Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto

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Eu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo.

Tati Bernardi

Nota: Trecho da crônica "O Gigante".

É, tá sendo tão difícil ficar sem você, eu errei muito minha atitudes não foram as melhores mais eu cresci eu mudei, hoje sim eu vejo o quanto eu te amo mais como eu vou de mostrar esse amor pra você se você já esta com outra, eu sentia que você gostava de mim eu sei que você fez de tudo pra me esquecer mais agora é tarde como eu vou poder mostrar o meu amor por você se você já pensa em outra já trata ela como você me tratava, eu me arrependo não sei como falar pra você o quando eu te amo e não sei mais viver sem teu amor, teu olhar , teu calor. Porque que tem que ser assim eu longe de você e você de mim se o amor que eu tenho é maior que o infinito enquanto essa dor não passa, eu vou beber pra esquecer o que passamos juntos. Eu sei que você não vai ver isso mais e uma forma de tirar esta dor do meu coração me desabafar, mas a minha vontade é falar isso pra você eu TE AMO não sou mais a mesma sem você, eu olho os casais e fico a imaginar como seria lindo eu e você em uma noite de luar volta pra mim e vem me amar já não sou mais a mesma sem você, mas eu vou te esperar eu ainda sonho em poder estar com você nos dois juntinhos na cama falando coisas de amor, eu tenho que me recuperar este amor só me magoou mais foi bom eu cresci e se você voltar eu vou mostra como vai ser lindo eu e você, eu te amo e vou rezar pra você volta só Deus sabe a dor que eu estou sentido em saber que eu não te tenho mais, me de uma chance eu te amo e vou te provar! EU TE AMO E ISSO NÃO DA PRA ESCONDER PORQUE ESTA ESCRITO EM MEU OLHOR, volta pra mim eu vou te amar dia e noite sem parar eu vou te amar, isso pode ate mudar mais agora eu estou sentido isso e ta difícil de parar de te amar meu amor lindo volta! EU TE AMO♥

E foi mesmo na frente da igreja que a vida de Antônio deu uma volta medonha, pois, no que viu Karina, seu coração disse pra sua cabeça, vá, e sua cabeça disse pra sua coragem, vou, e sua coragem respondeu, vou nada, mas sua boca não ouviu e beijou Karina bem ali, no meio da praça, e a boca de Karina não disse não, e nem poderia, pois estava por demais ocupada.

Daí pra frente se sucederam muitas noites de festa e muitas outras de desgraça tanto no coração dele como no dela, pois a graça do amor é justamente esse emperrado. Quer, não quer, pode, não pode, quer mas não pode, pode mas não quer, um passa a querer o que o outro desquer e esse só vai querer novamente com a desquerência do outro. O fato é que, foi, não foi, Karina e Antônio foram destrocando juras para lá e para cá, cada vez mais muitas, e Nordestina acabou se acostumando com aquelas palavras de amor passeando pelas ruas até não sei que horas da madrugada.

O nome de Antônio e Karina passara a só andar juntos na boca do povo. Lá vêm Karina e Antônio, lá vão eles. A palavra sempre lhes servia de acompanhante. Os dois não se afastavam nem nas frases, nem nos cantos, nem mesmo no pensamento. Seus olhos também não se afastavam nunca, os dele dos dela, os dela dos dele, nem as bocas e nem as mãos. Os pedaços de um foram descobrindo os pedaços do outro, por partes, até chegar a hora em que cada pedaço de um conhecia o outro inteiro. Karina nunca tinha visto isso nem em filme. Não daquele jeito. Antônio também desconhecia esse negócio que dá dentro da pessoa nessa hora. Um negócio que só tem vantagem, uma atrás da outra, e bastam apenas dois para senti-lo, mais nada, podia existir coisa melhor na vida? Na noite em que Antônio e Karina viraram um só de vez, quando todos os pedaços dos dois, sem faltar nenhum, se ajeitaram num mesmo espaço, e as duas bocas, enquanto separadas, murmuraram bobagens importantíssimas, e os dois pensamentos conheceram juntos lugares que não existem, coincidiu que a lua também estava cheia. E se a lua estava cheia, a noite também devia estar se sentindo o máximo.

