Errante

Cerca de 348 frases e pensamentos: Errante

Esse seu jeito de ser pensante, de ser errante... pensa que pensa, mas na verdade apenas sente... é através dos sentimentos que surgem as palavras, as ideias... e o mar de dúvidas... e por mais que teimemos em sermos seres racionais... o ser sentido, sentindo extrai de si o que há de mais puro e sujo em nós... o mais leve e pesado de nós... o que nos completa ou que deixa portas abertas e que faz abandonarmos de nós... não o que pensamos, mas o que sentimos, em nós...

É necessário amar… Quem não ama na vida?
Amar o sol e a lua errante! amar estrelas,
Ou amar alguém que possa em sua alma contê-las,
Cintilantes de luz, numa seara florida!

Amar os astros ou na terra as flores… Vê-las
Desabrochando numa ilusão renascida…
Como um branco jardim, dar-lhes na alma guarida,
E todo, todo o nosso amor para aquecê-las…

Ou amar os poentes de ouro, ou o luar que morre breve,
Ou tudo quanto é som, ou tudo quanto é aroma…
As mortalhas do céu, os sudários de neve!

Amar a aurora, amar os flóreos rosicleres,
E tudo quanto é belo e o sentido nos doma!
Mas, antes disso, amar as crianças e as mulheres…

E sou mais afortunada ainda por ser única, por ter construido essa personalidade errante e que ainda está se moldando, dentro das estruturas e contextos que pode.

Magnus sempre tivera um coração errante. Ao longo dos séculos, aventurara-se em tantos lugares diferentes, sempre procurando alguma coisa que preencheria sua fome inquieta. Ele nunca se dera conta de que as peças poderiam se encaixar, de que seu lar poderia ser algum lugar e alguém.
Ele pertencia a Alec. Seu coração errante poderia descansar.

Gosto de ti, porque sim...
porque sou andante, errante, passo de mágica,
na praia, a poente, ausente...
e a minha mente vagueia, hasteia tempestades,
fugaz, atrás do nada...
levo-te comigo para todo o lado, o lago...
sopram ventos, rasteia areia, hoje encontrei-te...
viste-me? Sentiste-me?
O caminho é longo mas apaixonante,
não me digas que erraste, que tropeçaste, não...
caminhemos lado a lado...dá-me a tua mão, sente
as paisagens através do meu coração,
do meu sentir...a prontidão de amar-te, querer ter-te junto a mim...que a vida nos leve através do vento, do tempo...do cantar dos pássaros, do brilhar do sol!

Este meu ser insignificante mas pleno de significado teve no aluno mais errante o que de melhor há no aprendizado: o amor.

Vazio. Silêncio. Suspiro profundo. Alma errante que volta dessa viagem insólita e se encarcera nesse corpo denso que me amarra e ao mesmo tempo me solta. E o sonho desperta com o bem te vi que sempre canta na minha janela e a certeza que esse mundo é apenas uma quimera e muito além do que a gente espera.

Dai, Senhor, o mais fino paladar
a quem tem por missão alimentar.

(In: Poesia Errante, 1988.)

Sou um homem errante que circula no subterrâneo de uma grande cidade, a vida é contraditória e banal, o mundo está intoxicado de imagens e carente de formas. Eu preciso abolir a diferença entre sensações reais e ilusórias… eu desejo questionar e contestar tudo, inclusive a minha própria existência, todas as monstruosidades violentam os meus gestos, a bandeira se agita na paisagem imunda.

Sou errante, sou antítese. Gosto de amor e de uma boa dose de paixão. Me apego fácil, não esqueço rápido. Quero um príncipe com defeitos, quero ser a princesa sem rótulos.

Paixão Pela Poesia

Eu!!!

Estranhamente eu!!!!

Cavaleiro errante...

Encontrei minha paz na poesia...
Encontrei a paz nos meus versos...
Encontrei a paz nas rimas sem fundamento...

Eu!!!

Logo eu!!!

Apaixonado pelas coisas exatas da vida...

Sem querer entrei nesse mundo das palavras...

Como já disse não me considero poeta,
sou cavaleiro errante...
De versos e rimas livres como os pardais...

Continuarei amando as coisas exatas da vida...
E viajando por este mundo divino da poesia...

