Eis a Razao da minha Vida
Minha eloquência de vida
Estou sufocada... Estou vivendo ilusões... Cultivando erros e frustações. Submergindo em dores... E incertezas.
É fácil olhar de fora e achar que tudo é bem simples... Que não é complexo... Mas, se viveres por um momento as fases dessa minha vida... Carregando todas as culpas... Todos os medos... Todos os anceios... Todas as dores... As incertezas... Com certeza verás que não é facil seguir com tanta bagagem...
Para viver minha vida, custa suportar todas essas frustações e aguentar as críticas que na maioria das vezes não as mereço, e partem de pessoas críticas frequentes que mancham o meu nome e me fuzilam a alma. Eu estou somente cansada... Cansada de todo dia levantar pegar a mesma mala e caminhar sem rumo, sem direção... Com o peso da culpa... Dos erros que se acumulam ao longo do tempo. E esse caminho que é cheio de espinhos parece nunca ter fim e vai deixando marcas em minha alma... Mas é minha vida!!! Eu tenho que vivê-la!
Só que eu cansei, cansei! E todos os dias, antes de dormir, faço minha pequena oração a Deus: "Acaba com essa angústia! Me leva daqui!!!"... Adormeço esperando não mais acordar... E ao raiar do dia vejo que não obtive respostas e me diminuo em lágrimas... E mais uma vez desenho a máscara do "Está tudo bem!" e me visto, subo ao palco para mais uma vez dramatizar uma eloquência de vida: A minha vida.
Alguns podem dizer que se ama de verdade uma vez na vida.
Outros podem dizer que não.
Alguns podem dizer que encontraram a sua alma gêmea.
Outros podem dizer que alma gêmea não existe.
Alguns podem dizer que o mais importante na vida é ter alguém a seu lado.
Outros podem dizer que o mais importante é a sua liberdade.
Alguns podem dizer...
Outros não!!!
Eu posso dizer que te amo todos os dias.
E te provar isso... Pelo resto da minha vida!
EU VIVO A MINHA VIDA!!
As pessoas que vivem em função de outras sempre vasculhando vidas alheias se preocupando tanto com oque as outras fazem que chegam a se esquecer que sua própria esta se esvaindo em lama,e quando se derem conta do tempo perdido verão que todos a sua volta viveram uma vida com histórias fantásticas enquanto a sua própria foi apenas como a de um parasita vegetando em um mundo sem cor...
Por toda minha vida tenho recebido, naquilo que se chama Eu, verdadeiras marcas. Pergunto-me se tais marcas, boas e ruins, me fazem ser o que sou ou se são tudo o que tenho. Se por um acaso, são marcas que a vida me trouxe ou se eu as trouxe à vida.
As vezes me pego pensando que até hoje fui um barco....fui colocado no mar da vida para navegar do meu jeito....enfrentei marés....bonança...ventos de popa...ventos de proa...fui avariado....quase afundei....me remendei e continuei minha viagem....passei por muitos portos...alguns fiquei apenas uns dias...em outros fiquei meses....noutros fiquei anos....ganhei e perdi amigos....ganhei e perdi amores...mas minha viagem tem que continuar...não sou mais forte como antes...nem navego com tanta rapidez....as poucas velas que tenham já não são da mesma cor....desbotaram....vou jogar minha âncora neste porto seguro que estou agora...pois acho que deus o colocou no meu caminho para que eu encerre minha viagem por aqui....Deus sopra o vento para onde ele acha que seremos felizes.
Influenciando minha vida
Escutava as histórias interessante do papai e algumas chatas da vovó, cheias de novidades da titia ou repetidas da mamãe, todo mundo gostava de conversar comigo e contar causos e eu aprendia muito com o que ouvia.
Um dia percebi que as diferenças não desaparecem, ao contrário só crescem, um dia percebi que meu esforço e motivação nem sempre era visto, um dia percebi que o mundo vai mal, que a saúde é desumana, que eu devo escolher entre ser livre e ser espontânea.
Cada pessoa é uma caixinha preenchida ou com vazio existencial, muita notoriedade desperta inveja, muitas coisas que nos influenciam a gente só percebe depois, temos um otimismo no passado, mesmo que o passado não tenha sido tão maravilhoso assim, são tantas indiferenças.
