Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto

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Como seria maravilhoso viver num mundo de pessoas bem resolvidas, sem medo, sem dúvidas, onde o amor fosse como uma carta marcada. Com a certeza de que você nasceu pra mim e eu nasci pra você. Um mundo onde já viéssemos prontos para encontrar nossa alma gêmea e reconhecê-la instantaneamente. sem prejuízos ou desvios do caminho. Que não precisássemos passar a dor da solidão, do amor não correspondido, a desilusão, o sofrimento. Mas se assim fosse... talvez não teríamos condições de reconhecer quando isso acontecesse. Quem sabe? E que tenhamos ao menos olhos e um pouco de intuição para perceber quando isso ocorrer. Afinal, estamos aqui nessa terra para aprender e principalmente aprender a amar. E o segredo disso se chama entrega! Bem-me-quer, Mal-me-quer, és tu meu bem querer?

"O mundo nunca viu gente tão acuada como nós. Não envelhecemos, apodrecemos. A maturidade está fora de moda."

Há momentos em que seria bom poder apertar aquele botãozinho de "turn off" e deixar a vida naquela luzinha do "stand by" até o motor esfriar.

Tenho pena do ser humano, não consegue viver em harmonia com seu próprio semelhante, onde chega, invade, destrói e mata, mas mesmo assim do alto de toda sua sabedoria e superioridade acima dos outros seres vivos do planeta, ainda se acham filhos de Deus...

Concluí que o mundo se divide em apenas duas classes de pessoas: as confiáveis e as não confiáveis. Estas últimas irão passar a maior parte de suas vidas convencendo um monte de gente de que são ótimas, e as primeiras até cometendo erros em incontáveis momentos. Contudo, a única certeza é a de que a rasteira levada de uma é questão de tempo, e as confiáveis, por mais que errem, estarão permanentemente atentas para que seus erros não atinjam ninguém à sua volta.

Não aceito ser chamado a ocupar trincheiras onde cada uma das partes quer me fazer acreditar que só existam mocinhos de um lado e vilões do outro. Tal percepção tendenciosa turva a visão sistêmica necessária a uma análise justa e nos arrasta para o radicalismo dos dois extremos, independente de qual se acredita o lado certo.

Cada vez que tentam “fazer minha cabeça” a respeito de qualquer interpretação de uma idéia me sinto subestimado
na minha capacidade de pensar com a minha.

O erro de qualquer extremo é acreditar que os fins justificam os meios, quando os entricheirados negam a própria contribuição no resultado que atacam, imaginando só existirem mocinhos de um lado e vilões do outro. O distanciamento da visão sistêmica remete ao radicalismo, que não consegue ver benefício além do que o seu lado se acredita capaz de gerar, posição utópica respaldada por arrogância e incapacidade de autoanálise.

A cegueira do radicalismo para a complexidade sistêmica, norteada pelo foco único colocado na própria trincheira, torna o convívio um permanente risco para os que o rodeiam, pelo fato do pensamento radical partir da premissa de que todos que não se unem a ele estão contra ele! Como pensa de forma linear, tendo um dos extremos como a única alternativa possível, o equilíbrio representado pela neutralidade se apresenta como uma posição mais próxima da do “inimigo” e que, por isso, também precisa ser destruída antes que se traduza em fortalecimento da “ameaça”.

