Eu Gosto do Risco dos que Arriscam
DAS FALHAS HUMANAS
"Cometer erros é coisa comum
à natureza humana imperfeita,
mas só um verdadeiro homem
é capaz de admitir,
voltar atrás, e corrigir."
SOBRE A NEUTRALIDADE
Algumas doutrinas que se dizem cristãs
não ensinam a neutralidade plena
sobre todos os aspectos
das disputas mesquinhas entre os homens.
Com isso, ao contrário do Cristo
elas alimentam as gueras
atiçam o fogo dos instintos
humanos e animalescos,
que residem na politica,
nas guerras patriotas
em em toda forma de
competição humana.
Não vá a igreja, Vá a floresta.
Você não vai encontrar a sua essência longe da natureza.
Nós somos parte indivisível da natureza.
É por isso que o ser humano sofre e se sente vazio desde que foi separado do universo.
Enquanto a mente não atinge estados mais elevados,
é inerente ao ser humano ver as ações dos outros pelo lado escuro, sempre como mal
SOBRE O OTIMISMO
Otimismo não deve uma crença fanática de que o futuro será magnífico. Otimismo deve ser a confiança de que o amanhã pode ser uma grande possibilidade de superação, uma oportunidade única de fazer melhor que ontem, pois primeiro se tem o hoje, o amanhã é só para quem valoriza a chance de viver outro dia com firme esperança de aperfeiçoamento pessoal!!!
Evan do Carmo
SOBRE A PAZ
"Para quantas pessoas
você fala por dia? Ensine-as
algo proveitoso, incentive-as
à paz e ao respeito mútuo.
O mundo precisa de pacificadores,
já temos muitas guerras inúteis."
Em troca de paz
Prefiro pagar a conta
Já não me preocupa a afronta
Dói em mim, em ninguém mais
Eu não me importo de ficar com o peso
Aliás, esse eu bem conheço
Estou disposta, me diga o preço
Se me outorgar a paz
O exterior é o aparente
Que sem alma reluzente
É fake, é sem efeito.
O lado de dentro é segredo
Nem sempre revelado
No peito bem arquivado.
Julgar é um desacerto
Uma opinião infundada
Muito fala sobre nada.
Viver intensamente
É o que liberta das correntes
Dessas interpretações rasas.
O Amor cresce contigo, está nos olhos e no coração.
Quando olho para ti não resisto ao olhar, desmaio em um segundo e nunca mais vou acordar.
Deixei de ouvir-te. E sei que sou
mais triste com o teu silêncio.
Preferia pensar que só adormeceste; mas
se encostar ao teu pulso o meu ouvido
não escutarei senão a minha dor.
Deus precisou de ti, bem sei. E
não vejo como censurá-lo
ou perdoar-lhe.
ESTA MANHÃ ENCONTREI O TEU NOME
Esta manhã encontrei o teu nome nos meus sonhos
e o teu perfume a transpirar na minha pele. E o corpo
doeu-me onde antes os teus dedos foram aves
de verão e a tua boca deixou um rasto de canções.
No abrigo da noite, soubeste ser o vento na minha
camisola; e eu despi-a para ti, a dar-te um coração
que era o resto da vida - como um peixe respira
na rede mais exausta. Nem mesmo à despedida
foram os gestos contundentes: tudo o que vem de ti
é um poema. Contudo, ao acordar, a solidão sulcara
um vale nos cobertores e o meu corpo era de novo
um trilho abandonado na paisagem. Sentei-me na cama
e repeti devagar o teu nome, o nome dos meus sonhos,
mas as sílabas caíam no fim das palavras, a dor esgota
as forças, são frios os batentes nas portas da manhã.
DORME, MEU AMOR
Dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega — o pior já passou há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão desvia os passos do medo. Dorme, meu amor — a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste e pode levantar-se como um pássaro assim que adormeceres. Mas nada temas: as suas asas de sombra não hão-de derrubar-me — eu já morri muitas vezes e é ainda da vida que tenho mais medo. Fecha os olhos agora e sossega — a porta está trancada; e os fantasmas
da casa que o jardim devorou andam perdidos nas brumas que lancei ao caminho. Por isso, dorme, meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui, de guarda aos pesadelos — a noite é um poema que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres.
Estrada de passarinho é vento, seja brisa ou furacão, que nos conduz em suas curvas e riscos ao longo das nossas vidas, necessária e presente para o perfeito entendimento da alma.
TEU OLHAR
D A BM
Teu olhar tem força que faz
G A D
Nos teus labirintos me perder
D A BM
É em vão que tento ir atrás
G A D
De um vendaval que faz chover
D A BM
Teu olhar às vezes me domina
G A D
Outra hora me põe a correr
D A\C# BM
Teu olhar é luz que me fascina
G A D
Nos teus braços quero adormecer
G \9 A\G
Dormir um sono eterno
F#M BM
Pra não mais sonhar
G \9 A\G
Te encontrar no inferno
F#M BM
Do meu delirar
G \9 A\G
Dormir um sono eterno
F#M BM
Pra não mais sonhar
G \9 A\G
Pra fugir do inferno
F#M BM
Do meu delirar
G A D
Nos teus olhos quero me encontrar
EVAN DO CARMO
ESCRITA EM 2010
Os homens mais subterrâneos estão na política e na religião, pois não são atraídos pelos ritos nem por ideologias, com raras exceções, buscam apenas poder, dinheiro e fama...
Sem dor não haverá vitória
É sempre assim
Mas, lá no fim
O sangue se transforma em história
E faz valer a pena o teu suor
Eu sei que existe algum lugar
Bem perto de todo querer
Com vida e arte a pulsar
E devoção pelo saber
