Elogios Nao me Elevam
Eu já sai dessa. Não dá mais pra continuar com essa sensação de velhice e desânimo. Há uns três meses praticamente não saio de casa, fico enjoado com tudo, tomo ódio de tudo. Perdi o contato com as pessoas que eu considerava interessantes, fico vivendo de um jeito que não é pra ser. Uma vida toda interna, lendo, pensando, maquinando, escrevendo, ouvindo música melancólica o tempo inteiro. Daí, então, hoje percebi que me sinto bem... Não dá pra explicar. Lá fora tem muita nuvem azul e anda fazendo o maior sol.
Já não sinto mais aquelas dores de antes. Não choro mais. Não sei o que é dentro, o que é fora. Tá tudo seco. Eu já não sinto nada, o que é ainda pior.
Eu pensei que esse vazio por dentro fosse o limite. Não sabia que poderia existir alguma coisa após isso, além disso.
Gritei, discuti, bati bastante porta. Mas não vale a pena. Hoje, vejo que foi desnecessário. Passei a ter vergonha de mim por essas coisas. Decidi me poupar mais.
Mas não pode ser assim. As pessoas não podem ser vistas como sacolas descartáveis. Usadas e depois jogadas fora.
Não gosto de ouvir as pessoas falando em coisas que não foram, que não deram certo. Penso que a dor é exclusiva minha. Sou egoísta nisso. Gosto mesmo é de ver pessoas felizes, histórias dando certo, olhos brilhando de ansiedade. Eu não combino com isso, sou caso perdido.
Na terça eu já tinha pensado sobre isso, mas só agora decidi que não vou perder tempo me envolvendo com pessoas que não sejam para mim, que não tenham nada a ver. Meu foco agora não é esse.
Sinto muita falta, saudade e um nó estranho no estômago que antes não acontecia. Mas tem uma vozinha dentro de mim, de intuição, me dizendo que devo seguir em frente, não posso voltar atrás, porque já deu e o meu destino agora é esse. Não posso e nem devo tentar mudá-lo.
Fica tranquilo. Não foi nada. Juro. Deu saudade, vontade de ter por perto, de abraçar até não aguentar mais, só isso. Que agora bateu tanta saudade.
Uma vozinha simpática, bem lá no fundo da minha cabeça, continua sussurrando: "não desista, o que é teu ainda está por vir".
E eu não paro de olhar aquela foto no Facebook. Aquela em que você está bêbado, com um sorriso aberto, do lado esquerdo dos seus amigos. Parece que enquanto eu desabo no quarto às três da madrugada, você leva a vida muito bem sem mim.
Então não me leia. Só sei escrever sobre melancolia, histórias que não deram certo, saudade e solidão. Só sei escrever sobre mim.
Não sei exatamente o que eu quero, mas eu sei exatamente o que eu não quero. então, dei um tempo de tudo.Porque eu quero um tempo pra mim, na verdade, eu peciso. Então eu preciso ser minha, e não de alguém. Sem expectativa de pai, mãe, irmão, familia, namorado, cachorro, gato e tudo mais. Talvez ai eu aprenda à me amar
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