Escola Poema de Rubem Alves
Eu ainda estou aqui...
Estou de pé e com a experiência de tudo que vivo ao meu favor...
Então de certa forma isso já é uma derrota pra quem tenta abater as fontes frágeis do meu sorriso....
Com o passar do tempo, eu aprendi que nem todo mundo que te estende a mão tem a intenção de te ajudar....
Que muita gente vai te por pra baixo nos dias que você estiver pilhada....
Aprendi que você nunca vai conseguir decorar a letra de todas as músicas que gosta, mas que algumas você só vai gostar enquanto não souber cantar....
Com o passar do tempo eu aprendi que existem ao menos 10 versões para um mesmo fato....
Aprendi que a verdade é supérflua e só interessa ao seu lado da história, ou não....
Mas o principal de todos os ensinamentos do tempo, foi ter aprendido que ninguém, absolutamente ninguém vai viver minha vida no meu lugar...
E é bobagem, perda de tempo pensar que as pessoas podem entender seus dramas...
Seus medos...
Suas incógnitas, quando nem ao menos você tem o direito de se entender....
E isso vai ser sempre assim, indiferente de qual lado do aro-íris você esteja...
Não podia imaginar sentir-me assim...
Quase enlouquecida...
Entre a nascente
que brota silenciosa do lado esquerdo do meu corpo....
E o seu oposto....
Aquele que se quer mulher, que se veste de matéria coberta pela maciez da pele,
pelo perfume do beijo, pela suavidade dos lábios que impulsionam o desejo.
Gosto de acreditar que todas as palavras são fruto, ou seiva, deste abençoado bem querer....
Deste estado em que presumivelmente a minha alma se detém, para anunciar significações de outros tempos, daqueles em que nenhuma matéria orgânica se interpunha entre nós....
Nenhum desejo era necessário à fluidez da vida que emanava de uma fonte circular a rodar à volta de um eixo.
Hoje, neste lugar, não sei como moldar ao corpo estas sensações (tão bonitas), mas por vezes descabidas, desprovidas de senso comum.
Ou apenas fora de tempo....
De um tempo que me parece real, mas onde os ventos tocam melodias diferentes:
O tic-tac de um relógio.
Tu e eu, e um só ponto.
Um só sentir.
Um único movimento vibratório.
Uma função matemática.
Um conjunto imagem.
Talvez um planeta
- a que chamam -
"Terra".
Talvez...
Tua poesia é um jardim
que me encanta e invade minha alma...
E de teu coração saltam palavras
de tua alma vêm flores
com um aroma especial
de grande carinho e amor,
que eu abraço
e meu coração pulsa
como coração poeta
provocando em mim
poemas e mais poemas,
para a Poeta e a Mulher,
que já vivem em meu corpo e alma
e serão momentos de intenso amor
por ti querido, sentido
e por mim desejado
num tempo que é o nosso “mundo”
sonhado....
Sonhar é maravilhoso...
Há um lugar no infinito, onde todas as coisas começam.
Como aquela luz que se acende no coração, sempre que trespassas o meu corpo.
Depois, olho-te com o meu olhar agradecido e espero o beijo que antevejo desenhar-se nos teus lábios.
Só assim poderemos juntar-nos aos pássaros, e em voo planado atravessarmos todos os vazios.
Existem abismos que não se conformam com esta fusão mais ou menos nuclear dos avessos.
Mas eles tocam-se em todos os pontos onde se inicia a vida.
Ou o brilho da luz.
Anda, vem comigo!
Poderá dizer-se que o infinito não tem princípio nem fim,
é o todo em todo o seu esplendor, é a utopia pretendida de vibração e luz
que brilha mas nunca fere o olhar.
Acredito que em todos esses avessos que se cruzam e interpenetram,
voam almas alheias a todos os abismos.
Sou uma sombra fugídia...
Não estou no meu tempo...
Vôo sempre além de mim...
Inquieta e insubmissa...
Uma urgência de viver e ao mesmo tempo um abandono à solidão...
Uma procura indefinida...
Sonho e fantasia...
O sim e o não.
Eu costumo dizer que sou eu e a outra...
A mulher que é trovão e tempestade...
Anjo e demónio...
Forte e serena.
E mesmo que não realize meus sonhos por eles valeu a pena ter nascido...
Por eles desceria ao inferno.
Eles são o meu altar...
O meu lugar sagrado...
A minha guarida...
O meu mundo...
Eles são EU....
Escrever...
Não sou poeta...
Apenas escrevo umas coisas...
Sou uma moça simples...
Não gosto de me pintar...
Gosto de vestidos simples...
Amo perfumes...
Gosto do meu cabelo...
Poesia é um doce
Poesia é um doce em forma de letra
que, às vezes, se estica igual puxa - puxa.
Se é em forma de redondilha,
então é um pirulito colorido.
E, mais gostoso é um poema
com gosto de mel…daí…
nesse me farto e me lambuzo.
Mas, às vezes são flocos
em nuvens de algodão…
então, deixo o poema
se desmanchar em meu céu.
