Eu Deixo a Vida como Deixo o Tedio
Alexia, quero que saiba
Eu tenho medo
Medo de te pedir em namoro
Pois eu não sei sua reação
Você diz que me ama
Mas mesmo assim
Eu sempre tenho um pé atrás
Até porque você é muito linda
Tanto que sempre tem alguém querendo você.
Ah, se eu soubesse que era a última vez que leria suas mensagens diárias e cristã, teria rompido distância como um vendaval, só para te dar um último abraço e dizer que te amo.
A minha autoestima, muito tempo que eu não vejo, Talvez esses problemas são causados por mim mesmo são lágrimas e não drogas que deixam o meu olho vermelho, talvez eu encha lugares com minhas esperanças e medos.
O Cincar Noturno
Não era o fumo que eu buscava,
era a noite.
A noite que dormia nas ruas vazias,
no asfalto úmido refletindo néon,
no silêncio que respira entre os prédios.
O maço? Apenas o pretexto,
a moeda de troca com o escuro.
A porta rangendo não foi interrupção, foi passagem.
O corpo, pesado de horas paradas,
desdobrou-se em passos,
e cada passo foi uma pergunta
ao chão das sombras.
Na bodega iluminada a ferro,
o balcão era um altar de luz fria.
O caixa, um sacerdote do trivial,
entregou-me o pacote retangular
— cápsula de folhas mortas —
sem saber que me dava
a chave de um reino.
Mas o milagre não estava no objeto,
e sim no regresso:
o ar noturno lavando a face,
a lua (sempre cúmplice)
desfiando fios de prata nos fios elétricos,
o próprio peso do maço no bolso
pequeno âncora do presente.
Ah, a magia!
Morava no intervalo:
na ponte entre o quarto estagnado
e a rua que pulsa devagar,
no instante em que o peito se expande volta a pulsar
para colher o vento noturno,
na solidão que de repente
sabe-se parte de um todo silencioso.
Cada passo, encruzilhados ultrapassadas, de volta
era um renascimento mínimo.
O maço, intacto, esperava,
mas eu já vinha transformado, aquilo talvez, um sonho,
trouxera na palma da mente
a quietude dos postes acesos,
a geometria sagrada das janelas escuras,
o cheiro da terra molhada
e o rumor distante de um mundo
que respira quando ninguém o vê.
Acendi o cigarro algum?
A brasa necessária
já ardia no peito:
era o fogo do encontro
com a noite descalça,
com o tempo que se curva
sobre pequenas peregrinações.
O maço repousa sobre a mesa,
ícone de um êxtase cotidiano.
Pois a verdadeira chama
— sabes agora —
nunca esteve no papel e no tabaco,
mas no caminho que o corpo fez
entre a necessidade inventada
e o abraço involuntário num beijo necessário,
com o mundo noturno,
puro,
indiferente,
e profundamente teu.
Eu não tenho mais medo de nada, porque eu tenho a Ti, Senhor, e nada nem ninguém é mais poderoso do que a Tua presença na minha vida. Que a força do Espírito Santo toque o seu coração e que você consiga sentir a Sua libertação.
“Ah, os detalhes…”
Queria que quem eu amo
visse os detalhes,
e se apaixonasse pelos detalhes...
ah, os detalhes,
tão pequenos, mas tão meus.
O essencial é invisível aos olhos,
mas eu sou feita de sentidos.
De querer ser ouvida
sem precisar gritar,
de ser olhada com desejo
sem precisar me mostrar.
Queria um cuidado que não se pede,
um carinho que vem sem hora,
um elogio sussurrado no meio da rotina,
um toque que diga:
"te vejo, te sinto, te escolho."
Amanda — sem precisar pedir.
Presença sem ausência.
Amor que vê nos detalhes
o que o mundo inteiro não viu.
Eu não corro atrás — não há necessidade de tal atitude.
Antes, me doei por inteiro, fiz o melhor de mim.
Minha dedicação foi tamanha que transbordou na tua vida.
Hoje, o que te resta é a saudade do capricho que um dia te acalentou.
Mas acabou.
Passou o tempo do amor que te ofereci.
Agora é adeus.
"Nos Detalhes, Eu Me Revelo"
Quero ser olhada nos detalhes,
na curva suave do meu silêncio,
no gesto que grita sem palavras
o desejo de ser… percebida.
Ah, os detalhes…
o essencial é invisível,
mas em mim, é tudo que clama:
ser cuidada sem pedir,
ser amada com presença,
receber carinho no intervalo da rotina.
