Era

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O mundo era um lugar tão triste. A terra era seca e morta. O céu olhava para baixo e via apenas a vastidão do nada, não havia vida, não havia beleza. As nuvem passavam e passavam, e nunca viam algo que pudessem admirar no chão. A sua tristeza já era tão grande que o céu nao aguentou e começou a chorar. Chorou por muito tempo, tudo o que estava guardado nele. Suas lágrimas banharam a terra com forte intensidade e fizeram algo que surpreenderam a todos. No meio de toda aquela imensidão vazia, nasceu uma pequena flor rosa. Ela logo cresceu e se multiplicou, dando vida a milhares de outras ao seu redor. Em pouco tempo, o chão estava coberto de flores, até onde o céu conseguia enxergar. A terra se tornara um grande mar cor-de-rosa, belo e alegre, e o céu nunca mais chorou de tristeza, pois o amor havia tomado conta do seu mundo.

Era só um sentimento adormecido,
Que despertou outra vez,
E causou esta esperança em mim.

No Começo era tudo um sonho,
Gostava de você e você de mim,
Parecia um sonho sem fim.
Mais um dia esse sonho acabou,
Você me deixou aqui,
Nem ligava mais pra mim,
Não me dava mais atenção.
Mais continuei gostando de você.
Porque deixou de gostar de mim ?!?!
Oque fiz ?!?! Ou será que nunca gostou de mim ..

TUDO BEM SIMPLES

...Essa alegria que azorragava,
No coração de quem concedia,
Era maior do que no de quem recebia,
...Há Deus entregar!

A graça, a abundância, a fartura,
Sem a nada sê prender,
Somente a sutileza,
Da alma no livre-ceder...

Do tudo anunciado,
A perfeição da alma,
Assim tudo bem simples,
O coração humilde, aberto, sempre bem agradecido...

Que seja sempre o maior espetáculo entre as estrelas,
Sempre a vida, ao mundo oferecer,
Já que toda abastança conferida ao homem,
Não está em seus bens,
Mas em seu arrastado coração.

Jmal
2013-09-24
por amor de ti

Quando você se perde tem duas opções: encontrar a pessoa que você era, ou perdê-la por completo.

Favor não resumir o amor ao babaca que nunca soube o que era o sentimento e só te machucou.

Como dizer a um homem que você aprendera que o amor verdadeiro não era uma noite de sexo apaixonado sob um céu de fogos de artifício, mas uma manhã de domingo comum, em que seu marido lhe traz um copo d'água, duas aspirinas e uma bolsa de água quente para aplacar suas cólicas?