Do tupi-guarani Tauá é barro/
É um tipo de argila aluvional amarela/
Amarelo como o Sol que dorme/
E sonha, atrás do Quinamuiú, a Serra!
Uma longa espera
Uma criança a ser cremada
nas costas de seu irmão,
em uma guerra de ilusão
sua boca ficou cerrada!
Sua postura de respeito,
com a dor em seu peito,
não derramou uma lágrima!
Sobre si, da guerra a vítima...
Dez anos apenas...
em sua imagem nesta cena,
e a guerra cheia de penas...
A dor de um órfão,
guardado no seu coração
na fila a espera da cremação!
Circunstâncias do meu reflexo
Se assim fosse eu olhar - me no espelho
Então não encontraria meu reflexo
Sê fosse meramente meu eu, eu ali espelho
Mas, talvez existisse tantas faces no reflexo
E ser eu mesma talvez seria a lógica
Da minha mera e simples existência
Ou talvez fosse minha arrogância
O propósito, a intenção ou a tática
Porque existir e me continuar sendo
Seria no mínimo a máxima elegância
Mas, no reflexo esteja eu só sendo
E minha imagem sendo minha existência
Quando na verdade não me vejo ali contido
Porque posso ser somente a circunstância
A uma professora que partistes
Professora tão cedo partistes
Deixando a saudade entre nós
E em todos os seus
Foste tão guerreira em sua luta
Mas, agora estás aí com Deus
Em vida fostes a criança em colo
Foste a adolescente de sonhos
Foste a mulher que amou
Foste a mãe que destes consolo
E também a professora que ensinou
Não nos conformamos com sua ida
Mas, descanse em paz amiga querida
Descanse na eternidade com Deus
A todos nós ficará a saudade imensa
E rezaremos por ti e pelos seus
Você estará sempre em nossa lembrança!
Maria Lu T. S. Nishimura
Planejando a hora
Vivo planejando a hora
Depois a hora me planeja
E me diz: ora, não demora!
Então, eu meio que na peleja...
Visto-me logo de compostura
E me faço nas horas que perco
Nada me foge, de tudo me cerco
Pois, não posso perder a postura
Mesmo que no trabalho
Encontre um pirralho
Que me desafie a paciência
Tento me impor com tolerância!
Mas, ainda assim lamento: bolas
Por que no dia me falta horas?
Mesmo que planejamento eu faça
Tenho que driblar as horas, na raça!
Porque o tempo voa
E ainda que muito eu faça
Ainda dirão que estou atoa
E isso é injusto e não tem graça!
Eu faço meu tempo planejado
Desde cedo até a noite
E assim planejando vou seguindo
Antes que me venha a morte!
Amor de mãe
A mãe que trago no peito
é perfeita e sem defeito,
compreensiva e carinhosa
é a mãe mais maravilhosa!
Todos têm no peito essa mãe
que faz tudo por seus filhos,
até quando o mundo se opõe
ela tenta colocá-los nos trilhos!
Amor de mãe é maior que tudo,
coração de mãe sempre há jeito
só ela é capaz de dar o mundo,
para ver um filho(a) ser feliz
mesmo que nela o sofrer mudo,
faça por dentro a cicatriz!
A janela e a tramela
Milhares de pessoas pelas janelas
Vão espiando a vida
Repetidas vezes
A mesma paisagem repetida
É sempre a mesma janela
Que no tempo corre
E sendo igual é diferente
Porque o que muda nela
É a sua própria tramela
Janelas se abrem e fecham todos os dias
No raiar do dia e no cair da noite
Azul, outras cores ou escarlate
Lá às vezes, o cão late
Às vezes, passa o homem
Vendendo melancia e chocolate
Dia a dia é a mesma janela
Já passaram anos
E até gerações
Mas o que muda nela
É a sua própria tramela
Maria Lu T. S. Nishimura
Vazio de tão cheio
Ah!
Vazio de tão cheio
Receio...
Que derramei
Transbordei...
Percorri o leito de um rio
Sentido frio...
Me perdi de mim
Cheio de vazio
Agora transbordo silêncio
Ócio...
Vou perambulando o vento
Me perco no tempo
Sopro sem fim, sem começo
Adormeço...
E meu corpo me carrega
Escorrega...
Enquanto meu rastro apago
Afago a dor
Para não sentir seu amor
No seu rastro flutuo
Fluo...
No vento me disperso
Em me encontro num verso
Ah! Reverso
Meu preço
O meu endereço numa estação
Ah! Canção...
Meu coração ainda murmura
Ternura...
Mas há ainda lágrimas no chão
Despeja de mim a inundação...
Se acende o sol
Girassol...
Flores florescem
Enquanto recolho as pétalas
Pago o preço
E vou juntando pedaços de mim
Por onde despejei meu adereço
E me faço
É meu recomeço...
Pátria amada
Pátria amada meu país, minha Nação
Esta terra esplanada neste chão
És um lugar muito abençoado
É um lugar sagrado
Sob o céu azul anil
Pátria amada, oh! Brasil!
Aqui o sol nasce tão bonito
O mar é extenso e riquíssimo
Vasto prado pelo chão
Lugar abençoado por Deus nosso senhor!
