Eu Desculpo Voce
Quando eu me olho ao espelho eu já não vejo o que eu era no passado… Eu sorrio para quem eu sou hoje.Felicito-me com o caminho percorrido e levo as minhas contradições.
Eu neguei tanto minha tristeza que quando fui diagnosticado como depressivo foi uma surpresa pra todos ao meu redor.
"Como assim ele está com depressão?, ele sempre foi tão feliz!". Diziam os Negacionistas de minha patologia...
Imagino quantas pessoas passam por isso: Quantos fingem ser feliz, quantos fingem acreditar ? ...
Me questiono como que eles acreditaram na minha péssima atuação de alegria.
Eu nunca soube realmente o que significa o amor, um beijo verdadeiro, um olhar profundo que me falasse algo subjetivo, mãos sinceras que acariciaram os meus cabelos, abraços quentes de saudades e sorrisos que remetessem aos desejos. Os meus ouvidos nunca escutaram um "eu te amo" que viesse na mesma frequência do coração, um toque no corpo que me deixasse arrepiado ou um simples nada que me indicasse esse tal sentimento. Talvez é muita pretensão minha ter tudo isso nesta experiência de vida ou também podem ser que essas coisas tomadas como referências de um sentimento único e real não traduzam de perto o sentido que busco, mas até o momento o amor que ainda não tive é algo que se passa lá fora e não aqui dentro.
Carta a um amor impossível
Recebi tua carta, - e ainda sob o peso
da emoção que me trouxe, eu te escrevo, surpreso,
reavivando na minha lembrança esquecida
certos traços sem cor de uma história perdida:
- falo dos poucos dias que passamos juntos.
Tão longe agora estas, quantos belos assuntos
a que eu não quis, nem soube mesmo dar valor,
relembras com um estranho e desvelado amor.
Tua carta é tão doce, e tão cheia de cores
que, dir-se-ia a escrever com o mel que há nas flores,
sobre o azul de um papel tão azul, que o papel
faz a gente pensar num pedaço de céu!
Impregnado nas folhas chegou até mim,
um perfume sutil e agreste de jasmim
e um pouco do ar sadio e puro de montanha!
Estranha a tua carta, inesperada e estranha!
Deixas nas minhas mãos a tua alma confiante,
ante a revelação desse amor deslumbrante
e abres teu coração, num gesto de ansiedade,
sob a opressão cruel de uma imensa saudade.
Dizes que só por mim tu vives, - que a tristeza
é a companheira fiel que tens por toda parte,
e me falas assim com tamanha franqueza
que eu nem sei que dizer receando magoar-te!
Não compreendo esse amor que revelas por mim
nem mereço a ternura e o enlevo sem fim
de um só trecho sequer de tudo o que escreveste,
- por exemplo, - de um trecho belo e bom, como este:
"Teu olhar é o meu sol! Vivo da sua luz!
- e mesmo que esse amor seja como uma cruz
eu o levarei comigo em meu itinerário!
E o bendirei na dor ascendendo ao Calvário!
Sem ele não existo; e sem ti, meu destino
será vazio, assim como o bronze de um sino
que ficou mutilado e emudeceu seus sons
na orquestra matinal dos outros carrilhões!
Quero ser tua sombra até, - e quando tudo
te abandonar na vida, e o frio, e quedo, e mudo,
encerrarem teu corpo em paz sob um lajedo,
eu ficarei contigo ao teu lado, sem medo,
e sozinha e sem medo eu descerei contigo
oh! Meu único amor! Oh! Meu querido amigo!
- para que os nossos corpos juntos, abraçados,
fiquem na mesma terra em terra transformados!"
Escreves tudo assim, - e eu nem sei que te diga
nesta amarga resposta, oh! Minha pobre amiga!
Tarde, tarde demais... Bem me arrependo agora
do amor que te inspirei, daquele amor de outrora
que eu julgava um brinquedo a mais em minha vida
e a quem davas tua alma inteira e irrefletida...
Releio a tua carta, e confesso que sinto
o ter-te que falar sobre esse amor extinto,
um prelúdio de amor que ficou sem enredo
e que só tu tocaste em surdina, em segredo...
