Eles se Acham Santos
Mero tempo, mera infâmia da matemática, que mostra que menos nem sempre é subtrair. Às vezes, menos é mais, é adicionar. Perseverando, iluminamos o caminho que, por vezes, omisso, desvela o saber. Assim é a vida: desfragmentar o objeto até seu núcleo, embora o tempo seja o guia que orientacadatraçado.
Destruição, rancor, vidro despedaçado,
um fio de moeda que, ao vento da tristeza, se corrói.
Esse fio de metal, queimado pela fúria do fogo,
torna-se fragilidade, quase papel.
O papel vira cinza, e da cinza retorna à natureza.
A natureza, polissêmica, guarda o rancor de ter perdido,
lança-se aos ventos, e sob os ventos encontra o mar.
Mas o mar não é consolo, apenas abismo.
Ele toma tudo e faz afundar.
Saudade, palavra paroxítona, que ganha vida não apenas no som, mas no sentir. Muitas vezes, é sentida sem ser reconhecida, como o suspiro de um entardecer ou a suavidade de um amanhecer. Uma dor fina e insana, que nas mãos do destino se torna traiçoeira, como um caminho tortuoso que nos leva aonde não desejamos. Saudade é querer abraçar, mesmo sabendo que o tempo parou, que o momento se perdeu e que, por vezes, é preciso esperar sem saber se o que se espera virá. Mas o destino, esse iludido, nos ensina que o fim, muitas vezes, é apenas o começo. Como diziam os sábios, seja resiliente, pois a saudade é uma flor que, bem cuidada, se transforma em consolo, uma velha e sentida paroxítona.
Construir é desapegar do que, como uma mancha, oculta o verdadeiro potencial. Construir é abrir espaço para uma existência repleta de infinitas possibilidades.
Consumismo é o ato em que, sob uma máscara tristonha, o indivíduo, oculto por ela, desdenha de uma visão primitiva de que a felicidade decorre apenas de acumular e possuir poder e desejos. Consumismo não é viver, mas sim desistir dele, empoderado por uma força invisível que não existe, mas que coexiste nesse ser, infligindo danos no ciclo que ambiciona como parasita.
Humilde o suficiente para saber que posso ser substituído, mas maduro o suficiente para me valorizar e saber que não há ninguém no mundo como eu. Deus não faz várias cópias idênticas, mas sim um ser único.
Oh, tempo de união, querido Natal
que chegas como rajada do tempo,
envolvendo a vida em embrulhos:
ora presente, ora passado.
Passado que não retorna,
como o brilho perdido do papel rasgado,
pois a vida, em suas rajadas, transforma-se
no bem que o presente entrega ao futuro.
Oh, querido Natal, que límpido traz alegria,
mas também a eventualidade que o mundo enfeita,
apagando os traços para os novos seres que presenteia.
Oh, querido Natal, que anseio por teu passado,
pelos ecos do que foste e que guardo na alma.
Monotonia que se faz dia,
colorido que revela sonhos.
Arte que mistura os opostos,
e apreciar é, então, absorver essa dualidade.
Se apreciar é absorver, por que o estado é distinto?
Distinto, porque ser colorido é ser alegre, e a alegria é fúria.
Monotonia é ser parcial, sem graça, mas previsível.
Por que, então, o estado da apreciação é tão singular?
Singular porque a arte, em sua mistura,
traz à tona o melhor de cada gesto e emoção:
seja dor, seja amor, a vida, como destruição, é também união.
É preciso harmonia para existir, e destruição para alcançar o ápice desse encontro.
Na vida,você não precisa dar tantas explicações a ninguém. No final as pessoas só entendem o que lhes convém. Sendo assim,contanto que você saiba que você só faz o bem,e que não está aqui para prejudicar a ninguém apenas siga o seu caminho em paz."
Não matarás a nenhum ser humano e a nenhum dos animais, aquele que promove a morte está servindo a Satanás...