A grande viajem
Feliz foi o dia em que embarquei naquele trem,era num anoitecer de uma Quarta-feira.Levava comigo apenas meu desejo de aventura,e à partir daí foi a minha mais viva e doce aventura.Me lembro do cheiro do pequeno medo que me rodeava naquele dia,eu estava um pouco assustado e radiante pra que o trem partisse.Comigo eu não levava blusa de frio e nem um guarda-chuva...Pra quê me prevenir do desconhecido pensava eu.No dia 13 de março,naquela doce Quarta-feira,assim então algo iria mudar pra mim,de uma forma divina e sublime de se viver.Desde aí grandes paisagens enfeitariam a minha janela,além do mais,uma linda moça de olhinhos fechados se sentou na poltrona,ao meu lado.Fui me acostumando tanto com a presença dela conforme o trem seguia viajem.E assim quando amanhecia,a cada curva eu podia sentir o poder das coisas mais lindas e belas que a vida tinha pra oferecer do lado de fora daquela janela.Pois o motivo da minha apreciação já era a linda imagem que ela me trazia ali sentada.Era tão lindo olhar apaixonado para aquelas doces mãos que estavam sobre o colo da tal moça.Eu já podia sentir aquelas mãos passando pelo meu pescoço na madrugada à fora,dentro daquele trem.Quando menos eu esperava,aquela doce voz me acordava,me convidando pra descer em uma desconhecida ferroviária,as vezes estava sol e outras vezes havia garoas...Mas eu nem me importava mais,eu já não tinha medo de me molhar,pois eu estava tomando os melhores pingos que eu jamais tinha tomado.E se quer saber eu estava amando me molhar por causa daquela doce moça...Quando voltávamos pra dentro do vagão,grandes risos e olhares já não poderiam deixar de existir entre a gente...Era tipo a piada e o riso,assim era eu e ela...E no decorrer da viajem,aquelas dedos que ficavam no colo dela,no início,já preenchia o espaço pequeno entre os dedos da minha mão.E o trem ia seguindo por longas madrugadas e amanheceres.Muitas vezes eu acordava antes pra ficar olhando ela dormir,poxa dormia como um anjo,era tão linda que muitas vezes eu sentava na poltrona de frente só pra apreciar ela adormecida,junto com a claridade da lua que passava pela janela do vagão.Ah!Acordava tão bem,não me lembro dos momentos em que ela acordou de mal humor,ela sempre acordava com um sorriso lindo de se ver,era tão contagiante e bendita a presença dela em mim já que eu não me imaginava sem ela de forma alguma.As vezes quando o trem passava devagar perto das árvores,eu colhia com o meu braço estendido algumas flores pra ela...E como de lei enquanto eu dormia,mais uma vez ela me chamava pra mim descer em mais uma parada,e ali seria mais um palco de grandes e quentes travessuras que amávamos fazer...Tinha vez que estava frio e outra vez um calor que fazia a gente soar muito...E depois de loucuras a gente sempre voltava novamente pro nosso cantinho,aquele vagão.Já sabíamos chegar de olhos fechados em nossas poltronas e sempre era ruim de passar abraçado com ela pela porta estreita que ele possuía...Sem a gente perceber,aquelas paisagens já era ela pra mim,tudo que eu olhava de belo tinha ela estampada no reflexo do vidro da janela,tipo mesmo eu olhando pra paisagem,eu via ela bem fraca refletindo no vidro,ela muitas vezes assim estava sobre o mar ou sobre o por do sol que eu olhava pelo lado de dentro...Grande história essa,o mais incrível é que ela foi real,foi tão real que todos meus pensamentos me levavam pra ela,só pra ela e mais ninguém nesse mundo.Nossa dentro do trem servia uma coisa que ela amava comer quando estava comigo.Havia um pastel de banana que ela lambia até seus delicados dedos,claro,junto com um suco de laranja sem açúcar que ela amava também...Ah quanta coisa que estudei sobre ela nessa viajem,ela nem imagina quanto que aprendi a aprender sobre ela...Eu me lembro quando descemos por três dias,numa cidade chamada Americana.Poxa como que foi bom passar três dias longe de tudo,só eu e ela pra se amar e amar...São tantos detalhes escondidos nessa doce aventura que será impossível de não me lembrar e chorar de verdade.Quantas noites eu e ela nos amamos loucamente com lindas músicas de fundo...Quantas promessas eu fiz enquanto ela dormia em meus braços,quantas lágrimas eu estava disposto a enxugar do rosto dela quando ela acordasse triste...Como ela me fez bem enquanto estive com ela.Como aprendi a amar a presença e os beijos dela viu...São coisas tão especiais pra mim que tenho dela que tudo isso me faz repensar em tudo e em todas as horas...Minha viajem ao lado dela durou um pouco mais de seis meses,com ela ao meu lado eu pude conhecer o mundo inteiro mesmo não percorrendo ele por completo.Foram os seis meses mais lindos e prazerosos que eu ainda não tinha conhecido.Ela me fez amadurecer muito e me fez ser tão paciente e bom.Num dia assim ela infelizmente teve que descer do trem que eu estava pra pegar um outro trem.Eu já nem sei como será a próxima curva,a próxima chuva que eu ter que passar,me molhar,sem ela...Tudo está tão estranho,as cores que descobrimos já não são tão especiais sem ela ver,ao meu lado.A poltrona que ela esteve sempre agora parece estar faltando um lindo corpo pra se completar nela.E agora estou olhando pela janela,já não posso evitar que a minha dor derrame lágrimas pela falta que ela me faz,a tarde já está caindo e não há mais reflexos permanentes dela sobre o vidro,só resta ela bela e linda aqui dentro de mim,estampada no meu coração e no meu amor que é dela,só dela...Agora só resta o silêncio e o barulho das rodas sobre o trilho em que vou seguindo...Quando amanhecer nem sei como e onde vou estar,só sei que ela segue a frente,minha alegria ainda é poder sentir o perfume que ela deixou há pouco nesse lugar que estarei em breve...Assim vou seguindo meu rumo,foi linda essa viajem...Mesmo se eu for sozinho vou seguindo junto ao meu o teu coração.Sei que chegamos na hora,seguimos nossos destinos e assim ela(você) estará sempre por perto de mim e eu de você...Viajar contigo nesse lindo trem foi minha grande satisfação,foi lindo poder colorir essa viajem com as lindas cores que criamos juntos...

