Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
ESSE CLIMA
Seu moço... E esse frio...
Deixando todos roxos!
Frio, que mais parece rio,
congelando osso
tremendo pescoço.
Frio, frio que nem fio de navalha...
sepando o couro da cara
com esse vento insosso,
ah seu moço!
Poderia em vez de frio, calor...
Clima de colosso.
Um clima que todos
possam ir a praia
entrar na gandaia
nadar na água
e com pedaços de pedras
brincar atirando-a ao tempo
como se fosse piaba
saltando aos ventos.
Antonio Montes
PORTA DO TEMPO
Tranque a porta, tranque a porta
... A pancada do coração a horta
quando passar pelo tempo...
tranque em ti os sentimentos
e a porta com seus momentos.
Não deixe as rugas passarem
nem o cansaço desse corpo
não deixe os olhos embaçar
por causa dos sentimentos locos.
Tranque a porta, tranque a porta
P´ra que deixá-la aberta...
Somente para atrapalhar!
Não vê que não se tem hora certa
quando a velha morte chegar.
Tranque a porta, tranque a porta
quando aportar as saudades
assim quando o passado passar
ainda deixará felicidade.
Antonio Montes
BOM DIA
Borboletinha tá na cozinha fazendo chocolate para a madrinha....(cantiga popular)
Borboletinha, magrinha, tadinha
veio dar uma palavrinha para que seu dia seja repleto de coisinhas,
para sua alegria, ó doce criaturinha
Leve a alegria para o seu dia, faça o sol sorrir e o tempo gargalhar
por alegrar com sua maneira de manejar, sabe como é....?
Seu jeitinho de ajeitar as coisas quando tudo o mais parece entornar,
se perder pelas nossas carências de receber e se doar.
Quando nos dispomos a fazer alguma tarefa seja qual for,
coloque seu melhor de manejo e traquejo, desejando ver a aprovação na admiração de quem der e vier.
Sou Tu,
És mim...
Somos nós!
Da união nasce a cooperação e se alcança a perfeição!
Bjsss
ALAGARTIXAR DE AMOR
O que importa o amanhã
se o rascunho d'essa noite será
para nos alagartixar sob o abscuro
dos nossos desejos!
Vamos transformar o nosso segredo
em oceano de prazer, e mergulhar nas
profundezas do nosso querer.
Vamos nos embolar pela praia das nossas
volúpias e desfalecer sobre a espuma
da nossa paixão.
Perder-nos-emos sobre o triangulo
d'essa anciã, e quando há noite passar...
saldaremos a profundeza da nossa entrega
e juntos aplaudiremos os delírios dos nossos
corpos, e para o sol, demonstraremos
o quanto é bom ser louco! E para o amor,
toda loucura e cura, e ser louco é pouco.
Antonio montes
TÃO, TÃO
Esse olhar radiante,
tão seu... Tão meu
Tão belo, na rua
Tão bela, na sua
N'essa lua, nesse ar
assim, toda crua
compenetrada, sei lá,
tão seu esse deixar...
Tão meu esse amar.
Antonio Montes
O DEDO
Sou dedo, que quando me dédo
me enleio nos enleios dos escanteios
das macegas que enxerga as cegas...
Que me leva sem relar, me leva em
sua leveza, me leva na trela,
desse seu levar.
Sou dedo, que quando me aponta...
Sua ponta me atonta, me entrega,
sob, bordoada com sua apronta,
e desafronta em bronca, sem ponta,
e que sem ponta aponta em minha
direção, essa sua viciosa carranca.
Sou dedo bronco, e como tal...
Eu me desaponto com seu confronto,
assim todo tonto... Me amedronto,
com sua ponta a qual, toda vez
que me mira com sua mira...
Me atonta.
Dedo, duro impuro, porque não!
O dedo que dedou os horrores do cão...
Dedo que furou o bolo
arrumou rebolo
e tremendas confusão...
O dedo que não tem boca, não tem fala mas,
maltrata o coração...
O dedo que todavia tem parte
com a arte do velho escariote
e que mesmo sem falar,
as vezes diz sim!
as vezes diz não!
Antonio Montes
A sabedoria...
Crescia enquanto,
não sabia de nada,
Morria quando achava...
