Estrada
E se fosse pra ter medo dessa estrada eu não taria tanto tempo nessa caminhada, eu não taria lutando pra não ser só mais um no mundo.
No trem da vida
mais uma estação
vivendo numa estrada
repleta de emoção
A DEUS quero agradecer
por esse trecho do caminho
Apreciei a paisagem
e descansei um pouquinho
É hora de novos projetos
a época vem a calhar
Peço a benção de DEUS
há muito que caminhar
Renovo minhas forças
e outras estações espero
filtro emoções, me abasteço
Viver é tudo que quero!!!
Você não precisa seguir a estrada sozinha, você não precisa ser forte o tempo todo e você sequer precisa de mim, mas acho que seria mais feliz assim.
Engraçado, agora parecemos dois estranhos. Aquele amor ficou parado ali mesmo, no meio da estrada, de bagagem pesada, só com a roupa do corpo, sem saber que rumo seguir, sem mim, sem você, sem carona, sem atalhos nem mapas. O nosso amor vaga: com sede, com fome, com lágrimas. E espera, espera um dia a nossa volta, espera que um dia, feito criança, o carreguemos no colo e brinque e sorria como era de costume fazer nos piqueniques de domingo.
O tempo passa, o vento passa, a paisagem passa, o amor não passa. Ele fica! Caminha a passos lentos e exaustos, as malas pesadas de recordações já puíram, arrebentaram e ficaram pra trás. Os olhos cansados já não enxergam a longas distâncias, já não me reconheceriam, nem reconheceriam você. Nosso amor é uma moldura sem retrato em busca dos rostos que antes ali sorriam! É um vão eterno entre mim e você.
O amor envelhece, a memória desgasta, as lembranças se vão, os sentidos enfraquecem, mas lá no fundo tem uma coisa que ainda queima, e arde, e dói! Aí acontece que o amor não espera mais por mim nem por você, espera por alguém, qualquer alguém que o leve e cuide e guie e queira bem.
O amor não passa, não acaba, adormece. Se vai aos poucos na esperança de um dia saber como voltar!
Por mais longa que seja a estrada da vida, nunca desista, se doe ao máximo, lute, tenha esperança, solte o lado gladiador que há dentro ti.
Pois no final ti podes olhar para tráz e ver que todo o esforço valeu a pena e vai poder dizer sem rancor: EU VENCI.
Graças ao o homem o planeta pegou uma estrada sem volta,que lhe levará primeiro a decadencia depois ao fim,e serão nossos filhos que pagaram por nosso erro.
Água-Viva
O pé na estrada não sente
Que o rumo já se perdeu
Na Consciência do viajante
Sua lucidez voou para um espaço livre
Tudo indica que há palmeiras
No final do caminho
Há indícios de água-viva no meio do mar
Não mais morto.
E a atmosfera se faz verde, brilhante
Posso divisar a luz, o sol e a vida
Sentida em cada poro que se abre
E deixa passar o suor de minha angústia
De minha espera.
Passou o cavalo louco, talvez espantado
Pelo fantasma do meu medo
Que me persegue constantemente
E não há nada que o possa exorcizar
Talvez seja essa lua cheia que o desperta.
Repetem-se as cenas em câmara lenta
A realidade se fragmenta
E cada um desses cacos se transforma
Num lindo sonho voando devagar
Poro infinito, mas enxotado pela Rainha
Do mundo da Realidade.
"Fora, não há lugar para você"
E ele se vai, tão docemente...
Eu me fixei ao chão
E daqui não posso sair
Cogumelos são meus vizinhos
E me embriagam
Viajo com eles até a galáxia mais próxima
Sem passaporte ou suporte
Com a inconsciência do inconsciente fotografado
Vou mais além e me perco pra longe
Bem longe de mim
O quebra-cabeças se embaralha
Se emaranha na mesa da sorte
O seu outro "eu" anda por aí, sem saber
Dos perigos que corro a cada dia
Ele pouco sabe das minhas mil mortes
Do solo perigoso que possuo e que pode
Desmoronar a casa instante.