A cada amanhecer, defina-se como um gira-sol, não apenas um girassol. O brilho que irradia de você ilumina constelações, e ser apenas uma força guiada pelo sol seria injusto diante da beleza que você traz ao mundo.
A alegria da história se contrapõe ao mero resgate,
Pois alegria não se replica, se cria — com amor e cuidado.
A alegria da história se contrapõe à imitação,
Pois uma máscara não traz de volta a forma original, mas cria uma nova.
Conceber a imitação como verdade é acreditar
Que uma nova vida pode substituir a que foi.
Mas vida e alegria são preciosidades do tempo,
Nem o espaço-tempo consegue recriar.
Se o fizesse, seria uma lembrança regravada,
Que, como fuga, teme uma falha, um erro brusco que cometeu.
Assim, deve viver e o cuidado ser o guia, pois, na pausa do desânimo, pode-se perder
Algo belo como a vida: um simples sopro que dá fim a uma era que se foi.
Ter caráter é quando você se senta na mesma mesa que o Judas e consegue servir a Ele com amor, mesmo sabendo que Ele vai te trair. Não importa quem é o Judas,o importante é quem é você.?
Justiça que irradia, que como foice desafia.
Atormentado, que pelo escudo encontra proteção,
Sente antecipadamente a dor que dilacera — e, talvez,
O próprio prazer de ver a Justiça cumprir sua razão.
Atormentado que, pelo escudo hostil, contempla o vazio,
Escudo que, em tempos, fez o brilho do povo esmorecer,
Frente a uma doutrina que, sob mãos desviadas,
Por vezes, transforma o poder e ofusca a Justiça.
Mas a união constrói o povo,
E no atormentado nasce a força que renova a Justiça,
Conduzindo o poder a um fim mais nobre:
Reparar as falhas e trazer luz onde a sombra tentou se erguer.
Tic tac, o tempo passou,
Tic tac, o tempo nasceu.
Bloom, algo aconteceu, um novo sorriso surgiu,
Conquistas e oportunidades, um ano floresceu.
Tic tac, desafios tornaram-se vilões,
Vilões tornaram-se heróis, e o mundo tornou-se ilusório.
Assim, o ânimo virou comédia, mas o relógio não para,
Segue fluindo na correnteza das decisões e emoções.
Tic tac, os modos reiniciaram, o ciclo mudou,
O ambiente e as pessoas passaram, a nostalgia virou decisão.
Bloom, o relógio quebrou, mas outro tomou o lugar,
Um velho ano findou, para outro começar.
Aglomerado de folhas unidas por um elo,
Papel áspero que, fontificado, as protege.
No início e no fim, se tais palavras descrevem,
Apresento à vista: um caderno.
Um caderno, ou melhor, um diário que, simples,
Traz à lembrança uma época branda,
Quando a riqueza era lenda
Ou, por que não dizer, a liberdade, uma dádiva,
E estudar, uma oportunidade.
Tudo mudou, e com isso, o significado.
Hoje, o caderno é um recurso cuja importância se perdeu.
A riqueza se foi, o significado do significado
Desconfigurou-se. Pois tudo se pode ter,
Mas o porquê de ter não existe;
O para quê se dissolveu.
O altruísmo e a resiliência de outrora
Tornaram-se as lendas de hoje.
Sonhos escaparam dos sonhos para uma realidade medonha,
Onde significar é apenas alinhar-se
A uma linha percebida, que leva ao nada.
Se amar é cuidar, por que deixamos para lá?
Porque amar é se entregar ao futuro ou ao presente.
A decisão é quem vai determinar, o medo do futuro
Pode então nos moldar, tentando fazer do amar pendurar.
Mas o futuro é incerto, caro interlocutor,
E o amor que se põe no futuro pode se desluir.
Assim dizia: por que deixamos para lá?
Se somente o presente pode usufruir e barrar,
Fazendo o amor, agora, se fazer e cuidar.
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