Em um Mundo Encantado Poderiamos Voa
Quer me mentir? Então faça-o de tal forma que, ainda que eu venha a detestá-lo um dia por ter-se mostrado o canalha que é, com certeza terei respeito pela sua capacidade de me enganar com tamanha competência. Não há nada que mais me irrite do que o mentiroso que me faz sentir subestimado em minha inteligência, pois que deixa evidente sua idiotice até para tentar bancar o esperto!
Possivelmente um sofrimento dos mais dolorosos é quando descobrimos que tivemos nas mãos a chance de sermos felizes e a desperdiçamos, por conta de razões bem menores. E essa dor se faz tão maior quanto sua irreversibilidade, posto que, sem o remédio, se transforma num mal crônico e incurável.
A vida me ensinou que todas as pessoas, sem exceção, possuem um lado melhor e um lado pior, uma face conhecida e uma face oculta, e que não é isso, necessariamente, que as encaixa na classificação de boas ou más, mas sim o cuidado com que utilizam seus dois lados para que outras não se machuquem com eles.
É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade, apenas reunindo as partes que interessa sejam ditas. O melhor que se pode fazer nesse sentido é não esquecer que meia verdade, na maior parte das vezes, é uma mentira inteira!
Eu sou a cegueira da visão
Eu sou a cegueira da visão,
a sombra costurada à luz,
um sopro frio na contramão
de tudo aquilo que reluz.
Sou o instante em que a cor se apaga
e o mundo aprende a respirar,
quando o silêncio abre a vaga
para o que os olhos não podem captar.
Sou o véu que cai sem ser tecido,
a dobra oculta do clarão,
o mapa nunca conhecido
por quem vê só com a razão.
Eu sou a cegueira da visão:
não erro, não falho, não retiro —
apenas mostro a contradição
do olhar preso ao próprio giro.
E é no meu breu que se descobre
que a luz também pode enganar;
pois quem se perde, às vezes cobre
um novo jeito de enxergar.
Eu sou a cegueira da visão,
mas não sou fim, nem perdição —
sou a fresta em que a alma aprende
que ver é mais do que a própria visão.
Autor: John Presley Costa Santos
PALADAR DAS LÁGRIMAS
Provei o silêncio que escorria entre minhas falhas,
Um gosto antigo, ácido — quase memória primordial.
Cada lágrima carregava um nome que eu esqueci,
E ainda assim… elas sabiam exatamente quem eu era.
No reflexo fraturado da noite,
Bebi o que restou de mim —
E descobri que o amargo também é um tipo de luz.
Há um estudo secreto no modo como caímos:
O chão não é punição — é um espelho invertido.
Os erros, mestres sem rosto, me ensinaram a mastigar a dor
Como quem degusta a origem do próprio destino.
E quanto mais ruía, mais eu percebia…
Que ruínas têm um idioma que só o coração partido entende.
Deixei os joelhos encontrarem o pó da terra.
Deixei meu peito rachar sem piedade.
E no paladar das lágrimas, sorvi
Um perfume de verdade crua —
O gosto do que somos antes de fingirmos força.
A tempestade me tomou pela voz,
Mas devolveu-me um canto que nunca ousei cantar.
Aprendi que a chama mais pura
Nasce do que a água não conseguiu apagar.
Que o pranto, quando sincero,
É o batismo que escolhe o seu próprio sacerdote.
Ali, no fundo da dor que me molda,
Compreendi que cada renúncia era um portal,
E cada portal — um retorno ao meu nome original.
No fim, não chorei mais pelo que perdi,
Mas pelo que precisei destruir para enfim me ver.
E quando a última lágrima tocou a minha língua,
O universo inteiro tremeu em silêncio.
Não era despedida — era nascimento.
Porque somente quem conhece o sal da própria alma
É capaz de criar mundos onde antes só havia sombra.
Existe um abismo entre sentir o desejo e ajoelhar-se a ele. A maturidade não é a ausência da guerra interior, mas a vitória diária da disciplina sobre a vontade passageira. Não confundas a queda humana com a rendição voluntária. Domina a ti mesmo, sê firme, e darás frutos.
A vida é um ciclo? ...Talvez...
A vida é uma espiral? ...Talvez...
Mas a verdade é que tudo o que vai... um dia volta.
Para que a vida valha a pena construamos um hoje sólido, para que amanhã tenhamos alicerces seguros para sustentar o resto de nossas vidas.
Escrever não é um dom propriamente dito... é um trabalho árduo... como lapidar diamantes... palavras são brutas e o sentimento é o instrumento que as lapida.
Deixa-me olhar para a profundidade dos seus olhos castanhos e perder-me na eternidade de um segundo.
- Relacionados
- Poemas de aniversário: versos para iluminar um novo ciclo
- Frases de efeito que vão te fazer olhar para a vida de um novo jeito
- Frases para falsos amigos: palavras para se expressar e mandar um recado
- Perda de um Ente Querido
- Textos de volta às aulas para um começo brilhante
- 31 mensagens de aniversário para a melhor amiga ter um dia incrível
- 127 frases de viagem inspiradoras para quem ama explorar o mundo