Do efeito cicatrizante que tem o seu olhar
Sobre minhas feridas
Da luta maior gerada com a suspeita
De que sesse amor me faz percorrer
A "Terra Prometida".
E é tudo quanto tenho no momento
Procuro arrancá-lo com todas as forças
Que já não possuo.
Para todos que perderam alguém em especial...deve prosseguir na estrada da vida....não deixe ser desviado de seu caminho por placas que te levam pra lugar nenhum,....placas que te levam para um beco sem saida, para um paraiso do conformismo, para o inferno reconfortante, para o abismo sem fundo, para o purgatorio ilusorio, .para qualquer coisa que desvie o seu caminho....... faça o trajeto natural...seja vc nas horas boas , seja vc nas ruins ,..seja vc mesmo .....
Eu passeio por tua estrada quando você não está, porque não quero mais vê-lo ou tocá-lo.
Eu passeio por tua casa quando você não está, mas não vasculho tuas gavetas, teus segredos,
a intimidade repousada no silêncio dos teus bolsos, dos armários:
Contemplo os móveis, os livros, os discos e tudo o que está exposto, só quero a experiência.
Eu passeio por tuas coisas quando você não está, pra aprender com tua casa,
tua estrada e o teu mundo a suportar a tua ausência.
Viagem de um vencido
Noite. Cruzes na estrada. Aves com frio...
E, enquanto eu tropeçava sobre os paus,
A efígie apocalíptica do Caos
Dançava no meu cérebro sombrio!
O Céu estava horrivelmente preto
E as árvores magríssimas lembravam
Pontos de admiração que se admiravam
De ver passar ali meu esqueleto!
Sozinho, uivando hoffmânnicos dizeres,
Aprazia-me assim, na escuridão,
Mergulhar minha exótica visão
Na intimidade noumenal dos seres.
Eu procurava, com uma vela acesa,
O feto original, de onde decorrem
Todas essas moléculas que morrem
Nas transubstanciações da Natureza.
Mas o que meus sentidos apreendiam
Dentro da treva lúgubre, era só
O ocaso sistemático de pó,
Em que as formas humanas se sumiam!
Reboava, num ruidoso burburinho
Bruto, análogo ao peã de márcios brados,
A rebeldia dos meus pés danados
Nas pedras resignadas do caminho.
Sentia estar pisando com a planta ávida
Um povo de radículas em embriões
Prestes a rebentar, como vulcões,
Do ventre equatorial da terra grávida!
Dentro de mim, como num chão profundo,
Choravam, com soluços quase humanos,
Convulsionando Céus, almas e oceanos
As formas microscópicas do mundo!
Era a larva agarrada a absconsas landes,
Era o abjeto vibrião rudimentar
Na impotência angustiosa de falar,
No desespero de não serem grandes!
Vinha-me à boca, assim, na ânsia dos párias,
Como o protesto de uma raça invicta,
O brado emocionante de vindicta
Das sensibilidades solitárias!
A longanimidade e o vilipêndio,
A abstinência e a luxúria, o bem e o mal
Ardiam no meu Orco cerebral,
Numa crepitação própria de incêndio!
Em contraposição à paz funérea,
Doía profundamente no meu crânio
Esse funcionamento simultâneo
De todos os conflitos da matéria!
Eu, perdido no Cosmos, me tornara
A assembléia belígera malsã,
Onde Ormuzd guerreava com Arimã,
Na discórdia perpétua do sansara!
Já me fazia medo aquela viagem
A carregar pelas ladeiras tétricas,
Na óssea armação das vértebras simétricas
A angústia da biológica engrenagem!
No Céu, de onde se vê o Homem de rastros,
Brilhava, vingadora, a esclarecer
As manchas subjetivas do meu ser
A espionagem fatídica dos astros!
