Educação e Valores Morais
Os olhares possuem beleza, porém, todos tem um significado. Saiba qual usar, e qual está olhando para você.
Faça uma festa, celebre você, quem você é ou o que quer, não use seguranças, não barre ninguém, deixe que os penetras entrem ... mas, não permita que ninguém estrague sua festa!
Antes do rótulo de qualquer religião, há o rótulo de humanidade. Então, não se esqueça: humanos erram, mas também acertam.
Eu gostaria de consertar todos os meus erros, mas não posso. Então tenho tentando conviver com as escolhas que eu fiz. Não tem sido fácil, mas, uma hora, tenho certeza de que tudo se ajeitará novamente. É nisso que eu acredito. E é isso o que me mantém estável.
"O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são as nossas certezas. Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios no pouco que pedimos da existência. E não percebemos a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando."
Na Velhice/ no Outono/ na Saudade
Ainda trago ao pé de mim
aquela mulher ao meu lado.
Deus, como foi rápido,
cada olhar sem rumo e disfarçado
os beijos ardentes como febre de outono.
Outrora desses anos todos que passaram
carrego no meu interior
a única mulher que eu amei.
Tive muitas outras
uma por noite
duas por noite
três
quatro
outras por meses
até anos longos e duráveis
mas aquela, nunca se apagou da minha vida,
nem nunca vai.
Não tive chance de ter mais dores com ela
ajudá-la em suas necessidades,
diversas tristezas e calamidades.
Ela está ai, anda por ruas estreitas
por entre cidades pequenas.
Sei que viaja, cuida dos filhos
se resguarda, bebe vinho no natal
faz dieta e lê bons livros
poupa-se do cansaço da mulher
e lembra,
às vezes lembra.
Talvez todas as noites
ou intervalos de meses
anos,
até décadas
Meu Deus, isso é muito tempo
mas ela lembra.
Não se lembra de mim em si,
porém do sol diferente
que brisava seu rosto pequeno.
Pai! Como eu ainda lembro
daquela pinta na bochecha
no corpo tão pequetito, e tão sereno.
Lembra-se dos chocolates, das flores
dos jantares fulminantes e estrelados.
Voltávamos e eu virava a esquina errada
só para continuar mais tempo a andar com ela.
De quando eu chorava ao deixar ela em casa
na vigia da lua e dos anjos.
Eu não me esqueço, como eu não me esqueço
do amor que virou arte nos ares
nos cafés que frequentamos,
das trufas que comemos
dos ursinhos de pelúcia
no cinema,
das horas esquecidas ao telefone
eu nem olhava para o relógio.
Das diversas vezes que levou as roupas à costureira
para remendar os rasgos que eu havia dado
na noite anterior.
E de quando ela me chamava de: "louco",
o meu "louco".
A vida? A vida passa por ai,
despercebida e calada.
Não dá o menor sinal de aviso
ela anda nas pontas dos pés
de mansinho, a cada dia que nasce
a cada sol que aparece
como que se voltasse de uma festa
e a vida, um dia fica nessa festa que não tem hora pra acabar
chamada mundo.
Hoje, já se passaram sessenta anos
sessenta e poucos anos, confundo os números,
que o meu amor foi embora.
não sei ao certo
estou velho
meus cabelos brancos não me deixam mentir.
O que eu diria se ele estivesse na minha frente agora?
- Diria o tanto que eu ainda a amo.
Palavras que me abalam profundamente.
Porque são palavras que eu nunca disse.
Por que sentes dor?
Não sei! Se eu fosse detentor deste conhecimento, ia lá no fundo,
lá no motivo inicial, o ponto de partida
e entenderia sem pestanejar o porquê de tudo isso.
Entenderia, não com a intenção de findá-la ou
retirá-la com as mãos da terra que é meu corpo
arrancando com raiz, caule, verme e pétalas
mas sim para afrontar os meus medos e desejos
e descobrir o motivo no qual escrevo
e entro em seguida no desespero.
Porém, este entendimento, tenho pavor em conhecê-lo.
Posso deixar de poetizar pelo simples fato
de ter elucidado a causa mais íntima,
que briga submersamente para que permaneça no anonimato,
e só saia em forma de poesia.
É por isso que tenho essa dor crônica
pelo fato de que eu nunca me esforcei para encará-la de frente.
Não tenho a pretensão
de ser sabedor do motivo pelo qual dói
e em seguida olhar o medo que tanto me encoraja
e saciar o desejo que tanto me impulsiona.
Desde modo, nunca conseguirei responder essa pergunta.
Minha dor é dos papéis e das declamações
minha dor é relógio na madrugada que fofoca às almas
os nuances sobre o dia dos vivos
é linguajar popular acessível a todos.
Minha dor é um código indecifrável de palavras
que não perco tempo em decifrá-lo
apenas em escrever o que é necessário
para que essa dor continue a pulsar forte
e me inspire até o dia em que eu for embalsamado.