Queria que quem amo enxergasse,
que se apaixonasse
pelo jeito que meu coração dobra as esquinas,
pela forma como minhas lágrimas
carregam poesia escondida.
Quero ser ouvida no que não digo,
elogiada no que sou sem esforço,
desejada não só pelo corpo,
mas pelo universo que guardo no olhar.
Sou feita de entrega mansa,
mas também de tempestades quietas.
Guardo dentro de mim
um mundo inteiro esperando
por alguém que repare...
nos detalhes.
Quando descobri que mais da metade das pessoas não são extremamente, o que elas dizem!?
Eu parei de me preocupar com as mentiras que me falam;
Porque antes de mentirem pra mim, elas estão enganando a si mesmas...
Eu só vejo qualidade onde tu vê defeitos
Por que tanta insegurança quando se olha no espelho?
E eu vou sorrir mais, eu vou amar mais
Agradecer em vex de reclamar
Vou correr atrás, sei que sou capaz
De ser exemplo pros meus filhos e orgulho pros meus pais
Eu perco o controle quando você não está perto de mim. Estou desmoronando bem na sua frente, você não consegue ver?
Mas essas mãozinhas
Elas não se importam de onde eu venho nem onde eu estive
Eu nunca me amei até o dia em que segurei
Essas mãozinhas
Carta de Despedida
Eu não tive a chance de me despedir de você…
E talvez por isso eu carregue até hoje essa sensação de que nossa história ficou suspensa, como uma frase interrompida no meio.
E eu fiquei parada ali, sem saber se continuava ou voltava atrás.
Quando penso em nós, lembro de como você sempre me olhava nos olhos e dizia o quanto eu era bonita.
Do jeito firme como segurava minha mão, como se, naquele instante, nada pudesse nos separar.
Lembro das coisas que vivemos e que você dizia nunca ter feito com ninguém.
Das vezes que vinha só para conversar.
E daquela vez em que vi um medo tão simples e tão profundo em você, quase como o de uma criança — o medo de gostar, de se apegar, de amar.
Você chorou no meu peito, e mesmo sem entender, eu parei de perguntar.
Só te abracei.
Lembro também da festa que você não queria ir, mas foi só para me agradar.
A chuva caiu tão forte que nos fez ficar no carro.
E ali, como se o tempo tivesse parado, nós nos amamos como se não houvesse amanhã.
Quando a chuva cessou, fomos à festa e você, com seu sorriso de menino, fez todos rirem.
E alguém disse: "Cuide bem dela."
Lembro do dia em que você me ligou várias vezes, achando que eu tinha sofrido um acidente.
Naquele momento, não percebi o peso disso.
Hoje sei que era a sua forma silenciosa de dizer: "Você importa para mim."
E lembro, também, das vezes que você aparecia do nada, nos momentos em que eu mais precisava de um ombro amigo.
Você dizia: "Você briga comigo, mas eu tô sempre aqui."
E estava mesmo.
Eu brincava te chamando de "meu karma" — você ficava bravo e eu adorava te provocar.
Você era carinhoso e insistente.
Houve aquele dia em que eu estava muito triste, sem te dizer o motivo.
E você, sem insistir para saber, simplesmente disse:
"Ah, a vida é tão curta para ficarmos tristes e arrumando conversa complicada... bora, banho quentinho ajuda a resolver essa cara amarrada."
E assim, pacientemente, você lavava meu cabelo mecha por mecha, me abraçando o tempo todo.
Quantas vezes você fez isso…
Quantas noites pediu para eu ficar só para dormir juntinho…
Quantas vezes tentou me acalmar, e eu sempre com dificuldade de entender o que estava acontecendo entre a gente.
Também lembro de quando você me pediu ajuda num período difícil da sua saúde emocional, e eu prontamente estive lá.
E também lembro, com dor, da vez em que você me ligou várias e várias vezes dizendo que estava mal… e eu não dei a atenção que deveria.
Eu me distanciei, e só depois percebi que, mesmo com tantas pessoas para quem poderia ligar, era a mim que você recorria.
Você dizia que nem sabia por que fazia isso, mas que se sentia bem conversando comigo.
E quando estava triste ou desanimado, era em mim que pensava — até fazendo campana no meu portão.
E mesmo com tudo isso… eu parti.
Queria um título, uma segurança, algo que me dissesse que você ficaria.