Adriana Falcão

Nota: Trecho do livro A Máquina (1999).

Briga de energia
.
Por que você espera tanto dos outros? Por que dá tanta importância para o que eles dizem? Não ligue. As pessoas fecham a cara hoje e, amanhã, abrem.
Toda vez que você recebe uma ofensa, o ofensor se sente vitorioso. Toda vez que você rejeita uma ofensa, a energia volta para a pessoa que a ofendeu. Ela sofre o impacto da própia energia, se arrepende do que fez e, então, muda.
A única maneira de se defender nesse mundo é não aceitar nenhum desaforo. A pessoa fez desaforo? Não estou nem ligando. Me fez mal? Pode fazer. Me quis mal? Pode querer. Assim, a gente vai deixando todo o mal lá fora, não aceita nada e não entra nada. O que acontece?
A energia volta para a pessoa. E, dai a pouco, ela vai se sentir culpada. Então, se arrepende do que fez e vai pedir desculpas. Mas se a pessoa é rude e indelicada e a gente se magoa com aquilo, guarda aquela energia, ela se sente vitoriosa. Na verdade, ela não está querendo ofender, mas exercer seu poder de se
sentir superior. Olha para você como inferior a ela, porque você se põe de inferior.
E por que você se sente inferior? Porque você é uma lata de lixo que pega toda a porcaria que os outros mandam. Leva a sério tudo quanto é desaforo, tudo quanto é besteira. Mas se você não pega, dá de ombros e diz:
- É a pessoa que está criando essa energia ruim de antipatia e não vou pegar. Vai ter que engolir o que ela mesma está criando.
Aí, minha filha, tudo muda. Estou ensinando como se defender da briga de energia, do jogo do poder. Se você ganhar, tem que ser mais forte que o outro. Senão, você vai perder...

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Maria Julia Paes de Silva
Livro: Qual o tempo do cuidado? Edições Loyola, 2004. P. 49

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Fernando Pessoa.

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Os Três Mal-Amados

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

João Cabral de Melo Neto
João Cabral de Melo Neto - Obra Completa

Liberdade

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

João Cabral de Melo Neto
Poesia completa. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2020.

A vida não se resolve com palavras.

Bola de futebol... é um utensílio semivivo,
de reações próprias como bicho,
e que, como bicho, é mister
(mais que bicho, como mulher)
usar com malícia e atenção
dando aos pés astúcias de mãos.

Carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde eu for, você vai, minha querida
Não temo o destino
Você é meu destino, meu doce
Não quero o mundo pois, beleza
Você é meu mundo, minha verdade
Eis o segredo que ninguem sabe
Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto
E o céu do céu
De uma arvore chamada vida
Que cresce mais do que a alma pode esperar
Ou a mente pode esconder
E esse é o prodigio
Que mantem as estrelas a distancia
Carrego seu coraçao comigo
Eu o carrego no meu coraçao.

Desprenda-se do passado e alimente o que está no seu presente. Viver aqui e agora é o caminho mais curto para construir a própria felicidade.

Você é daquelas que vivem apegadas ao que já aconteceu e não volta mais? Nossa, se você soubesse o quanto está acabando com a própria felicidade… É, porque se ficarmos atados, presos às energias do passado, a vida dificilmente vai fluir. E quer saber? Saudosismo está fora de moda.

Sim, nós nunca devemos nos esquecer de onde viemos, de tudo que fizemos e dos vários caminhos que percorremos durante a vida. Não podemos esquecer, sobretudo, das nossas vitórias, quedas e lutas. Também temos de cultivar a memória das pessoas que conhecemos. Isso se chama reconhecimento e aprendizado. O grande problema é quando cultuamos o passado e deixamos de alimentar o nosso presente.