Flor de cemitério ( conto)


Era uma noite gélida e sem lua quando um botão de rosa nasceu na sepultura de Amanda, Uma jovem que havia morrido de tristeza, definhado apos perder o único amor de sua vida para a morte, Jason havia morrido em batalha na guerra pelo seu pais.
Aquele botão de rosa que nascia era o sinal que ela havia encontrado seu amor em outra vida, que agora Amanda e Jason podiam fiar juntos por toda eternidade.

O vento uivando como um demônio tentando com toda fúria destruir a futura flor. Corujas e Morcegos contemplavam sua luta, rindo em deboche ao seu esforço inútil pela vida…

- Pra que lutar pela vida quando ela sera vivida neste lodaçal o inferno onde não existe alegria so morte e dor?
-Ela sera apenas uma rosa escura e sem beleza!
-Ela vai morrer antes mesmo do raiar do sol.

A flor ouvia a conversa e ao invés de murchar de tristeza, ela encontrou forças na fraqueza ergueu seu caule, ainda era uma inocente, não havia abertos seus olhos para a podridão do mundo que a cercava, ela tinha fé que seria belo seu futuro. E assim resistiu a flor a um dos mais furiosos vendavais.
Quando os primeiros raios de sol brilharam no horizonte e foi tornamo claro o céu, alguns pássaros cantavam brindando o novo dia. O botão de rosa abriu-se e sua cor tão linda jamais havia sido vista naquele lugar tão escuro era um magenta vibrante, em cada pétala o sol batia e refletia um novo tom de rosa.

Linda perfeita e unica em um ambiente totalmente controverso a si, na terra ouvia-se o sussurro de novos brotos dizendo:
”Venham, venham ver esta flor de beleza jamais vista”
E a cada dia o cemitério ia ficando colorido pra mostrar que ate mesmo na morte existe beleza, se tivermos forças pra lutar.

Conto escrito por Annh Cavalcante em dezembro de 2011.

Quando éramos jovens, o futuro era tão promissor.

Houve um tempo em que o carro era tratado como obra de arte, não somente um monte de metal sobre rodas.

Seu olhar era forte, sua personalidade também, mas o moço tinha algo em especial, um coração tão nobre que só a moça teve o privilégio de sentir, de enxergar.
(Meu pedaços - Nanda Ribeiro)

Se eu pudesse fazer tudo de novo faria diferente !
Engano, faria tudo do mesmo jeito, pois era assim que tinha que ser feito.
Impossível fazer diferente, sem antes ter passado pela experiência dos erros !
O pensar que faríamos diferente nos remete a sentimentos de culpa, algo adverso à nossa felicidade.
Só melhoramos a nossa consciência quando reconhecemos nossos erros e limitações; o crescimento interior se dá por conta disso !
Portanto meu amigo ou minha amiga, tenha consciência disso e continue o curso da sua história, reconhecer os erros já é o suficiente. (Guy Barreto)

Uma menina me ensinou
Quase tudo que eu sei
Era quase escravidão
Mas ela me tratava como um rei

Ela fazia muitos planos
Eu só queria estar ali
Sempre ao lado dela
Eu não tinha aonde ir

Mas, egoísta que eu sou
Me esqueci de ajudar
A ela como ela me ajudou
E não quis me separar

Ela também estava perdida
E por isso se agarrava a mim também
E eu me agarrava a ela
Porque eu não tinha mais ninguém

E eu dizia
Ainda é cedo
Cedo, cedo
Cedo, cedo

E eu dizia
Ainda é cedo
Cedo, cedo
Cedo, cedo

Sei que ela terminou
O que eu não comecei
E o que ela descobriu
Eu aprendi também, eu sei

Ela falou: "Você tem medo."
Aí eu disse: "Quem tem medo é você."
Falamos o que não devia
Nunca ser dito por ninguém

Ela me disse
"Eu não sei
Mais o que eu sinto por você
Vamos dar um tempo
Um dia a gente se vê."

E eu dizia
Ainda é cedo
Cedo, cedo
Cedo, cedo

“E hoje sei, que tudo o que eu tinha era você, todo amor e carinho, manhas e risadas era tudo por você. Talvez o destinho tenha algo reservado para nós, talvez adiante voltaremos, aaah não aguento mais viver um segundo sem você, volta a ser o meu respirar, antes que eu feche os meus olhos, e se vá.”

