Dormir em seu Colo e Morrer em seus Bracos

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Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.

Silvana Duboc

Nota: Trecho do poema de Silvana Duboc, que costuma ser erroneamente atribuído a Fernando Pessoa.

O prisioneiro que tem a porta do seu cárcere aberta e não se liberta é um covarde.

Seu coração não é estrada para passeio de muitos. Seu coração é lugar que só fica quem faz por merecer.

Sorria, embora seu coração esteja doendo, sorria, mesmo que ele esteja partido, quando há nuvens no céu você sobreviverá...

Charles Chaplin

Nota: Trecho da música "Smile" composta por Charles Chaplin, mas com letra de John Turner e Geoffrey Parsons Link

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A felicidade perderia seu significado se ela não fosse equilibrada pela tristeza.

Carl Jung

Nota: Trecho de entrevista com o jornalista Gordon Young (1960).

O meu amor tem um jeito manso que é só seu,
que rouba os meus sentidos,
viola os meus ouvidos
com tantos segredos lindos e indecentes.
Depois brinca comigo,
ri do meu umbigo,
e me crava os dentes.
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz.
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz.

Só quem arrepia cada centímetro do seu corpo e faz você sentir o sangue bombear num ritmo charmoso, é capaz de estragar o mundo quando parte.

Meço o valor de um homem pela medida em que ele se liberta de seu próprio eu.

Não falo, não suspiro, não escrevo seu nome. Mas a lágrima que agora queima a minha face me força a fazê-lo.

A linguagem de seu coração é que irá determinar a maneira correta de descobrir e manejar a sua existência.

Mesmo o mais forte tem seu momento de fatiga.

LUÍZA, A MULHER QUE NOS ENSINA

Luíza é o seu nome. A dor que sente não tem nome. Brota das razões mais secretas da alma. Coisa de mãe, coisa de gente que soube recriar o mundo a partir do próprio ventre. A maternidade coloca as mulheres numa parceria invejável com Deus!
Luíza contou-me rapidamente sobre sua dor. Eu não pude ver os seus olhos, mas pude escutar sua alma.
O seu filho de 30 anos, médico, oficial da marinha estava morto. Vítima de uma fatalidade, perdeu a vida ao atravessar um cruzamento em Florianópolis.
Depois que ouvi Luíza eu fiquei pensando no mistérios das perguntas que nos rondam, toda vez que a dor vem nos visitar.
Fiquei tentando entender o quanto deve ser difícil para uma mulher ter que protagonizar a imagem da Pietá, a virgem que segura o filho morto nos braços, aos pés do calvário.
Recolher o filho do chão, aconchegá-lo ao colo e despedir-se dele definitivamente.
A crueza da cena é uma proposta ao silêncio. Arranca-me do mundo das palavras, das respostas prontas e faz-me sentar ao chão, ao lado da mãe, para que eu possa ouvir sua respiração ofegante de dor.
Arranca-me dos meus livros, da minha Teologia sistematizada e convida-me a sujar-me na terra do calvário, onde o sangue do filho mistura-se às lágrimas da mãe.
Mistura diferente daquela que o trouxe à vida, quando o seu sangue circulava dependente do sangue da sua primeira mulher.
Lágrimas diferentes de tantas outras já derramadas. Lágrimas de alegria por ver o filho dar os primeiros passos; lágrimas de preocupação em noites em que ele demorava voltar pra casa. Lágrimas de vitória, quando em noite especial e de gala, aquele garoto crescido, que até tão pouco tempo lhe confiava os joelhos esfolados de futebol, de quedas de bicicleta, agora estava pronto para medicar as dores do mundo.
Um filho especial, como ela mesma me confiara.
Luíza e sua dor. Luíza e suas saudades. Luíza e suas lições.
Fiquei pensando nas minhas pequenas reclamações. Nos cansaços diários que me desiludem e que me despregam da alegria. Pensei no coração de Luíza e quis deixar de reclamar da vida.
O meu sofrimento perde a sua força quando eu o coloco ao lado dessa mulher. E nisso já está a ressurreição do seu filho. Esta dor nos ensina e nos coloca no rumo da sabedoria. Da mesma forma que Maria nos aponta para o sofrimento de Jesus, para que entendamos o nosso sofrimento.
Maria e Luíza são mulheres parecidas nesta hora. Ambas embalaram o filho morto nos braços. Canções de ninar secretas foram entoadas nos silêncios dos lábios. O choro de mãe é oração que tem o poder de mudar o mundo. Só precisamos parar para ouvir...
Hoje, no silêncio de sua dor, pare pra pensar no sofrimento de Luíza. Exercite-se na proeza de esquecer o que lhe aflige, e recorde-se dessa mulher que desconhecemos o rosto, mas conhecemos a dor. Ela tem muito a nos ensinar. Ela é um livro que pode ser lido sem palavras. Ela é um testemunho vivo de que na vida, mesmo nas perguntas mais doídas, há sempre uma esquina que pode nos dar outras opções, além da morte.
Na prece silenciosa que essa mãe nos desperta, permaneçamos.
Amém.

E lembre-se: você é seu próprio general. Então, tome agora a iniciativa, planeje e marche decido para a vitória.

A vida é tão desconhecida e mágica, dorme às vezes do seu lado... calada.

Eu sabia que era preciso tempo. Cada perda tem sua hora de acabar; cada morto, seu prazo de partir, e não depende muito da vontade da gente.

Quem é homem de bem, não trai o amor que lhe quer seu bem.

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho da música "Berimbau", composta por Vinicius de Moraes e Baden Powell. Link

Ninguém consegue fugir do seu coração. Por isso, é melhor escutar o que ele fala. Para que jamais venha um golpe que você não espera.

Paulo Coelho
Coelho, P. O Alquimista. Rio de Janeiro: Rocco. 1990.

Faça o que seu coração acha certo, pois de qualquer forma você será criticado.

Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente.

O seu coração está onde está o seu tesouro. E o seu tesouro precisa ser encontrado, para que tudo possa fazer sentido.

Paulo Coelho

Nota: Trecho adaptado do livro "O Alquimista", de Paulo Coelho.