Se me dói tanto te ver... porque meus olhos te procuram em meio a multidão?

Contradições

Sou contraditório.
Às vezes acho que sou um escritor “bom”.
Quando releio o que escrevi e sinto algo real.
Como se as palavras fossem minhas cicatrizes com nome.
Outrora, vejo que sou apenas um iniciante.
Perdido entre ideias soltas,
com medo de nunca ter algo original pra dizer.

Me sinto vazio por dentro.
Como se tivessem me secado aos poucos,
sem que eu percebesse.
Mas transbordo nos meus textos quando ninguém tá olhando.
Textos de puro sentimento.
Intensos demais.
Quase vergonhosos.
Quase como se alguém estivesse me lendo por dentro.
É um excesso disfarçado de ausência,
uma sobrecarga emocional
camuflada de silêncio.

Duvido do meu valor.
Todos os dias.
Nos detalhes, nos silêncios, nas comparações que faço com os outros.
Mas luto pra tentar demonstrar.
Escrevo, continuo, me exponho.
Mesmo com medo de não ser suficiente.
Mesmo tremendo.
Porque cada palavra é
a prova viva de que eu ainda sinto algo.
E enquanto escrevo,
ainda resiste em mim uma parte que sobrevive.

Acredito que ninguém virá me ajudar.
Porque aprendi a não esperar.
Aprendi que ajuda demais decepciona.
Mas escrevo como quem espera ser encontrado.
Como quem joga garrafas no mar.
Esperando, secretamente, que alguém leia as entrelinhas.
Mesmo negando, ainda há em mim um farol aceso.

Me recuso a sonhar.
Como se sonhar fosse um luxo que não me pertence mais.
Como se já tivesse sonhado o suficiente por uma vida inteira.
Mas sonho todos os dias.
Com vidas que não vivi.
Com amores que só existem no papel.
Com finais felizes que nascem só na minha cabeça.
É a forma que encontrei de viver sem me iludir...
mas também de não desistir por completo.

Temo eu não ser mais eu.
Como se, aos poucos, partes de mim tivessem sido arrancadas.
Trocadas.
Desgastadas.
Como o navio de Teseu —
onde já não sei mais quais partes ainda me pertencem.
Mas tento me reconstruir todos os dias.
Com pedaços de ontem.
Com fragmentos de silêncio.
Com a coragem frágil de continuar escrevendo.
Porque escrever ainda é a única maneira que conheço
de tentar voltar pra casa.

Me enxergo em tudo que faço.
Mesmo que não percebam.
Mesmo que ninguém veja.
Mas precisei de uma segunda opinião
pra me ver nas contradições.

Doeu escrever tudo isso.
Mas sinto que essa dor faz parte
da “cura” que nunca virá.

A verdade é...
É que eu quero alguém.
Quero viver uma vida com esse alguém.
Quero abraçá-la,
beijá-la,
fazê-la feliz.


Quero escrever versos com ela,
ver filmes, séries e animes —
com a cabeça encostada no ombro dela.
Quero tirar fotos dela quando não estiver olhando,
e guardar cada sorriso como se fosse ouro.


Quero me levantar antes,
só pra acordá-la com beijos.
Curtir nossas músicas preferidas
enquanto o mundo lá fora se esquece de nós.


Quero ter filhos,
uma casa simples,
um cachorro bobo,
e um jardim que floresça com o tempo.


Queria viver cada segundo ao lado dela,
nessa vida que às vezes corre e às vezes pesa.


Mas esse sonho...
esse sonho vai se apagando aos poucos.
Como quem desliga as luzes de um quarto vazio
.
Vai virando só isso:
um sonho.
Uma ideia bonita que mora na mente,
mas que o coração já nem sabe se espera.


Afinal,
nem toda história tem final feliz.
Mas toda história tem verdade.
E essa é a minha.

⁠Anti-reacionista.
É o que me tornei.

Normalmente, quando falam em reacionismo, pensam em gente agarrada ao passado, que se opõe a mudança.

Mas, pra mim, é outra coisa.
É sobre não reagir.

Cansei de responder a tudo.
De viver no vai e vem das emoções.
Tanto das minhas quanto as emprestadas.

Escolhi a neutralidade.
Não porque é bonito ou evoluído.
Mas porque já me desgastei demais.

