onze anos, contudo, guardo algumas lembranças, sobretudo da época em que ficou doente. Meu pai era um homem muito forte, um trabalhador exemplar. Era um lavrador, homem que cuida da terra, ele próprio tinha um pequeno pedaço de terra, por onde passava um riacho, terra fértil, onde plantava cana e milho e melancia. É disso que me lembro bem, também plantava bananas.
Não sei dizer se meu pai era um homem triste, se tinha crises existenciais, talvez fosse muito feliz, pois tinha uma bela família e uma linda esposa, honesta e trabalhadeira. Lembro-me da sua relação com minha mãe, eram felizes, combinavam em quase tudo, ambos desejavam que seus filhos estudassem para não serem analfabetos como eles eram. Meu pai era alto e moreno, tinha ombros largos como eu, era um homem bonito, mas não me recordo que alimentasse alguma vaidade nem vícios. Trabalhava incansavelmente para sustentar sua família, grande para os padrões atuais.
De domingo a domingo ele sempre repetia sua rotina; acordar cedo e ir ao trabalho, além de suas próprias lavouras, milho e feijão, ele ainda trabalhava de meia ou para outros produtores rurais. Meu pai era homem temente a Deus, pelo menos é essa a impressão que tenho até hoje, pois sempre ia à missa aos domingos de manhã, com toda família, mas ao voltar pra casa, logo depois do almoço, ia ao trabalho, cuidar de um pequeno e produtivo roçado, que ficava perto de casa, meu pai só retornava à noite com um feixe de cana nos ombros.
Éramos oito filhos, cinco homens e três mulheres, minha mãe ficou grávida de uma menina quando meu pai faleceu. Foram seis meses longos, a duração da doença fatal de meu pai. Meu pai nunca ficava doente, era como touro, todos os homens o invejavam por seu físico e por sua moral. Mas todo herói fatalmente sucumbe no final da epopeia. Meu pai tinha chagas desde adolescência. Fora picado por um barbeiro, na região onde foi criado esse inseto fez muitas vítimas, e a medicina não tinha os meios para prolongar a vida dos seus pacientes. Meu pai só veio manifestar os sintomas da doença aos quarenta anos, foi avassaladora sua enfermidade, em seis meses apenas ele veio a óbito.
Minha mãe foi uma guerreira e fez tudo que pôde e o que não pôde para salvar a vida do seu amado. Lembro-me com muita tristeza, de uma vez que eles voltaram de uma cidade próxima; aonde eles foram, em busca de uma nova forma de tratamento, mas não havia muito que fazer, meu pai estava com o coração muito comprometido, estava rejeitando os remédios, e não havia nenhuma esperança de cura ou de melhora, ele vivia muito cansado, e minha mãe passava longas noites ao seu lado. Nós éramos muito pequenos, mas já compreendíamos que nosso herói estava condenado à morte trágica. Logo se agravou seu quadro, minha mãe teve que o internar no hospital público de nossa cidade, onde foi bem cuidado, mas em poucos dias, ele já demonstrava fraqueza extrema, não se alimentava e as injeções que tomava não causavam mais nenhum efeito paliativo, então meu guerreiro pediu para morrer em casa, pedido que fora atendido pelos médicos dele, minha mãe o levou pra casa, mas meu velho não aguentou a pequena viagem de pouco menos de três quilômetros, faleceu nos braços de minha mãe dentro da ambulância.
Essa é mais uma das inúmeras tentativas que faço, para escrever sobre meu pai. Sei que daria um belo e humano romance, todavia nunca serei capaz de levar a cabo esse projeto, é doloroso demais para mim, pois a dor e o trauma da sua ausência em minha infância ainda são deveras penosos para mim.

Inserida por EvandoCarmo

Primeiro Bom Dia de Giovanna. 05/12/2015

Sou poeta, não acredito em anjos
nem em outras coisas da mesma seara
todavia, fui logrado pela divindade,
hoje, especialmente hoje,
por se tratar de um dia especial
em que acordei com vontade de dançar.