O mundo está precário, são tantas possibilidades, tantas tecnologias, tantas substituições, porém sem singularidade, sem preocupação com as doenças emocionais, sem amor, sem reciprocidade.
Talvez eu esteja parecendo grosseira, arrogante, vulgar ou qualquer adjetivo que queiras me chamar, mas as referências que me fizeram pensar desse jeito foram muitas, inclusive com a sensação de usar máscaras para cada momento como se estivéssemos interpretando ou buscando a felicidade de alguém.
Podemos parecer bondosos sem ser e até boba sem ser também, podemos ter razões para sermos felizes ou potencializar nossos pensamentos letais, podemos ir e vir com propósitos ou sem.
Podemos expandir conhecimentos ou fixá-los na parede em forma de diploma, determinando que no passado eu estudei a disciplina e me achando muito competente sem as atualizações e por cima resmungando em baixo tom um "não se meta comigo".
Também passamos pelo processo de sofrimento com ou sem dignidade, com fontes incansáveis de prazer nas compras, na bebida, na comida. Ao longo do tempo a gente se modifica e reconstrói, sem o ar de ofendida, sem inúmeras horas de insônia, sem entender os por quês da vida.
Tomamos decisões nem sempre aceitas no âmbito familiar, fazemos um exercício elegante de não discutir em vão, trocamos alguns amigos que nos acompanham desde a infância, mudamos de prioridade, tentamos levar vantagem nos fazendo de vítimas.
Às vezes intimidamos e somos chatas, temos nossas motivações e desencantos, nem sempre nos aceitamos, ora somos influenciadas, ora influenciamos.
Chorava todos os dias.
Pensava que que não tinha escolha me trancafiar em casa.
Para mim era a salvação.
Há quartos no coração com vista para alma, lugares reservados para as pessoas que traçaram seus caminhos perto de minha vida, não importa o lugar onde estejam neste exato momento, as levo comigo no meu caminhar.
Sabe como eu vejo a minha vida? Muitos pensam que a vida é um sonho, onde tudo é belo e maravilhoso, outros pensam que é um sofrimento sem fim, onde um dia sempre será pior que outro. Eu vejo diferente, penso q minha vida seja como um livro onde eu mesmo escrevo minha história, onde passo momentos felizes, e momentos tristes, onde vejo meu passado e planejo meu futuro, onde passo por conquistas surpreendentes e ao mesmo tempo me sinto tão derrotado, ao ponto de me sentir o ser mais inútil, já existente neste mundo. Um livro onde me deparo, a todo instante, com caminhos diferentes, escolhas que somente eu posso fazê-las, que somente eu, tenho o poder de mudar completamente o fim de tudo. Ai, o que faço? Escolho o melhor caminho ou talvez o que penso ser o melhor. Infelizmente, como um livro, nem sempre acertamos e o que era para ser um “mar de rosas” se torna um “filme de terror, traição e sofrimento”. No livro da minha vida, passei por muitos desafios, por muitas aprovações. Porém todas estas eu venci, apreendi a superar ou talvez a conviver com elas. Apreendi a sempre ter a humildade em reconhecer meus erros e a ter a sabedoria de não esquecê-los, usando-os como esteio para me sustentar nos instantes de dor. Apreendi que pessoas são o que querem ser, são falsas e perfeitas atrizes, mas também são amigas e verdadeiras. Apreendi o mais importante, no livro de minha vida as paginas às vezes são curtas, às vezes são muito extensas, contudo uma coisa é certa, as linhas das paginas acabam e a história termina. Então passarei por tudo que tenho que passar e não fraquejarei, pois tenho meu Deus ao meu lado, me mostrando o caminho e me sustentando nos momentos difíceis.
Meus 15 anos!
Eu sempre me senti diferentes das outras garotas. Não mais bonita, nem mais feia, só diferente. Nunca gostei de maquiagem, quando usava me sentia o curinga personificado. Minha moda? Eu mesma criava o meu jeito de me vestir. Saltos? Nunca gostei, eu preferia All Star. Roupas com decote? Eu passava longe!
Eu estudava em uma escola de tempo integral - Escola Estadual de ensino integral Emanuel Rosa Sales. Meu tempo de escola não era diferente desses famosos clichês que passam nos filmes: "Garota bonita vs Garota feia".
