Emoção

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CORAÇÃO EM PASSAS (soneto)

Ah! quem há de poetar, saudade penosa e tirana
O que na emoção cala, e o versar não escreve?
- Range, doí, pregada na lembrança, e, em greve
Sente, em amargos no peito, o que era soberana

O coração em passas, e é um redemoinho fulana
Em explosão, fria e grossa, e ao enamorado deve
E ao olhar desalentado asfixia o pensamento leve
Que, paz e harmonia, saem em ignota caravana...

Quem o verso alcançara pra a rima desta solidão?
Ai! quem há de amenizar, assim torna-la tão breve...
Se infinito é o silencio; E o vazio então agiganta?

E os lábios secam. E o olhar chora. Tudo em vão?
E a sensação se refugia num sepulcro de neve?
E então as trovas de amor esvaem na garganta?

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de março de 2019
Cerrado goiano
Um dia depois.
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO "X"

Como o talho do punhal numa emoção
A perfídia escorre do peito num sofrer
Num fio navalhado dentro do coração
Que no sentimento se põe a morrer

Mora em mim o teu "x", tão mutilação
Que o amor não mais pode entender
Vida e morte em uma una conjunção
Que o meu ser se cansou de ceder

Viver a presença e não a solidão, sorte
Pois o suporte não se acha pelo chão
E tão pouco para paixão é um aporte

Então, domine o teu querer, tua ilusão
Viva a vida, tão breve, com total porte
E tenhas equilíbrio no sôfrego coração

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, outubro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

formas

formas na emoção
olhar fixo no infinito
universo em conspiração
a dor além do manuscrito
são feitios do coração
são áreas de um rito
que moldam a paixão
e faz do amor erudito

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
janeiro de 2016 - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ROUPA NOVA (soneto)

Muita vez houve tristura dentro da emoção!
Peito aberto, de sentimentos tão cristalinos
Sobre os desejos: maiores e os pequeninos
No idear do florescente e amoroso coração

Então, um dia veio, árido, o aspeito da ilusão
Mudar tudo: anunciando os caminhos divinos
Com vibrantes trombetas e badalar dos sinos
Proclamando que o amor não é só de paixão

E a alma, de quimera de asa solta, os sonhos
Pôs-se a sonhar com os devaneios revoando
E planou entre a dura realidade e a fantasia

E, nesta de só ficar em pântanos medonhos
Foi por aí... e de se perguntar: até quando?
Saiu de roupa nova, cerzida com alegria...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2020, 07’13” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

TROVANDO COM ESPINHOS (soneto)

Sofrência sem tempo, dor com agonia
Que suspira e sufoca a emoção no peito
Que cala mais do que a solidão queria
E com tanto aperto ainda não satisfeito

Amor, que a boa sorte assim repudia
Em uma ação de azar e sem proveito
E tanto... sorriso para a cruel arrelia
Fica inacabado, ficando imperfeito...

Poema, sem sintonia, que consome
Musicando das mágoas só lamento!
Cego sempre o poetar que desanimas!

E eu tenha sempre, paixão: - com fome
O coração, gelado no cálido sentimento
Com espinhos trovando as áridas rimas.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO ROMÂNTICO

Ah! quem há de condenar, o amor certo
Aquele que a emoção aprecia e suspira
Que no abraço e olhar, não tem mentira
E o hálito do beijo, fica então, tão perto

A paixão ferve, sem desventura com ira
Tem querer! e alma com sonho inserto
E no peito, ideia leve, e coração aberto
Ah! como é bom o afeto doce e caipira

E neste molde pra expressão de tudo
Saúdo o bem querer que se faz infinito
Que é rito na poesia e ali se agiganta

Na fortuna tanta, tanto ter, e nada mudo
Tudo canta, levanta, e se do amor é dito:
- eu te amo! É romantismo que encanta.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO PLENO

Amando, soando o coração, mão nervosa
Suspira. A emoção sai da poesia, excitada
E toma-lhe, a palpitar, a prosa apaixonada
Em uma inspiração com estrofe carinhosa

Tenta a ideia romântica: verseja com rosa
Inspira. E a rima, assim, do amor é retirada
Com afeto em que o desejo brota do nada
Seduzindo a trova numa louvação gloriosa