Contudo, sabemos nós, os filósofos céticos
das virtudes dos homens, e do amor das mulheres
que não há expressão maior de felicidade
do que a dança voluntária. Então, logo hoje,
eu ouvi a voz de um anjo, de um que já estava conosco
há algum tempo, mas que só sorria
e faziam suas traquinagens,
mesmo sem falar nos encantava a cada dia.

Pois bem, este belo e incomparável anjo
de cabelos ruivos e olhos negros, inebriantes,
resolveu hoje me dar uma prova de que a felicidade,
as virtudes dos homens, e até o amor das mulheres
são possíveis.

Ah, como são reais a partir de hoje para mim:

Giovanna falou pela primeira vez,
recebi sua gravação dizendo,
com voz meiga e perturbadora,
para mim que tanto a desejei,
ela disse sem nenhum embaraço:
" Bom dia Vovô"....

Inserida por EvandoCarmo

Além da eternidade
existe a poesia do não existir.
O que há de eterno no mundo
são as contradições
O tempo ignora passivamente
os movimentos do teu corpo
enquanto o teu olhar especulativo
procura as causas e os efeitos
de alma viver exaustivamente
num experimentar contemplativo

Inserida por EvandoCarmo

Tenho um amigo que diz: "Se me virem agarrado à uma mulher feia, pode separar que é briga." Digo que se me ouvirem discutindo política, religião ou futebol, pode me internar, pois devo ter perdido a sanidade.

Inserida por EvandoCarmo

Os deuses gregos foram escupidos em mármore. Hoje em dia os que querem ser deuses da estética são só bolhas virtuais.

Inserida por EvandoCarmo

"A arte essencial é a quela que sustenta a vida e a lucidez do artista."

Inserida por EvandoCarmo

"A arte de surpreender é parte do caráter de quem ama."

Inserida por EvandoCarmo

GAROTA DE COPACABANA

Copacabana também tem uma garota
Que anda marota até a praia do Leblon
Em Ipanema todos ficam encantados
Com seu rebolado quando escutam aquele som
É a beleza que caminha lado a lado
Com a natureza, com o balanço do mar

Rio, que rio é esse, que rio de tudo quando
Cá estou, é o balanço da moça faceira
Bela feiticeira que me escravizou

Copacabana tem uma beleza etérea
Uma musa eterna para um compositor
Um poeta velho ou um poeta moço
Cantam este colosso que ninguém criou

Foi Copacabana cantada primeiro
Pelo estrangeiro que por lá chegou
Só Copacabana ainda é princesa
Luz que a natureza nunca apagou

Rio, que rio é esse, que rio de tudo quando
Cá estou, é o balanço da moça faceira
Bela feiticeira que me escravizou

Copacabana todo fim de ano
Vem o mundo inteiro para lhe adorar
Mas logo em janeiro ela é só minha
Quando posso ver gente a caminhar
Na calçada larga de uma rua santa
Só o que me encanta é o seu andar

Rio, que rio é esse, que rio de tudo quando
Cá estou, é o balanço da moça faceira
Bela feiticeira que me escravizou

Inserida por EvandoCarmo

Descubra o que você ama e deixe que isso te mate
Tudo vai te matar, essa que é a verdade
Descubra o que você ama e se entregue sem temor
Tudo vai te matar, melhor morrer de amor

Inserida por pensador

A gente tem que viver
Sorrindo quando é pra chorar
Pra fazer a morte tremer
De medo de vir nos buscar

Inserida por pensador

Na dança em câmera lenta das flores
A seiva embriagante, o cheiro das cores
Raio de Sol entre as folhas, vértice de luz cintilante
Um amor em construção

Inserida por pensador

Demorei pra ver no que errei
Andando em círculos
Era pra ser menos difícil
Existem coisas a considerar
Mesmo assim não vou negar o fim
Cê fique aí achando que eu pirei
Já fiz minha escolha
Não vou repetir outra vez

Inserida por pensador

“A beleza tanto é fugaz
quanto essencial,
mas o amor é ruim das vistas”

Inserida por EvandoCarmo

OPULÊNCIA DA VELHA SENHORA


De João Batista do Lago


São Luis – essa Velha Senhora! ‒
Quanta opulência ainda te mora
Segredada em teus casarios
Nas tuas ruas estreitas… sombrias
Em tuas pedras de cantarias
Nos becos de todos os Desterros:
Sombras que tatuam teu presente!