Que sabia de tudo.
Antonio Montes
BOM DIA
Fazer mágica nos encanta, surpreende
parece que o autor foge da realidade quando manipula seus instrumentos,
como varinha mágica que transforma tudo em que toca;
nos remete a um mundo diferente em que tudo foge do usual e compreensível.
Dá margens à imaginação
desperta curiosidade
forçando entendimento
e desejando que tudo aquilo seja mais que mágia.
Porém a grande mágia da vida está em cada um de nós,
coraçõezinhos lindos e maravilhosos
que palpitam e vibram
ante fatos e atos bonitos de se ver.
Criatura encantada e fascinante deste imenso mundo de meu Deus,
sua mágia tem um nome todo especial e seu: "milagre"
Você é o milagre deste lindo dia e amanhecer que com certeza trará alegria e satisfação de viver
à todos que encontrar ao longo do seu caminho!
SEU CORPO
Seu corpo é asas que vagueia
e voa abanando o meu querer
expele no tempo e me tonteia
a ginga e o feromonio de você.
Ao bailar sobre a calçada
em passadas e seu balançar
meu peito se queima em brasa
com a vontade de te amar.
Você se vai, se manda, some
deixa-me solto em meu pensar
noite em sonho, sou um homem
falecido, por esse seu vagar.
O sol rasga o tenso escuro
iluminando, alegre amanhecer
e eu acordo, sonhando no mundo
sonhos que me arrastam a você.
Antonio Montes
MEU SANTO
Valei-me, teime meu santo
com o fulgor d'essa quermessa
me valha aqui no meu canto
enquanto eu faço a promessa.
Não me deixe partir a míngua
eu não quero tomar na testa
dei canseira com minha vinga
no vingar que a mim não presta.
Valei-me teime, meu santo... Com
quebranto que alguém me deu,
estou vivendo em desencanto
com encanto que nunca foi meu.
Valei-me teime meu santo!
Com os santos todos impedido
o planeta aqui, é um canto
que se dá bem, quem é bandido.
Vou partir do jeito que vim
voar para onde não há nada
pois nesse mundo por aqui
tudo é um conto de fada.
Antonio montes
Bom dia, benvindo Setembro!
Sempre bom
comemorar cada etapa do ano,
como marca de vida,
vislumbrar como quem mira paisagem,
dos momentos difíceis passados,
sorrir agradecidos
e reafirmar propósitos de continuar firmes e sólidos
na caminhada da vida, seja ela
em passos lentos, corridos, cavalgados, saltados
mas seguir,
seguir sempre pra frente e para o alto,
como quem busca o pote de ouro na base do arco-iris.
Depois, respirar lenta e profundamente
para desatar nós e ligar-se ao que nos eleva,
estimula e acrescenta valores.
Que venha setembro de flores, cores, sabores...
somos todos, atores formadores da ciranda de bem e de amores.
P'RA ONDE VAI
Já sedo em hora marcada
bate o tempo em badaladas
coletivo subacada
barriga desmoronada
com seguimento da jornada.
Lá vai a vida...
Parar na fila, na firma
a digital, registro do casco
a marca do caos...
O plano do mês
no rumo do nada.
É comer na hora certa
é a conta p'ra pagar
os anos uma peteca
... Desenganos a surrar.
A noite, o voltar...
Já é tempo de dormir
esperança no sonhar
o sono deitar no olhar.
Os anos cadê?
O tempo comeu...
Amanhã quem sabe?
Aonde vive você,
e aonde estará eu.
Antonio montes
FEITOS TORPOS
Aonde estão os seres presos,
por essas paredes, expressas atrás,
desses labirintos de muros?!
Onde no reboca de vida...
O que restou, foi apenas furos de
um tempo mal tramado, os quais
passaram por uma peneira de medir
gostos, amargos e mal amados.
Sobre as margens dos seus caminhos
o que sobrou para esses seres
foram bases de sentimentos, e mourões
infectado com noites escuras,escuras
como se fossem, arrependimentos
de pensamentos logrados e horizontes
esmagados por leis de seres em desvio
e atos desviados.
Nos rascunhos das paredes consta:
Expressão de tristeza
desesperos de gritos
brado de angustia,
até mesmo as vezes de delírios,
sobre suas secas cedes de voar...
