Erasmo de Rotterdam Elogio a Loucura
"Ele achava que precisava sempre estar por perto, para que nada acontecesse à ela, é claro que não admitiria isso nunca."
"Nesse mundo existe uma pessoa para cada um de nós, eu creio que ninguém vive sozinho, mesmo que demore à aparecer, um dia você amará e será correspondido".
O CORDEIRO E O PAVÃO
Nara Minervino
Estavam o cordeiro e a raposa a conversar sobre beleza e virtudes, quando, de repente, o pavão afronta o cordeiro com suas palavras de vaidade:
- Bem se vê que tu nunca vais arrancar aplausos em tua vida! És tímido e inocente demais para veres que a realização pessoal e o interesse dos outros vêm da vida esplendorosa e da beleza plena! – Disse vaidoso o pavão, cheio de suas penas coloridas, lindas e esticadas.
- Mas não são de aplausos que procuro viver, Pavão amigo e afrontoso. Não preciso de holofotes. Minha vida simples e tranquila é mais do que suficiente para trazer toda a alegria de que preciso. – Respondeu humildemente o cordeiro.
- Não! Não podes dizer uma coisa dessas! Afinal, tu tens a lã mais macia do mundo e é por ela que precisas tornar glamourosa a tua vida. Afinal, se não te tornas cada dia mais belo, quem há de querer tua lã, ainda que seja a mais macia do mundo?
O cordeiro, entendendo que o pavão demonstrava admiração por sua lã, respondeu:
- Pavão, meu querido amigo Pavão, tu me amas e me admiras, mesmo sabendo que eu não tenho vaidade alguma nem me esforço para que minha lã seja ainda mais macia. Por que, então, aqueles que, como ti, me amam e admiram não quereriam o que lhes posso oferecer tão simplesmente: a minha lã naturalmente macia e a minha bondade?
O pavão, ouvindo atentamente as palavras do amigo cordeiro, respondeu-lhe, meio sem graça:
- É verdade o que tu dizes, amigo Cordeiro! Amo-te e te admiro! Tua lã me encanta como teu coração me conquista! Mas te ver tão sem vaidade incomoda a mim, que sou tão esplendoroso e belo!
- Tu te achas esplendoroso e belo porque assim tu és, mas de que adianta tanta beleza, se o teu coração fosse amargo e seco? Não haveria quem te quisesse cheio de glamour, se o que tu tivesses a oferecer não fosse nada além de tuas penas, que há de ficarem velhas e caírem?
O pavão admirou-se ainda mais do cordeiro, desculpando-se pelo que disse.
MORAL: vale menos a aparência bela do que o belo que se tem por dentro.
O COELHO E O RATO
Nara Minervino
Eram um coelho e um rato muito amigos. Saíam juntos. Voltavam juntos. Dormiam e comiam juntos. Era uma amizade para lá de sincera. Acontece que, certa vez, o coelho acreditou que, por ser menor de tamanho, o rato era também menor de valores, e passou a esnobar o rato, andando cada vez mais arrogante e falando barbaridades, sem pensar no quanto de mágoas poderia causar ao amigo.
- Amigo rato – dizia o coelho em tom de brincadeira e dando altas gargalhadas –, não sentes vergonha do que a natureza fez contigo? Não vês que teu pelo, teu tamanho e tua cor são insignificantes perante a beleza da minha cor, do meu tamanho, do meu pelo e da minha representatividade em qualquer jardim? Estou certo de que, se pudesses, teria tudo o que eu tenho para seres feliz.
- Amigo coelho – respondia o rato –, admiro de fato a tua beleza e o teu porte perante o meu, mas não troco a minha agilidade pela tua cor, a minha capacidade de me esquivar dos perigos pelo teu tamanho nem a minha esperteza pelo teu pelo, afinal, de nada valem essas tuas qualidades físicas, se facilmente tu és capturado pelas armadilhas que te impõem e nenhuma das tuas belezas podem te livrar dessa prisão.
MORAL: Todo vaidoso é vencido, se o motivo da vaidade não o livra do perigo.
Era manhã de primavera e os capotes caminhavam em bando pelo cercado. Já havia tirado o leite e colocado a ração para o gado. Observando os capotes e ouvindo o canto deles de longe para que eles não se assustassem. Percebi que uma delas cantava ao lado do mandacaru numas moitas. Quando ela se retirou fui procurar entre as pedras e moitas e próximo ao mandacaru estava um monte de ovos escondidos, um ninho de capote.
Mãe Zuza (1914-1990)
"O meu coração agradece a Nossa Senhora das Dores, mãe dolorosa que transpassada de dor acompanhou a paixão e a morte de seu filho Jesus".
Mãe Zuza (1914-1990)
Maria da Saúde de Araújo, devota de Nossa Senhora das Dores e padre Cícero Romão Batista.
Para você
Eu sempre estarei
De alma aberta
Mente aberta
Corpo aberto
Coração aberto
Braços abertos
Sorriso aberto
Boca aberta
Peito aberto
E pernas abertas
Inteiramente aberta
Ao amor
Que por mim você tem!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Tu me destruís-te e eu ainda estou tentando me reconstruir, ainda estou procurando a paz que levaste de mim.
Quando eu te encontrei, estavas com o coração em pedaços e sangrando por causa de alguém. Eu consertei as tuas rachaduras, coloquei curativos e transbordei amor dentro dele para que se curasse mais rápido e houvesse a possibilidade de tu me amares também. Mas este amor nunca chegou até mim, ele nunca existiu. E não estando satisfeita, deixaste o meu coração igual ao que o teu era antes, destruído. A reciprocidade no amor nunca existiu, mas a dor continuou residindo aqui dentro. Eu ainda estou em cacos...
Encontrei um ninho de capote, havia muitos ovos e não era apenas uma que botava ovos naquele lugar. Fiz o ninho da galinha para que ela chocasse dois tipos de ovos. Coloquei primeiro os de capote e após uma semana os de galinha. Aumentei meu pequeno bando de capotes. Eles cantam no Barro Preto todos os dias.
Fragmento do livro "Um ninho de capote" de Mãe Zuza (1914-1990), Maria da Saúde de Araújo, escritora e beata Markenciana.
Nos fascinantes caminhos de uma poesia encontram-se os importantes recursos de uma linguagem que passa pela sensibilidade, sentimentos e emoções essenciais para todos aqueles que buscam na arte literária, a inspiração para viver com equilíbrio e harmonia. É a linguagem do coração e da alma, dando asas à imaginação e fazendo de cada momento da vida, uma oportunidade para sonhar com novas perspectivas, compreendendo por meio das sensações e percepções, o mundo em sua plenitude.
Marcos Antônio Lenes de Araújo , escritor markenciano.
Na poeticidade expressa na harmonia da natureza um escritor pode encontrar a tranquilidade e a inspiração que necessita para escrever com sintonia e criatividade as mais lindas poesias e compor os mais fascinantes cenários, reconhecendo com o coração e a alma, a beleza que existe nos sentimentos de quem ama.
Marcos Antônio Lenes de Araújo , Markenciano
No fundo eu só queria ter alguém para dedicar os meus versos falando sobre amor. Mas o que me restou foi falar sobre dor.
A gente guarda tanto amor dentro do peito esperando a pessoa certa chegar e acabamos esquecendo de que não existe hora certa para amar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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