Pega o pensamento, doma a ode em cena
De satisfação, liberta as palavras apertadas
Na solidão, e as busca da sensação secreta

E, assim, tão profundo, no delírio do poeta
Em gritos de triunfo, e clausulas douradas
Ao pé do mundo, confessa a sua obra plena...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/03/2020, 06’36”- Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

EMOÇÃO VAZIA (soneto)

Solitária, no silêncio do cerrado, um dia
A inspiração, acorda em um aflito apelo
Sente o falto e o logro num só pesadelo
E sua trova no nada suspirava e restrugia

Torvo o sentimento, tal qual um novelo
Sentiu, que palavras ali não mais havia
E que a sua devoção estava despida e fria
A paz e o acaso sem voz, o senso um gelo

Era o vão, a eversão do caos no ceticismo
Do amor, em um desapego tão profundo
A sensação estava largada em um abismo

E no talvez de um poetar com harmonia
Teve poema trapilho, pobre e moribundo
E o revés em maldição da emoção vazia!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/03/2026, 06'56" - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

ÔNUS

Tantas vezes, chorei, no infinito da emoção
Solto no silêncio áspero da pesada saudade
E em soluços os sonhos caíram na solidão
Tonto, vazio, e o pensamento pela metade

Sem ti, a alma voa num espaço de ilusão
A noite... atordoa sem a menor afinidade
E os dias me parecem não mais ter chão
A imensidão dobra para uma eternidade

Para cada verso da inspiração parda, dor
O meu universo cheio de pesar e de breu
E o coração já não mais trova com ardor

Tudo é rumor no ávido afeto que foi seu
Confesso... - que não mais está ao dispor!
Deste amor... - levo somente o que é meu...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠LEVA

Cevando se me vai de traço em traço
O fado, que a mor emoção vai sendo
O sentimento em ensaio despendo
Té que a sorte me dê bem remanso

Amando, quando posso, eu romanço
Sempre na busca, assim, pretendo
Tê-lo, enfim, um fomento tremendo
Onde os abraços tenham descanso

Vendo-me, pois, portanto, carente
Metido nas agruras desses enleios
Eremítico.... me entrego à ventura

Ah! quando a dita me faz contente
De novo o coração em bons meios
Se dispõe: .... com leva de ternura!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03/10/2020, 21’57” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Um bule cheio de inspiração...
café com leite em ebulição,
ao tomar com poesia...
amor e emoção!

Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

⁠INCERTEZA

Este, o soneto de sensação inquieta
Onde, ri e chora as horas de emoção
Chorado no papel, de um caro poeta
A fiel lembrança de cada uma ilusão

Este, canto de uma tenção completa
Que soa no peito com uma pulsação
De sofreguidão, de uma dor secreta
Cravada no sentimento e no coração

Este, que aqui versa o viver profundo
Lamenta a sorte e no mesmo segundo
De incerteza, rima o versejar tal amador

É para ti ó alma de afeto pendente
E a ti, ó paixão, se existe realmente
Vacila, e nem sabe do meu amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/10/2020, 18’07” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ETERNA CANÇÃO (soneto)

Tens, sempre, o fogo da emoção
Do fascínio: - que arde na viveza
Em ginga e encantos da pureza
Todo a magia do pecado da paixão

E, sobre esse senso, a doce beleza
Da atração, que brota no coração
Mansa poracé, inigualável razão
E então, alimento e escava reza

És suspiros e mimo, tinos, tal qual
Os beijos são desejos tão ardentes
E que vorazmente atinge o ideal...

