Errar
A gente conserta algumas pessoas para as outras, algumas pessoas consertam as outras pessoas para a gente, e nós somos consertados por outras para alguém também.
Às vezes é bom quando erramos, para termos a clara e nítida lembrança de que não somos tão bons assim.
Não existe isso de que "a vida vai ensinar". Assumir isso seria admitir também que uma pessoa se torna mais correta conforme se aproxima da morte. E não é o que se vê de fato acontecendo. Tem gente que vai morrer errando.
Será que existem mesmo coisas que são feitas sem intenção de fazer? Porque a intenção está justamente no cuidado que se deve ter de não fazer, então fica aí o questionamento...
REGRESSO
Irei! Que importe o engano? Desate deste nó
Sobre o dúbio está o ousado ensaio. Então!
Arda em chamas o medo, evole deste chão
Os teus segredos, uive as feras, sem ter dó
Vamos! Ignoto, um botão entreaberto, e só!
Regue este deserto com outra tua emoção
Leve tudo: felicidade, amor; infortúnio não!
Pois, o que for perdido, no tempo, vira pó...
Depois que o pecado ao mudo é revelado
Nada importa, todo regresso tem direção
Ah! E tu, má sorte, aí, fique do outro lado!
E se, a vida com seu crime não for ilusão
Redimido e sublime, não fique ultrajado
Errar, é falta, e não a perene contrição!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Aqui se vê, se lê, se ouve, se informa e desinforma,
Enfim, depende de cada um, como vai usar...
Na internet, se pode tudo de alguma forma,
No entanto, não temos o direito moral de errar...
Que sempre possamos fazer pensar,
Que sempre possamos fazer refletir...
Sempre arriscando entre acertar e errar,
Mas buscando sempre, com todos, positivamente evoluir...
Que atire a primeira pedra agora,
Aquele que de verdade nunca errou...
Uma mensagem definitiva, vibrante e sonora,
Daquele que sabiamente nos ensinou...
A culpa petrifica mas a responsabilidade mobiliza a se reparar o erro. A culpa pode ser considerada uma auto-condenação sem perdão que justifica e muitas vezes reafirma que não existe nada mais a fazer mas enquanto não nos movimentarmos para amenizar o erro, não haverá diminuição da pena e muito menos absorvição. O inferno começa em vida para todo aquele que erra e não reconhece a culpa.
Mesmo durante a maturidade seguindo os bons conselhos, necessitamos prudentemente faltar a certos compromissos e tirar um tempo para falar "abobrinhas" para não se envelhecer prematuramente, ficar chato e não perder a sanidade e ainda alguma austeridade de vida, perante toda esta desordenada e desinformada nova geração.