O que é que Hitler, Stalin, Mussolini, Mao Tse Tung, Kim Jong-Il e Kaddafi possuíam como traço em comum? Um mix de três características: neurose obsessiva, ganância exacerbada e ausência de moral. Esses são os componentes essenciais para construir-se um ditador no momento em que obtém acesso ao poder. O dirigente máximo de uma nação pode nada realizar tanto por conta de apoios interesseiros quanto de resistências poderosas e irremovíveis. Contudo não é o poder que consegue amealhar, mas o caráter de quem o exerce, que irá definir o futuro da nação sob seu comando. Diante de obstáculos para realizar o que tem em mente o líder íntegro buscará aprofundar a discussão ou, sabendo-a impossível, renunciar ao poder para não ter que renunciar aos seus princípios. Já o calhorda não se imporá tal limite, saindo para cobrar apoio dos interessados e conceder benesses como moeda de troca, e manipular ardilosamente os indiferentes para moldá-los à sua imagem e semelhança, até perceber a nação inteira replicando a sua lógica pessoal sem, contudo, conceder a ela a prerrogativa do acesso às mudanças pelas quais trocou sua cidadania.

A partir do momento em que a parte recebe o dinheiro por corrupção, ela não vai guardar esse dinheiro num armário nem numa estante, ela vai tentar integrá-lo à economia.

Se a Política Brasileira anda por linhas tortas, não há nenhum culpado, além de quem votou nas últimas eleições.

A clandestinidade é uma aventura, o amor gosta de aventura... um amor clandestino se torna aventureiro.

Se um adulto quiser ser sábio, é preciso antes aprender com as crianças tudo aquilo que já se esqueceu.

Os ponteiros sempre marcam horas vazias, cabe a cada um preenchê-las com horas de felicidade.

(Trecho do livro Pena Dourada)

Quanto maior é o orgulho, menor é o coração.
(Frase do livro Pena Dourada)

A melhor autocrítica ocorre quando ouvimos os outros com a mente aberta e a boca fechada.

BUDA E O LADRÃO

Buda e alguns discípulos descansavam sob a sombra de uma figueira a beira de uma estrada, quando alguns moradores de uma vila próxima se aproximaram em alvoroço. O grupo seguia aos brados dois homens com vestes oficiais, que traziam um terceiro entre eles. Ao se aproximarem do mestre, jogaram o homem aos seus pés. Um dos oficiais, talvez o de hierarquia maior, falou:

- Ó Sâmana, este homem é um ladrão e estas são as suas vítimas. Eu, como soldado, tenho a obrigação de puni-lo conforme as leis do país. Mas o ladrão insiste em declarar que é pobre e rouba para alimentar a sua família. Estando tu, grande mestre, em nossa região e sendo o sábio dos sábios, gostaria de ouvir que sentença daria a tal homem. Eu pretendo fazer conforme o que tu disseres.

Buda levantou calmamente os olhos para o ladrão, depois para os oficiais e por fim mirou a multidão. O seu semblante era tão sereno que seria impossível saber se ele se incomodava ou apreciava aquela situação. Com uma voz educada, mas firme, respondeu:

- Eu lhe darei o julgamento se tu responderes a duas perguntas: a primeira, o que deves ser considerado superior, o homem ou a lei? Se disseres o homem, então porque ele deve se curvar e obedecer à lei? Mas se disseres a lei, então porque ela não existiria sem o homem?

O oficial ficou calado. O ladrão permanecia encolhido. A multidão nada disse, nem um simples cochicho. Até os pássaros pararam de cantar para aprenderem um pouco daquele momento. Cada um, além da respiração e das batidas de seu próprio coração, ouvia apenas o roçar suave do vento nas folhas das árvores. Depois de certo tempo, Buda, como que falando diretamente para toda a natureza, concluiu:

- No silêncio da tua resposta reside a minha sentença. Aprenda a escutá-la e saberás o que deves fazer.

***

Este conto é uma ficção. Foi inspirado e escrito após a leitura do Atthaka, o livro das oitavas, que diz: "O brâmane liberto já transcendeu as paixões e não se deixa mais afetar por elas. Para ele, não há mais norma, nem lei, nem coisa alguma existe que ele possa chamar de norma, e nada ainda que possa chamar de lei".

A leitura faz parte da educação e a educação faz parte da vida.

O amor é o sentimento mais puro e lindo que existe nesse mundo!!! Mas para que desperdiçá-lo??

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