Voar, nas cores do futuro, as quais d'elas
consta apenas as hastes cheias de espinhos
de esperança, mal florescida.
Não contem redes de dormir
na contra partida, sobram-lhes a
lamina fria de pedras duras e pontiagudas.
Ainda outra noite como lembranças
de crianças, esboçaram apenas
os soluços, misturados aos choros abafados,
junto ao tremor de vidas sentidas.
Ainda sonhos com seus amores
mas, ao acordar, se deparam com o
labor dos feitos torpos, dos atos
mesquinhos, agora transformados
em aborto.
Antonio Montes
A GRAÇA DA CAUSA
As causas que me causam causas
casa sem ter casa
voa sem ter asas
mesmo confinada, vaga,
Vaga por todas as vagas, vagas
... Vagam como passadas de boiadas
que corre pelos campos
e pelas águas, nada.
Voam pela chuva, pela garoa
pelas margens das estradas
pelo leito da canoa
voa que voa, voa de boa,
voa pela vida a toa.
Essas causas causam fogo
fazem brasas e quando abraça
o batom muda de tom
botam as caras na praça
tonteia, amassa e a massa
beberica cachaça e no pega-pega,
se agacha, se arrasta de graça
com sua graça, sem raça.
Antonio Montes
O tempo e o vento
passam,
disfarçadamente
discretamente
ousadamente
distraidamente....
quando se vê já se Quintaneou (alusão à Quintana, 666)
a uns levam, à outros deixa-se levar
a uns música, à outros desleixo
seja qual for seu tempo e vento,
agarre-se a um e monte-se no outro,
cuidado para não errar pois,
há tempo para montar e há também para deixar-se levar.
Tem tempos que o tempo não admite vacilos, cochilos.
Ao fazer faça o melhor...com estilo!
No inicio do ano, pensava... ah, quando setembro chegar,
setembro chegou afff...
(será que veio a tempo ou a vento?)
agora o jeito é não apenas pensar, mas já começar planejar
no tempo e vento que virá com 2018.
Meus desejo para 2018:
"Que bons ventos te tragam
e te tenham no tempo certo e ligeiro,
sempre linda e no charme que sempre te destacou e conduziu"
Bom dia
Tempestivo, tempestuoso, emoções vibrantes
gestos delirantes, amores encantantes,
para quebrar a rotina,
enobrecer a sina,
só que sabe...faz e ensina!
Não há o que procrastine ou provoque mal querer
ante a vibração e afirmação da energia
que gira e vibra
quando se coordena:
Saber, querer e realizar.
O mundo se curva, respeita e venera
a coordenação destas vertentes que surgem como pilares
para sustentar passos,
suportar edificações
e nortear horizontes prontos a serem alcançados
e neles poder registra seu selo e emblema:
"Venci!"
ROTULO
Não vamos rotular as rotas
as portas, flechas e as diferenças...
Os jogos de dados
os choros das crenças,
os sonhos os sonhadores
as asas da vida a forma da penitencias
e as cascas das nossas feridas.
Porque rotular o que é seu...
se nunca sei de verdade,
o que um dia será meu!
Não vamos rotular os caminhos...
Os ninhos o alinhavos e os cravos
... Os pergaminhos as dividas, as divisas
as partidas e as tensas recompensas
O show que não vingou
os trames da canção de uma vida
os órgãos amputado d'aquele amor.
Não vamos rotular a fresta
a reta inserida no futuro
as restas de uma aresta o poço fundo
a ancora, ancorada no porto inseguro
a besta abestalhada os trilhos
vivos do nosso mundo.
Não vamos rotular o escuro
a noite densa os lírios e suas flores
o alvorecer cheio de luzes...
E os risos de seus amores
as dores de um jardim
e o manuseio em seus primores.
Antonio Montes
MUVUVA
Saiu d'aqui a caduca
maluca, com sua muvuca
... Muvucando por ai...
O tempo estava sério,
misturado aos seus mistérios
assim como impérios...
Sem ter tempo de sorrir.
Pegou a estrada, toda gaga
e gaguejou o seu qui, qui, qui
não encontrou no mundo nada
que a velha fada da vida...
Não pudesse sumir.
Antonio Montes
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