Bruna, é uma daquelas garotas que todos os meninos são loucos para "pegar". Realmente linda e atraente, mas posso dizer que tinha muita beleza e pouco conteúdo. Eu era exatamente o oposto dela. Enquanto os garotos faziam fila para namora-la, eles também faziam fila para fugir de mim.
O meu primeiro e tão sonhado beijo, aconteceu com um garotinho da escola, que tinha por nome Pedro. Eu estava feliz, cheguei a pensar que ele e eu namoraríamos (quanta inocência)... Depois de alguns dias trocando beijos e acreditando que estávamos juntos, Pedro me deu um belo fora dizendo:
- Não posso mais ficar com você, meus amigos estão me zoando e falando que estou namorando uma garota que parece menino.
Eu chorei muito ao ouvir aquilo, eu tinha apenas 13 anos e não entendia porque insistiam em me rotular gay.
Comecei a perguntar a mim mesma se aquilo era resultado do modo como eu me vestia ou talvez o jeito masculino como eu andava (eu já tinha ouvido alguns colegas dizendo que eu não sabia rebolar e andava de um jeito masculino. Eu nunca imaginei que existia regras na forma de andar, onde diferia homens de mulheres.) Talvez a minha falta de feminilidade tenha contribuído em toda essa construção pejorativa que as pessoas tinham com a minha aparência.
Um dia almoçando sozinha na escola, sentou uma garota na minha mesa (de nome Nicole) para me fazer companhia. Isso raramente acontecia... Ela me tratou bem como há muito tempo não acontecia, disse que entendia tudo que eu estava vivendo pois também passou pelo mesmo ao se assumir.
Fiquei brava por ela ter agido como se eu também fosse lésbica. Levantei furiosa e fui embora pra minha sala deixando o almoço quase intacto na mesa. Sentei na minha cadeira e comecei a refletir que talvez aquela menina tenha sido a única que me tratou bem, não se importando com o que falavam sobre mim. E se eu tinha tanta raiva daqueles que me julgavam, porque logo eu iria julga-la? Voltei ao pátio e olhei em volta para encontra-la e fui até onde ela estava para me desculpar.
Ela desculpou-me e se tornou minha melhor amiga. Quando alguém zoava a gente nos chamando de lésbicas ela sabia exatamente como nos defender, até parecia que ela acostumou com aquilo ao ponto de ser mais forte e pouco a pouco ela me ensinava a ser forte também.
Depois de um tempo esse tal menino - o Pedro - começou a me zoar com os demais amigos... Me chamava de "Maria macho", "sapatão" e uma série de coisas desse gênero. Eu chorava e tinha vergonha de ir a escola. Eu implorava que minha mãe me tirasse de lá, mas ela inocentemente achando que era preguiça de estudar, não atendeu meu pedido. Eu comecei a rezar que a convivência na escola melhorasse, mas tudo só piorava, passei a ter medo de me aproximar das pessoas e chorava quase sempre que estava sozinha.
Eu comecei a cair em uma depressão enorme. Piorando eu morria de medo de falar para minha mãe o que estava acontecendo. Eu tinha medo que ela também achasse que eu era lésbica. (eu era só uma garota de 13 anos sentindo-se só).
Os boatos sobre minha sexualidade se espalharam e logo todos os alunos e alguns professores já estavam sabendo da história e tomando essa mentira como uma verdade absoluta. Eu me afundava a cada dia em uma solidão absurda dentro de mim. E sempre quando me viam chorando nos cantos da escola, afirmavam que era vitimismo para chamar atenção.
Tentei me afastar da Nicole para diminuir os boatos, mas sem ela a escola era ainda mais difícil de suportar. Nossa amizade só crescia e os boatos de que estávamos namorando se espalhou pela escola.
Em uma manhã de quarta-feira fui ao colégio, mas não tive coragem de entrar na sala de aula. Eu tive fobia/medo daquelas pessoas que se diziam meus colegas. Covardemente desisti de entrar na sala e segui de uniforme, livros e mochila até a saída para tentar ir embora da escola, mas infelizmente os portões já haviam sido fechados e eu em uma atitude desesperada para não entrar na sala, segui em destino ao banheiro do vestiário feminino. Fiquei lá por quase 4 horas sentada no chão do banheiro, por mais desconfortável que fosse, era melhor para mim que entrar na sala.
