Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
Ah, se eu pudesse dizer tudo que tenho trancado aqui no peito.
Mas não posso.
Eu não posso nem chorar.
Eu acho que, se eu chorasse, iam sair pedras dos meus olhos.
Adeus, Meus Sonhos!
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto...
E minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?!... morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
Não percebi a chegada do outono. Mas eu sentia que estava embarcando numa nova estação: todas as árvores que (não) plantei, de repente, estavam nuas. E eu caminhava num tapete de folhas e flores. Os caminhos também se estreitaram e tive uma sucessão de perdas, ou melhor, tive uma sucessão de trocas. E assim, como toda pessoa que tem um coração pulsando, fiquei assustada demais com as mudanças. Mas agora já consigo perceber beleza na nudez de cada uma das minhas árvores prediletas. Elas apenas estão trocando de roupa enquanto eu troco de pele, tamanha cumplicidade.
Um Eu demasiado poderoso é uma prisão da qual um homem deve evadir-se se deseja gozar plenamente os bens deste mundo.
Humano eu sou assim: virtudes e limites, se agora me permites eu aprendo ser feliz,
sem prender-me ao que não fiz, mas olhando o que é possível.
Minha Mãe
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fronte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.
Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: - Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão, que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu.
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Dize que eu parta, ó mãe, para a saudade.
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.
Alguém
Alguém me levou de mim
Alguém que eu não sei dizer
Alguém me levou daqui.
Alguém, esse nome estranho.
Alguém que eu não vi chegar
Alguém que eu não vi partir
Alguém, que se alguém encontrar,
Recomende que me devolva a mim.
Quanto eu esperei, ansioso queria te ver
E te falar o que há em mim, já não podia me conter.
Me decidi, Senhor, hoje quero rasgar meu viver e te mostrar meu coração, tudo o que tenho e sou.
E por mais que me falem não vou desistir
Eu sei que nada sou, por isso estou aqui.
Mais eu sei que o amor que Senhor tem por mim
É muito mais que o meu,sou gota derramada no mar.
Quanto tempo também o Senhor me esperou
Nas tardes encontrou saudade em meu lugar.
Mas ao me ver na estrada ao longe voltar
Num salto se alegrou e foi correndo me encontrar.
E não me perguntou nem por onde eu andei
Dos bens que eu gastei mais nada me restou.
Mas olhando em meus olhos somente me amou
E ao me beijar, me acolheu num abraço de Pai.
Eu penso que todo mundo esconde quem realmente é, quando no fundo, estamos todos igualmente ferrados. Alguns de nós só são melhores em esconder isso do que outros.
Eu queria… um dia quem sabe, poder tocar o
coração das pessoas, abrir seus olhos, mostrar que são mais do que demonstram ser; Que valem mais do que os outros pagam pra ver.
Eu era tão feliz
E não sabia, amor
Fiz tudo o que eu quis
Confesso a minha dor
E era tão real
Que eu só fazia fantasia
E não fazia mal
E agora é tanto amor
Me abrace como foi
Te adoro e você vem comigo
Aonde quer que eu voe
E o que passou, calou
E o que virá, dirá
E só ao seu lado, seu telhado
Me faz feliz de novo
O tempo vai passar
E tudo vai entrar no jeito certo de nós dois
As coisas são assim
E se será, será
Pra ser sincero, meu remédio é te amar, te amar
Não pense, por favor
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo o que eu sinto longe de você
Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito,
Pra sentar e conversar,
Depois andar de encontro ao vento,
Eu preciso respirar.
O mesmo ar que te rodeia,
E na pele quero ter,
O mesmo sol que te bronzeia,
Eu preciso te tocar.
E outra vez te ver sorrindo,
E voltar num sonho lindo,
Já não dá mais prá viver,
Um sentimento sem sentido,
Eu preciso descobrir.
A emoção de estar contigo,
Ver o sol amanhecer.
E ver a vida acontecer,
Como um dia de Domingo,
Faz de conta.
Que ainda é cedo,
Tudo vai ficar por conta da emoção,
Faz de conta,
Que ainda é cedo,
E deixa falar a voz do coração.(Dia de domingo)
Fabíola para mim todos os dias são domingo.
Maçã
...Quando eu te escolhi
para ficar junto de mim
eu quis ser tua alma
ter teu corpo
tudo enfim
mas compreendi
que além de dois
existem mais
Amor só dura em liberdade
o ciúme é só vaidade
sofro mais eu vou te libertar
O que é que eu quero
se te privo
do que eu mais venero
que a beleza de deitar...
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