E nos teus Olhos que me Perco
É estranho olhar para as estrelas e ve-las brilhando como seus olhos...As vezes penso que te esqueci mas quando chega a noite que olho para o luar, vejo seu rosto estampado na lua a brilhar... Nunca pensei que um amor tão maltratado tivesse tanta atenção assim,talvez seja por isso que você nem olha pra mim,saibas que a gente so colhemos o que plantamos!!!Eu planto amor,mas so estou colhendo rancor,voce que plantou rancor está colhendo o meu amor...Eu tenho tento tanto entender a vida mas quanto mais eu tento,mais eu me complico,Plantei amor e so colhi rancor!
Agora quero saber o que o destino vai fazer comigo!!!
Ela: Quando olho nos olhos dele, vejo todo o meu mundo em minha frente, mas não quero falar pra ele. Tenho medo de irritá-lo, perder a amizade dele.
Ele: Queria tanto dizer a ela, nesse momento, olhando nos olhos dela, o quanto a amo e sempre a quis. Mas vai que eu perco a amizade dela? Eu não saberia viver sem ela, não mesmo.
Ainda há tempo, feche os olhos, só o amor pode guiá-lo para casa. Derrube as paredes e liberte sua alma.
Guardar-te-ei em uma caixinha, com seus sorrisos de olhos, sua pele de nuvens e seus cachos de cetim para que seu primeiro beijo seja eternamente meu
O que os olhos não vêem
Havia uma vez um rei
num reino muito distante,
que vivia em seu palácio
com toda a corte reinante.
Reinar pra ele era fácil,
ele gostava bastante.
Mas um dia, coisa estranha!
Como foi que aconteceu?
Com tristeza do seu povo
nosso rei adoeceu.
De uma doença esquisita,
toda gente, muito aflita,
de repente percebeu...
Pessoas grandes e fortes
o rei enxergava bem.
Mas se fossem pequeninas,
e se falassem baixinho,
o rei não via ninguém.
Por isso, seus funcionários
tinham de ser escolhidos
entre os grandes e falantes,
sempre muito bem nutridos.
Que tivessem muita força,
e que fossem bem nascidos.
E assim, quem fosse pequeno,
da voz fraca, mal vestido,
não conseguia ser visto.
E nunca, nunca era ouvido.
O rei não fazia nada
contra tal situação;
pois nem mesmo acreditava
nessa modificação.
E se não via os pequenos
e sua voz não escutava,
por mais que eles reclamassem
o rei nem mesmo notava.
E o pior é que a doença
num instante se espalhou.
Quem vivia junto ao rei
logo a doença pegou.
E os ministros e os soldados,
funcionários e agregados,
toda essa gente cegou.
De uma cegueira terrível,
que até parecia incrível
de um vivente acreditar,
que os mesmos olhos que viam
pessoas grandes e fortes,
as pessoas pequeninas
não podiam enxergar.
E se, no meio do povo,
nascia algum grandalhão,
era logo convidado
para ser o assistente
de algum grande figurão.
Ou senão, pra ter patente
de tenente ou capitão.
E logo que ele chegava,
no palácio se instalava;
e a doença, bem depressa,
no tal grandalhão pegava.
Todas aquelas pessoas,
com quem ele convivia,
que ele tão bem enxergava,
cuja voz tão bem ouvia,
como num encantamento,
ele agora não tomava
o menor conhecimento...
Seria até engraçado
se não fosse muito triste;
como tanta coisa estranha
que por esse mundo existe.
E o povo foi desprezado,
pouco a pouco, lentamente.
Enquanto que próprio rei
vivia muito contente;
pois o que os olhos não vêem,
nosso coração não sente.
E o povo foi percebendo
que estava sendo esquecido;
que trabalhava bastante,
mas que nunca era atendido;
que por mais que se esforçasse
não era reconhecido.
Cada pessoa do povo
foi chegando á convicção,
que eles mesmos é que tinham
que encontrar a solução
pra terminar a tragédia.
Pois quem monta na garupa
não pega nunca na rédea!
Eles então se juntaram,
Discutiram, pelejaram,
E chegaram à conclusão
Que, se a voz de um era fraca,
Juntando as vozes de todos
Mais parecia um trovão.
E se todos, tão pequenos,
Fizessem pernas de pau,
Então ficariam grandes,
E no palácio real
Seriam logo avistados,
Ouviriam os seus brados,
Seria como um sinal.
E todos juntos, unidos,
fazendo muito alarido
seguiram pra capital.
Agora, todos bem altos
nas suas pernas de pau.
Enquanto isso, nosso rei
continuava contente.
Pois o que os olhos não vêem
nosso coração não sente...
Mas de repente, que coisa!
Que ruído tão possante!
Uma voz tão alta assim
só pode ser um gigante!
- Vamos olhar na muralha.
- Ai, São Sinfrônio, me valha
neste momento terrível!
Que coisa tão grande é esta
que parece uma floresta?
Mas que multidão incrível!
E os barões e os cavaleiros,
ministros e camareiros,
damas, valetes e o rei
tremiam como geléia,
daquela grande assembléia,
como eu nunca imaginei!
E os grandões, antes tão fortes,
que pareciam suportes
da própria casa real;
agora tinham xiliques
e cheios de tremeliques
fugiam da capital.
O povo estava espantado
pois nunca tinha pensado
em causar tal confusão,
só queriam ser ouvidos,
ser vistos e recebidos
sem maior complicação.
E agora os nobres fugiam,
apavorados corriam
de medo daquela gente.
E o rei corria na frente,
dizendo que desistia
de seus poderes reais.
Se governar era aquilo
ele não queria mais!