Dizes que o que eu mandar, farás... e que és tão minha
que mesmo que não te ame e que fiques sozinha
bastará para ti a lembrança feliz
dos dias de ilusão em que nunca te quis!
E escreves, continuando essa carta que eu leio
com uma vontade louca de parar no meio:
"Minha vontade é a tua! E meu destino enredo
no teu!... És o meu Deus! Teu desejo é o meu credo!
Creio na tua força e no teu pensamento,
e nem um só segundo e nem um só momento
deixarei de seguir-te aonde quer que tu fores,
seja a estrada coberta de espinhos ou flores,
te aureole a fronte a glória e te sirva a riqueza
ou vivas no abandono e sofras na pobreza!
Serei outra Eleonora Duse, e te amarei
com um amor infinito, sem razão nem lei.
Tu serás o meu Poeta imortal, - meu Senhor,
a quem entregarei minha alma e o meu amor!
Creio na tua força e no teu pensamento!
- faço dela um arrimo, e tenho nele o alento
da única razão que dirige meus atos;
- é a lógica fatal das cousas e dos fatos!
Orgulho-me de ser a matéria plasmável
onde o teu gênio inquieto, e nervoso, e insaciável,
há de esculpir uma obra à tua semelhança!
Junto a ti sou feliz e me sinto criança
curiosa de te ouvir, fascinada e atraída
pela tua palavra alegre e colorida!
E se falas da vida ou se o mundo desvendas
os assuntos ressoam na alma como lendas
e tudo é novo e é belo, e tudo prende e atrai,
de um simples botão que se abre a um pingo d'água que caí.
Há em tudo uma alma nova! Há em tudo um novo encanto!
Tantas vezes te ouvi! E sempre o mesmo espanto
quando tu me dizias, que era tarde, era a hora
em que eu ia dormir em que te ias embora...
Muitas vezes, deitada, - eu rezava baixinho
uma prece que fiz só para o meu carinho:
com meus beijos de amor matarei tua sede,
com os meus cabelos tecerei a rede
onde adormecerás feliz, imaginado
que é a noite que te envolve e te embala cantando;
formarei com os meus braços o ninho amoroso
onde terás na volta o almejado repouso;
minhas mãos te darão o mais terno carinho
e julgarás que é o vento a soprar de mansinho
sussurrando canções e desfeito em desvelos
a desmanchar de leve os teus claros cabelos!
No meu seio, - que a uma onda talvez se pareça,
recostarei feliz, enfim, tua cabeça,
e nada, nenhum ruído há de te perturbar!
- meu próprio coração mais baixo há de pulsar...
Quando o sol castigar as frondes e as raízes
com o meu corpo farei a sombra que precises,
e se o inverno chegar, ou se sentir frio,
em mim hás de achar todo o calor do estio!
Não te rias, - bem sei que te digo tolices,
mas ah! Se compreendesses tudo, ou se sentisses
a alegria que sinto ao te falar assim,
talvez que não te risses, meu amor, de mim...
Isto tudo, - é obra apenas da fatalidade,
- quando o amor é uma doença e é uma febre a saudade."
Tua carta é uma frase inteira de ternura,
como uma renda fina, cuja tessitura
trai a mão delicada e a alma de quem a fez
Ela é bem a expressão da mulher, que uma vez...
(mas não, não recordemos estas cousas mais,
- para o teu bem, deixemos o passado em paz
se o não posso trazer num augúrio feliz
para a prolongação de um sonho que desfiz...)
Tua carta é o reflexo da tua beleza,
e há no seu ofertório a singela pureza
desse amor que te empolga e te invade e domina!
(Uma alma de mulher num corpo de menina!)
Reli-a muito, a sós... - Mais adiante tu dizes,
com esse místico dom das criaturas felizes:
"Amo, para a alegria suprema e indizível
de humilhar-me aos teus pés tanto quanto possível,
e viverei feliz, como a poeira da estrada
se erguer-me ao teu passar, numa nuvem dourada
cheia de sol e luz, - nessa glória fugaz
de acompanhar-te os passos aonde quer que vás!
Não importa que eu role depois no caminho,
não importa que eu fique abandonada e só,
- quem nasceu para espinho há de ser sempre espinho!...