Teus poetas sequer desconfiam
Do mal luso em ti segredado
Desconhecem as tuas patranhas
Amam-te ‒ todos! ‒ enganados
Porém ‒ eu ‒ sei das artimanhas:
Teu altruismo de vãs veleidades
É “Quimera” colonial


Cantamos os teus azulejos
Declamamos as tuas sacadas
Nos extasiamos com telhados
Pintamos de orgulho toda Ilha
Porém não temos sentimento
Para enxergar toda obviedade:
Índios e negros marginais da cidade


O ‘fausto’ da Velha Senhora
Expande-se à Caxias e Alcântara
Onde também se cantam versos
Da nobiliarquia maranhense
Onde suas gentes nobilíssimas
São almas per se condenadas
Por algozes do algodão e arroz


Do estratagema dominante
Monta-se a treta arrogante
Miscigenam-se as nacionais
Com filhos de comerciantes
Garantia do futuro ufano
De escravagistas sociais
Casta de senhores feudais


É dessa casta que aparece o
Estupro da preta escrava
Nos casarios e nas senzalas
Sob o manto desses silêncios
Relicários da velha igreja
Estuprada pelo vintém
Perdoará pecado senhorio


É desse caráter social
De fonte lusitana tosca o
Genocídio do povo indígena
Ainda hoje aqui perpetrado
Pelo lusitano esquálido
Que se imagina proprietário
Da nação timbira sem terra


A Velha Senhora impávida
Desfilava só sua opulência
Sobre as pedras de cantaria
Sua carruagem sempre rangia
No lombo negro que sofria
A mesma desgraçada sorte
De um Souzândrade ameríndio


Atenas fez-se por encanto
Pensando ser toda sua glória
Esparta faz-se na história
Ainda hoje na sua memória
Retém os grilhões dos infantes
Almas penadas que vergastam
Ruas e becos da Velha Senhora


Índios… negros ‒ sempre! ‒ excluídos
Remetem a uma não Paideia
Mesmo que a opulência planteia
No imaginário dum só poeta
Por certo haverá miséria na
Opulenta Ática timbira


Amo-te ‒ Ó Velha Senhora! ‒
E quanto mais amante sou
Te quero livrar dos pecados
Dar-te o fogo dos numinosos
Ver-te livre das injustiças
Saber-te mãe eterna: virtude
Plena de toda alteridade

Inserida por joao_batista_do_lago

AS FLORES DO MAL


De João Batista do Lago


Vago-me como “Coisa” plena
pelo labirindo que me cidadeia
meus passos são versos inacabados
há sempre uma pedra no meio do caminho:
tropeços disruptivos que me quedam
na dupla face das estradas
espelhos imbricados na
memória experencial dos meus tempos


Vago-me como “Mercadoria” plena
atuando no teatro citadino a
comédia trágica dos atos que não findam
um “Severino” ou um “Werther” autoassassinos
transeuntes de suas identidades
perdidas pelas ruas das cidades
onde me junto e me moro nos
antros cosmológicos de experiências e memórias


Vago-me como o “Amor” sempre punido
tonto e perdido no meio da sociedade
donde me alimento do escarro possível
onde “sujeitos” sem experiência e sem memória
negociam os amores vendidos na
fauna de “humanos” prostitutos
segredados nos prostíbulos das igrejas:
lavouras de todas as flores do mal

Inserida por joao_batista_do_lago

NECROFILIA


De João Batista do Lago


E esta carne que se me apodrece
a alma, o espírito e os ossos,
que fará de mim?


‒ Me danará pó
na consciência de todos
os condenados de miserável sorte!?


‒ Terei então dado a resposta do que sou:
antropoema nascido da vagina do universo,
sacrário que me guardará no ventre
do meu eterno retorno do mesmo;


Serei, então, o épico do humano
na minha própria comsmogenia
enterrado no sarcófago
da minh’alma errante e vagabunda.

Inserida por joao_batista_do_lago

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