Entenda como Quiser So Nao me Julgue
Quando diz ser superlativa, eu acredito...
Há ecos de infinitivo
na forma como anuncia.
Vejo versos que caminham sem ponto,
mas não lhes falta direção;
há rimas que se escondem
na pausa do olhar.
E se pede para ser recitada,
não lida, não decifrada,
que seja assim:
em voz baixa,
como quem toca o sagrado
com a ponta dos lábios.
Porque algumas mulheres
não se explicam,
acontecem em poesia.
O céu faz parte da arte de Deus, assim como tudo o que nasce do Seu silêncio e da Sua precisão. A verdade é que, quando desaceleramos e realmente olhamos, percebemos que a beleza nunca nos faltou, nós é que passamos depressa demais por ela.
Cada cor do entardecer, cada folha que se move, cada detalhe aparentemente simples carrega uma intenção, uma assinatura. Nada é aleatório. Há ordem, harmonia e um propósito silencioso que sustenta tudo.
E quando enxergamos assim, até o que parecia comum ganha outro brilho: o céu deixa de ser apenas céu e vira pintura; o vento deixa de ser invisível e vira poesia; a vida deixa de ser rotina e vira milagre.
Isso me traz um desgosto pela vida, como se tudo de bom que poderia acontecer simplesmente desaparecesse, e as coisas boas que permanecem ficam menores ou perdem seu valor.
Se realmente a vida seguir as ordens do Criador,
e amai-vos o próximo assim como a nós mesmos,
do próximo sinto pena,
pois nesse amontoado de carne, já não arde mais a centelha.
O que fazer já não sei mais,
pergunto à maldita morte que sempre me atrai.
Ela me diz que a solução é ir,
dessa terra, enfim, se esvair.
Mas de que isso ajudará?
Será que a fome cessará?
A dor, enfim, acabará?
Ou permitirá que a maldita centelha da angústia,
nas águas amargas da incerteza,
continue a escorrer, destruindo toda a beleza?
Construir uma carreira no mundo atual é como montar um prato em um restaurante self-service.
Há muitas opções de áreas para seguir, mas se não escolhermos a combinação certa, ou se colocarmos muita coisa, vamos acabar pagando muito caro por algo que não faz sentido.
Escolha com sabedoria, o simples bem feito é como o feijão com arroz, dá o sustento a todo o prato. Mas de vez em quando também é preciso ter algo diferente como uma parmegiana, para não ficar entediado.
No fim, equilíbrio é tudo! 🍲
Já li outros livros
Já vi outros filmes
Já ouvi outras músicas...
Nada me emociona tanto como o som a tua voz, a imagem do teu sorriso e a lembrança da tua presença.
Considero a saudade como uma faca de dois gumes, já que ao mesmo tempo que nos traz aquele sentimento nostálgico de um momento feliz, pode nos trazer a tristeza por não podermos mais vivenciá-lo, entretanto, melhor focarmos nas boas lembranças e seguirmos.
Na Luz do Luar, Um Lobo Solitário
uiva para a Lua como um desabafo
por tudo que tem que suportar
sem ninguém do lado.
Alguns pensamentos são como seres de hábitos noturnos, apreciam o silêncio cativante, trazido pela extensão da noite, o início apaixonante da madrugada, um ímpeto profundo os move, ficam agitados, falantes, parece até que estão fora da mente, falando em voz alta, algo típico de um romance intenso, um suspense interessante, doses de audácia, proporcionando um sentimento entusiasmante, acolhedor, onde a imaginação se propaga, ganhando formas e cores, emoções que logo são revestidas de palavras, um céu preenchido por lindas constelações, o sabor deleitante de conversas acaloradas, inspirações para uma inquietação poética, fonte para poesias que conversam com a alma de uma maneira intensa, simples e dedicada.
Sensação acolhedora, tranquila, de uma ocasião chuvosa, movimentação suave dos ventos como se participassem de uma dança incomparável, no ritmo terno da linda sonoridade, proveniente das gotas da chuva,mudança propícia do tempo no início da madrugada, movimentos harmoniosos e contínuos, alívio inevitável para alma, oportunidade imprescindível, que restaura as forças da mente de um jeito simples bastante efetivo.
