Eles se Acham Santos
Abençoadas sejam as noites em que, os desejos sufocados do dia, vem á tona a nossos sonhos e revivem.
Agonizante e sangrando está o coração, sedento e só, nos escombros da dor esperneia, por ter se metido em paixão duvidosa.
Borboleta e flor.
Cálida de esperar
A flor em sacrifício desabrocha
Seu perfume a exalar
Presa ao cale viva e morta.
A borboleta linda e livre
Sai do casulo em vigor inteiro
Suas asas a bater é timbre
Me beija e diz que o amor é verdadeiro.
Mas foi tão rapidamente o beijo
Que minha'alma inda sussurra
Se foi conto ou real o ensejo
Como em sonho se beija na chuva
Você se foi tão depressa
Veio de mim o pólen buscar
Como o arco a flexa arremessa
Embora ao outro não deixe de amar.
Faça este dia ser tão especial, de modo que, o ontem tenha desejo de voltar e o amanhã tenha pressa pra chegar...
Rotina
A rotina dos dias acinzentam a retina dos olhos, que cansada força outra vez o côncavo do olhar, este submete as aspas em volta para um reforço maior, e na tentativa de ver algo novo, feroz, colorido e agradável, criam-se as rugas: aspas contínuas auxiliadoras. Exigente que somos com tudo em volta, criamos pintamos e reformamos na tentativa de ver o belo.
Mas nada disso vem ao caso, quando em paz sonhamos e de olhos fechados nos encontramos, admirados em suspense dentro de nós há um espetáculo, uma beleza diferenciada, e o que seria? Somos nós que dorme e acorda dentro de nós, que se ergue cada dia mais exuberante, experiente, forte e incomum. Somos a beleza extrema da criação, somos semelhança de Deus...
Sinto em cada recomeço um recheio doce de paz com toque de coragem, especialidade do Confeiteiro Eterno que reforça nosso espírito a cada novo dia .
A noite escura que atravessamos, assombrada de gemidos no caminho, requer de nós um contraste de resistência, um revanche de Luz incandescente, num esguincho melodioso.
A simbiose perfeita.
Mar de açoites esverdeado transparente
No céu azul, lençol meio rasgado
Tal juras estelares na expansão quente
Estrela cadente cai no abismo, é passado.
Encontrei uma árvore pássaro na selva, exímia e encorpada. Seus galhos cantavam e folhas pra quê?
As flores voavam, estalos de beijos nas bochechas do céu, seu rubor atiçavam e num instante voltavam.
O deserto desses dias, desenham atividades lúdicas e convidativas, sob miragens dos anceios da alma.
O escuro noturno não se nivela com a cegueira de corações sem fé. Tem estrelas, luar, pirilampos e o luzir no olhar dos gatos.
Conduz nas suas bordas volúveis auroras.
Não podem prender o amor!!!
Se condensa no ar.
Acena pra fora.
Tem asas por dentro.
O melhor a fazer é deixá-lo ir, quando tomar impulso.Visto que nenhuma corrente pode sustê-lo, e permitir que fique espontaneamente, para que na vida misture as cores e defina os sentidos.
Apagar a luz e viajar nos sonhos, para ver a luz de Quem aninhou sua prole debaixo de suas asas misericórdiosas.
Muitos nem viveu o dia, apenas esteve nele, e o entardecer diante dessa agrura decide fazer uma exposição de cores, no desfecho das horas.
Um luar cintilando por cima das cidades separadas, se move, para dar lugar ao sol de um novo dia, sob o controle de Quem retoca cada detalhe.
É CONGRUENTE: Mar e solidão.
O sal flui nas águas e nas lágrimas; frias, mas com a finalidade de queimar.
