Eu ainda tenho Tempo pra Sonhar
Eu acredito nas pessoas, até que me provem o contrário. Quem sou eu pra sair julgando alguém, apontando os defeitos de uma pessoa? Antes de apontar o dedo, vá a frente do espelho e aponte o dedo pra si mesmo. Nada melhor do que reconhecer seus erros antes de julgar os dos outros.
Se alguém me agredir e
eu ir lá e agredi lo depois
o que me difere dele?
Se ele me ameaçar e eu
ir mata lo por isso serei
melhor que ele? E se eu
guardar ódio por ele a
vida toda isso me fará
me sentir melhor? Eu
acho que não.
Ou talvez eu apenas queira deixar assinado, em todos os cômodos dessa casa quieta, que você se faz presente até no ar estagnado apesar das portas fechadas.
Eu sempre digo que vou suportar calado as maiores dores do mundo, mas é tudo mentira. Eu não aguento mais conviver com a tristeza.
Eu quero me apaixonar por alguém que morda os lábios e estale os dedos de ansiedade enquanto me espera do outro lado da rua.
Mas aí, no último minuto da conversa, antes de fechar a porta, eu disse que ele só era capaz de se relacionar com pessoas tipo maçãs: homogêneas, cansativas, bonitas por fora, medíocres, com quem ele pudesse conviver tranquilamente sem se preocupar com a casca, os caroços. Alguém que desse pra segurar pelo cabinho, sem sujar as mãos.
Não demora muito e eu canso, procuro defeito onde não tem ou me empolgo demais. Eu meio que estrago as coisas.
E aí depois daquele dia, eu não o procurei mais. Não estava a fim de bancar o compreensível. Preferi evitar conversa.
Agora, mais do que nunca, eu precisava ir adiante. Precisava ir além desses pensamentos mesquinhos e limitados.
Acordei muito bem hoje. Muito decidido, irreconhecível, confiando em mim pra valer. Eu estou entrando em outro ciclo, depois de ter passado por dias escuros, bastante dolorosos. Então, só pra que ficasse mais claro, abri todas as portas de casa, deixei o que não era pra ser sair pelas janelas. Estou com uma sensação de que, pela primeira vez na vida, as coisas estão começando a dar certo.
Sabe aquela vontade de amar o que realmente importa? Então, é disso que eu estou falando. Nas últimas semanas eu mudei muito, passei a ter mais orgulho de mim.
Eu não o culpo mais. Na verdade, nem sei se ele teve realmente culpa por tudo isso. Só sei que, às vezes, me lembro dele. E não sinto mais aquelas dores de antes. Não sinto raiva, nem saudade. Não fico mais triste e nem perdido. Só permaneceu a certeza que eu sempre tive: uma hora o tempo iria passar.
De todos os rapazes que eu tinha visto ali, naquela manifestação, ele era o mais entregue, parecia um filósofo platônico, sabia se portar, tinha umas coisas que fazia a gente não tirar os olhos. E quando o vi, em meio àquelas fumaças de gás lacrimogêneo, mesmo sendo tudo muito rápido e assustador, tive certeza de que havia sido feito unicamente para ele.
É mesmo que o dia fique ruim, que eu me sinta mau,não sinta vontade de viver lá estará você sorrindo pra mim lembrado que tudo está bem mesmo estando ruim.
Eu sou o tsunami, porque tu és o sol que me provoca, sem ti sou o carro sem motor, sou o sida, a doença sem vacina, sem ti, o meu expoente é nulo.
Oh, não há uma coisa que você poderia dizer
que eu sinto muito que seja tarde demais
-Let Me Go (feat. Chad Kroeger)
Avril Lavigne