A alegria vem com força, mas vai embora rápido.
E quando acaba, deixa um buraco.
Dói mais o depois do que a ausência dela.

Por isso hoje prefiro o meio.
Nem euforia, nem desespero.
Só... um silêncio morno.
Só as emoções “mortas”.

Reagir exige energia.
E eu tô cansado.

Ser anti-reacionista virou uma forma de me poupar.
De não entrar em briga que não é minha.
De não me perder tentando agradar ou provar algo.

Não é que eu não sinta.
Só não deixo mais transbordar.

Não é paz.
Mas também não é guerra.
É um lugar no meio, meio apagado, mas seguro.

Ser anti-reacionista é o que me sobrou
depois que o excesso deixou de fazer sentido.

Inserida por Verso_Errante

⁠Minha visão distorcida que tenho do mundo, me condena.

Constantemente vejo no mundo diversas situações de que tenho um certo “ódio”.
Coisas pequenas como ver pessoas passando com carrinhos cheios de produtos em um caixa de 10 volumes. Ou o ônibus que para no meio da rua, invés de encostar pra pegar passageiros. Ou o ciclista no meio da rua com a ciclovia livre. Ou até mesmo com o fato de que eu não escrevo como minha mente me conduz.

Vejo as guerras, brigas, assassinatos e muitas outras coisas que não acho que fazem sentido. Einstein uma vez disse, “Que rato construiria sua própria ratoeira?”, e eu concordo com o pensamento. Nós, seres humanos, saímos do conceito de sobrevivência usando os conflitos com OUTROS HUMANOS. Como uma raça pode atacar sua própria raça. É como família atacar família.

Vejo pessoas irem e virem de suas casas com um sorriso falso no rosto. Compram coisas que não precisam apenas por status. Vejo políticos usando e abusando do poder que lhes foi dado. Vejo a ganância estampado no rosto de alguns, desespero na de outros, e o que é mais triste, vejo pessoas ignorando pessoas por status social. Esse mundo é pútrido.

Será que só eu vejo isso? Será que só eu tenho essa visão distorcida? Seria isso uma visão distorcida? Talvez seja o mundo...

Inserida por Verso_Errante

⁠Acho que estou bem como estou.
Estou em uma rotina... agradável?!
Tenho trabalho de segunda a sábado
e dois domingos por mês.
Dois dias de plantão por semana —
quatorze horas em cada.
Nos outros quatro,
entro às sete e saio às três e vinte.
Não é um horário ruim.

Tenho um novo hobbie:
escrever sobre a minha dor.
Sobre experiências que me quebram em silêncio.
Contos de fadas que vivem na minha cabeça.
Histórias românticas.
Feitos heroicos.
Coisas boas…
que nunca aconteceriam comigo.

Cheguei nessa conclusão
mais pelo que me tornei
do que pelo que já fui.

Tenho me interessado por ciências:
biologia, química, física e astronomia.
Mas às vezes acho
que esse excesso de interesse
é só a forma que encontrei
pra não encarar a falta.

Algum outro?
Sim, eu tenho.
Jogar.
Só um grupo seleto de jogos.
RPGs, na maioria.

Tenho também...
Tenho feito o quê mesmo?
Acho que só isso.

Podem pensar que é bastante...
Mas, no geral,
eu apenas vivo.
Sigo empurrando.
Empurrando meus desejos mais intensos
pra baixo do tapete.

Apesar disso...
acho que estou bem.
Ou talvez nunca estive.
E por isso, talvez,
eu nem saiba o que é
estar bem.

Inserida por Verso_Errante

⁠É curioso, o ódio.
A raiva. A ira.
É como um fogo que arde por dentro,
sem deixar marcas na pele.

Já li que é melhor deixá-lo partir.
Mas eu não quero.
Não ainda.

Deixarei esse ódio queimar.
Ele me mantém aquecido.
Me lembra que ainda sinto.
Que não estou morto por dentro.

E quando a hora chegar,
porei fogo neste coração
que por tanto tempo
queimava em silêncio,
congelado.

Inserida por Verso_Errante

O amor é aquele mendigo que você finge não ver.

Inserida por cristianowsilva

Lirismo de sucesso e no amor fracassado...

Inserida por cristianowsilva