E quando senti que talvez não ficasse, fugi antes que a perda viesse.
Talvez por medo.
Talvez por não saber lidar com o seu jeito de amar — silencioso, inesperado, mas verdadeiro à sua maneira.
E isso ficou claro para mim alguns dias antes de você partir para sempre.
Você veio diferente.
Sem brigas, sem discussões… só queria passar mais um tempo comigo.
Mas eu não podia — nossas vidas já tinham tomado rumos diferentes.
Você só queria um abraço, ficar ali, grudado, em silêncio.
E disse:
"Chatinha, me abraça forte… porque pode ser a última vez que faça isso."
Eu briguei, como sempre, e respondi:
"Sempre estaremos aqui. Podemos brigar, ficar distantes, mas sei que sempre estaremos aqui."
Você sorriu e disse:
"Você não tem jeito."
Nos despedimos e eu falei: "Até outro dia."
Mas esse dia nunca mais chegou.
Se eu soubesse que aquele seria o último abraço, teria ficado mais tempo.
Teria gravado cada detalhe — o calor do seu corpo, o cheiro, a força dos seus braços em volta de mim.
Teria dito tudo que guardei por medo ou orgulho.
Mas não disse.
Agora ando nas ruas como sempre andei…
Com aquela esperança boba de encontrar você.
Porque, antes, era assim: do nada, você aparecia.
Agora eu posso andar… e andar…
E nunca mais vou ver você chegar com aquele sorriso de menino,
que sempre carregava um pouco de malandragem e um tanto de carinho.
Não vou mais sentir o toque rápido da sua mão puxando a minha,
nem ouvir você dizer que estava só passando, mas que resolveu parar para me ver.
Não vou mais encontrar seus olhos me procurando na multidão,
nem o jeito único que você tinha de transformar um dia comum em algo inesquecível.
E isso dói… dói porque a sua ausência é tão presente que parece gritar no silêncio.
Dói porque, mesmo sabendo que você não vai voltar,
a minha alma ainda espera.
Hoje, eu entendo que não existe um adeus perfeito.
Sempre vai ficar algo por dizer, um gesto por fazer,
um último olhar que nunca aconteceu.
E o meu último olhar para você… ficou preso na memória.
Você indo embora, sem saber que era para sempre,
e eu, sem imaginar que aquele instante seria o nosso fim.
Se um dia, em algum lugar que eu não conheça, a gente se encontrar de novo,
não quero palavras.
Quero só o silêncio…
aquele mesmo silêncio em que a gente se entendia sem esforço,
aquele mesmo silêncio em que você me abraçava forte,
como se dissesse, sem dizer:
"Eu nunca vou te esquecer."
E eu também nunca vou.
Carta para o que ficou inacabado
*"Eu sei que dói.
Eu sei que existe um vazio aí dentro, feito das palavras que não foram ditas e dos momentos que nunca chegaram a acontecer.
E sei também que você se pergunta ‘e se…?’ mais vezes do que gostaria.
Mas hoje eu quero que você respire fundo e entenda: nem tudo na vida vem com um ponto final.
Algumas histórias terminam no meio da frase, e isso não significa que elas não foram importantes.
Pelo contrário — elas marcam, transformam, e de algum jeito continuam vivas dentro de nós.
Talvez o que ficou inacabado não precise mais de resposta.
Talvez o que você mais precise agora seja se permitir soltar o peso de esperar que algo volte para ser consertado.
Porque a verdade é que você pode dar o seu próprio fim.
E esse fim pode ser silencioso, sereno, feito só de um suspiro e a coragem de seguir.
Não é sobre esquecer, mas sobre escolher viver sem que essa ausência roube o brilho dos seus dias.
Você sobreviveu a dores que achou que não suportaria — e vai sobreviver a essa também.
A vida ainda guarda encontros, desencontros, risos e amanhãs que você nem imagina.
Então, quando sentir que a saudade do que não aconteceu apertar, lembre-se:
o que importa não é como terminou, mas como você vai recomeçar daqui pra frente.
Com carinho,
Um pedaço seu que quer te ver em paz."*
Boa parte dos pais querem que os filhos sejam parecidos com eles, por dentro e por fora. Mas eu não quero que seja igual a mim. Tem coisa errada comigo, sempre teve. Quanto mais tento te entender, menos eu sei. E quanto menos eu sei, mais assustado eu fico. Então, quer saber? Eu não vou tentar mais. Eu vou deixar você dizer quem você é.
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