Afinal, memoração e gozo aqui são
Permanentes, em olhares reluzentes
De este amor, uma eterna canção!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/03/2020, 08'18" - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠QUANDO FOR AMOR

Não há amor que não tenha um encanto
Todos são cheios de emoção e de magia
O haver, por mais dissonância, tem tanto
Lirismo, que há de ter sensação e poesia

Mas acaso nada tem, temos, no entanto
A quimera que nos dá a ingênua fantasia
A pureza, a companhia, então, portanto
Cada um, um bem, um cheiro e ousadia

E nas surpresas da vida, aquele certo
Amor. Sentimento liberto e sem dor
Pois, no querer o desejo foi desperto

O sonho que se vive, ó curioso valor:
Farto em ventura ou se falto na flor
O amor, se define, quando for amor...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 19’51“– Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠FASE

Cisma a dor n’alma descrente e fria
De uma emoção solitária e calada
Em sua fronte tristonha e chorada
Pesadas rugas duma sorte sombria

A luz da paixão, vazia de alegria
Carrega a saudade amargurada
Suspira sofrência na madrugada
A solidão, companheira da agonia

Ao pé da lua prateada. Pendente
A boa dita, o bem amigo da gente
Parece que dos céus nada realiza

Geme a brisa no cerrado, agrado
Qualquer, só o penar imaculado
É ventura, fase, o tolerar divisa!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/12/2020. 08’22” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CERTEZA

Este – o soneto da felicidade completa
Em que, poetando as horas de emoção
Sorri nas delineies, desfastio do poeta
Em um coração fiel e cheio de paixão

Este – o conteúdo de sensação, direta
Festeja, alucina, traz ventura na razão
Pondo a alma na completude, quieta
Cheios de harmonia e boa adoração

Este – o soneto da exaltação maior
Em que a frase terá aquele melhor
De tudo, pois é desprovido de dor

Este – poema dos poemas nascente
Que nos faz enamorados realmente
Este – é o verídico soneto de amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 dezembro de 2020 – Triângulo Mineiro
paráfrase a João de Barros
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Inserida por LucianoSpagnol

⁠PERDÃO...

Ó sorte, eu sei. Eu sei, essa valia
Essa direção que dás pra emoção
A solidão é exata no que merecia
Pois, do amor, cisquei a ilusão

O coração habituara a tirania
Da ficção, de ficar na tensão
No vitimismo, e na melodia
Criei e musiquei a sensação

Então, no ter o que existisse
Me segurei na burra tolice
Do sonho desfrutável a mão

Ó sorte! me deste o caminho
O amparo dum doce carinho
Eu quis outro rumo. Perdão!...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/01/2021, 14’50” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMÁSIO...

Amásio! Sonho maior e tão cândido
Que nos seduz e embala a emoção
Precioso, terna sensação no sentido
Dum amor apetecido, cheio de ilusão

Bendito e desejado, pleno, querido
Duro, às vezes, mas tino ao coração
Um bem inocente que nasce podido
Na soma, de uma razão da paixão

Aí, genuína e bem, sempre é hora
Nos faz multiplicar pela vida a fora
Cantante na alma, rica e feliz união

Uma ternura indo pelos caminhos
Frágil e forte, a disfarçar espinhos
Arando devoção e tenção pelo chão!...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/02/2021, 07’43” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GRATIDÃO ...

Te sou grato, no que a mim foi a cura
O alento que foste à emoção, poesia!
Encheste a solidão de cor e de doçura
E com poética a sensação que falecia

De choro e lamento lacrimejava o dia
O horizonte do cerrado era só lonjura
O desejo desventura então pressentia
E tu poesia: me trouxe a boa ternura!

Tenho gratidão, nada toda a vida dura
Do teu tempo a qualidade é a melodia
Se boa ou ruim, o que vale é a leitura

Então, vou agradecer a casta fidelidade
Das prosas nas tristuras que eu recebia
No falto, assim, pra mim, trovaste piedade! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/02/2021, 05’55” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TEM SAUDADE, TEM ...

Hei de sentir uma sensação que não impeça
Qualquer coisa que da emoção seja nascida
Tentando surpreender, criando sem pressa
O soneto, que diga, quão ao coração és vida

No exato amor, talvez seja a essencial peça
Poética, e um sentido na paixão repartida
Em que, em ter-te, é prazer, é bom à beça
Concebendo ventura, a chave na acolhida

Há no cerrado um senso de melancolia
Sem o teu olhar, alegria e, só em tê-los
Tudo fica tão mais sedutor no meu dia

Sim, muito mais agrado, quimera e além
Do cheiro, beijos, aqui nos meus apelos...
Tem saudade, tem! E dela eu sou refém! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/02/2021, 10’21” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

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