Brincadeira de Hora em Segundos
Lá, lá atrás do tempo
criou-se um descontento
Isso? Há muito me lembro
pungir o vento,
nas costas das horas
que estavam distraídas lendo.
Não sei se gostavam
porém achavam-se atentas
pararam até os ponteiros
que todos os dias andam pela sala,
passam pela cozinha
pelo quarto, voltam pra sala, e sentam.
Os números que formam o dia e a noite
o nascer e o crepúsculo
pairavam no ar escasso e cortante
e usavam grandes óculos escuros
em cima do muro,
comiam um maduro fruto
olhando o poço fundo
do mundo.
com os olhos vendados
filtravam o brilho deste tempo
o tempo rodante,
no espaço barulhento
o tempo passado, o tempo pequeno
desesperado e frêmito
por atrás deste paciente poema lento.
O Visto Eterno
Te amo infinito
no coração afinco
dentro do corpo nutrido
e pela alma, excluído.
Tudo excluído
foi tudo perdido
o passado era aquilo
um dia partido
na surdez do ouvido.
Quando te vi
foi lindo,
inventou o calor
que eu não elimino
até agora zelado
por anos, mantido.
Neste tempo promíscuo
sonhei em beijar-te a boca
com o lábio mordido
por dente de mimo.
Sua roupa em alinho
o sangue na veia
permeia o seu rio
corre líquido mítico
me dê vida
em sede de bico.
Agora, pode chegar
o dia de ir, não vivo
nem uma hora a mais
nem menos que isso
por motivos próprios
por dentro, há sinto.
Medo de Cores
Há noites no qual sinto vontade
de me trancar em um quarto de hotel
e suicidar com o meu próprio medo.
Por causa do tempo isolado,
longe de tudo e pelo desajeito
ao deparar com algo branco, afastado
feito para inventar uma passagem do inócuo dia.
Uma forma concreta, um quadro
e nele pintar um sentido reto de linha
para criar de passo em passo
uma obra de arte, a vida.
Lavra as Almas
No início da fria madrugada
ao telefone com a minha amada
e ela com sono já despedindo
a disse que algo bom estava vindo.
Acalme-se coração apressado
há tanto tempo no relógio a rodar.
O dia no céu permanece guardado
em vem a chuva pra gente se amar.
O barulho por nós admirado
no momento em que tudo era são
criou-se um aconchego desejado
a orquestra do amor havia tocado,
enquanto as árvores balançavam
e batiam os galhos ao invés de mãos.
Milênios e Séculos, Dias das Horas
Meu amor por você é milenar.
Veio lá de trás
quando nada existia
e tudo começava a se criar.
O graveto e a pedra mordiscar,
as árvores ainda não eram plantadas
não se precisava de paz
nem correr por medo do tempo.
As águas agrupavam-se ainda
por debaixo da terra,
se preparando para formar os rios
e os mares.
A chuva não castigava,
deslizava sobre as primeiras gramas
verdes, destacadas do cinza
das tempestades arqueológicas.
Nosso amor, apareceu bem antes
do primeiro arco-íris
e no final dele colocou o lendário ouro tilintante,
com um trevo de quatro folhas
atrás da orelha.
Esse amor partiu do nada,
do branco intato.
Nem era escrito em poesias.
Eu e você nem existíamos.
Os romances nem pai e mãe tinham
e as quatro estações estavam indecisas entre si.
Inventou ditados populares
e até pintou com Da Vinci
Que amor é esse?
Dono de tudo
dono do passado,
do presente
e do futuro.
Dono de mim
malandro que sou,
honesto vagabundo.
De você minha dama
do olhar profundo
para esse que rege com mão de ferro
todos os meus desejos astutos.
Nosso amor, alimentou o primeiro
caso de fome da história mundial.
Chorou por ver guerras,
caminhou a passos, ora largos, ora estreitos.
Já pensou em desistir de nos encontrar
até já voltou bêbado a pé de outro continente
colhendo flores dos jardins alheios e imaginários,
se esperançou ao ver uma criança nascer.
Não quero entender esse amor
que já viveu de tudo neste terreno instável.
Quero apenas sentir a cada momento
a sua existência anormal e inexplicável
e ver que ele ainda acredita em Deus
nos homens, na natureza
em nós, seres amados.
Não ignore este amor que durou
séculos e séculos de vida
nas linhas das páginas dos anos.
Se ele andou sozinho
todo esse tempo,
enfrentou a velhice com suas dificuldades
e preconceitos,
não foi à toa.
Tartamudo e irreverente
sorriu para todos os lados
e hoje estamos deitados
no ápice da intimidade
com os prazeres a flor da pele,
na cama aquecida,
esperando cada segundo girar
bem devagar
como se fosse um desespero do fim.
Sei que na lápide ele não se encerrará,
continuará em outro lugar
mais denso, junto com nós dois
de mãos dadas e eternos
direcionados por anjos serviçais.
Nosso amor viverá
conosco, no céu de lá.
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