Sentinelas de espíritos e estradas,
Noite alta, com a sidérica lanterna,
Eles entravam todos na caverna
Das consciências humanas mais fechadas!
Ao castigo daquela rutilância,
Maior que o olhar que perseguiu Caim,
Cumpria-se afinal dentro de mim
O próprio sofrimento da Substância!
Como quem traz ao dorso muitas cartas
Eu sofria, ao colher simples gardênia,
A multiplicidade heterogênea
De sensações diversamente amargas.
Mas das árvores, frias como lousas,
Fluía, horrenda e monótona, uma voz
Tão grande, tão profunda, tão feroz
Que parecia vir da alma das cousas:
"Se todos os fenômenos complexos,
Desde a consciência à antítese dos sexos
Vêm de um dínamo fluídico de gás,
Se hoje, obscuro, amanhã píncaros galgas,
A humildade botânica das algas
De que grandeza não será capaz?!
Quem sabe, enquanto Deus, Jeová ou Siva
Oculta à tua força cognitiva
Fenomenalidades que hão de vir,
Se a contração que hoje produz o choro
Não há de ser no século vindouro
Um simples movimento para rir?!
Que espécies outras, do Equador aos pólos,
Na prisão milenária dos subsolos,
Rasgando avidamente o húmus malsão,
Não trabalham, com a febre mais bravia,
Para erguer, na ânsia cósmica, a Energia
À última etapa da objetivação?!
É inútil, pois, que, a espiar enigmas, entres
Na química genésica dos ventres,
Porque em todas as cousas, afinal,
Crânio, ovário, montanha, árvore, iceberg,
Tragicamente, diante do Homem, se ergue
a esfinge do Mistério Universal!
A própria força em que teu Ser se expande,
Para esconder-se nessa esfinge grande,
Deu-te (oh! Mistério que se não traduz!)
Neste astro ruim de tênebras e abrolhos
A efeméride orgânica dos olhos
E o simulacro atordoador da Lua!
Por isto, oh! filho dos terráqueos limos,
Nós, arvoredos desterrados, rimos
Das vãs diatribes com que aturdes o ar...
Rimos, isto é, choramos, porque, em suma,
Rir da desgraça que de ti ressuma
É quase a mesma coisa que chorar!"
Às vibrações daquele horrível carme
Meu dispêndio nervoso era tamanho
Que eu sentia no corpo um vácuo estranho
Como uma boca sôfrega a esvaziar-me!
Na avançada epiléptica dos medos
Cria ouvir, a escalar Céus e apogeus,
A voz cavernosíssima de Deus
Reproduzida pelos arvoredos!
Agora, astro decrépito, em destroços,
Eu, desgraçadamente magro, a erguer-me,
Tinha necessidade de esconder-me
Longe da espécie humana, com os meus ossos!
Restava apenas na minha alma bruta
Onde frutificara outrora o Amor
Uma volicional fome interior
De renúncia budística absoluta!
Porque, naquela noite de ânsia e inferno,
Eu fora, alheio ao mundanário ruído,
A maior expressão do homem vencido
Diante da sombra do Mistério Eterno!
Para mim a vida é uma estrada cheia de curvas, é só saber usar o freio no tempo certo e você vai longe.
Vou caminhar por uma estrada que eu ainda não conheço, pra desvendar e conhecer você, eu pago qualquer preço.
Tudo isso que hoje sei, são estradas que eu andei por este chão, são porteiras que eu abri, os atalhos que segui pelo sertão.
Deixei meu "espírito aventureiro" em alguma curva da estrada... a mochila tá encostada e os pés de bobeira pro ar... Ando fadigada de tudo.
•Depois de passar por estradas duras, pedras e lamas, a emoção dos meus dias é a lembrança que irei percorrer o mais belo e suave caminho aos braços de quem eu amo.
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