Na hora do intervalo um grupo de meninas da minha sala entraram no vestiário para retocar a maquiagem antes de irem almoçar. Ironicamente notei que o assunto da conversa era sobre mim. Elas falavam em alto e bom som, para que quem entrasse naquele banheiro pudesse ouvir que os diretores deveriam expulsar-me, pois pois era inaceitável um namoro lésbico na escola. Todas caiam na risada, pareciam contar a mais engraçada de todas as piadas.
Abri a porta do banheiro e com toda a raiva que eu estava sentindo, empurrei uma delas contra o banco do vestiário. Por ironia, era a Bruna. Mas meu ódio me cegou e não consegui parar de machuca-la, suas amigas tentaram separar a briga e chamar socorro, mas até lá eu já tinha feito um estrago no rosto dela.
Fui suspensa após isso e quando finalmente voltei à escola minha vida se tornou um inferno ainda pior. Bruna começou a espalhar boatos mentirosos sobre mim, afirmava aos quatro cantos da escola que me viu beijando uma garota e eu havia batido nela para que ela não falasse a verdade sobre mim.
E enquanto pessoas como a Bruna e o Pedro se voltaram contra mim, a Nicole se aproximava cada vez mais e me fortalecia.
O tempo foi passando e eu acabei me encantando por aquela garota. Me encantei por ela e não por ser uma menina. Acabei me apaixonando pela forma que ela me cuidava e me protegia do mundo. Eu não sei se nasci lésbica ou se me tornei devido as circunstâncias, mas até hoje não me arrependo.
Parei de me importar com o que as pessoas falavam sobre mim e passei a ter orgulho de quem eu era. Tomei coragem e me assumi para minha mãe que, graças à Deus, me aceitou bem. No início eu tinha receios de assumir até a mim mesma, mas depois que eu me aceitei vi que minha sexualidade não me fazia menos que as demais pessoas.
Fomos o primeiro casal lésbico da escola. Era algo novo e inusitado, após isso muitos outros casais gays começaram a assumir também.
Ao me assumir, uma porção de barreiras difíceis começou a surgir para que eu quebrasse. Eu era vítima de preconceito constantemente. Até daqueles que deveriam nos defender. Acabei sendo obrigada a mudar de escola após uma conversa de diretores com minha mãe. As pessoas não aceitavam e parecia que a minha sexualidade desmoralizava a todos.
Pessoas se afastaram e deixaram de ser meus amigos, no início não entendia o que estava acontecendo comigo. Eu era uma menina como todas as outras, a única coisa diferente era o que eu trazia no meu coração. Mas desde quando a minha forma de amar muda quem eu sou?
(...) ANOS PASSARAM
Deixei de ser a menina assombrada, para me tornar a mulher destemida. Concluí o ensino médio e iniciei a faculdade de Psicologia.
Um certo dia vindo da faculdade, encontrei uma garota desolada, com a cabeça baixa, sentada em um banco na rodoviária. A faculdade é em uma cidade vizinha, então fazia parte da minha rotina descer do ônibus na rodoviária e ficar na espera da minha mãe ir buscar-me.
Já era tarde e não tinha quase ninguém na rua, era por volta de quase onze e meia da madrugada. Me aproximei e quando a tal garota levantou a cabeça, vi que se tratava da Bruna. Nesse momento eu gelei, fiquei paralisada e sem ação.
Ela tentou ignorar a minha presença, continuando sentada em um banco, tentando abafar o choro. Creio que se sentiu intimidada. Tentei me aproximar, porém eu estava com certa vergonha. No fundo eu sentia muita mágoa, raiva e desprezo ao lembrar de tudo que ela me causou anos atrás, mas ir embora e deixa-la para trás naquele estado me traria peso na consciência. Já era tarde e seria perigoso para qualquer garota ficar ali naquele horário sozinha. Insisti para que ela se abrisse e eu pudesse entender o motivo do choro. Mesmo com muito medo que ela me tratasse mal como tratou em todas as vezes que cruzamos.