Pátria amada, óh! Brasil em cor
Verde, amarelo, branco, azul anil
Pátria amada, oh! Brasil!
Povo forte e guerreiro
É o povo brasileiro
Que não foge à labuta
Seguindo firme sua luta
É o sol, é a enchada
É a luta pela estrada
Madrugada é a canção
O verde esplendor na varanda
O ouro na terra fincada
Na fertilidade deste chão
Há tanta riqueza nesta terra
Tantos verdes debruçado além da serra
As luzes das cidades sob o céu se encerra
Haja luta com paz sem guerra
Haja força, coragem e valor
Para está Pátria amada alcançar primor
Oh, terra abençoada por Deus nosso senhor
A vida e a morte
Na morte o corpo na terra adormece
E a alma flutua no céu celeste
Ascentada no trono junto de Deus
A alma também se aquece
No coração de quem a alma não esquece
A vida se continua no todo e sempre
Para aqueles que a saudade sentem
E também para aqueles que partem
Somente em diferente aspecto
Porque um o invólucro perde...
Daí a vida e a morte, diferença se apresenta
Porque enquanto um num corpo se assenta
Se diz que vive no corpo vivente
E sem um corpo se morre ausente.
Aí que, se a vida pode ser um sopro
E a morte ser a eternidade...
Então é na morte que se vive de verdade?
Nosso celeiro
A natureza vou contemplar
Uma flor vou lá plantar
Vou fazer um canteiro
Pra florir o mundo inteiro
A natureza vou contemplar!
Não quero ver só num desenho
As coisas que desenhar!
A natureza é tudo que tenho
Eu quero nela morar!
Os animais vou proteger
Não vou deixá-los abater
Vou desfazer o cativeiro
Para eles não sofrerem!
Os passarinhos vou lá soltar
Em nenhuma gaiola eles vão ficar
Quero ver todos eles voando
E pela natureza cantando
Uma árvore não vou deixar derrubar
As florestas não vão queimar
Vou chamar um grande protetor
Oh! Deus, vem a nós, ó salvador!
Todas as águas eu vou limpar
Lixo nelas, não vão mais jogar
Vou conscientizar o mundo inteiro
Que a natureza é nosso celeiro!
AS PALAVRAS E EU
Eu engulo as palavras como se fossem bolo.
Saboreio-as e as degusto lentamente.
Elas são doce em minha boca de criança
Tão pronta a imaginar e ver em tudo esperança.
As palavras não fazem pouco caso de mim.
Estão sempre atentas e prontas,
Colocam ideias em minha cabeça
Me sentem suas e em mim se proclamam.
As palavras são o meu alicerce e o meu consorte.
Sem elas sou um pássaro de asa quebrada
Sem poder voar logo após a madrugada.
As palavras são o meu norte, o meu chão e o meu forte.
Elas são a ponte de que preciso
Para sair de mim e encontrar o paraíso.
Nara Minervino
Cidade inteligente
A cidade inteligente é pra gente boa,
porque tem uma visão diferenciada
independentemente do seu tamanho.
Cada ser é importante e tem seu ganho
cujo, objetivo é todo o bem e mais nada
pois, ninguém quer ver ninguém atoa.
O desenvolvimento está na jeito de ver...
Sendo os governantes de consciência,
eles vêem de forma ampla e igualitária,
repuganando aquela visão mercenária,
muito conhecida e sem transparência
daqueles que rompem com o seu dever.
Poder viver numa cidade desenvolvida
é tudo de bom que todos possam querer
com tudo que há de melhor para todos
que vai da tecnologia à vida sem medos
visto que, todos sentem ter em si poder
porque têm perspectivas melhor de vida.
Então que as cidades inteligentes venham!
Que as pessoas ampliem sua forma de ver;
Que as cidades tenham justiça e igualdade
porque é assim que se transforma realidade,
fazendo de tudo para a cidade desenvolver
onde todos ao bem d'outros assim se façam.
Juntos ou um só?
O talvez venha acontecer
O porque já aconteceu
Tanta coisa assim vai passando por mim
Num instante já cresci!
Hum! Tenho que pensar direito
Nessa sociedade de direitos
Se, se é só num coletivo
Ou se são juntos num só?
Porque sempre tenho uma pergunta pra fazer,
Ainda o tempo vem, e a reposta ninguém tem.
Tudo a minha volta gira num carrossel
Há tantas estrelas lá no céu
E eu não alcancei nenhuma
Fiquei roendo às unhas!
Hum! Tenho que pensar direito
Nessa sociedade de direitos
Se, se é só num coletivo
Ou se são juntos num só?
Tentei uma carona com a lua
Mas, acabei ficando no meio da rua
E de repente apereceu uma serpente
Mudando o destino da gente
Ninguém é ileso ao perigo
Embora tenha os carabineiros
O meu abrigo é meu umbigo...
Porque é um por um, quando se é um!
Hum! Tenho que pensar direito
Nessa sociedade de direitos
Se,se é só num coletivo
Ou se são juntos num só?
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