Errante
Vazio. Silêncio. Suspiro profundo. Alma errante que volta dessa viagem insólita e se encarcera nesse corpo denso que me amarra e ao mesmo tempo me solta. E o sonho desperta com o bem te vi que sempre canta na minha janela e a certeza que esse mundo é apenas uma quimera e muito além do que a gente espera.
Este meu ser insignificante mas pleno de significado teve no aluno mais errante o que de melhor há no aprendizado: o amor.
Magnus sempre tivera um coração errante. Ao longo dos séculos, aventurara-se em tantos lugares diferentes, sempre procurando alguma coisa que preencheria sua fome inquieta. Ele nunca se dera conta de que as peças poderiam se encaixar, de que seu lar poderia ser algum lugar e alguém.
Ele pertencia a Alec. Seu coração errante poderia descansar.
NÔMADE
Venho de longínquas terras, do mar
Peregrino no cerrado, místico errante
Em busca do meu eu, de me achar
E neste chão novo, fui caminhante
Assim, no encanto eu fiz o instante
No olhar e no coração, sob o luar
E na diverso do sertão inconstante
O fascínio me ensinou como amar
E neste aroma delicioso sonante
De vagante ao pouso, pus a ficar
Nos dias felizes aqui tão distante
Trouxe no peito o nômade sem par
Formosa vontade no bem suplicante
Cá aterrando no horizonte deste lugar
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Tudo posso ser, minha alma errante e meu espírito livre me dizem somente uma certeza: Sou humano, demasiadamente humano.
Paixão Pela Poesia
Eu!!!
Estranhamente eu!!!!
Cavaleiro errante...
Encontrei minha paz na poesia...
Encontrei a paz nos meus versos...
Encontrei a paz nas rimas sem fundamento...
Eu!!!
Logo eu!!!
Apaixonado pelas coisas exatas da vida...
Sem querer entrei nesse mundo das palavras...
Como já disse não me considero poeta,
sou cavaleiro errante...
De versos e rimas livres como os pardais...
Continuarei amando as coisas exatas da vida...
E viajando por este mundo divino da poesia...
Sou errante, sou antítese. Gosto de amor e de uma boa dose de paixão. Me apego fácil, não esqueço rápido. Quero um príncipe com defeitos, quero ser a princesa sem rótulos.
Sou um homem errante que circula no subterrâneo de uma grande cidade, a vida é contraditória e banal, o mundo está intoxicado de imagens e carente de formas. Eu preciso abolir a diferença entre sensações reais e ilusórias… eu desejo questionar e contestar tudo, inclusive a minha própria existência, todas as monstruosidades violentam os meus gestos, a bandeira se agita na paisagem imunda.
O fim ainda está muito longe. Temos a poesia, portanto, temos o caniço que não deixará que morramos em meio a toda a imundice desse mundo.
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