Sinto saudades de quem eu era, antes de me perder..
Me perder nesse vazio imenso, nessa escuridão sem saída, que tem dentro de mim.
Me perder nesse mundo de gente vazia, rasa e superficial.
Incompletas com si mesmas, gente sem planos futuros, sem desejo de crescer.. Gente estagnada.
Odeio a ideia, de que ficar parada, isolada do mundo é uma coisa boa, mas infelizmente nos dias de hoje, são raras as pessoas com quem se possa ter uma conversa proveitosa, uma pessoa com uma capacidade intelectual além da sua, são raras pessoas que não são completamente vazias.. Porque no fundo, vazias todas somos, sempre vai faltar alguma coisa, porque estamos em um mundo com pessoas literalmente ambiciosas, que ao invés de querer crescer como espírito, investir em caráter próprio, são pessoas que dão mais valor, para a materialidade, para a carne, para a aparência, para marcas, para status.. Me pergunto aonde isso vai levar o ser humano?
Vai chegar um ponto, em que não importa o quão ruim, ou quão sem caráter tu seja, tu tendo coisas da moda e tendo o mesmo pensamento idealizado que todos tem, tu vai ser aceito, vai ser bem visto, por um bando de pessoas sem escrúpulos nenhum e que ainda se julgam no direito de falar de sentimentos.
Hoje em dia as pessoas perguntam se tu ta bem, mas no fundo não querem saber a resposta, só estão fazendo um ''H'', para passarem por educadas.. Todos querem um (a) namorado (a), mas não pelo fato de querer namorar, curtir o momento, curtir o parceiro (a), querem só pra colocar no status de uma rede social.. Infelizmente, vários irão apontar mil defeitos à esse texto, vão pensar que é uma bobagem e eu devo ser uma ''mal amada'', que até parece que eu penso realmente desse jeito, e que eu não sou nenhuma pessoa que segue à risca a moral dos bons costumes.. E realmente eu não sigo à risca isso, mas também não sou nenhuma ''mal amada'', só acho que o mundo está tomando um rumo lamentavelmente triste, as pessoas estão cada dia que passa mais vazias e mais sozinhas, e o que é impressionante é que elas se acostumaram tanto com isso, que mesmo assim conseguem se sentir FELIZES.. E agora eu te pergunto, o que é FELICIDADE PRA TI? O que o status e as tuas roupas de marca vão alterar no teu caráter? ''Tem gente que é tão pobre, que não tem nada além de dinheiro''.
Isso é uma reflexão um tanto quanto pessoal, é a minha indignação pelo mundo e pelas pessoas acomodadas com suas vidinhas idealizadas.
Dizem que as crianças e os jovens são a esperança para um mundo melhor, quem dera quem falou isso estivesse enganado.. Porque vocês já pararam pra pensar, como vai ser daqui alguns anos? 10, 20, 30 anos? Hoje em dia as crianças não tem mais aquela inocência, não sabem o que é brincar de verdade, entramos numa era totalmente tecnológica, que por um lado é maravilhosamente bom e por outro destrói com tudo de puro que ainda se tem nas crianças.. Mas enfim, eu comecei o texto falando de como eu sinto falta da pessoa que eu era antes de me perder, mas não digo isso porque me perdi por completa, digo isso porque me perdi comigo mesma, com meus sentimentos, com a minha ''esperança na humanidade..''
São raras as pessoas que chegaram até aqui hoje, e não perderam seu sonhos, seus princípios, sua leve inocência pela vida, e quem ainda tem esses valores consigo, eu peço que guardem e não deixem que isso suma nunca, mantenham isso, porque no fim o que importa é como você se vê e não como os outros lhe imaginam.

O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las se precisava de apontar com o dedo.

Gabriel García Márquez
Cem Anos de Solidão

Era um estranho agora, mas ela tinha sido uma amiga uma vez, e isso foi suficiente para ele.

Nicholas Sparks
SPARKS, N. The Last Song. London: Hachette UK, 2009.