- quem nasceu para pó, há de sempre ser pó!"
Faz-me mal tua carta, muito mal... Receio
pelo amor infeliz que abrigaste em teu seio,
e uma angústia mortal me oprime e me castiga,
deixa que te confesse, oh! Minha pobre amiga!
Não pensei... Não pensei que te afeiçoasses tanto,
nem desejava ver a tristeza do pranto
ensombrecer teus olhos... Quando tu partiste,
não compreendia bem por que ficaste triste
nem quis acreditar no que estavas sentindo...
Hoje, - hoje eu descubro que o teu sonho lindo
era mais do que um sonho, - era mesmo, em verdade
uma grande esperança de felicidade!
Me perdoarás, no entanto... ah! Não fosses tão boa!
E eu insisto de joelhos a teus pés: - perdoa!
Se eu soubesse, ou se ao menos eu adivinhasse
o que não pude ver além de tua face
e o que não soube ler velado em teu olhar,
não teria deixado esse amor te empolgar...
Perdoa o involuntário mal que te causei!
A carta que escreveste, e há bem pouco guardei,
um grande mal também causou-me sem querer:
- é bem rude e bem triste a gente perceber
que encontrou seu ideal, - o seu ideal mais belo,
- e o destruir, tal como eu, que agora o desmantelo!
É doloroso a gente em mil anos sonhá-lo
e inesperadamente ter que abandoná-lo!
Se algum amor eu quis, esse era igual ao teu
que tudo me ofertou e nada recebeu;
ingênuo e puro amor, simples, sem artifícios,
capaz como bem dizes "de mil sacrifícios,
e de mil concessões, chorando muito embora,
só para ver feliz o ente que quer e adora!"
E pensar que isso tudo que tu me ofereces:
— teu raro e imenso amor, teus beijos, tuas preces,
a tua alma de criança ainda em primeiro anseio;
e o teu corpo, onde a forma ondulante do seio
não atingiu sequer seu máximo esplendor;
tua boca, ainda pura aos contatos do amor;
- e dizer que isso tudo, isso tudo afinal
que era o meu velho sonho e o meu maior ideal,
abandono, desprezo, renuncio e largo
com um gesto vil como este, indiferente e amargo!
Enfim, já estás vingada... Porque ainda és criança
há de este falso amor te ficar na lembrança
como uma experiência... (a primeira vencida
das muitas que talvez ainda encontres na vida... )
E um dia então... - quem sabe se não será breve?
- descobrirás na vida aquele amor que deve
transformar teu destino e realizar teu sonho...
Antevendo esse dia de festa, risonho,
comporei, como um véu de noiva, para as bodas,
a mais bela poesia, a mais bela de todas...
(... Recebendo-a, dirás, esquecida e contente:
- "quem teria enviado este estranho presente?")
Sé feliz, minha amiga... eu me despeço aqui...
Lamento o meu destino, porque te perdi
e maldigo esta carta pelo que ela diz...
Não chores, - porque eu sei que ainda serás feliz...
E que as lágrimas de hoje, - enxuguem-se ao calor
de um verdadeiro, eterno e imorredouro amor!
P. S. - Sê feliz. Amanhã tudo isto será lenda...
E pede a Deus, por mim, - que eu nunca me arrependa...
(do livro" Eterno Motivo" - 1943)
Eu não quero mais sofrer, prefiro me afastar.
Senhor, me dê apenas forças, às vezes não consigo enxergar o que vai me machucar.
Me perdoe, pois às vezes erro sem querer,
mas sei que és um Deus que podes me refazer.
Refaça-me, Senhor.
Eu sozinho sou mais forte
Minh'alma mais atrevida
Não fujo nunca da vida
Nem tenho medo da morte
Eu sozinho de verdade
Encontro em mim minha essência
Não faço caso de ausência
E nem me incomoda a saudade
Eu sozinho em estado bruto
Sou força que principia
Sou gerador de energia
De mim mesmo absoluto
Eu sozinho sou imenso
Não meço nunca o meu passo
Não penso nunca o que faço
E faço tudo o que penso
Eu sozinho sou a Esfinge
Pousado no meio do deserto
Que finge que sabe o que é certo
E sabe que é certo que finge
Eu sozinho sou sereno
E diante da imensidão
De toda essa solidão
O mundo fica pequeno
Solidão!!!