De início ela me tratou mal e disse que eu estava tripudiando da tristeza dela. Ela implorou para que eu me afastasse, mas eu fui insistente. A verdade é que ela estava insegura, achando que eu estava ali para me engrandecer com sua dor.
Sentei ao seu lado no banco em que ela se encontrava e disse:
- Eu não quero te fazer mal, se o destino fez que a gente se encontrasse a essa hora, talvez fosse mesmo pra ser assim, do contrário, as forças superiores teriam enviado uma daqueles suas amigas do ensino médio. - Rimos juntas.
Ela começou a chorar e me abraçou, fortemente como se fosse um pedido de desculpa por ter durante tanto tempo me perseguido. Creio que a minha piadinha fora de hora sobre ensino médio tenha despertado tais lembranças nela.
Ela ainda presa no meu abraço, contou-me que acaba de ser expulsa de casa e o motivo era sua sexualidade. Eu fiquei surpresa. Puts! Sempre imaginei ela héterosexual e agora essa revelação, caramba me pegou realmente surpresa. Ela chorava mais que antes e me pedia desculpa por tudo que me causou e me abraçou ainda mais forte.
Quando minha mãe finalmente chegou para me apanhar da faculdade, eu expliquei toda a situação e pedi permissão para leva-la para dormir aquela noite em casa.
Minha mãe respondeu algo que me fez agradecer aos céus por ter a sorte de ter nascido daquela mulher:
- É claro que pode Lanny. Algumas vezes na vida, nós pais tememos tanto que nossos filhos sofra, que brigamos para que eles sigam um caminho que a nossos olhos seria menos doloroso. Talvez seus pais só esteja com medo de tudo que você vai enfrentar pela sua sexualidade. No início eu também agi assim, mas depois me preocupei em não der para minha filha um exemplo dessas pessoas que não se importam com com a felicidade. Nós as vezes buscamos tanto o melhor para nossos filhos e esquecemos que o melhor nem sempre é o caminho mais fácil e sim o caminho que mesmo difícil os fazem mais felizes. Eles vão te aceitar Bruna, é questão de tempo até que eles vejam a filha maravilhosa que você é.
Naquela noite e por mais alguns meses Bruna passou a dormir em minha casa. Esquecemos sobre o passado e firmamos uma amizade forte. Hoje somos quase como irmãs. Após alguns meses sentindo na pele o peso da rejeição e do preconceito ela foi finalmente aceita por seus pais e hoje é namorada de uma garota linda que costumo chamar de cunhada.
Não sei se dá pra tirar uma moral dessa história, mas se desse seria: O mundo gira e as pessoas que hoje você oprime, amanhã pode ser uma das poucas que vai te estender a mão quando precisares.
Repentinamente me vejo sendo outra vez aquela garota de quinze anos. Isso é tão assustador!
Me vi presa outra vez dentro de mim mesma, com medo de sair do quarto e viver. Parece tão louco me sentir assim. Eu sempre me achei/pensei ser tão segura de mim mesma.
Me sinto de mal com o espelho, quando fico diante dele vejo um reflexo errado de mim. Por mais louco que seja, ele mostra a imagem de uma garota de quinze anos chorando, mas eu sou uma mulher. Ele deve estar refletindo errado ou sera o reflexo da minha alma?
As pessoas me olham, mas sinto que são sempre olhares focados para as minhas "imperfeições" e nunca olhares de admiração. Eu já desisti de conhecer novas pessoas por vergonha da minha aparência, recusei alguns encontros por puro medo do que os outros pensariam de mim depois de me conhecerem a fundo.
Sei que muitas pessoas não entendem meus sentimentos, minhas escritas, minha palavras. Mas a confusão dessas palavras combinam com meu excesso de sentimentos confusos. Sou tão de mal comigo mesma que me recuso a pensar na ideia de alguém me ver com bons olhos... É como se fosse impossível na minha cabeça.
Cinco anos passaram e a garota de quinze anos ainda não morreu dentro de mim. Ela continua chorando e se sentindo abandonada nesse mundo onde só parece caber pessoas de boa forma e pouco conteúdo.
Gosto de pessoas que buscam despir não só meu corpo, mas minha alma também.
Não acho que minha vida seja um desperdício, e não me arrependo de nada, minha vida sempre foi repleta de coisas idiotas, momentos idiotas. E eu dou valor em cada um deles.
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