Era uma vez o País das Fadas. Ninguém sabia direito onde ficava, e muita gente (a maioria) até duvidava que ficasse em algum lugar. Mesmo quem não duvidava (e eram poucos) também não tinha a menor ideia de como fazer para chegar lá. Mas, entre esses poucos, corria a certeza que, se quisesse mesmo chegar lá, você dava um jeito e acabava chegando. Só uma coisa era fundamental (e dificílima): acreditar.
Era uma vez, também, nesse tempo (que nem tempo antigo, era, não; era tempo de agora, que nem o nosso), um homem que acreditava. Um homem comum, que lia jornais, via TV (e sentia medo, que nem a gente), era despedido, ficava duro (que nem a gente), tentava amar, não dava certo (que nem a gente). Em tudo, o homem era assim que nem a gente. Com aquela diferença enorme: era um homem que acreditava. Nada no bolso ou nas mãos, um dia ele resolveu sair em busca do País das Fadas. E saiu.
Aconteceram milhares de coisas que não tem espaço aqui pra contar. Coisas duras, tristes, perigosas, assustadoras, O homem seguia sempre em frente. Meio de saia-justa, porque tinham dito pra ele (uns amigos najas) que mesmo chegando ao País das Fadas elas podiam simplesmente não gostar dele. E continuar invisíveis (o que era o de menos), ou até fazer maldades horríveis com o pobre. Assustado, inseguro, sozinho, cada vez mais faminto e triste, o homem que acreditava continuava caminhando. Chorava às vezes, rezava sempre. Pensava em fadas o tempo todo. E sem ninguém saber, em segredo, cada vez mais: acreditava, acreditava.
Um dia, chegou à beira de um rio lamacento e furioso, de nenhuma beleza. Alguma coisa dentro dele disse que do outro lado daquele rio ficava o País das Fadas. Ele acreditou. Procurou inutilmente um barco, não havia: o único jeito era atravessar o rio a nado. Ele não era nenhum atleta (ao contrário), mas atravessou. Chegou à outra margem exausto, mas viu uma estradinha boba e sentiu que era por ali. Também acreditou. E foi caminhando pela estradinha boba, em direção àquilo em que acreditava.
Então parou. Tão cansado estava, sentou numa pedra. E era tão bonito lá que pensou em descansar um pouco, coitado. Sem querer, dormiu. Quando abriu os olhos — quem estava pousada na pedra ao lado dele? Uma fada, é claro. Uma fadinha mínima assim do tamanho de um dedo mindinho, com asinhas transparentes e tudo a que as fadinhas têm direito. Muito encabulado, ele quis explicar que não tinha trazido quase nada e foi tirando dos bolsos tudo que lhe restava: farelos de pão, restos de papel, moedinhas. Morto de vergonha colocou aquela miséria ao lado da fadinha.
De repente, uma porção de outras fadinhas e fadinhos (eles também existem, quer dizer fada macho) despencaram de todos os lados sobre os pobres presentes do homem que acreditava. Espantado, ele percebeu que todos estavam gostando muito: riam sem parar, jogavam farelos uns nos outros, rolavam as moedinhas, na maior zona. Ao toquezinho deles, tudo virava ouro. Depois de brincarem um tempão, falaram pra ele que tinham adorado os presentes. E, em troca, iam ensinar um caminho de volta bem fácil. Que podia voltar quando quisesse por aquele caminho de volta (que era também de ida) fácil, seguro, rápido. Além do mais, podia trazer junto outra pessoa: teriam muito prazer em receber alguém de que o homem que acreditava gostasse.
Era comum, que nem a gente. A única diferença é que ele era um Homem Que Acreditava.
De repente, o homem estava num barco que deslizava sob colunas enormes, esculpidas em pedras. Lindas colunas cheias de formas sobre o rio manso como um tapete mágico onde ia o barquinho no qual ele estava. Algumas fadinhas esvoaçavam em volta, brincando. Era tudo tão gostoso que ele dormiu. E acordou no mesmo lugar (o seu quarto) de onde tinha saído um dia. Era de manhã bem cedo. O homem que acreditava abriu todas as janelas para o dia azul brilhante. Respirou fundo, sorriu. Ficou pensando em quem poderia convidar para ir com ele ao País das Fadas. Alguém de que gostasse muito e também acreditasse. Sorriu ainda mais quando, sem esforço, lembrou de uma porção de gente. Esse convite agora está sempre nos olhos dele: quem acredita sabe encontrar. Não garanto que foi feliz para sempre, mas o sorriso dele era lindo quando pensou todas essas coisas — ah, disso eu não tenho a menor dúvida.

Quero esta a cada dia diferente..
diferente do que era
diferente do que fui
diferente do que sou
sendo eu sempre eu

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