Eu sozinho em meu caminho
Sou eu, sou todos, sou tudo
E isso sem ter contudo
Jamais ficado sozinho
Eu descobri que quem mais critica não conhece a nossa história, e é justamente quem não move um dedo para nos ajudar, mais sabe mover para apontar. Faça um favor cuide da sua vida!
Eu tenho nojo, asco, fúria e tudo que for sinônimo de pessoas que perdem seu tempo para vir me encher de mentiras. Eu pedi alguma coisa? Depois não entende quando eu passo e não vejo. Deve ser porque os vermes que não se fazem notar ficam colados no seu mundo vendo o tempo passar.
Esse tipo de liberdade é forte, eu sou muito mais livre que todos vocês. Por quê? Porque perdi meus limites. (Ritsu Kageyama)
Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo
No momento que eu achei que fosse morrer, eu não me lembrei dos meus pais nem dos meus amigos. Mas da Hinata Tachibana.
(Takemichi Hanagaki)
Sei lá, estou cansado, tudo parece me desgastar, eu sou muito ansioso, tudo parece demorar, em meio a multidão sou só mais um na solidão, para todos, tudo começa a passar, mas e pra mim? Quando vou parar de chorar? As pessoas me destroem sem ao menos uma lástima, talvez por isso quase toda noite durmo em poças de lágrimas, ainda vivo uma adolescência, mas já me sinto corrompido, acho que é medo de ainda não ter realmente vivido, mas ainda tenho tempo de viver, o que custa tentar? Talvez um julgamento que eu não quero enfrentar, eu sei, tenho muito medo, o que eu posso fazer? Por que eu penso que pro mundo me entristecer virou prazer, mas tudo bem assim eu sigo, sempre de cabeça erguida, pois até que eu penso na minha família com a dor da despedida.
Eu não acredito em sorte ou azar. Quanto mais duro eu trabalho mais sorte eu pareço ter.
Dentro da caixa eu enlouqueço. Aos poucos meu autocontrole vai se dissolvendo. Agora não penso, tão menos ajo. Petrifiquei como estátua conduzida por medusa. Há tantas opções, só não sei qual me salvará e qual me afogará. Apodreço na minha própria indecisão, minha alma envelhece na imensidão e, eu estou mortificada. As palavras saltam da caixa, mas meu mecanismo sonoro emperrou permanentemente. Sei lá, querer resultados fáceis não é o mesmo do que ter resultados eficazes. Devo pedir demais e fazer de menos porque não sei em qual questão me embolei. Eu quero muito recomeçar, quero poder escolher a vida que quero levar e, dessa vez não estou fugindo. Não, muito pelo contrário. Estou decidindo! E, decido conciliar o que eu tinha com o que tenho, meu passado com meu presente, acho que meu futuro deve ser uma via de mão dupla. Antes + Agora = Futuro. Não facilitou quando decidi fugir, isso só fez com que eu ampliasse minha visão da bagunça que estava fazendo. Tive que quebrar a cara uma centena de vezes, confesso que ainda quebro a cara. E, eu não sou mais a mesma, tão pouco quero o mesmo. Preciso entender - antes, pra mim mesma - que mudei e, nada será como antes. Desejos, sonhos, vontades, como fazia, como reagia, minhas opiniões, minhas opções. Quando passo a pensar em um futuro longínquo eu emperro, me deixo levar e não tomo nenhuma decisão, porque a ideia do longe me faz esquecer o quão perto me incomoda. Pelo menos, já sei o que não quero. Lembrando a todo instante que meu futuro próximo não é como quero levar a vida, me faz chutar o medo e criar coragem para fazer a maior burrada do mundo. Desistir desse agora e, reiniciar. Com um novo hoje.
Pensei que quando eu te encontrasse eu ia tremer, mas eu nem balancei
É que o frio na barriga a saudade esquentou e o amor que tinha a distância zerou
Não sobrou nada
Você é a minha ferida curada
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