Eu vou parar por aqui
a história a que estou contando.
O que se seguiu depois
cada um vá inventando.
Se apareceu novo rei
ou se o povo está mandando,
na verdade não faz mal.
Que todos naquele reino
guardam muito bem guardadas
as suas pernas de pau.
Pois temem que seu governo
possa cegar de repente.
E eles sabem muito bem
que quando os olhos não vêem
nosso coração não sente.
Menina dos olhos de mel...
da pele morena e de riso sereno...
de onde apareceu? Veio do céu...
culpado culpido que me fez sentir,
uma vontade de perto de vc está,
mas mal sabe ele que o que eu queria mesmo,
era em vc poder provocar vontade de perto de você ficar...
O que eu não pensaria de bom sobre vc...
pois só o que eu consigo ver
é a beleza em seus olhos e a alegria em seu sorriso...escrevo por seus olhos
e escrevo por sua beleza,
mas escrevo principalmente pelo o que você é, pois sua beleza não seria beleza,
se primeiro não viesse o que você é como pessoa....
Mulher, Reencontre-se
Você já se olhou hoje? Não com os olhos cansados da rotina, não com a pressa de quem se esqueceu no espelho. Mas com a alma, com o cuidado de quem merece ser vista?
O tempo pode ter levado sua leveza, a vida pode ter apagado a poesia dos seus lábios, mas nunca, jamais, tirou sua beleza. Porque beleza não é sobre medidas, não é sobre idade, não é sobre o que o mundo insiste em dizer. Beleza é sobre presença. E você ainda está aqui.
Dentro de você há uma mulher que pulsa, que sente, que um dia sonhou e que talvez tenha esquecido como se reconhecer. Mas eu vejo. Vejo no brilho sutil dos seus olhos, no gesto delicado das suas mãos, na força que carrega mesmo quando pensa que não há mais nada.
Se permita olhar para si com gentileza. Se permita se enxergar além das marcas do tempo, além do que te disseram que você deveria ser. A mulher que você busca nunca foi embora. Ela apenas espera ser chamada de volta.
E quando você se encontrar novamente, prometo: você vai se surpreender com quem sempre foi.
Infinitos em Mim
Fecho os olhos e sinto,
dentro de mim, infinitos.
Há uma canção não cantada,
um soneto nunca escrito,
versos que se constroem no silêncio,
frases soltas que bailam no vento.
Uma coreografia à espera da melodia,
uma dança que aguarda nossos passos.
Nem tudo o que carrego em mim me pertence,
não posso guardar—preciso encontrar destinos.
Em mim, carrego também muitas faltas,
daquilo que precisa urgentemente me achar.
Não há possibilidade de ser feliz sem me permitir,
sem me deixar ser—em mim, me encontro.
Respiro fundo, tão fundo,
que me perco na imensidão.
Não compreendo—sou tão pequena, mortal.
Como não transbordar?
Quantos infinitos cabem em mim?
Lembro-me: não sou deste mundo,
apenas passo,
uma estação, um instante.
Mas tenho urgências—
meu tempo escorre entre os dedos,
e cada instante é um reflexo de mim.
E no vazio, cheia de infinitos, sou.
Buscando me permitir ser.
Entre Silêncios e Vestígios
Há um peso que carrego, invisível aos olhos alheios, mas constante em cada batida do meu peito. Vivo entre olhares que não compreendem, sorrisos que escondem cansaço e palavras que jamais alcançam a profundidade do que sinto. A cada dia, tento organizar a mente, colocar sentimentos em ordem, enquanto o mundo espera uma versão minha que já não existe.
Não busco atenção, nem aplausos. Apenas a compreensão de que existir, para mim, é um esforço silencioso e contínuo. Já gritei em silêncio, já falei com o olhar, já tentei expressar-me pelo gesto, pela imagem, pelo texto, e mesmo assim muitos passam sem perceber. Alguns dizem que não sabiam, outros desviam o olhar, e o que resta é o eco de uma presença que luta para ser sentida.
Às vezes, desejo apenas descansar, me desligar do peso que se acumula sem solução, anestesiar a dor sem deixar de existir. Não se trata de desistir da vida, mas de sobreviver à intensidade de sentir tudo em excesso. É um cansaço que ninguém vê, uma batalha invisível que consome e exige resistência.
Sei que posso tocar alguém, mesmo que seja só um coração. Um gesto silencioso, uma mão estendida, um olhar que acolhe sem julgar. Isso é o que salva, mais do que palavras tardias, mais do que multidões de reconhecimento depois da ausência.
Minha existência deixa rastros em palavras, em imagens, em pequenos pedaços de mim espalhados pelo mundo. Cada fragmento é um vestígio de luta, de presença, de tentativa de conexão. E mesmo que jamais eu veja o impacto total, acredito que há propósito nesse caminhar, na honestidade de sentir e de me expressar, na coragem de permanecer sendo humana, apesar de tudo.
Porque, no fim, o que realmente importa não é ser compreendida por todos, mas ser fiel a mim mesma, ao meu sentir, e deixar que quem estiver pronto para enxergar, veja.
A sorte de muitos, é que os animais não tem advogados para defendê-los aqui... Mas aos olhos de Deus, nada escapa!
Está na hora de começar a crer que existem mais coisas no universo além daquelas que os olhos podem ver. E finalmente começar a viver sua vida! Você sempre a deixou para depois, esperando que ela acontecesse, mas nunca fez nenhum esforço para isso.
Demonstrações de amor podem parecer piegas aos olhos de quem não ama. Mas, aos meus, são como as cores do por do sol; renovam minha alma.
