Escolha
Você já parou pra pensar em como seus gatilhos emocionais influenciam suas escolhas, reações e até seus relacionamentos? Ignorar isso é como tentar limpar a casa jogando a sujeira pra debaixo do tapete. Assistir vídeos pode entreter, mas não transforma. Que tal trocar alguns minutos de distração por uma leitura que te cutuca, te faz pensar e te convida a evoluir? O SHD – Seja Hoje Diferente – é mais que um nome: é um convite diário à mudança consciente. Comece hoje. Não precisa ser perfeito, só precisa ser diferente.
Mágoas acontecem, palavras ferem, escolhas quebram expectativas. Mas o que sustenta qualquer relação verdadeira não é nunca errar, e sim perdoar, recomeçar e aprender juntos.Cada cicatriz carrega um ensinamento, confiar de novo, falar a verdade que dói e escolher o outro mesmo depois de se machucar. Amor não é só sentimento, é prática diária de coragem, perdão e crescimento mútuo. Isso vale para casal, amigo, família. Quem aprende a reconstruir aprende a amar de verdade
Amor é uma escolha
O amor não é um sentimento,
é a escolha de ficar.
Ficar quando for monótono
E quando alguns dias a tempestade chegar.
É dançar sem ouvir a musica
é ser cura, amigo e colo.
Oportunizar e conduzi-lo ao crescimento,
Sem interesse do retorno.
“O amor não acabou… só ficou guardado no lugar onde moram as escolhas que não tivemos coragem de fazer.”
O verdadeiro amor não nasce da necessidade, mas da escolha de compartilhar a vida com quem se aprecia de verdade.
Texto editado, 09 de setembro de 2025.
Asas atrofiadas
O que é a escolha, senão o modo como moldamos nossas vidas? Decidimos — ou não — o que ela será daqui para frente. Para que olhar pela janela da vida, quando já não encontramos lados para contemplar?
É triste quando nossos caminhos se perdem. Não sabemos onde estamos, nem o que estamos fazendo. Sentimo-nos perdidos, incapazes de escolher para onde ir, para onde olhar. Nossos sonhos já não estão onde os deixamos. Não temos mais certeza do que fazer. Ficamos parados, murmurando nossas angústias e decepções, chorando pelos dias que já não estão mais aqui — dias que não podemos alcançar.
O que era belo já não é mais; o que parecia perfeito já não mostra perfeição. As cortinas caíram. Lá fora já não se veem as mesmas coisas: tudo mudou, e não há mais onde se esconder.
Agora, aqui estou: destruído, percebendo que todos ao meu redor mudaram. Suas asas cresceram, e eles voaram. E, cada vez que eu tentava olhar em busca de alguém, já não os encontrava.
E você? O que fará? Você não desenvolveu suas asas. Elas não servem, estão atrofiadas. Quando tudo era certo, você não quis acertar. Quando tudo se aprendia, você não quis aprender. Você ficou parado, e agora o que poderia te levar mais longe já não serve para nada. Não foram usadas. Você se arrasta, tentando sobreviver, mas já não tem forças — e morre exatamente onde sempre esteve.
Asas Atrofiadas
O que é a escolha, senão a forma silenciosa com que moldamos a própria existência?
Decidir — ou recusar-se a decidir — é traçar os contornos do amanhã.
Mas, às vezes, a janela da vida se abre diante de nós,
e não há paisagem a contemplar.
É triste perder-se nos próprios caminhos.
Não saber onde estamos, nem para onde vamos.
Sonhos ficam para trás, como sombras intocáveis,
e o tempo — implacável — nos rouba o alcance das mãos.
O que antes era belo se dissolve em cinza.
O que chamávamos de perfeito já não carrega perfeição.
As cortinas caem.
Lá fora, tudo mudou, e não há mais refúgio.
Aqui estou: despedaçado.
Vejo todos ao redor com asas abertas,
voando para horizontes que já não posso alcançar.
Procuro rostos conhecidos, mas encontro apenas o vazio.
E eu?
O que farei, se minhas asas não se ergueram?
Se o tempo de aprender passou despercebido,
e o instante de agir foi sufocado pela espera?
Minhas asas atrofiaram.
Não voei.
Arrasto-me pelo chão da própria vida,
e descubro — tarde demais —
que morrer parado dói mais do que cair tentando voar.
Cada escolha é uma renúncia, e em cada renúncia nasce um vazio que, paradoxalmente, alimenta o desejo. É naquilo que me falta que encontro a intensidade do que quero; é no que deixo para trás que descubro o peso do que realmente importa. Afinal, amar é também aceitar que não se pode ter tudo... e ainda assim seguir escolhendo, mesmo quando a ausência grita mais alto que a presença.
Tem coisa que a gente planta com as mãos,
mas também com a alma.
São gestos, escolhas, silêncios.
São manhãs em que a gente quase desistiu,
mas ficou.
E um dia — sem aviso — a vida floresce.
O cansaço vira alívio,
o chão duro vira colheita,
e o coração entende:
valeu a pena confiar.
Você vai ser feliz, sim.
E não por sorte —
mas por merecimento.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