Ora, é como se a todo instante abríssemos a gaveta da nossa história. O que isso tem de enriquecedor? Nada: isso é puro atraso de vida! Pessoal, vamos exercitar o desprendimento. Tenha a certeza de que tudo ficará mais claro se você caminhar com o coração renovado. Não é tarefa das mais fáceis. É preciso ter coragem e ousadia. Diga a si mesma: “Eu não preciso mais disso. Esse passado não me traz nenhum benefício. E quando só restarem as lembranças das alegrias, do bem que os outros fizeram, das rosas secas (mas carregadas de amor), haverá mais espaço para novas experiências e novos encontros”.

Ih… já sei. Você ainda pensa naquele amor que viveu. Tudo bem, vou ensinar a você um exercício para se libertar dele. Desligue-se de tudo, sabendo que a mente não tem limites. Em pensamento, chame essa pessoa de volta. Imagine que você está segurando as mãos dela. É natural que as emoções comecem a aparecer. Chore se tiver vontade. Mentalmente, diga à pessoa tudo que você sente. Agradeça pelas coisas boas que ela trouxe à sua vida. Algo feriu seu coração? Diga também. Fale tudo que você esperava para o futuro: “Eu gostaria…”. E assuma sua decepção: “Eu estou decepcionada porque nós não poderemos [complete a frase]”. Sinta o seu corpo aberto — permita que seus sentimentos venham à tona, como se fizesse uma limpeza interior.

Chegou a hora de aceitar totalmente a realidade. Sinta esse amor dentro de você — um amor que deixa a pessoa partir. Um gesto gracioso de soltar. Diga a essa pessoa: “Agora você pode ir. Eu vou ficar bem”. Aos poucos você vai se sentir limpa, honesta e tranquila, como quem respeita a vida e é respeitada por ela. Vá voltando, respirando fundo e soltando o ar. Deixe ir, junto com o ar, a imagem da pessoa, o cansaço, a dor e a angústia. Você vai notar como se sentirá mais aliviada.

Outro trabalho simples e efetivo para deixar o passado partir é pronunciar a palavra “harmonia“. Mas precisa ser uma harmonia de coração. Harmonia é a crença de que podemos fazer tudo pelo nosso bem — sem estresse, guerras ou briga. Harmonia é estar centrada na paz, de uma maneira inteligente. Vamos lá, pronuncie: HARMONIA. Uma vez estabelecida, essa energia positiva começará a fluir. Com certeza você ficará bem, equilibrada, leve e solta. Sem amarras, sem apegos. No presente. E o melhor de tudo: feliz!

Quando eu começo a gostar de você, você vai embora.

PEDAÇO DE MAL CAMINHO
(Luiz Islo Nantes Teixeira/Carolina Teixeira)

De me o endereço de seu sorriso
E a distância entre nós dois será mínima
Vem ver o meu olhar sem juízo
Querendo examinar o seu que me fascina

Meu número de telefone pede numa prece
Para sentir o carinho de seus dedos
Talvez seja onde nosso romance comece
E onde desvandamos nossos segredos

Não deixe que o dia seguinte
Te faça esquecer meu rosto
E te faça jogar meu número fora
Sou um excelente ouvinte
Tenho um bom humor e gosto
E estou pensando em você agora

De-me sua mão sem hesitação
Não deixe que a timidez lhe proíba
Deixe que nos embale a canção
O momento de alegria nos convida

Diga me seu nome bem baixinho
E sei que soara como uma poesia
Eu não quero ficar sozinho
E com a minha mão vazia

E festa, e sol, e vida e e Brasil
Seu charme enfeitando o meu lado
E gloria e nota mil
Por favor, deixe-me ser seu namorado?
Pra estar ao seu cuidado
Sempre
Meu pedaço de mal caminho
Que faz meu coração sorrir
Contente

(c)2007 Globrazil/Islo Nantes Music(ASCAP)

ELO PERDIDO
(Luiz Islo Nantes Teixeira/Carlos F.Teixeira)

Não precisa ser bonita no espelho
Basta saber falar e a hora de calar
Basta guardar segredos e saber ouvir
Saber amar, não porque o amor seja belo

Deve tentar me levantar de minha queda
Mesmo que seja a minha última queda
Deve ter um ideal e dividi-lo comigo
Preciso de uma amiga, mas que me chame de amigo