Guardar mágoas como um tesouro oculto no coração transforma-se em gatilho emocional: a bala atravessa as emoções e reabre feridas que jamais foram tratadas pela cura do perdão.
VIDA
Facho de luz
Que apaga-se
Escuridão acolhe
Quanto nos enganamos
Em agirmos
Como se fossemos
Eternos...
De repente
Apagam-se os holofotes
Desbotam as cores
O céu escurece
Nada mais veem, os olhos
Só lagrimas vertem.
Incontidas, incontroláveis
Lágrimas
Um silencio sepulcral.
Ana Ramos
Esta manhã nublada e chuvosa, me fez pensar : Ah… como eu queria te ver mais uma vez.
Sentir teu toque, firme o bastante para me fazer sentir segura,
suave o suficiente para me desfazer inteira em teus braços.
Conversar sem perceber o tempo passar,
rir como quem esquece o mundo,
ouvir um rock ou um samba; pouco importa o ritmo, porque, quando estamos juntos,
tudo passa a seguir o compasso do nosso sentir.
Que esse reencontro deixe de existir apenas nos meus pensamentos
e encontre o caminho do real, do toque, do agora.
Sinto tua falta em cada detalhe,
em cada silêncio que insiste em gritar teu nome.
Todas as minhas células sentem a tua ausência,
como se o meu corpo e o meu coração
ainda soubessem exatamente onde pertencem.
E eu, no ápice da insensatez
Pensei: queria ter sido como santa na gruta
Imaculada, sem erros, diminuta.
Mas sensata, disse: humana Deus me fez.
O bom caminho é como a floresta, escuro e assombroso. O bom caminho é como a floresta, iluminado e feliz.
Parece que o tempo nos afastou, como se as horas tivessem o poder de apagar aquilo que um dia foi tão vivo entre nós. Mas, ainda que o silêncio nos envolva, você continua habitando dentro do meu peito — não como lembrança distante, mas como presença que arde e me consome.
Há uma dor infame que me provoca, como se fosse o eco dos seus passos fugindo de mim. E, mesmo assim, eu não consigo deixar de te buscar nas frestas da memória, nos instantes em que fecho os olhos e sinto o calor da sua voz.
Se o amor parece ter se perdido, eu insisto em acreditar que ele apenas se escondeu, esperando que a coragem nos devolva ao caminho. Porque, apesar da distância, ainda existe em mim a esperança de que nossos corações se reconheçam e se abracem novamente.
Volte, nem que seja em pensamento, para que eu possa descansar dessa saudade que me dilacera. Volte, porque mesmo na dor, eu ainda escolho você.
O Templo Invisível…
O curso das eras se rasgou, e o ritmo das horas deixou de fluir como rio ou ascender como chama. O instante tornou-se substância imóvel, pesado como metal antigo, e nele ecoam ressonâncias que não se podem nomear.
O que parecia restrição revelou-se fundamento, e a dilatação dos espaços mostrou-se sem medida, mais vasta que a própria vastidão. Eis o paradoxo que não se desfaz: o limite sustenta, a abertura consome.
Inscrições não esculpidas habitam o ar, invisíveis e, contudo, gravadas mais fundo que qualquer pedra. Cada sombra revela peso de realidade, e cada sopro oculta em si um arquivo de eternidade.
Fontes que jorravam se calaram sem se extinguir, e o cântico que soava inteiro dispersou-se em notas soltas, como fragmentos de um idioma cujo alfabeto se perdeu.
Assim se ergue o mistério: o que cessou não cessou; o que se ocultou tornou-se mais manifesto; o que não se nomeia ressoa além de toda voz.
E, no ponto mais secreto, suspenso entre o antes e o depois, ergue-se o templo invisível, não edificado por mãos, mas sustentado por colunas que não têm origem.
Ali o indizível se recolhe, e quem ousa aproximar-se não encontra resposta; apenas silêncio revestido de eternidade.