Saber quem será ideal
Seu grande amor
Pode ser a ilusão
Ou grande dor

Não precisa me dizer que é pura
Basta respeitar e não ser jamais vulgar
Basta fazer-se amiga e me compreender
Basta mostrar que ainda vale a pena viver

Deve tentar me achar em mim mesmo
Pois é preciso que haja vida neste elo perdido
Deve saber que o importante é meu interior
E não o exterior que parece às vezes colorido

© 2007 Globrazil/Islo Nantes Music(ASCAP)

AMOR VAGABUNDO
(Luiz Islo Nantes Teixeira/Carolina Teixeira)

Uma vez caminhei nas petalas de rosas
Quando te jurei o meu amor
Sao lembrancas e cancoes maravilhosas
De um tempo que ja passou

Uma vez pisei nas nuvens do ceu infinito
Quando eu te beijava a boca
Sao poemas e caricias de um passado bonito
Que ainda me machuca e me toca

Ai, quantos infinitos desejos
De receber muitos beijos
De amores estranhos
Assim vou vivendo pelo que preciso
E me libertando do feitico
De teus olhos castanhos

Ai, quanta vontade de gritar
E viver alem de chorar
Por um amor que perdi
Assim vou curando meu coracao
Substituindo a velha paixao
Que nao foi pra mim

Um vez caminhei nos veroes deste mundo
Quando eu a amava mais do que tudo
Sao lugares e dancas de um amor vagabundo
Que deixou meu peito mudo

© 2007 Globrazil Inc/Islo Nantes Music(ASCAP)

Todos temos o mesmo direito de amar e ser feliz! Declare todo seu amor, seja ele qual for, com força e sinceridade. O que vale mesmo é espalhar o amor para o mundo! E quando estiver difícil, segura na minha mão e deixa eu cuidar de você. Eu preciso de você aqui!

(Dia dos Namorados Gay)

- Alô, quem fala?
- Ninguém. Quem fala é você que está perguntando quem fala.
- Mas eu preciso saber com quem estou falando.
- E eu preciso saber antes a quem estou respondendo.
- Assim não dá. Me faz o obséquio de dizer quem fala?
- Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
- Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem está no aparelho.
- Ah, sim. No aparelho não está ninguém.
- Como não está, se você está me respondendo?
- Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.
- Engraçadinho. Então, quem está fora do aparelho?
- Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.
- Não parece. Se fosse para me servir já teria dito quem está falando.
- Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o outro.
- Se eu conhecesse não estava perguntando.
- Você é muito perguntador. Pois se fui eu que telefonei.
- Não perguntei nem vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras pessoas.
- Mas podia estar interessado pelo menos em responder a quem telefonou.
- Estou respondendo.
- Pela última vez, cavalheiro, e em nome de Deus: quem fala?
- Pela última vez, e em nome da segurança, por que eu sou obrigado a dar esta informação a um desconhecido?
- Bolas!
- Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem deseja falar, para eu lhe responder se essa pessoa está ou não aqui, mora ou não mora neste endereço? Vamos, diga de uma vez por todas: com quem deseja falar?

…Silêncio.

- Vamos, diga: com quem deseja falar?
- Desculpe, a confusão é tanta que eu nem sei mais. Esqueci. Tchau!

"Ensinam muitas coisas as garotas:
Se um cara lhe machuca, ele gosta de você.
Nunca tente aparar a própria franja.
E um dia, vai conhecer um cara incrível e ser feliz para sempre.
Todo filme e toda história implora para esperarmos por isso:
A reviravolta no terceiro ato, a declaração de amor inesperada, a exceção à regra. Mas as vezes focamos tanto em achar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais, a diferenciar entre quem nos quer e quem não nos quer, entre os que vão ficar e os que vão te deixar.
E talvez esse final feliz não inclua um cara incrível.
Talvez seja você sozinha recolhendo os cacos e recomeçando, ficando livre para algo melhor no futuro.
Talvez o final feliz seja só seguir em frente.
Ou talvez o final feliz seja isso:
Saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos, com todos os erros estúpidos e sinais mal interpretados, com toda a vergonha e todo constrangimento, você nunca perdeu a esperança."

Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar.